sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dias de um ginásio

Aula de Pilates.
Um horror benéfico.
Eu mesma.
Em pé, cabeça para baixo, uma perna no chão esticada ao máximo, outra perna no ar esticada ao máximo, como se quisesse tocar o teto, as palmas das mãos são para assentar no chão.
Um tormento desestabilizador.
Dores.
Tremores.
Tentativa inglória em manter a posição corretamente.
Ó, mê, guê...
O professor, esse profissional de exceção, ordena:
– Gina, palmas das mãos no chão! Gina, palmas das mãos no chão! Enquanto não puser as mãos no chão não inicio a contagem! Gina, palmas das mãos no chão! Gina, palmas das mãos no chão! Enquanto não puser as mãos no chão não inicio a contagem!
Fui o centro das atenções durantes escassos segundos, que no entanto me pareceram muito longos. Ao meu lado ouço uma voz em desespero, implorando:
– Gina, por favor...
Fiz o que pude, estiquei a perna de baixo que doía p'ra caraças e coloquei metade das palmas das mãos no chão. O professor iniciou a contagem a partir do número cinco. Um querido, eu bem digo...

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