Enquanto caminhávamos pelas ruas estreitas, ele com uma mala a tiracolo carregada de ferramenta e eu com a caixa da fechadura na mão, fomos abordados por diversas vezes pelos empregados dos restaurantes que por ali abundam perguntando-nos se desejaríamos jantar... Raça de assédio, pá! Que melgas! Atão não se via mesmo que a malta ia em trabalho? E aquilo lá eram horas de jantar?!
Bem... chegados ao sítio, deparámo-nos com isto:
Uma porta larga e muito antiga mas com mola hidráulica... Viva! Viva o progresso e a possibilidade de preservar o antigo conseguindo adaptar-lhe a segurança que os tempos modernos - quase! - impõem.
A escada também era antiga, ainda de madeira. Os três primeiros degraus eram de pedra já muito desgastada ao centro pelos milhares - ou serão milhões? - de subidas e descidas ao longo de gerações.
Deixei-o entregue ao trabalho - pobrezinho... - e fui dar uma volta por ali. Para além de restaurantes - já agora acrecento: aqueles por onde passei sozinha ninguém me incitou a jantar... deve ser porque não se aborda uma senhora sozinha, será? - aquela zona está carregada de lojas de recordações de Portugal. Deambulando por entre objectos díspares como panos de cozinha, galos de Barcelos, brincos, encharpes, dedais... Parei ali... dedais? Observei as várias estampas que tinham e eis que vejo uma caravela. Sim, aquela caravela que eu ando por aí feita maluca a fotografar cidade fora. Sim, num dedal. E eu que até já fui costureira e ainda adoro fazer as minhas roupinhas. Ah, que giro...! Comprei.
Aviso:
Em querendo ver melhor as fotografias é questão de nelas clicar... Agradecida.
2 comentários:
"por onde passei sozinha ninguém me incitou a jantar... deve ser porque não se aborda uma senhora sozinha, será?"
ou porque as mulheres não costumam ir jantar sozinhas.
:)
Pode muito bem ser isso, sim!
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