Acho que já sou tão conhecida como o vinagre ou a Coca-Cola. Uma cliente de longa data encontrou-me em plena avenida.
- Olhe, menina, tem lá disto?
- Sim.
- E daquilo?
- Também.
- Ah, está bem!
- Então até logo...
- Até logo!
Ainda estou à espera...
- Olhe, menina, tem lá disto?
- Sim.
- E daquilo?
- Também.
- Ah, está bem!
- Então até logo...
- Até logo!
Ainda estou à espera...
2 comentários:
A profissão de balconista é das mais férteis para se conhecer a alma humana. Não há freguês habitual que, paulatinamente, não ceda à tentação de confidenciar sobre a sua vida privada, gerando-se uma cumplicidade amistosa entre cliente e atendedor.
A tua profissão leva o meu imaginário às inúmeras representações de António Silva, sobre "personagens balconistas" - ele mesmo um antigo marçano e balconista - e a toda a teia de pequenas cumplicidades que se geram pelo facto de acontecer a interacção - motivada pela compra.
Um beijo enorme para ti, Gigi
Jorge
Estás coberto de razão no primeiro parágrafo do teu comentário. É principalmente devido à minha profissão, que tenho tanto a escrever, que tenho o blogue tão cheio.
Um beijinho para ti também, Madrigal.
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