Continuo nas variantes culinárias. Hoje fiz de novo as bolachinhas de manteiga mas já não me dei tão bem como na semana passada. Substitui o açúcar refinado por mascavado e usei margarina em vez de manteiga. Não ficam tão boas... Mas deixam-se comer, e é isso o que a gente quer, muito embora ache que não voltarei a repetir a façanha.
Neste momento o meu futuro desenha-se asustadoramente: serei uma avó capaz de passar tardes outonais (ou invernosas) de volta do forno preparando bolachas e bolachinhas para a descendência. Se bem que na imagem que crio existam laivos contraditórios a uma avó encurvada e de avental, a minha imaginação não me consegue manter nesses preparos algo geriátricos. Sempre tenho estes óculos ultra modernos, de um vermelho vivo, as indumentárias ainda não se assemelham às da minha mãe e tenho esta aura desmiolada e ainda a mania de (que sou) artista, o que me tira um pouco da seriedade com que se quer as avozinhas.
Queria fazer as bolachinhas (as de hoje) com pedacinhos de alperce seco, nozes, amêndoas, passas, coco, chocolate granulado ou derretido que depois deixaria solidificar. Esta última tarefa é de uma mestria que nem sei se tenho... Mas indo ao que interessa, nem me lembrei de colocar nas bolachas nenhum destes ingredientes... Oh céus! Que avó esta...
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