segunda-feira, 16 de abril de 2012

Enxofrada

Mais um dia em que encontrei a dona Carminda toda enxofrada com uma questão inerente à sua profissão mas externa em simultâneo, daí o enxofre.
Desta feita não poderei desenvolver o assunto, com grande pesar meu. Para se entender este episódio eu teria de identificar o local onde está a dona Carminda e mais outro local sobejamente conhecido na grande Lisboa. Teria de contornar factos que retirariam grossuras ao texto, transformando-o num aglomerado de frases simplórias. Escrever insipidamente, com essa consciência, quero eu dizer, não é para mim.
O anonimato pode ser lixado... Eu dizer por onde ando é um facto irrelevante, estou certa que ninguém procurará uma velha drogaria lisboeta, com uma mulher ao balcão que escreve nos intervalos do trabalho acerca de banalidades, apenas porque lhe apetece fazê-lo e pode fazê-lo. É um conjunto de situações inimagináveis, o leitor comum jamais conseguirá concebê-las e por isso não terá interesse em conhecer-me. Já dizer por onde anda a dona Carminda... É melhor não o fazer, estou certa que toda a gente adoraria conhecê-la, porque eu sei torná-la interessante. Ou tenho essa ilusão…

2 comentários:

Manuel disse...

Mas que eu conheço-a perfeitamente.
Basta ler o que aqui nos deixa.
O resto não interessa.
Ah...esquecia também conheço a Dona Carminda, possivelmente não é a mesma, mas isso não interessa.

Gina G disse...

Pois é, não interessa mesmo nada... ;)