quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pausas

Agora ando nisto de não escrever aos sábados, domingos e feriados, ficar calada e tranquila, a criatividade inerte, mas pairando dentro da minha cabeça, vivendo como uma pessoa normal, uma pessoa daquelas que não tem um blogue, quero eu dizer. É uma espécie de teimosia, ou lá que é. Talvez me esteja a aprumar, quiçá, não escrevendo as banalidades do lar, que isto de escrever banalidades também há que as selecionar. E as de casa são mesmo banais, sem grandes peculiaridades, tanto que roçam o ridículo.
Posto isto, deixo os meus rascunhos sossegados à sexta-feira à noite para só lhes mexer na segunda-feira de manhã.
Um dia escrevi acerca da hora sexual no trabalho, que um amigo meu diz que a hora sexual no trabalho é aquela onde se fode minutos ao patrão. Pois bem, é isso o que faço, é aqui que gosto mais de escrever, dá-me muito prazer foder minutos que a bem dizer não me pertencem, é bem melhor do que fodê-los em casa. Ou então é a musa, ou lá que é, que apenas desce neste lugar misterioso, isto se eu quiser apresentar a situação como sendo algo poética e essas coisas bonitas de se escrever.
Mas um dia isto muda, que eu cá nunca tenho nada como certo. Conquanto não se mude a musa, não desapareça de vez...

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