(Este post pretende ser uma espécie de diário para memória futura, pois sou sobretudo uma memorialista, e não é, de maneira nenhuma, uma queixa.)
Lisboa, 30 de março de 2012
«Vamos a isto... Escrever dói. Escrever possui dolo. Porém, é um ato irresistível, ao qual sucumbo sem dar grande luta.»
Passaram oito dias desde a última publicação. Regresso hoje, conforme se verifica. Fiz um interregno algo forçado, e devo dizer que há vários dias que sinto vontade de publicar os textos que entretanto escrevi. Quem lê o blogue com regularidade sabe que os meus intervalos não têm o intuito de descansar da escrita mas somente afastar-me da exposição.
Tenho andado um tanto ou quanto confusa relativamente ao que hei-de fazer com o blogue: abandoná-lo radicalmente ou continuá-lo incessantemente?
Escrever e dar a 'cara' à blogosfera, apresentar pequenos episódios, expor ideias e opiniões nem sempre é maravilhoso, por vezes tem uma fasquia desprezível, ínfima mas ludibriosa, que deita por terra todo o bem que rodeia a escrita. Ademais, no meu caso, as partilhas são pouco correspondidas e há alturas em que a solidão advinda me afeta bastante. Por outro lado, bem sei que a mesmíssima solidão me é necessária, pois não publicaria as minhas histórias se andasse muita gente a pisar 'este chão'. Outra contradição é a de me apaixonar tão facilmente por pessoas e situações quanto me aborrecer com as mesmas. Deixei de contrariar e tentar compreender estas questões, percebi que é debalde, mas sou incapaz de não me deixar afetar em alguns momentos, talvez mais vulneráveis. Este impasse, este não saber, este bambolear entre dois opostos é terrível e baralha-me de sobremaneira. Porém, por razões que não me convém explanar, o regresso é mister. Voltei.
2 comentários:
Não dei por nada, sabes? Estive ausentes do blog e dos blogs por uns dias... às vezes acontece: não por nada de especial. Simplesmente acontece.
Sei disso, Olinda, por isso escrevi o parêntesis.
Enviar um comentário