quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dias de um ginásio


O verão e seus longos dias permitem que agora eu veja a paisagem lá fora até bem mais tarde. Enquanto treino avisto o Tejo, pessoas passeando, pessoas namorando, pessoas... baixando calças e cueca para fazer chichi.
A mulher aproximou-se de uma parede, encostou a bicicleta e pousou a mochila. Julgando que ninguém a via mas eu estava a ver. Mesmo ao longe vi-lhe o ar sorrateiro, olhava para um lado e outro, apreensiva. Esperava ardentemente que ninguém aparecesse enquanto se aliviava, aí é que seria a grande tormenta. Fez o que tinha a fazer e voltou a pôr-se decente. Ai se ela soubesse que eu vi tudo...
A quem interesse: a cueca era preta.


Sei que nome quero dar a este post mas também sei que é melhor não


As mamas são o apara-migalhas de uma mulher. Migalhas, pingos de água ou de alguma fruta sumarenta que escorrem da boca pela sofreguidão. E também aparam limalhas, no meu caso.


A filha do Capitão, José Rodrigues dos Santos


Acabei a leitura, finalmente. Há mais de dois anos que andava a ler este livro. É um livro muito descritivo, o que torna a leitura aborrecida, na minha opinião. No entanto, compreendo e concordo que o autor fez um grande trabalho de pesquisa e só por isso merece o meu apreço.
Não queria deixar de salientar (peço desculpa a algum leitor que desconheça a história por me estar a adiantar) que a filha do capitão apenas aparece na última página do livro... Quer dizer, ó José, anda a gente a ler o livro na enga de ver quando vamos conhecer a filha do Capitão e afinal ela chega no fim da festa. Ora!


Semelhança


Duas senhoras comiam lado a lado. Mastigavam de boca fechada, como manda a etiqueta, mas tinham vontade de rir por qualquer coisa que um dos companheiros de mesa diziam. Com tanta coisa à semelhanças até pareciam irmãs sem o ser. Colegas de trabalho, talvez. Diz que a convivência torna as pessoas parecidas fisicamente. A semelhança deve vir daí. Foi uma coisa gira de ver, as duas de boca cheia, querendo rir e não podendo porque a etiqueta não deixa.


Uma fotografia por dia que bem iria... (63)




30 de junho de 2010. Passou o mês de junho, passaram os santos e as festas da cidade de Lisboa. Não passaram ainda os manjericos, nem as sardinhas, nem o sol, ou sequer as férias. O ano é assim: tem duas metades. E a primeira está passada.

Lisboa - Rua da Conceição, 25 de junho de 2010

21%


O iva é maricas, tem nome de mulher. Além disso dá-me conta da mona com as contas mais o raio que o parta.
Não, claro que não gosto de trabalhar.


Ironias, ou mais um post sem piada...


Os quilómetros de fio de pesca que eu já vendi sem nunca ter pescado na vida!

Então e os quilos de soda cáustica sem ter nada entupido cá em casa? Oh-oh!


Está calor


Mais um post sobre o tempo. Mas desta feita é da atmosfera.
Está calor? Pois está. E não andava tudo aí desejoso que o verão se fizesse chegado, e o calor, e mais o sol para dar vontade de a gente ir à praia? Pois agora aguenta-te, toma lá que é para saberes!


O tempo


Ora bem, o dia tem vinte e quatro horas, por sua vez cada hora tem sessenta minutos e, para não chocarem as horas e os minutos, cada minuto tem sessenta segundos. Depois há os milésimos de segundo e a coisa ainda vai parar à nano-qualquer coisa, ou lá que é. Mas aí já eu não sei nada.
E isto, este post, é o que se chama falar sobre o tempo porque não tenho mais nada sobre o que falar.


Meter


Então senhor Mário, tem uma nova amiga? É a bengala. Diz que sim e ri-se muito. Tem um pé lixado, a amiga é precisa por agora.
Olha a dona Adelina, ainda anda no sobe e desce as escadas? Quer emagrecer, a dona Adelina. Responde afirmativamente, um ar de malícia por causa do sobe e desce. Ai esta dona Adelina...
Ó Dulce, está calor ou quê? Ah pois está, está um calor que não se pode.
Sô Marquez! Desculpe lá isto do Marquez mas o seu nome é o que me lembra. Ah, não faz mal, refere. Avança balançando os braços, é para dar equilíbrio, penso eu. É de muitos balanços, o sô Marquez, enquanto espera que lhe agende a entrega de gás, balança a bacia e os braços vão atrás numa dança.
Eu meto-me com as pessoas de quem gosto e de quem obtenho o mesmo gosto. A ver se me meto com a Alexandrina… Não! Deixa-a lá estar sossegada.


Pés


Eu bem queria ler uma revista cor-de-rosinha para esquecer as cócegas e as dores que a Henriqueta me faz quando me arranca os calos e as peles dos pés... Mas não deu. De si já está uma tremenda caloraça, depois eu sou uma comichosa e aquelas aflições fazem-me calor até no pino do inverno.
Mas indo à revista, não consegui ler por causa do calor, as mãos suadas e pegajosas roçando nas folhas, uma aspereza molhada, nestas condições dificilmente me concentraria. Aquilo far-me-ia mais fernicoques que a Henriqueta a tratar-me dos pés. Coisas de mim, comichosa.

A Henriqueta é mulher para ainda não ter tido o privilégio - diga-se de passagem - de figurar no meu blogue. Hoje achei que ficava aqui mesmo bem quando a observei fazendo trejeitos ao conversar com alguém via telefone. A pessoa do lado de lá vai falando, expondo o que pretende e ela faz trejeitos de desconfiança, como se não conhecesse e não estivesse para aturar. Coisas da Henriqueta, desdenhosa.


terça-feira, 29 de junho de 2010

Notícias do Mundial


  • Silêncio. Portugal perdeu frente à Espanha. Acabou a festa portuguesa e o favoritismo espanhol lá continua.


