... Foi escrito há uma semana, para aí. Entrei num site que pedia um texto onde desenvolvessemos a ideia: 'Para mim, escrever é...'
E eu escrevi o que significa para mim escrever. Mas... Como sou muito intensa no que toca a escrever sobre escrever... O texto não cabia, tinha demasiados caracteres... Depoistei no site o núcleo do que queria dizer e guardei o resto para mim. E foi ficando. Mando-o hoje para a blogosfera.
Para mim, escrever é...
A melhor maneira de ser ouvida, a melhor maneira de falar. As palavras escritas são mais fortes, ecoam, perduram.
É dizer que estou aqui, que vivo e que tenho histórias para contar.
É arrumar as ideias, pô-las a arejar um pouco, depois retirá-las do ar e dar-lhes a forma que quero. Se escrevo… transformo.
É esperar que me entendam... Bem como o contrário.
É expor a minha maldade, e por isso um ato de coragem. Expor as minhas benevolências é também um ato de coragem. E eu exponho-as. E se eu estiver a mentir?!
É esclarecer ou então não. Abananar, baratinar.
É a tentativa de não saltitar constantemente entre dois opostos, porque essa é uma das minhas maiores tentações enquanto escrevente. O mundo é uma bola que gira… O presente é importante mas daqui a nada tomará uma forma insípida por demais. Escrever não traz resposta a mal nenhum. O melhor é incidir destemidamente.
É ferir e aguçar. Provocar. E bendizer. Mostrar os esplendores. Em textos diferentes, preferencialmente. Lá está, nada de saltitar…
É descortinar, desvendar. Encontrar a loucura e não deixar nenhum pé atrás. Essa loucura sempre estará iminente, nunca instalada.
É um ato egocêntrico, introspetivo e solitário, sensações das quais não me posso afastar, quando não... não escreverei uma linha que seja. Uma letra. Nada.
É, por último, nunca (nunca, nunca, nunca) esquecer o leitor, sequer fingir que não existe. É para 'ele' que escrevo.
1 comentário:
É tudo isso e também um alimento que nos mantém e sem o qual não sabemos viver.
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