Li algures num jornal qualquer alguém dizer que sempre escreveu compulsivamente.
Eu não. Eu não escrevo compulsivamente. Quando muito escrevo desenfreadamente mas isso não é marcante em mim. Nos quase seiscentos post's que escrevi até hoje nem à meia dúzia deve chegar o número de post's que escrevi assim, desenfreadamente.
Mas penso compulsivamente. Isso sim. E guardo tudo num cantinho da minha memória, que criei propositadamente para tal e, assim que posso, transformo em texto.
E depois, a escrever, o texto é escrito a fogo lento. As palavras até podem aparecer na minha cabeça amontoadas e sem sentido mas não saem em catadupa, vão daí até ao ecrã lentamente, pouso o olhar no que vai aparecendo e demoro-me lá... lendo e compondo, lendo e compondo...
É assim que ordeno e construo um texto... tiro horas aos meus dias só porque gosto de escrever. Isso tem um certo quê de injusto mas eu não me posso importar. Tudo na minha vida é executado sem vontade e em prol dos outros. Tudo menos isto. Isto é só meu.
Tenho uma necessidade permanente de criar algo escrevendo e é por isso que mesmo depois de esgotadas as palavras e as ideias, quando já não vejo nada senão as coisas más, quando o melhor que tenho a fazer é fechar os olhos, esquecer e nem escrever para não pensar mais, quem sabe até fechar o blog... eis que me aparece uma ideia nova! Tem-me acontecido sempre, sempre, sempre assim.
Por isso é que ainda me mantenho por aqui apesar da cabeça vazia de tantas coisas, porque isto... é meu.
2 comentários:
Olá! Obrigada por tão carinhosa recepção ao meu regresso :)
Costumo dizer que enquanto for dona dos meus pensamentos sou livre. Sentir-me-ei livre enquanto os poder criar, desenvolver, domar, libertar ou, até mesmo, apagar. Enquanto for livre poderei viver.
Bjinhos
Escrever liberta. E realmente, aqui sinto uma vivacidade diferente, talvez aqui eu brilhe mais.
Bjs
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