Parece que está a recitar 'Foste a 30 de fevereiro dum ano por inventar', a canção sobejamente conhecida do Vítor Espadinha, mas não está, apenas pede um betume para parede. Tem uma voz muito bonita, é profunda e grave, a dicção é puramente perfeita. Parece o Vítor Espadinha. E é só.
Vendi-lhe o betume dando uso à minha voz que desgraçadamente se insere nos parâmetros da vulgaridade, claro que sim.
Recordar é Viver
Foi em Setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio
Nas mãos o calor de Agosto
E um sorriso, um sorriso tão grande
Que não cabia no tempo.
Ouve, vamos ver o mar
Foste 30 de Fevereiro de um ano por inventar
Falámos, Falámos coisas tão loucas
Que acabámos em silêncio
Por unir as nossas bocas
E eu aprendi a amar
Sim eu sei, que tudo são recordações
Sim eu sei, é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu
E recordar é viver,
Só tu e eu.
Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos o mês frio de Janeiro.
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia.
E eu, que queria ser forte, respondi que tinha frio.
Falei-te do vento norte
Não, não me digas adeus.
Quem sabe, talvez um dia...
Como eu tremia, meu Deus
Amei como nunca amei
Fui louco, não sei, talvez mas por pouco,
Por muito pouco eu voltaria a ser louco
Amar-te-ia outra vez
Sim eu sei, que tudo são recordações
Sim eu sei, é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu
E recordar é viver,
Só tu e eu.
Vitor Espadinha
Fonte: http://www.vagalume.com.br
1 comentário:
Eu adoro esta canção, quase canção, do Vitor Espadinha.
É quase como o betume. também se agarra.
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