quinta-feira, 17 de julho de 2008

Duvido que tenha mais alguma coisa dentro da cabeça para além de parvoíce e palavras, ora soltas ora amontoadas, que quero separar por grupos para transformar em textos. É isso o que sou - parva e escrevedora. Só isso.
Serei mesmo parva ou quero demonstrar que o não sou escrevendo? Ou por outra, quero demonstrar que sou e venha quem ou o que vier e logo se vê? Parva e aguerrida... assim já sou mais qualquer coisa.
Há sempre uma grande dose de prazer nas certezas da parvoíce. Não se liga aos parvos e assim, esses, os parvos, poderão fazer as parvoíces todas sem que tenham que prestar contas. Sinto que esse prazer me transmite esta certeza - ninguém me vai dar importância. Nem é preciso guerrear.
E eu vou escrevendo parvidades dispensando guerras.

11 comentários:

Alda Serras disse...

São essas parvoíces, como lhes chamas, que te tornam interessante. De pessoas "normais" e "certinhas" estamos nós fartos.

;)***

Gina G disse...

Gostei muito das tuas palavras, Bell.
:)

Anónimo disse...

Pois é amiga...
Mas são essas parvoíces que nos fazem dia a dia abrir a internet, clicar nos favoritos o blog verdeagua e saber que tal como tu, tambem eu e outros loucos vamos destruindo e construindo novas certezas todos os dias.

Gina G disse...

Também gostei muito das tuas, Space Flyer.
Tenho outra certeza - tu és o leitor mais louco que eu tenho. É que os outros, não me conhecem... :)

nandokas disse...

Olá,

Mas "eu é que não sou parvo!" e, por isso, gosto de vir até ao teu blogue. E disto tenho eu a certeza!

Gigi, continua... mesmo que aches que é parvoíce, ok?

Beijinho.

redonda disse...

Gosto de como escreves e quem escreves como escreves, não é parva, mas escrevedora ou melhor, escritora!

Gina G disse...

Nandokas
Ok, virei sempre. Creio que nunca deixarei de ter vontade de escrever.

Redonda
Obrigada pelo teu comentário. Fiquei lisongeada com as tuas palavras.
Costumo dizer que sou escrevedora porque, às vezes, ando por aí em blogues ou leio livros tão bem escritos, que acho o título de escritora demasiado elevado para mim.
E isto não é falsa modéstia. É talvez uma regra que imponho a mim mesma; um mecanismo de auto defesa que, no fundo, está relacionado com este post.

Luis disse...

“Das coisas certinhas e normais estamos nós fartos”
Gostei imenso do comentário da bell, ainda ontem falei assim, a vida não faz sentido se tiver que se medir por coisas certas e mesquinhices da gestão, devemos vive-la com a emoção da festa de todos os dias da nossa vida, porque cada dia é um dia novo de uma festa nova. Exteriorizar tudo o que sentimos sem medos aqueles medos que nos tolhem os sentidos, tu agora tens a responsabilidade acrescida de escreveres sempre para nós porque és responsável por aqueles que cativaste (Saint Exupéry)

Gina G disse...

Essa responsabilidade desconforta-me, confesso, mas apenas pelo receio de não corresponder a hipotéticas expectativas.
No entanto, cá estou eu!

Luis disse...

Vai em frente menina, sabemos que és capaz tu já conseguiste...

Gina G disse...

Lá vou eu!...