  • Hoje de manhã tinha perguntado a uma espanhola por quem ia ela torcer esta noite. Respondeu que ganhasse o melhor. Lá se foi o melhor que ganhou é que não sei mas olha, ganhou a Espanha e pronto.


  • Um a zero para a Espanha. Parabéns.


Uma fotografia por dia que bem iria... (62)




Chamam-lhe o Vale das Rosas. E ele tem-nas.

Loures, 29 de junho de 2010

Notícias do Mundial


• Assim do nada lembrei-me que o Mundial tem um hino:



    Waka Waka (This Time For Africa)

    You're a good soldier
    Choosing your battles
    Pick yourself up
    And dust yourself off
    And back in the saddle

    You're on the frontline
    Everyone's watching
    You know it's serious
    We're getting closer
    This isn't over

    The pressure is on
    You feel it
    But you've got it all
    Believe it

    When you fall, get up
    Oh oh...
    And if you fall, get up
    Oh oh...

    Tsamina mina
    Zangalewa
    Cuz this is Africa

    Tsamina mina eh eh
    Waka Waka eh eh

    Tsamina mina zangalewa
    Anawa aa
    This time for Africa

    Listen to your god
    This is our motto
    Your time to shine
    Don't wait in line
    Y vamos por todo

    People are raising
    Their expectations
    Go on and feed them
    This is your moment
    No hesitations

    Today's your day
    I feel it
    You paved the way
    Believe it

    If you get down, get up
    Oh oh...
    When you get down, get up
    Eh eh...

    By Shakira


Olá!


No domigo a Fátima viu-me na praia e diz que não me gritou porque o marido ia logo dizer: «Então filha, não estás em casa.»
Fiquei com pena. A Fátima é espalhafatosa e sincera, o marido da Fátima é reservado e não gosta de dar nas vistas. Fiquei com pena de não ver a alegria da Fátima e o acabrunhamento do marido dela.


Ameixas


O senhor Salvador tem duas caixas à porta cheias de ameixas amarelas para vender. Trouxe-as das Caldas no passado domingo, não têm adubos nem pesticidas, diz ele. E eu acho que é bem capaz, têm aquele sabor puro e uma textura húmida e macia. Bem boas.


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Notícias do Mundial


• Ouvi no radio a piada: se o Brasil ganhar, Chill Out. E assim aconteceu. Bye bye Chile. Bye bye Mathías Fernandez. Volta para o Sporting, vá. A rica filha também gosta de ver-te vestido à Sporting.


Dias de um ginásio


Estava uma senhora na recepção envergando um roupão branco. É bem, há um SPA e uma piscina no ginásio, o roupão é necessário para frequentar qualquer um dos dois espaços, e ela parecia faltar-lhe qualquer coisa, sei lá o quê, e ali estava esperando. Uma névoa branca na recepção de um ginásio. A recepção, o local de maior passagem de um edifício público... Roupão, recepção, roupão, recepção. Não, não combina.


O Clóvis


Soltou-se-lhe o sangue da venta. Foi a correr para a casa-de-banho, levou um ror de tempo a deter aquilo. O sangue jorrava e jorrava, não queria parar. Ele era chão pingado de vermelho, ele era camisola também. Parou, enfim.
- Ó Clóvis, apanhaste cá um cagaço...
- Ná...
- Oh! Tretas! Estavas aí todo aflito.
- Ná... Eu cá não me acagaço com estas merdas!

(Acagaças, sim, que eu sei!)


Dói-dói


Tenho uma queimadura no dedo. Não digo qual é o dedo senão depois vêm logo perguntar: então e agora como é que te amanhas para fazer aquilo e tal? Por isso não digo, o leitor que imagine, até porque essa é uma actividade, o imaginar, do mais interessante que existe. Mas já me estou a desviar. Adiante.
Descobri que as queimaduras fazem muito bem à memória. Estou aqui fartinha de me lembrar que queimei o dedo, como queimei o dedo, onde queimei o dedo... Dói que se farta.


Viagem


Hoje em dia os motoristas aqui da saloiada já têm oportunidade de passar sinais vermelhos dentro da saloiada propriamente dita. Já não se confinam apenas à capital, não. Agora há semáforos por toda a saloiada. Vermelho: parar. Verde: arrancar ou então continuar. Amarelo: acelerar, claro. Atenção, olha lá o semáforo! Semáforos e rotundas. Quê, outra rotunda?! Ena...
Isto dos semáforos e rotundas não é do presente, há já décadas que fazem parte desta bela paisagem mas é que hoje lembrei-me disto quando ia na camioneta direita à capital.
Ora então viva o progresso. Claro que sim, viva. E os blogues também, já agora. E a internet e os computadores. E as mãos e a cabeça, já me esquecia.


Cores


Entrou uma senhora para vender pegas tricotadas à mão. Tricotadas querendo despachar-se, notava-se bem, apresentavam-se mal acabadas.
Deu pena a pobre senhora e agora as pegas estão aqui na minha cozinha. Quando as coloquei no gancho reparei que as cores ficam bem com o escovilhão que repousa mesmo ao lado.
Entretanto reparei que tenho uma roupa também ela condizente a algo existente no meu lar. A minha roupa condiz com o meu balde de lavar o chão. A saia é da cor do espremedor e o top é da cor do balde. Quando mudar de roupa tenho que ir a correr comprar um balde e espremedor condizente se não quero destoar.
E pronto, era isto o que eu tinha a dizer por agora.


Avisos


Fui à escola dos ricos filhos e acompanhada por eles. No caminho, a pé, deu para perceber que eles não o percorrem pelo mesmo sítio que eu.
O rico filho liderava o percurso e em certa altura intencionou meter-se por um atalho.
- André, a mãe está de saltos altos... Ainda escorrega, aquilo é só terra. - Avisa a rica filha.
- Ah, ok. - Diz ele.
Não fomos pelo atalho. Mais à frente ele virou direito a uma escadaria com a ideia fixa que sempre tem de cortar caminho. Referi que não gosto de ir por ali, que me faz impressão. Mas lá fui atrás deles, resignada. Conhecendo o sítio de cor, ouvi novo aviso da rica filha:
- Vai por esse lado, mãe. Neste aqui há partes levantadas e ainda cais.

