quarta-feira, 30 de julho de 2008

Uma vez ouvi alguém dizer:
- As mulheres muito inteligentes são perigosas... e capazes das maiores atrocidades.
- Sim - concordei - e em simultâneo capazes dos maiores sacrifícios enquanto mães.
- Porque isso lhes é imposto! - disse-me num tom de racionalidade convicta e abrupta. Um tom de voz muito próprio dos seres humanos do sexo masculino.
Discordei. Respondi que não era bem assim, o instinto protector que as mães sentem nem sempre nasce com elas e que, dando o meu exemplo que é o que melhor conheço, comigo só tinha desenvolvido depois de ser mãe. Não me foi imposto, eu queria ser mãe, mas o instinto não existia...


Reflexões num casamento

Num casamento há um magote de gente. As pessoas convivem entre si e manifestam-se despreocupadamente revelando os pontos principais da sua personalidade.
Lá, na festa de casamento, havia mulheres solteiras e/ou descomprometidas e havia as casadas e/ou comprometidas, algumas já com filhos. Umas quantas das mulheres que referi em primeiro lugar, revelavam já um forte instinto maternal pois não largavam as criancinhas, brincavam e estavam com elas, pareciam ter nascido para a maternidade.
Lembrei-me da conversa que relatei no texto acima em itálico. A minha ideia intensificou-se - não é verdade que uma mulher é maternal por imposição.
É verdade que se sente uma responsabilidade que anda de mãos dadas com a obrigação. A minha obrigação enquanto mãe é educar e preparar os meus filhos para a vida. Poderá esse sentimento ser confundido com imposição? Não creio nisso pois nasce o amor.
Nascer mulher é condição, assim como nascer homem. Nasce-se assim e a vida encarrega-se, ou não, de desenvolver os instintos.

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