A indiferença é bera, assim de chofre é o que me parece. A indiferença mesmo, não o fingir que se é indiferente. A indiferença não está presente no fingimento.
Quando li 'indiferença' logo me chegou à memória aquele tipo de pessoa que finge que não me vê, finge que não me ouve, finge que não me quer ver, finge que não me quer ouvir. A mim. Mas a ideia é escrever da indiferença, o não querer saber, o não provocar calafrios nem suores, o não deslumbrar, não afetar de maneira nenhuma.
Vou concentrar em mim, então, à falta de reconhecer a indiferença na outra gente, posso rebuscá-la na minha pessoa. Mas não a encontro por aí além, a bem da verdade não sou uma pessoa indiferente, ou não escreveria as minhas coisinhas.
Se venho tarde encontro-o atrás da montra de óculos.
Se venho menos tarde encontro-o a caminho da loja dos óculos.
Se venho mais cedo encontro-o a sair das galerias.
Se venho muito cedo encontro-o sentado no restaurante de fast food.
Em qualquer horário o encontrarei redondo e inchado que nem uma pipa de vinho...
«Olha, desculpa lá... Dá-me uma moeda...»
É sempre assim que a rapariga (aparentemente) pobre me pede esmola. Noutro dia vi a miúda na Abelha Maia da avenida, aquele boneco mecânico que parece um mini-carrossel.
Que estranho, não?! Será assim tão pobre que tenha de pedir esmola?! Ou será uma questão intrínseca?!
Se venho menos tarde encontro-o a caminho da loja dos óculos.
Se venho mais cedo encontro-o a sair das galerias.
Se venho muito cedo encontro-o sentado no restaurante de fast food.
Em qualquer horário o encontrarei redondo e inchado que nem uma pipa de vinho...
«Olha, desculpa lá... Dá-me uma moeda...»
É sempre assim que a rapariga (aparentemente) pobre me pede esmola. Noutro dia vi a miúda na Abelha Maia da avenida, aquele boneco mecânico que parece um mini-carrossel.
Que estranho, não?! Será assim tão pobre que tenha de pedir esmola?! Ou será uma questão intrínseca?!
Não sou indiferente ao quotidiano. Não consigo. Ou não quero, sei lá! A vontade de escrever as minhas coisinhas está-me intrinsecamente imposta.
Nota:
Este texto é a minha participação para o tema deste mês 'Indiferença' no blogue 'Fábrica de letras'.
5 comentários:
Fiquei confuso, não sei porque mas fiquei!
Só pode ser porque o texto está uma confusão...
Olá, querida
" Das alturas orvalhem os céus,
E as nuvens que chovam justiça,
Que a terra se abra ao amor
E germine o Deus Salvador"...
A indiferença nos confunde porque fomos feitos para amar... justamente o contrário...
Fico tão sem palavra para agradecer o carinho imensurável com que me cumula ao longo do ano que só posso lhe dizer que te amo fraternalmente...
Seja muito abençoada e feliz, amiga!!!
Bjm de paz e FELIZ NATAL... apesar de qualquer vestígio de dor em seu coraçãozinho....
"Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes,
e então saberás que eu me feri e também me curei."
(Tagore)
Quem finge o que quer que seja, não é indiferente, bem pelo contrário, ou não precisaria de fingir
Aproveito para desejar um Feliz e Santo Natal!
http://utopiarealista.blogspot.com/2011/12/feliz-natal.html
Obrigada, Utópico!
Feliz Natal!
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