É o que faz ter filhos grandes, isto dos avisos da rica filha e do passo apressado do rico filho...


Que é que estás para aí a escrever?


Vivo receosa e ansiosa pela pergunta que nunca ninguém me fez.

Ó riqueza!


Ai se eu fosse rica... Pagava a alguém só para ouvir o que ainda não disse a ninguém.


Uma fotografia por dia que bem iria... (61)




Ainda a propósito de livros, já que este é um tema que me agrada. Há dias publiquei um post onde falava de livros em quantidade. Ora bem, a fotografia mostra uma pequena biblioteca, uma biblioteca bem mais pequena que a minha... É caso para dizer que já posso dizer outra vez que tenho muitos livros.


Lisboa, 24 de junho de 2010

domingo, 27 de junho de 2010

Pecado


Uma Eva ofereceu uma maçã a um Adão. A partir daí ficou tudo estragado: o mundo está cheio de mulheres culpadas e de homens parvos.
Chamam-lhe pecado adâmico. Antes evâmico, acho eu. Isto de os homens quererem mandar em tudo, pá...


Adeus


Despedi-me até amanhã e ele deseja-me felicidades. Ó Jota Pê, a gente vê-se amanhã, estróina.


Uma fotografia por dia que bem iria... (60)




Agarrei-me a ela. Diz que é bom para captar energias positivas. Não sei se também diga...

Lisboa - Monsanto, Luneta dos Quarteis, 27 de junho de 2010


A onda




Se a onda me tem levado não precisaria dele para nada. O meu amor salvava-me de morrer afogada, tenho a certeza. Mas a onda não me levou, lá consegui equilibrar-me...


sábado, 26 de junho de 2010

Passou


Era muito melhor apresentar as coisas no momento da criação. Porém, neste estado diferido, fazendo presente o passado também não se está mal. Há que aproveitar, é este o modo que tenho disponível.


Falar, falar, falar


A dona Genoveva foi pagar uma conta antiga, é o mesmo que dizer que não punha lá os pés há meses. Falou e falou como já é seu costume. Seria giro escrever o monólogo se não fosse impossível. Não é só impossível pela quantidade, é-o também pelo desalinho, não existe um fio condutor na conversa da dona Genoveva. É interessante ouvi-la mas dificilmente conseguiria transcrever o que ela diz.
No fim agradece-me muito o tempo que lhe dispensei, respondo que não faz mal. E não faz mesmo, gosto de a ouvir, o que até já referi aqui em tempos. Pergunta-me se não me deve mais nada, respondo que não. Tem a certeza, pergunta ela. Tenho, digo eu. Da consulta de psicologia, continua ela. Não, não deve nada, dona Genoveva. E rio-me. Ela gosta de me ver gargalhar, os olhos dela brilham. Fico contente pelo brilho mas não digo.
Umas horas mais tarde encontro-a na rua. Numa de recompensa pergunta-me pelos meninos, quer saber dos estudos e se não me dão trabalheiras infernais. Conto-lhe dos projectos dos ricos filhos e nego que me dêem trabalheiras dessas.
Depois as nossas vidas separam-se. Eu fui ao pão, ela foi não sei aonde. Andamos sempre sozinhas, como ela própria diz.


Bengala




Ele vê o que pode fazer numa torneira que não deita água, ela arrasta-se, quer ver tudo, não por desconfiança, antes por querer ver como é para contar como foi. Repara que estou em pé. A senhora que mal consegue andar convida-me a sentar... Agradecida puxo uma cadeira e sento-me. Tocam à campainha. Aviso-a porque percebo que não ouvira o toque. Novo arrasto até à porta, não ouviu a minha pergunta, se queria que fosse abrir. A senhora do apoio domiciliário afinal tinha chave, encontraram-se a meio caminho, frente ao frigorífico que é aberto pela visita por modo a preencher os espaços vazios com alguns alimentos. Lá vem ela outra vez, devagar, apoiada na terceira perna e nos móveis da casa. Afinal também quer um tampo de sanita, um sifão duplo e uma misturadora de banheira…


Uma fotografia por dia que bem iria... (59)




Isto é cato para trazer à lembrança coisas que enfim... Temos faca e tudo...

Lisboa escondida, 25 de junho de 2010

Erro de publicação


O senhor Blogspot é do caraças. Abri o dito e apareciam 22 comentários no post 3000 quando na realidade apenas tinha o aviso de um do Manuel na minha caixa de correio. Entretanto também me pareceu que a Redonda comentou mas já não pude certificar-me porque desapareceram todos os comentários, inclusive o do Manuel.
Vou publicar o comentário dele, assumo que é por uma pitada de vaidade que o faço, porque o comentário é um regalo mas também porque quero que fique registado, gosto destas coisas: registar para recordar no porvir.


Manuel deixou um novo comentário na sua mensagem "3000":

O seu escrito de hoje é de um encanto e ternura imensa.
Pueril e com uma fina ironia.
Esta, do sou casada com um homem, é brilhante pois nos tempos de hoje tudo é possível.
Deve comemorar tudo, pois vale a pena exultarmos com os nossos pequenos, grandes, feitos.

Publicada por Manuel em Verde Água a 25 Junho, 2010


sexta-feira, 25 de junho de 2010

Destruição


Acabou a semana em que andei armada em destruidora.
Ele foi vidros às carradas, desiquilibrei-me e apoiei o pé e pumba, vidros feitos em muitos vidros mais pequenos. Depois para os 'arrumar' no lixo tive que os fazer mais pequenos ainda. Para tal usei um frasco de Soflan, era o que tinha ali à mão e que fosse assim para o rijo.
Ele foi vaso. Mandei um rolo de mangueira por ali abaixo. E isto de mandar rolos por ali abaixo é coisa que já faço há qu' anos mas ele desviou-se da rota, deve ter apanhado tempestade, e foi embater num vaso. A destruição até nem foi assim muito grande mas tenho que dizer ao Antunes que fui eu. Ele que não pense que foram os gajos das obras ou o ti Manel, não, fui eu, Antunes, os vidros e o vaso, fui eu. Ah, 'tá-se bem, juventude, diz ele.


