É do ego, muito, muito ego, esta minha historinha, bem sei, aguentem-me, vá.
Se o ego já é algo não se aparta duma pessoa altruísta ou benemérita, ou outra coisa qualquer virada para o próximo, que se me estão a escassear adjetivos, imagine-se o meu sofrimento caso quisesse exterminar o ego, eu que sou narcisista e ególatra por demais. É só mais um bocadinho, não custa nada.
Esta noite sonhei com o lançamento do livro. Havia uma multidão ansiosa e barulhenta enchendo a sala e uma oradora que punha mão naquilo com grande saber linguista. Tinha um canudo comprido - de papelão ou que raio era aquilo - na mão que emitia um feixe de luz, escolheria à sorte uma pessoa dentre os autores para discursar, apontando para a multidão – pois é, ao que parece os autores estavam entre a multidão e não agrupados algures, que isto dos sonhos é assim, escapam-se pormenores importantes -, em cima de quem incidisse o feixe de luz... Já se sabe: discurso. Acho que fui a escolhida mas não tenho presente mais nada do sonho, o que lamento, havendo mais sonho na memória, seria essa a melhor parte da trama, tenho a certeza.
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