quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A bruxa

Ah, eu quero enxofre.
Ah, está aqui.
Ah, quanto é?
Ah, é xis.

O momento final aproxima-se, talvez se ouvissem rufar tambores lá ao fundo, não sei bem, talvez a humanidade inteira estivesse alerta, também não sei. Mas devia...

– Minha senhora... - Diz a cliente, a medo, para logo lançar a pergunta ingénua – Como é que a gente usa o enxofre para a inveja?

Fiquei estupefacta. Bruxedos e afins não é comigo, decididamente. Não fora a dita ingenuidade da mulher e teria fica petrificada, colada ao chão.
Mas o caso não era para tanto, escolhi a melhor maneira de lidar com a pessoa e com a situação, 'desci' ao seu nível, tornei-me simples e ingénua. Fi-la entender que não tenho conhecimentos dessa natureza; aconselhei-a a perguntar a 'alguém', à pessoa de quem tinha ouvido a ideia, por exemplo; e por último, dei-lhe uma brilhante ideia, ela que fizesse o que tinha a fazer como sente que deve ser feito.

Acho que me safei bem...

2 comentários:

Olinda Gil disse...

Daqueles momentos em que a realidade parece ficção...

Gina G disse...

Sim...