Notícias do Mundial


• 12:48, a empregada de mesa tinha uns brincos compridos com missangas desenhando a bandeira do Brasil. Minina, cê nem prêcisava falá, á gentxi entendeu na óra que cê é brasilêra, viu?!

• 13:07, foi mais ou menos a esta hora que eu, que sou pessoa para perceber de futebol que é uma coisa parva, entendi que a vitória de Portugal não era impreterível, bastava empatar e/ou que a Costa do Marfim não ganhasse por muitos golos. Oito, mais precisamente. Ou então que Portugal perdesse por muitos, oito também. Nem sei como consegui decorar isto.

• 14:08, as costureiras vinham ladeira abaixo todas contentes. Ordem de soltura...

• 14:38, algazarra, confusão. T-shirts amarelas e verdes, verde e vermelhas, bandeiras, cachecóis. Barulho de vuvuzelas, buzinas e vozes em altura. Alegria, camaradagem e patriotismo em elevado grau.

• 15:45, silêncio. Intervalo: zero a zero.

• 16:15, assim que for golo a malta exultará. Pior é não vou saber que equipa marcou.

• 16 e não sei quantos, barulho ao longe. Quem é que marcou? Ninguém, foi quase...

• 16:54, zero a zero. Lá se passou à fase seguinte.

• 17:48, pancadaria no Parque das Nações. Um brasileiro interrogado diz que 'num sei... eu 'tava aqui sozío, aí começaram a bater em nóis...'. Sozinho... tem a certeza?

• E pronto! Zero a zero. Ah pois, já tinha dito.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

3000


Comemoro, não comemoro... Comemoro os posts dos miles, sim. Porque é um número redondo e também porque quando chegam estas alturas propícias a olhares à retaguarda sempre me questiono como é possível eu possuir criatividade para tanto post, ou então onde arranjo a paciência para manter este blogue. Logo, acho por bem comemorar esta existência. Ou insistência, por assim dizer.
Cheguei até aqui porque gosto muito de escrever… Por que outra razão seria, não é?! E, como não julgo vir a desistir de escrever, é bem possível que atinja outros miles… Por este andar daqui a oito meses, lá para fevereiro, temos comemoração novamente…
Inicialmente tinha-me lembrado de fazer um pequeno vídeo onde iria relatar um texto em muito semelhante aos dois parágrafos escritos acima mas depois desisti da ideia, ler um texto tiraria naturalidade à coisa e eu no falar de improviso sou mediocre.
No entanto, todavia e ainda assim, se os leitores insistirem - muito! - sempre posso fazer um videozinho onde só diga:

«Olá! Sou a Gina, tenho 41 anos, profissão: balconista, sou casada (com um homem), tenho dois filhos, moro em Loures e adoro escrever! Beijinhos!»


Espaço 2999


Vem aí o post 3000...
Levei 29 meses para criar 1000 posts, oito meses para criar outros 1000 e também para os 1000 seguintes levei oito meses.


Equilíbrio


Há momentos de equilíbrio na vida do homem do tambor. São aqueles em que ele leva a bengala debaixo do braço.


Em quantidade


Depois de entrar em casa de uma certa cliente tomei uma decisão: nunca mais digo que tenho muitos livros.


Que Carnaval!


Hoje senti-me tão carnavalesca...

- Olhe, tem balões de água, não é?
- Sim.
- Eu queria 200...
- Oh, querido...
- Não se preocupe, eu conto.

Um adolescente simpático, este.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sonho


Tenho sonhado muito. Por causa do abraço constante no post anterior lembrei-me que hoje durante o sono abracei duas pessoas.
Uma era aquela senhora baixa e gorda que mora no Pinheiro e me conhece desde sempre. Segundo me lembro o sentimento do abraço era como se ela me amasse e admirasse em muito, uma coisa maternal.
Outra era a dona Maria Emília que depois do abraço me pede um saco de 50 litros de terra para plantas. O sentimento aqui seria... Quê?


Talvez


Nos últimos tempos tenho tido a saudade de quando os ricos filhos eram crianças mais aguçada. Talvez pela idade que eles têm já tão distante da infância, talvez pela minha idade... Não sei.
E, talvez por isso, ao presente noto nos meninos e meninas olhares e sorrisos que dantes não via. Talvez seja do meu ar maternal.
Nunca tive grande empatia com crianças, não sei que lhes dizer, mas sempre as admirei. Essa admiração é hoje mais consciente, talvez lhes transmita algo bom, talvez seja por isso que me olham e depois sorriem.
Foi o que fez um menino quando me cruzei com ele no jardim. Era muito jovem, uns sete ou oito anos talvez, mochila enorme às costas e andar seguro. Lançou-me um olhar cúmplice como quem diz: 'vês, eu já ando sozinho na rua'.
Na avenida houve outro menino que me sorriu, aqui um olhar que eu não soube avaliar, talvez alegria e regalo, abraçava a mãe com gosto e vontade, talvez fosse a mãe... Olhou para mim e sorriu.
Resta-me dizer com toda a certeza que retribui os olhares e os sorrisos destes dois meninos.


De valor


A loucura intermitente permite-me escrever umas coisas. Para já, o que vale a mim é isso.


A verdade e a mentira também


Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.Sou uma pessoa espectacular e só faço coisas bem feitas.

Diz que se a gente repetir incessantemente uma mentira nos convenceremos que é verdade. Sempre quero ver se isto chega para passar a ser verdade.


De interesse



Estou num estado interessante: rouca.

