terça-feira, 5 de agosto de 2008

Curiosidade

Tenho uma grande curiosidade em saber como seria se eu deixasse de lá ir. Que falta faria? Ou, por outra, faria falta? E, se fizesse, que tipo de falta faria? A da companhia ou a do dever?
Tantas questões e eu sem resposta para elas. Teria as respostas se fosse atrás daquilo que me apetece fazer. Também poderia pensar que aquilo é o que devia fazer, talvez desse um ar mais compenetrado e racional à situação. Talvez assim eu ficasse por cima e com o comando na mão. Seria bem mais fácil se admitisse que dirijo a minha vida.
Mas afinal aquilo é só uma vontade e não um dever. O que me apetece fazer confunde-se com o que devia fazer. Salto entre uma e outra e fico cansada.
Dás cabo de mim. Deixo porque a solução está exactamente naquilo que não posso fazer.

4 comentários:

Anónimo disse...

Para o nosso equilibrio psicológico é importante pensar que fazemos falta.
Conhecemos a expressão só faz falta quem cá está.
É por isso que sempre recusei o desaparecer.
Há que aparecer sempre...nem que seja para chatear.

Eu por mim sinto que faz falta!
- faz falta para reflectir sobre as histórias que nos contas.
- faz falta para ouvir uma voz diferente no meio laboral.
- faz falta para partilhar o bolo da 2ª e da 5ª feira.
- faz falta para uma conversa interessante durante o almoço (ocasionalmente).
- faz falta para a companhia do gelado (ainda que com cheiro a farinha maizena).
- faz falta para trocar impressões acerca das atitudes dos ricos filhos.

(CHEGA, NÃO CHEGA?...CLARO QUE FAZ FALTA!)

Gina G disse...

ok... obrigada.
Às vezes apetece-me desaparecer quando leio (umas horas ou dias depois) algumas coisas que escrevo.

Anónimo disse...

O elefante é dos poucos animais que abandona o seu meio para morrer.
Não queiras ser elefante.
Vive todos os dias.
Há sempre algo de novo à nossa espera.

Gina G disse...

É verdade. E aguardo-as ansiosamente. Já as vou sentindo...