sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

29 de Fevereiro de 2008

O tempo passa veloz. Nasci num ano bissexto e este é o meu décimo ano bissexto, logo... tenho __?__ anos.
Para abrilhantar e clarear este dia mais raro que os outros, ouvi um saboroso elogio de um cliente habitual*: - "Que Deus a conserve com saúde! Que linda senhora!"
Quando eu tinha menos uns quantos anos bissextos - para aí metade dos que tenho agora - ninguém me dizia coisas destas. Será que agora sou mais bonita do que fui na juventude?
* o asterisco quer dizer que o elogio foi dito com o maior respeito por alguém que já conheço há alguns anos, para além de que, acho que vou estar para aí uns dois dias sem odiar a minha profissão porque, eu não sou mais bonita do que era na juventude, o que acontece é que, se eu não lidasse de uma forma tão directa com tantas pessoas tão diversas na sua maneira de comunicar, não ouviria agradabilidades destas...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Uma espécie de achega ao post anterior

Há dias na vida de uma pessoa em que é assim...
De maneiras que é isto:



acerca da foto: assaltei o arquivo da Gigi e roubei-a

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Café Nicola


A marca de café Nicola promoveu uma iniciativa engraçada. Quem quisesse participar enviaria uma frase que começasse por "Um dia..." e o resto da frase ficaria por conta da imaginação do participante.
Há dias, enquanto bebia um café, reparei numa dessas frases. Era assim: "Um dia faço de ti a pessoa mais feliz do mundo". Lembrei-me imediatamente que a pessoa que escreveu aquilo é melhor despachar-se ou ainda se escoa o tempo e não terá tempo de fazer nada...
Depois, já no meu passeio habitual e ainda com o gosto de café na boca, reflecti para descobrir se já alguma vez me sentira a pessoa mais feliz do mundo. Demorei poucos segundos a concluir que sim, já me senti a pessoa mais feliz do mundo várias vezes - a pessoa que já fez de mim a pessoa mais feliz do mundo é o Luís. Não sei se é fácil ou não mas lá que ele consegue, consegue...

sábado, 23 de fevereiro de 2008

A glória do Homem

Há pouco vi na TV o André Sardet actuar no programa comemorativo dos 15 anos da TVI. Enquanto ele actuava tinha toda a audiência atenta à sua actuação. Devo dizer que, para além de atenta, a audiência estava absorta pela emoção do momento.
Imaginei quão bom deve ser para alguém, apenas com um gesto - neste caso cantar - ser acalorado, aplaudido e seguido atentamente por centenas de pessoas. É a glória do Homem... vã e efémera, sem dúvida, mas certamente será também uma sensação fantástica e inesquecível.
Um dia gostava de sentir essa sensação, mesmo sabendo que é vã e efémera. Afinal, nesta vida tudo é vão e efémero.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

E hoje...

... pediram-me "corda para assim tipo pendurar a roupa".
Desta vez quem teve graça foi o cliente. Eu ri-me e disse:
- Corda para assim tipo pendurar a roupa?... Tenho, sim.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Mais uma gracinha aqui da Gigi:

Cliente:

- Eu queria um quilinho de gesso.

Eu:

- Um quilinho é um quilo pequenino, portanto é menos de um quilo, não é?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Uma expressão escrita

Aqui, exprimo muito melhor o que sinto do que se estivesse a falar com alguém. Muitas vezes, a minha timidez impede-me de falar, a minha cabeça não formula a frase, a voz não sai, fica tudo cá dentro a ferver. Escrevendo, eu penso, penso e sai alguma coisa porque não importa o tempo que demoro a formular a frase e a voz nem sequer precisa de sair. Acalmo a fervura com os dedos. E a voz fica calada. É o costume, até já devia estar habituada mas não estou. Já devia sentir isto como uma parte de mim mas ainda não sinto, ainda não me habituei.
Toda a minha vida tenho pensado demais, não por racionalidade, antes pelo contrário, por ser fantasista. Apraz-me ficar perdida em pensamentos, que são maioritariamente fantasias, deixando-me levar... de encontro a quê? A nada... Devia deixar estes pensamentos onde estão e não ir lá buscá-los. Mas... se é algo que me dá prazer, porque não continuar? Por nada... Por nada, não - porque sim e porque já me habituei.

Hoje o dia esteve assim

Acho que dá para perceber que estava a chover muito quando tirei esta foto. Consegues ver a água a descer pelas escadas?

Pois é... o dia hoje esteve assim. Não me lembro de alguma vez na minha vida ter ficado impossibilitada de trabalhar devido ao mau tempo. Hoje, Loures foi uma cidade-ilha, não conseguimos sair de cá... olha!... Ficámos por cá!...
Sabe bem uma folga com a qual não se está a contar mas é estranho, parece que o dia nunca mais passa. De repente, vemo-nos a braços com tempo a sobejar e o raio do tempo teima em não passar. Mas ele há-de passar e amanhã será outro dia.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Jogo de Futsal

Apesar da chuva fui ver o rico filho jogar. Vi-o correr atrás da bola, vi-o fintar o adversário, vi-o marcar um golo e vi-o ficar todo contente. Até o vi festejar, ele que não é dado a grandes manifestações de entusiasmo.

