quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Religião


O dia ontem foi a atirar para o divino. De manhã uma senhora melindrou-se quando lhe dei a opinião que ela própria solicitara - depois de me perguntar se acreditava em Deus e de eu responder que sim, quis saber mais:
- Então e em nossa senhora, acredita?
- Não.
- Não?! Não acredita na santidade dela?!
- Não, acho que foi uma mulher escolhida para uma missão muito especial mas que depois disso passou a ser uma mulher como as outras.
- Ah!... - Exclamou ela incrédula. Acho que passei a ser uma herege naquela pobre cabecinha... Assim seja!
Depois, umas horas depois, apareceu uma outra senhora que falava p'los cotovelos. Falava por ela e por mim, digo eu. A dada altura a conversa (a conversa dela, já se vê) foi parar à morte. Referi que acho a morte referente à vida, uma vez que uma leva à outra impreterivelmente, mas que, por mais que saibamos da existência da morte, nunca estaremos preparados para ver morrer ou sequer para morrer. Ela concordou. Ao contrário da senhora anterior aqui as opiniões não divergiam.

E foi assim – divinal…

E eu estou a escrever isto tudo porquê?

Ultimamente tenho tido a
Zélia no pensamento vezes amiúde. Há alturas em que me lembro de Deus e a Zélia está relacionada com todas essas ‘coisas’ vividas e eu não sei que fazer, que sentir, ou que pensar. Não sei como dissecar esta ‘coisa’. Digamos que não sei nada e que isso é igualzinho ao resto dos dias que já vivi. Vou andando mas não sei para onde. Isso sim, não saber a que sítio da vida vou eu parar, isso é que é muito aborrecido, desconcertante!

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