Atraso


Há uma senhora atrasada mental que conheço há tantos anos quantos os que tenho de balcão. Não é preciso uma paciência exagerada para a entender, se bem que nos últimos anos a voz lhe saia mais entaramelada. A custo percebi que queria uma rolha de cortiça para tapar uma garrafa que tem lá em casa cheia de um líquido qualquer que não percebi.
De rolha na mão, ainda ficou ali um bocadinho conversando comigo o melhor que sabia. Depois saiu e eu tive a certeza do que já desconfiava. Ela queria uma rolha e não comprar uma rolha... É maluca, é maluca mas sabe-a toda.


Aquela pessoa


Há aquela mulher do sorriso amarelo. Tu faz-te impressão a mulher, enerva-te ela não usar a voz para te cumprimentar, apenas sorri levemente e numa cor amarela doentia.
Um dia tiveste uma ideia. O amor com amor se paga, não é? Pois bem, todos os outros sentimentos se pagam na mesma moeda. Tu também lhe vais mostrar um sorriso amarelo e não abres a boca a ver o que dá. E... na mouche! Bem hajas, minha depravada! No primeiro sorriso nada de nada. No segundo um leve ar de espanto pela ousadia. Depois... Depois já nem te lembras, o que interessa é que valeu a pena ver a diferença entre o sorriso amarelo e o leve ar de espanto. Muito a pena mesmo.


Uma fotografia por dia que bem iria... (58)




«Ó Gina, traz-me os parafusos assim-assim e a torna cá acima se faz favor...» pede ele e lá vou eu. Bolas qu' aquilo, a torna, pesa que se farta! Iniciei a subida dizendo para mim «não vou desacelerar o passo, não vou desacelerar o passo, não vou desacelerar o passo». Mas qual quê? Lá mesmo em cima não resisti, tive de abrandar...

Lisboa - Rua Actor Vale, 22 de junho de 2010

8:30


Ir trabalhar de transporte público quer dizer que saio uma estação de Metro antes do devido porque é cedo demais para me fazer chegada.
Às 8:30 de um dia normal ainda estou a lavar as ramelas...


Olha só o que eu descobri!


Dada a inesperada descoberta, apresento as fotografias do blogue 'Vem cá ver as vistas!' em slide.





Simultâneo


Consegui a proeza de ter vontade de chorar e espirrar ao mesmo tempo. O espirro prevaleceu.


Solstício




Estou dois dias mais uma data de horas atrasada mas lá vai: chegou o verão. Acontecimento especial o suficiente para figurar aqui. Junto fotografia e tudo. É d' hoje mas não faz mal.
Ah, é de toda a conveniência acrescentar que há dois dias atrás aconteceu o maior dia e a menor noite do ano.

Lisboa - Cais do Sodré, 23 de junho de 2010


terça-feira, 22 de junho de 2010

Epitáfio


Li na Sábado desta semana um desafio que a revista fez a várias figuras públicas no sentido de escreverem o próprio epitáfio. Destaco o do Jô Soares:

«Enfim, magro.»

E agora destaco o meu que também mereço:

Aqui jaz quem viveu o melhor possível e morreu o mais tarde que conseguiu. Daqui não saio a não ser que me levem.


Desafio os leitores a deixarem o seu epitáfio...


...


Isto das melhorias traz o nervoso miudinho de novo. Não acho mesmo gracinha nenhuma...


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (57)




Quis o destino (ou outro gajo qualquer, sei lá eu!) que não findasse os meus dias sem ver pelo menos uma vez a dona Antonieta* em chinelo de enfiar no dedo.
Não tendo sido na rua, que foi no salão de beleza enquanto transitava da pedicura para a cabeleireira, e não sendo um chinelo assim de muito boa qualidade, que foi uma daqueles pares que existem para ocasiões especiais como transitar de umas mãos para as outras, não deixa de ser verdadeiramente agradável ver a dona Antonieta naqueles preparos. É uma alegria! Eu cá estou toda contente.

Lisboa, 9 de junho de 2010. E o pé é meu...


Notícias do Mundial


• Hoje há notícias. Comecei por ouvir apitadelas e gritos por Portugal, eram os automobilistas todos contentes, ao que parece estavam no bom caminho. Um a zero.

• No Café Império gente aos montes. Com aquele ecrã gigante e escadas onde sentar, é natural. O almoço foi servido 30 minutos depois de lá chegar.

• Para além do ecrã gigante há também várias televisões espalhadas aqui e ali, sendo que algumas lhes chega primeiro o sinal. Havia por isso muitas pessoas que gritavam golo antes de o ser na televisão que eu seguia. Sensação engraçada, esta. Os golos sucessivos faziam vibrar as gentes, havia gritos, abraços, sorrisos nas faces vermelhas e muito calor humano. Daquele mesmo quente. Quatro a zero.

• Saí. Não gosto por aí além de ver bola. De novo apitadelas e gritos pelas ruas. ‘Quê, cinco a zero, queres ver?’, pensei eu. E era, soube depois.

• Sentada num banco ouvi ao bem próximo o relato do final de jogo que emitia o rádio de um taxista. Com o ouvido à escuta percebi o locutor dizer sete a zero. Quê, não pode ser! Mas era. Grande goleada. Sete a zero.


domingo, 20 de junho de 2010

Experiência... 1, 2, 3!






Uma fotografia por dia que bem iria... (56)




Costurar em viés é mais difícil. O tecido esbambeia, torna-se difícil manuseá-lo, só com artes de grande mestria se consegue o resultado de ter uma peça de vestuário bem confeccionada. Mas depois... Depois fica bem, tem aquilo a que se chama cair perfeito. Eu ainda consigo costurar em viés.
A propósito: parti uma agulha. Coisas da costura.


Décimo quarto post de hoje


'Se sentes que não tens nada a dizer, mantém-te no silêncio', li eu uma vez por aí algures.
É raro ter alguma coisa a dizer e tenho quase sempre coisas a escrever. Estranho... Não que me faça ouvida de uma ou de outra maneira mas é estranho. À partida dá que pensar porque será assim. Se não sou faladora também não deveria ser escrevedora. Mas sou. Estranho...


