sábado, 31 de janeiro de 2009

As putas


Neste post, a vontade de escrever chegou porque ouvi parte de uma conversa.

Dizia ela:
- Eu fico sempre aqui neste sítio até às oito!... A ver se faço alguma coisa hoje!...

Possivelmente terei escutado a parte mais desinteressante da conversa mas por ora isso não tem qualquer importância.
A baixa lisboeta é manifestamente peculiar em etnias e escalões sociais de baixa estirpe. Há putas e bandidos com fartura. Estes misturam-se com aqueles - os que, supostamente falando, vivem no degrau de cima.
Depois há os cheiros, os sons, as cores... e há as putas. É verdade. Outra vez as putas.
Aquela da qual eu escutei a frase que figura no cimo deste post, estava no posto de guardiã da esquina onde se encontrava, um local que aparentemente não é pertença de ninguém mas ela lá estava, esperando clientela que justificasse a guarda.
Quando respondeu, percebi que era porque 'ele' (aqui leia-se 'cliente') lhe perguntara se ela estaria ali ao depois, para que se fizesse o negócio porque naquela hora parecia não dar muito jeito.
Privar horizontalmente por vezes é um negócio... difícil. Não creio que seja uma vida tão fácil quanto se diz por aí.

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