A foto está gira, não está? É o André ainda de chucha e a jogar à bola. Naquela altura ainda não sabia marcar golos mas já corria que se fartava e também já sabia cair muito bem.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Os meus ténis - pela terceira vez

Ora bem... o que se passa é o seguinte:
Eh pá! Os meus ténis... continuam a sua... saga ou coisa assim. Hoje foi tal e qual isto:
- Olha os ténis mais cobiçados de todo o Ginásio!...
E uma vez mais, ei-los! Merecem a honra do destaque. É justo, depois de longos meses de apreciação verbal ou simplesmente visual. Visual, pois!... Que eu bem os/as vejo olharem em viés para os meus pés.



terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Hipocrisia

Há características que eu gostaria muito de ter. Uma delas é a hipocrisia - foi esta a palavra mais adequada que achei para defenir o que quero dizer, uma vez que no diccionário que uso habitualmente, a definição para a hipocrisia é: manifestação de virtudes ou sentimentos que realmente não se tem.
E agora vou explicar porque é que gostava de ser hipócrita. É porque, profissionalmente falando, essa característica dar-me-ia um jeito do caraças em certas ocasiões.
E agora, tentando escrever isto de um modo lacónico e directo, aí vai:
É que, em certas ocasiões, custa-me horrores não poder mandar algumas pessoas à merda... e mesmo não podendo, acho que essa vontade é notória na minha expressão. Não consigo disfarçar o que sinto.
Mas mesmo sendo assim, tenho as minhas máscaras e sou hipócrita. Se quiseres saber mais clica aqui.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ouve-me com atenção

Saímos, pela primeira vez, com um casal que já conhecemos há algum tempo. Conhecemos melhor o marido porque é cliente do Luís, e a esposa, apenas conhecíamos do género:"Bom-dia, tudo bem?" ou "Então como é que isso vai?", que é o mesmo que dizer que apenas conhecíamos de vista.
Têm aproximdamente a nossa idade, são simpáticos e perfeitamente acessíveis. Começámos logo a tratar-nos por tu (refiro-me às fêmeas) para afastar formalidades e o jantar decorreu às mil maravilhas - convém acrescentar que não esperava outra coisa.
No dia seguinte, o Luís disse-me:
- Durante o jantar achei-te muito descontraída.
Fiquei contente e acrescentei:
- Sim, estava mesmo descontraída. Foi uma saída agradável. Por acaso, reparei e achei engraçado que, de cada vez que eu falava, a Eugénia ouvia-me com muita atenção.
- Ah... - fez o Luís - isso é porque ela tem um grave problema nos ouvidos devido ao mergulho. Ela ouve muito mal...
Conclusão:
Não pode a malta (eu) achar que até está alguém verdadeiramente interessado em ouvir o que tenho para dizer... afinal a rapariga sofre de alguma surdez porque em tempos abusou da prática de mergulho... assim sendo, é normal que quando eu falo ela tenha que olhar com muita atenção para mim para não perder pitada do que eu estou a dizer... ohhhhh!!!...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A vida continua

Costumo pensar - e às vezes dizer - que não gosto da rotina. E não considerando a minha vida rotineira, ainda assim, há uma rotina na minha vida. É a chamada normalidade. E agora já tudo voltou ao normal.

Também costumo pensar - e às vezes dizer - que a normalidade é algo que não existe. Acho que não vou mais pensar - ou dizer - isso, porque afinal a rotina e a normalidade existem. Hoje sei isso porque estava cheia de saudades de fazer as coisas de sempre e de sentir a normalidade da minha vida.

A vida continua, normal. Que bom.

:-)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Continuo a achar que é melhor escrever mais qualquer coisa

Queria ter uma cara inexpressiva e impenetrável. . Não consigo. Muitas vezes dou por mim a sorrir ou a franzir o sobrolho porque vejo as pessoas olharem-me com um leve ar interrogativo. Apercebo-me e mudo imediatamente de expressão. Tento mostrar uma cara inexpressiva e impenetrável. Aquela cara que eu queria ter.

-"huumm... não vou conseguir isto por muito tempo..." - penso eu.

Não, não consigo.




Queria ter uma cara inexpressiva e impenetrável. Não consigo. Muitas vezes dou por mim a sorrir ou a franzir o sobrolho porque vejo as pessoas olharem-me com um leve ar interrogativo. Apercebo-me e mudo imediatamente de expressão. Tento mostrar uma cara inexpressiva e impenetrável. Aquela cara que eu queria ter.


- "Huumm... não vou conseguir isto por muito tempo..." - penso eu.


Não, não consigo.
E agora para não ficar aquele post tão dramático como cartão de visita do meu blog, vou escrever qualquer coisa de positivo:

O Luís está muito melhor.
:-)

Se bem que ninguém tenha manifestado a minha ausência, eu explico:

No último post despedi-me até Terça-feira. Já é Sábado e só hoje aqui estou a escrever. Nos textos que se seguem eu explico o motivo da ausência.

"Olhos d' Água, 3 de Fevereiro de 2008

Estas férias não estão a correr muito bem. O Luís está doente. Já veio doente, mas medicado. O que acontece é que não parece nada melhor apesar da medicação.
A Paula, o Fernando e os miúdos foram jantar num restaurante aqui perto. Eu não quis ir, não consegui deixar o Luís aqui sózinho porque estou a ver o caso muito mal parado."

"Loures, 5 de Fevereiro de 2008

Tal como escrevi há dois dias atrás, o Luís está doente. Ontem, quando chegámos a Loures, deixámos os miúdos em casa e nem levámos as malas para cima, fomos direitinhos ao hospital. Lá, fizeram-lhe uma data de análises e exames para descobrir o que ele tinha. Foram 8 horas sempre na expectativa, sempre com medo... Tentei a muito custo não pensar no pior mas não consegui isso sempre, sentia-me perdida e impotente por não poder minimizar o mau estar que ele sentia.
A Paula ligava-me de hora a hora e deu de jantar aos miúdos, foi uma querida, aliás, foi muito amiga."