Notícias do Mundial


Não há notícias do Mundial, pelo menos por enquanto, há do Futsal. Finalmente descobri porque é que o Ricardinho, o melhor jogador português de Futsal, é chamado assim, inho. Que meia leca!
Também há o Bebé mas esse é de estatura normal, por assim dizer.


Fotos e mais fotos


Ando aqui a ver se tiro fotos da minha fuça para uma coisa que quero fazer em breve mas isto da idade é mesmo verdade, nunca mais fico bem na foto, bolas!
Só fico bem nestas assim, oh:



Pokemon



Os ricos filhos andam entretidíssimos com o Pokemon. De novo, tal como há uns dez anos atrás. Alguém lhe emprestou um jogo para instalar no compudador e lá andam todos contentes da vida.
Antigamente isto não era assim, dantes não havia computador nem jogos, andavam pela casa de mochila às costas fingindo ser os bonecos que caçavam os outros bonecos ou lá como é, que agora é que já não me lembro.
Bem, seja como for, pedi-lhes que escrevessem o nome de dois bonecos com os quais já dantes brincassem, fingindo que os apanhavam cá em casa de mochila às costas e com os quais também agora joguem. E eles, obedientes e sabendo para que era o que lhes pedi, anuíram. Os nomes que estão rasurados é porque não pertencem ao antes e agora em simultâneo. Os três primeiros são os da rica filha e os outros a seguir são os do rico filho. Primeiro as senhoras, claro.
É gira, esta coisa das recordações.


Etiqueta


Insisto em que o meu guarda roupa tenha etiquetas destas: Lan Ting. Insisto, insisto, insisto. A indústria chinesa é do caraças. E eu, não a podendo vencer, a ela me junto.



Novidade


Tenho um armário de cozinha novo. O que sinifica coisas boas. Tenho mais espaço, está tudo mais arrumadinho e à mão de semear. Porém, e já que mudei as coisas de sítio, agora dou muito passo em vão e abro muita porta sem necessidade...


A terceira


Hoje é um domingo que me faz lembrar as férias. Pela solidão, por ter ali o carro à porta e não me apetecer sair daqui e também porque sim.
Entretanto já saí. A manete das mudanças continua laça mas desta vez não engrenei a primeira em vez da terceira. Lembrei-me (e isto vai de encontro ao que escrevi uns posts atrás, que nunca esquecemos quem nos ensina algo) que o Luís me ensinou em tempos: a terceira é a mudança mais fácil de meter porque é só empurrar para a frente.


Bocas


Há dias vinha eu no Metro quando vejo alguém, já nem lembro se homem se mulher, de boca contraída. Depois pus-me a pensar que as pessoas fazem caretas sem darem conta disso. Olhei mais atentamente ao redor e percebi que quase todas as pessoas se apresentavam de boca franzida. A vida é difícil e tal, embrenhamo-nos em pensamentos e fazemos caretas que nem sempre condizem com o que estamos a pensar.
Mentalmente vi a cara que estaria a fazer. Descontraí imendiatamente a minha boca.


Dias de um ginásio


Eh pá, não me trates por você! Credo, rapariga, até parece que temos uma grande diferença de idade!
Pede desculpa e diz que vai passar a chamar-me chavala e miúda. Entretanto chama-me mas é Gigi.
Gigi... Ai se ela soubesse...


http://www.welkestijl.nl/


Mandaram-me por email um site (ver título deste post) com mil canções dos últimos trinta anos. Estou a ouvir...
É um site engraçado, descobri que posso desligá-lo que quando o ligar de novo ele vai reiniciar onde tinha parado. Sempre dá tempo da malta ir ouvindo as mil músicas.
Ao momento está um senhor Herbert Grmnemeyer a cantar uma canção chamada Mensch, canção 326. É alemão, creio. Não percebo nada do que o homem canta, claro. Até pode estar a cantar um poema muito lindo que não vou preceber à mesma. É uma questão de ligar ao sentimento com que ele canta, assim como os turistas que cá vêm e vão às casas de fados fazem. Ouvem o nosso fado e não percebem nada mas meneiam as cabecinhas e ligam ao sentimento tão luso com que se canta o fado.


Modernice, para que te quero?


Nestes tempos tão modernos é uma pena que ainda ninguém tenha inventado um sistema qualquer que permitisse as alfaces terem o ar de apanhadas há bocadinho e serem ali da horta mais próxima e não trazerem terra agarrada ao caule. Ou seja, que a frescura não fosse sinónimo de caule sujo de terra.
Era isto e é, efectivamente, uma pena.


Croquetes


Fiz croquetes para o almoço. Croquetes (mesmo!) feitos por mim. Há anos que não fazia aquilo, é demorado demais para os dias de correria que vivo.
Talvez pela escassez, sempre que faço croquetes lembro a dona Vitória, foi ela que me ensinou a fazê-los. Não esqueças de pôr a batatinha cozida e o ovo em crú, dizia ela. E eu não esqueci. Se há coisa que a dona Vitória fazia muito bem era ensinar.
Vou repetir-me mas é a verdade e é um bom remate para o post: a gente não esquece quem nos ensina.


Embraiagem


O meu carro está a ficar com podres. Anda já com folgas na manete das mudanças. Está a fazer lembrar-me o meu velho Passat*...
Quando comecei a conduzir o Luís dizia-me que dificilmente a primeira engrenava com o carro em andamento na segunda mudança. Aconteceu-me no dia do exame fazendo o meu instrutor contorcer-se todo com a aflição de uma maçarica qualquer lhe estar a dar cabo da máquina e... Ora nem mais, hoje aconteceu-me duas vezes! O pobrezinho amochou todo. E aqui a máquina é minha...
Um dia tenho um carro novo, é a consolação.

