Pus a mão dentro do bolso e agarrei numa abelha que lá se encontrava. Não sei contar porque lá estaria alojado tal bichinho. Mistério...
Dei um grito do caraças, claro. A abelha também deve ter gritado, claro. Só que não se ouviu, claro. Caiu no chão, a pobre, atirada freneticamente. E ali ficou, aparentemente inerte.
A rica filha assustou-se muito, mão no peito, ombros curvados, a boca num espanto. Primeiro com a minha atitude medricas, depois com o seu próprio susto, que tem horror a tais insetos.
Chamei o rico filho, o homem da casa (ao momento) haveria de nos salvar. Pedi que pisasse a abelha, que fosse corajoso.
A rica filha desacreditou por completo do rapaz. Mãe, ele não consegue. O mano não consegue pisar a abelha..., avisa ela.
O rico filho chega até nós, meras e amedrontadas fêmeas. Bravo, másculo, pujante. De peito aberto, talvez demasiado tendo em conta o minúsculo inimigo. Deu uma patada tamanha, também díspar tendo em conta as dimensões do bicharoco, e esmigalhou o fraco corpo da abelha.
Quando se volta para nós, o rico filho tem um certo ar de desdém estampado no rosto e um brilho trocista nos olhos:
– Mulheres!
2 comentários:
Tem um selo no meu blog. Aqui: http://acasadoalfaiate.blogspot.com/2012/02/liebster-blog.html
Obrigada, Olinda! :)
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