A minha auto-estima é uma caca. Aliás, a minha auto-estima nem sequer é minha porque não existe. Eu não gosto de mim porque quero sempre ser diferente daquilo que sou. Não encontro prazer em nada do que faço e quando faço, acho sempre que está mal feito. Acho-me a criatura mais parva que existe neste mundo. Quando escrevo aqui, não penso muito porque senão, não conseguiria manter este blog público. É por isso que às vezes me alegro em ter poucos leitores. Como poderia eu ter muitos leitores se não escrevo de forma interessante? Como posso eu ter amigos se não me apetece falar? Não sei. E como acho que estou errada, gostava de ser diferente. Se gostava de ser diferente é porque não gosto disto como está. Se não gosto disto como está é porque não gosto de mim.
Porém, há momentos menos maus. Há momentos em que sei que o bolo até está bom. Há momentos em que acho que tenho uma grande lata e até consigo convencer alguém de algo. Há momentos em que até escrevo aqui textos que fazem rir ou chorar. Pelo menos a mim, fazem.
Mas... nunca ponho de lado a ideia de que o que eu faço, digo ou escrevo não interessa nem um pouco...
Há quem goste de mim. E a esses, desiludo-os sempre exactamente porque sou assim. É por isso que eu queria ser diferente.
4 comentários:
ola gigi.como é possivel existirem pessoas tao parecidas, pois tudo o que li ate agora se identifica comigo,é incrivel...esta da auto-estima parece que foi tudo copiado do meu cerebro...é tudo igual,a diferença é que nao consigo expressar-me nem escrever nada do que sinto.parabens, e muito obrigado.
Eu é que agradeço, a visita e o comentário.
:-)
Querida Gigi, eu sou igual. Passo os dias insatisfeita comigo e com o mundo e depois tenho outros em que acordo com um sol em cima e me convenço de que consigo ser tudo e nao precisar de ninguem, de ser amada para ser feliz... mas a verdade é q preciso. mas será, que se um dia for amada, irei continuar a sentir essa falta de segurança em mim mesma? beijinhos e parabéns, porque escreves mesmo bem.
Tenho uma forte tendência para tentar modificar-me para agradar a quem amo (sem a menor exigência dele) e, sem querer, aparecem estes momentos menos bons...
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