*http://verdeagua2.blogspot.com/2008/07/volkswagen-passat-variant-1600.html


Notícias do Mundial


  • Não tenho notícias.

  • Poderei eventualmente tê-las lá mais para o fim do dia.


sábado, 19 de junho de 2010

Azul




De momento o meu Verde Água está um bocado azul. Quis mudar o template e o mais parecido a água que achei foi este. Lembra bolinhas de sabão. Bolinhas de sabão, água. Em matéria de verde não houve nenhum que me agradasse independentemente de ser em modo molhado, verde e pronto, não há nenhum que agrade. Não há, de maneiras que fica assim.
Para não ficar tão espampanante talvez fosse melhor mudar cá para cima as miniaplicações que figuram lá em baixo, longe das vistas. O meu perfil vai voltar a ficar mais ao alcance e lá vou eu receber mensagens de pessoas que caem aqui acidentalmente e que me deixam cá escrito que 'não vale a pena ser assim'. Não se preocupem, caros leitores acidentais e que, portanto, não me conhecem, eu consigo ser uma boa pessoa, ao sério que sim. Ladro pouco. E morder... não mordo nada.


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sonhar


Numa embalagem de estendal figura uma rapariga de mãos pousadas nas cordas fingindo estar estendendo roupa e de olhar sonhador. A imagem é muito antiga, reporta talvez aos anos oitenta, a esta altura a jovem há-de estar bem mais velha que eu. Mas o olhar dela é que captou a minha atenção por achar que estender a roupa não é o sonho de qualquer pessoa.
Ou será? Será que eu, jovem, nos meus primeiros tempos de estender a roupa, inocente e pura menina, teria este olhar sonhador? Será que mirava os montes em frente à minha casinha? Ficava ali com as mãos pousadas algures, parada olhando o infinito e sonhando com algo abstracto? Se fosse hoje sim, naquele tempo não, que me lembre.


Espelhos e isso


Sou mulher para oscilar entre um gostar desmesurado e um detestar em grande de me rever no espelho pela manhã. Uns dias invento uma beleza extrema e admiro-a demoradamente e outros nem posso ver a minha fuça por tão desagradável me parecer. Ainda assim há um entremeio: dias há, e são estes a maioria, em que nem me lembro de me certificar se tenho a beleza no seu auge ou então não. Foi num dia desses assim, mornos, e felizmente que assim foi, que aconteceu o seguinte:
Dirigi-me a um senhor, 'boa tarde, faça favor de dizer' e ele zumba! pisga-se imediatamente, sai porta fora. Pensei e até disse a quem estava presente, 'bolas sou mesmo feia, assustei o homem!'.
Eu que até sorrio e tudo, é verdade que às vezes mostro uma fachada mentirosa mas o meu sorriso costuma ser franco, mostro sorrisos e simpatia, dou coisas boas de mim sem fingimentos e o homem faz-me isto! Oh...



Ah, eu até disse à minha patroa que tem aqui aquela cera antiga com a coisa da mulher!




Ah pois tenho, pois tenho...

Criação


Pensei que tinha sido o rico filho mas afinal foi a rica filha. Diz que se lembrou de criar arte moderna e deu nisto, dois pares de chinelos enfiados no candeeiro. Baptizou a criação de 'Pé na Luz'.



Mais tarde:

Rica filha: - André, viste os meus chinelos verdes?

Rico filho: - Não... e também não sei dos meus...

Eu: - Não são aqueles que estão pendurados no candeeiro da sala?!

Matryoshca


Há dias tive aqui no sítio a presença do senhor Bic Laranja*, autor do blogue com o mesmo nome e que muito admiro. No post que contém esta fotografia:



... Ele deixou o simples comentário: Matriosca, seguido de cumprimentos. Na altura não entendi mas entendi no dia seguinte, quando fui comprar fruta. A loja onde tinha comprado os pêssegos que se veêm na fotografia chama-se Matryoshca e ele identificou o local precisamente. Adorei.
A precisão do senhor Bic Laranja é para mim de relevo porque eu não conseguiria, sou péssima a memorizar paisagens e vistas.

Lisboa - Rua António Pedro, 14 de junho de 2010


*http://biclaranja.blogs.sapo.pt


Os livros


Prólogo

Já aqui disse em tempos que adoro ler, que aprendo imenso e que a leitura me ajuda a escrever mais e melhor. Porém, sou muito desconcentrada, qualquer coisa me distrai da leitura e tenho uma pena danada de ser assim.

Depois de muito conversar acerca de livros, de leituras, de gostos, de estilos e de autores ela diz que os livros são para se emprestar. Em certa altura revela que tem uma biblioteca ali mesmo no cabeleireiro e depois acrescenta que se eu quiser ler algum que escolha e leve.
Fui aconselhada a ler o 'Diário da nossa paixão' de Nicholas Sparks porque é uma história de amor muito bonita. Ao momento tenho duas páginas lidas...


O Livro


- Lembras-te quando no Rock in Rio jogámos num sorteio no quiosque da Camâra de Lisboa?
- Sim...
- Pois é, ganh...
- Quê, não me digas que ganhámos?!
- É verdade!

Que fixe, nunca tinha ganho nada em sorteio. Ganhei um livro acerca dos jardins de Lisboa. É bem possível que depois de o ir levantar a Monsanto o mostre aqui.


Artigo


Parte de um artigo cujo título é: 'Alma gémea procura-se' tirado da Revista 'Saber Viver'/ Março de 2010, autoria: Teresa Marta

Os seres especiais gostam de pessoas reais. Daquelas que marcam pela sua simplicidade, pela sua capacidade de escutar e ajudar, pela sua empatia, pelo sorriso que passa dos lábios e chega aos olhos.

Gosto de encontrar estas coisas onde me revejo. E me revejo num estado bom, com coisas agradáveis.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Exame Português 12º ano


Então o exame, que tal? Correu bem?
Oh! Fartei-me de estudar para nada, não saiu nada daquilo que eu estudei! Mas correu bem. Cheguei a casa e fiz uma correção rigorosa, acho que vou ter boa nota.

