quinta-feira, 24 de julho de 2008

Não tenho os pés assentes na terra. Ando sempre a flutuar. Sempre suspensa no ar.
Às vezes sonho que flutuo. Se estiver a sonhar dormindo sinto o sonho como se pesadelo fosse. Porque me desprendo de mim mesma e me abandono. De repente percebo que aquela "coisa" fica fora de mim e não gosto. Se estiver a sonhar acordada gosto de me sentir flutuar. É lânguido, deleitoso...
Possivelmente o sonho é uma forma do meu lado racional me dizer que não devia flutuar. É esse lado a dizer-me que tenho que deixar-me descer e tocar com os pés no chão. Depois, andar bem assente.
Sei que quero o impossível. Mesmo tentando alcançá-lo e apesar de o saber inatingível, sonho e flutuo acordada. Nunca estou aqui. Nunca estou onde estou. Nem agora.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olha em frente, bate as asas, flutua e vai atrás da tua utopia.
Viva o impossivel!

Gina G disse...

Há momentos na minha vida demasiado sonhadores. Tão sonhadores que me assustam, por vezes.