segunda-feira, 8 de setembro de 2008

(o que não deixa de ser) Uma comparação

Li algures num jornal qualquer alguém dizer que sempre escreveu compulsivamente.
Eu não. Eu não escrevo compulsivamente. Quando muito escrevo desenfreadamente mas isso não é marcante em mim. Nos quase seiscentos post's que escrevi até hoje nem à meia dúzia deve chegar o número de post's que escrevi assim, desenfreadamente.
Mas penso compulsivamente. Isso sim. E guardo tudo num cantinho da minha memória, que criei propositadamente para tal e, assim que posso, transformo em texto.
E depois, a escrever, o texto é escrito a fogo lento. As palavras até podem aparecer na minha cabeça amontoadas e sem sentido mas não saem em catadupa, vão daí até ao ecrã lentamente, pouso o olhar no que vai aparecendo e demoro-me lá... lendo e compondo, lendo e compondo...
É assim que ordeno e construo um texto... tiro horas aos meus dias só porque gosto de escrever. Isso tem um certo quê de injusto mas eu não me posso importar. Tudo na minha vida é executado sem vontade e em prol dos outros. Tudo menos isto. Isto é só meu.
Tenho uma necessidade permanente de criar algo escrevendo e é por isso que mesmo depois de esgotadas as palavras e as ideias, quando já não vejo nada senão as coisas más, quando o melhor que tenho a fazer é fechar os olhos, esquecer e nem escrever para não pensar mais, quem sabe até fechar o blog... eis que me aparece uma ideia nova! Tem-me acontecido sempre, sempre, sempre assim.
Por isso é que ainda me mantenho por aqui apesar da cabeça vazia de tantas coisas, porque isto... é meu.

2 comentários:

V. disse...

Olá! Obrigada por tão carinhosa recepção ao meu regresso :)

Costumo dizer que enquanto for dona dos meus pensamentos sou livre. Sentir-me-ei livre enquanto os poder criar, desenvolver, domar, libertar ou, até mesmo, apagar. Enquanto for livre poderei viver.

Bjinhos

Gina G disse...

Escrever liberta. E realmente, aqui sinto uma vivacidade diferente, talvez aqui eu brilhe mais.
Bjs