O jovem arrotou para o ar. Ouviu-se um som como que arrancado das profundezas, grave e prolongado, um dó sustenido em escala de fá, para aí. Logo a seguir aprecebeu-se das gentes, olhou um dos lados, meio envergonhado. Felizmente (para ele) toca o telemóvel, o que o distrai rapidamente. Abstrai-se, está concentrado apenas na conversa que lhe chega do outro lado.
– Ah, 'tou aqui... Sabes onde é aquele parque verde?
…
Ó 'migo... Parque verde?! O 'migo chama a esta beleza composta e manobrada pelos homens de 'parque verde'? Isto é a alameda, caríssimo! Não há português culto ou inculto que não conheça a existência desta maravilha empedrada e odorífera (clorofila e gases de escape). 'Parque verde'?! Bah!
Sem comentários:
Enviar um comentário