Verá-se!... Verá-se ou ver-se-á?! Ai este meu português... É melhor ficar-me pelo 'a ver vamos' que mesmo não estando bem sempre é usual e de tão usual ser até parece que está bem. A ver vamos. Da nota da rica filha, quero eu dizer.


Dias de um ginásio


Ouvir a Samantha Fox cantando o famosíssimo...

(This is the night)
Touch me, touch me
I want to feel your body
Your heart beat next to mine
(This is the night)
Touch me, touch me now

... E não poder sair dali correndo direito ao meu amor, é tão mau como ouvir a Witney Houston com o...

I wanna run to you
I wanna run to you
Won't ya hold me in your arms and keep me safe from harm
I wanna run to you
But if I come to you
Tell me will you stay
Or will you run away

E não poder correr... também. Isto de uma pessoa não poder correr, pá...

Fonte: http://vagalume.com.br


Notícias do Mundial


• Fiquei sabendo que nesta fase passam duas equipas. Desconhecia tal coisa.

• Lá se vai o favoritismo, a Espanha perdeu.

• Os EUA também estão a jogar? Pergunto eu ao rico filho, que é a pessoa mais indicada para perguntar estas coisas do Mundial. Ya! Empataram com a Inglaterra! Diz ele muito espantado por eu não saber uma coisinha tão simples.


Uma fotografia por dia que bem iria... (55)



Isto de se fazer algo de um lado sendo para se ver e admirar do outro tem muito que se lhe diga!

Lisboa, 15 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Notícias do Mundial


Que horror, ontem esqueceu-me três itens nas notícias do mundial... Ficaram para hoje, que hoje não havendo nada de especial, sempre se construiu post.

• A dona Júlia, vendedora de detergentes e cosmética lá do sítio, atendeu-me meio assarapantada de fone no ouvido. Ouvia o relato de futebol, pedindo logo desculpa pela atitude mas que tinha de ser que ela é toda coisa pela selecção. 'Hã?! Seis embalagens, dona Gina?!'

• À hora do jogo não se via vivalma pela rua. Que desertificação! Ou por outra: viam. Quando acontecem estes dias desertos, andam pela rua os cromos mais cromos que existem em Lisboa.

• O rico filho adora futebol, é danado para saber nomes de jogadores, idades e em que clubes jogaram, jogam ou jogarão. No entanto, ontem durante o segundo jogo do dia lá foi ele... Jogar à bola, pois. Não quis saber de mundial nenhum...


terça-feira, 15 de junho de 2010

Rotunda


A cliente mora na Portela. Diz que para se chegar lá temos que encontrar uma rotunda com uma palmeira. 'É a rotunda que tem a palmeira!' diz ela.
Caros leitores: a Portela tem uma carrada de rotundas e todas (mas todas, todas, todas!) têm uma rotunda plantada no meio!


São pormenores


O Clóvis perguntou-me das minhas maleitas e eu fui evasiva na resposta. Do género: ‘ah e tal ‘tou toda estranha, se calhar era melhor fumar umas ganzas que os sentires haviam de ser os mesmos’.
- Não... - Diz ele com a voz arrastada - Isso das ganzas é outra onda!
Depois diz que as ganzas é outra cena, é completamente diferente, não tem nada a ver. Que dá para ver e dar atenção a coisas em que ninguém repara... Como por exemplo aquele quadro ali, estás a ver? Depois és capaz de ficar entretida a olhar para aquilo e imaginar como se faz e tal… Eh pá, notas pormenores que ninguém vê, ‘tás a ver?!
Estou, Clóvis, estou a ver, sim. E também já percebi que não preciso de fumar ganzas… Mesmo! Porque reparar por reparar em coisinhas já eu reparo sem fumos e isso…


Notícias do Mundial


• Ontem desgastei-me a olhar para a televisão lá do ginásio - levei montes de tempo até descobrir que 'PAR' é o Paraguai!

• A Meo tem um canal, para mim especial, onde dá a possibilidade de seguir um só jogador durante os jogos, bem como uma infinidade de outras opções, assim haja tempo e paciência para explorar. A rica filha diz: 'fixe, assim vou seguir o Mathías* quando ele estiver a jogar!' toda entusiasmada. Do rico filho ainda desconheço a opinião acerca do tal canal mas imagino que seja: 'oh, eu gosto é de ver o jogo todo!' seguido de um encolher de ombros. Diferenças entre sexos, possivelmente.

• Ainda não ouvi vuvuzelas nenhumas...

• O sapateiro que trabalha no Metro e o rapaz da casa de peças de automóvel estavam no café a ver o jogo. Eu sei porque fui lá pedir jornal velho para limpar os vidros...

• O merceeiro trouxe uma camisa verde porque tinha esperanças que eles perdessem.

• As vuvuzelas afinal lá se fizeram ouvidas.

• As meninas do escritório mais o menino do escritório saíram todos em procissão para irem ver o dito jogo. Há bons patrões, não se diga que não.

• A padeira espantou-se de eu não ter nenhuma televisão onde ver o jogo e acha que 'a gente somos portugueses temos que torcer por Portugal!'. OK... O patriotismo é levado ao exagero por algumas pessoas.

• Zero a zero…


*http://verdeagua2.blogspot.com/2010/05/fa.html

Dias de um ginásio


O professor quer (não à força mas quer) que eu faça uma dieta aí em que há ausência de hidratos de carbono e mais não sei quê. Fiz-lhe ver que durante o dia carrego várias vezes um escadote comigo e que costumo ir ao armazém buscar garrafões de lixívia e de outras coisas. Eu lá tenho vida para comer alfaces ao almoço?!


Inércia



Acontecem muitas fotografais quando nada tenho a dizer, deixo que as imagens falem por mim.
É sempre assim...

Cantiga d' hoje na Lisboa d' ontem

Muitas fotografias, trá-lá-lá!