(Só o facto de ter colocado no título a palavra 'meu diário' deve dar direito a leitores atentos.)
Fui a pé até ao Loureshoping, no sábado, por isso estas imagens aqui, oh.
Foi bom, fez-me bem. Habitualmente tenho grande necessidade de me mexer. Hábito, necessidade, parvoíce, não sei. Sei que sou uma mulher muito mexida.
O caminho daqui até lá é longo, há muito desacompanhamento e a ponte pode dar um certo temor. Mas esteve sempre tudo bem. Está tudo bem. Demorei duas horas na viagem.
Estive numa pastelaria algures no Pinhal Novo.
A dada altura considerei extraordinária a aventura que é encontrar a ponta do rolo de papel higiénico naqueles tambores enormes...
Quando saía do WC fiz gestos de quem ia lavar as mãos. A bem da verdade cheguei a molhá-las e a pressionar o botão da saboneteira, o que me deixou com um líquido viscoso (mas cheiroso). Vem de lá um ciclista e pede-me muita licença para encher a garrafinha com água. Anuí, que sou uma querida. Levou um ror de tempo, a torneira é temporizadora, não escorre o tempo suficiente para encher meio litro duma só vez, foram precisas três pancadinhas no punho da mesma. O senhor ia-se desfazendo em agradecimentos e desculpas, os 'obrigado' e os 'desculpe lá' eram ditos a cada pancadinha e a cada paragem da dita torneira. E eu... Com as mãos molhadas, aparando o sabão líquido e um pinguinho de água ou outro. E cheiroso, o líquido era cheiroso. E eu... Com as mãos molhadas, ia dizendo 'de nada', 'não faz mal', 'deixe lá isso'.
Depois é que me pus a pensar: ' Olha só este cabrão! Então não podia esperar?!'
Eu dou-me muito bem com o meu colega, dou-me tão bem que a gente sai juntos ao domingo. Passeamos, falamos, convivemos... E trabalhamos. Ao domingo, disse eu e sei o que disse. Fomos receber uma conta antiga e algo avultada. Onde? No Pinhal Novo, isso mesmo, a mesma terra da pastelaria descrita acima.
A dívida era de xis e ele veio de lá com cinco por cento desse valor. Uma fartura... É de facto hilariante, a vida dos comerciantes. Há que saber ver as coisas com outros olhos...
Achei dois cêntimos no chão, o que não constitui grande surpresa aos leitores assíduos e constantes deste blogue.
O encontro com a Paula Santos, por modo a que a sua presença na minha vida deixasse de ser apenas virtual. Hoje é que há tempo para desenvolver o que foi receber o seu livro.
Combinámos o encontro em tal lado e às tantas horas. Minutos antes eu estava um tiquinho ansiosa.
«E se ela percebeu mal as coordenadas? E se eu não a reconheço? Será que traz o livro na mão? Se trouxer reconheço-a na hora, acho eu...»
Vinha mesmo com o livro na mão, parece que me havia lido os pensamentos. No livro já estava o autógrafo personalizado e tudo. Obrigada.
Estivémos um bocado à conversa. Dentre outras coisas, falámos dos blogues e do que é escrever na blogosfera e/ou trabalhar num livro que venha a ser publicado.
Gostei, claro que gostei da Paula. Já tinha dito antes.
Não se pode dizer que no domingo não tenha tirado fotografias. Tirei, sim senhores. Duas ao pôr-do-sol visto da Ponte Vasco da Gama, que ficaram uma autêntica desgraça, e uma outra à minha luva preta.
Quando desci ao parque de estacionamento de um conhecidíssimo hipermercado desta cidade maravilhosa (Loures) vejo a minha luva preta enfiada no espelho retrovisor, uma visão algo semelhante a uma teta de vaca cheia de leite... mas em preto. Eu havia deixado cair a luva do colo quando me levantara para sair do carro, alguém viu, apanhou e enfiou ali.
Fotografei a cena, pois claro, que eu cá adoro cliques e assim. Ficou uma imagem disforme e sem alma, uma visão bem tosca.
Fotografei a cena, pois claro, que eu cá adoro cliques e assim. Ficou uma imagem disforme e sem alma, uma visão bem tosca.
Posto isto, aboli as três imagens. Não as há de domingo.
2 comentários:
Achei saborosa esta crónica, estes pequenos pedaços de um parece que vai acontecer e, que por vezes, até acontece.
A propósito, sabe que no Pinhal Novo existem os melhores pasteis de nata deste país?
Tão bons e tão quentes que, eu, os como com uma colher.
Sério, isso dos pasteis de nata?! Devo ir ao Pinhal Novo daqui a uns tempos (receber os restantes 95%) e gostava que me indicasse, caso leia esta resposta.
A pastelaria a que me refiro fica na estrada principal, onde até estava a decorrer uma feira de rua, e tem a particularidade de apresentar menus económicos tipo 'café + bolo' ou 'galão + torrada' e assim. Será esta onde estive?
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