quinta-feira, 16 de abril de 2009

(Desa)Parecença, só agora desenvolvida mas poucochinho...


Não sou aquilo que pareço nem sou parecida comigo.
Abrupta e laconicamente, é isto. Se desenvolver esta ideia nunca mais me 'calo'.


Pareço lenta...
... Não sou.

Pareço antipática...
... Não sou.

Pareço parva...
... Não sou.

Pareço calma...
... Não sou.


Isto dito assim é básico, subdesenvolvido, curto, atrofiado, aquém de qualquer coisa, raquítico, encolhido... e outras tantas coisas mais, eu sei. Se aqui escrevo para ser lida, se tenho essa consciência, então convém que faça jus aos leitores e à consciência, e expanda este pensamento.
Vamos por partes, qual Jack o Estripador:

Lenta

Esta entristece-me. Nunca gostei de dar a ideia de 'mosquinha morta'. Julgo que dou a ideia de ser lenta porque paro para pensar. Julgo, não que tenha a certeza! Agora vou parar um bocadinho para pensar nisto a ver se concluo alguma coisa...

(...)

Conclusão - não existe.

Antipática

Quem me conhece de novo acha-me antipática. Eu cá acho que é mais anti-simpática. O meu feitio não é de muitas falas logo à partida. Eu olho, vejo e observo, embora não necessariamente por esta ordem. Avanço apenas quando me interessa. E quando me interessa, é preciso eu estar já muito à vontade para blá-blá-blá... blá-blá-blá... blá-blá-blá...

Parva

Pareço parva porque ando sempre a dizer que o sou. Isto é um facto por isso nada a argumentar contrariamente.
Às vezes fico triste com isto mas sei que a culpa de parecer parva a mim pertence.
Muitas vezes desejo que a minha inteligência seja mais visível mas eu sou assim... Não sou aquilo que pareço...

Calma

Sou muita coisa... mas calma não! Não que sempre a aparente mas aparento-a mais vezes do que as que a sinto. Normalmente parece que não estou nem aí, que não ligo a mínima… Mas ligo e enervo-me...
Acerca desta questão vou ficar-me por aqui. Não deve estar a notar-se nada mas estou a ficar muito nervosa!


É por tudo isto que não me acho parecida comigo. Como é possível que transmita aos outros aquilo que não sinto ser? Não sei.

Adenda:
Caro leitor(a), chegaste até aqui? Dou-te os parabéns pela paciência e, em simultâneo, muito a agradeço! Não sei que seria de mim sem ti...

3 comentários:

Space Flyer disse...

Esta merecerá um comentário mais aprofundado...not now baby

redonda disse...

Este é um tema muito interessante. Primeiro pensei no que é que eu pensaria se te conhecesse, sem conhecer nada de ti ou seja sem antes ter lido nada do que escreves. Depois pensei se a todos causas essa impressão ou pensas que causas porque me parece por aquilo que escreves que às vezes causarás outra 1ª impressão muito diferente. A seguir pensei em termos mais gerais sobre as diferenças que existirão em cada um de nós entre o que aparentamos ser e o que somos. E agora não vou pensar mais nada porque quero ler o que está para trás e ainda não li :)

Gina G disse...

Que pena que seja 'not now', Space Flyer. Ou então não... ;)

Redonda:
Gostei bastante de te pôr a pensar. Aqui eu não sou diferente, a grande diferença é que aqui me liberto mais. O que escrevo aproxima-me muito das pessoas, ao passo que pessoalmente nem tanto porque sou algo retraída.