Ferreira do Alentejo. Meio-dia e não sei quê. A calma costumeira dum domingo primaveril e fresco invadia toda a vila. Ou então a localidade alentejana é assim todos os dias da semana, quiçá.
Entrámos numa espécie de taberna. 'É favor não ler jornais ao balcão', li eu num pedaço de papel tosco, não muito arejado, não muito à vista, posto ao monte, junto aos copos. O aviso é justo, o jornal ocupa imenso espaço e o balcão não é muito comprido.
O Luís queria um canivete, diz que leu num livro que ali assim se joga à sorte e se podem ganhar boas lâminas. Num grande cartaz estão expostos os canivetes e outros prémios menos valiosos. 8, 7, 5. Foram os números dentro das bolinhas transparentes. Ele jogou mas não lhe saíu o canivete que tanto desejava. Oh... Tem sorte ao amor, lá isso tem.
• 8 → Ah e tal, tenho um baralho de cartas
• 7 → Ah e tal, tenho uma caneta camuflada
• 5 → Ah e tal, tenho um lápis da bandeira portuguesa
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