Por causa do susto dei um salto. De seguida brinquei:
- Bem... já é a segunda vez que o senhor me assusta hoje!...
- É bom sinal... diz que os burros velhos não se assustam. Não têm força!... Assim, é sinal que é nova!...
"Prontus... 'tá bem!..." pensei eu.
- Bem... já é a segunda vez que o senhor me assusta hoje!...
- É bom sinal... diz que os burros velhos não se assustam. Não têm força!... Assim, é sinal que é nova!...
"Prontus... 'tá bem!..." pensei eu.
Depois, como que para se redimir, não fosse eu ofender-me com aquelas palavras, pegou no saco que eu levava e deixara no chão enquanto abria a porta e levou-o por ali abaixo cambaleante. Cambaleava porque aquele era um esforço demasiado para a sua idade.
E eu fiquei a pensar que realmente ele já não tinha força para se assustar. Não sabia que se poderia ser velho demais para pregar um salto por causa de um susto. Mas agora já sei.
2 comentários:
Uma prosa leve e breve. Tão breve quanto a históriazinha nela narrada. Gostei
João
Obrigada pelo teu comentário e sê bem-vindo.
:)
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