sexta-feira, 12 de setembro de 2008

outra vez uma viagem de metropolitano... três vezes na mesma semana não é nada comum, principalmente estando de férias mas lá fui eu... e vi de passagem:

o jovem... rebusca rapidamente no bolso das calças xxl que traz vestidas procurando o telemóvel que o chama perdida e convulsivamente... como se fosse um cão a ganir pedindo festinhas...

a velhota... daquelas que tem um casaquinho vermelho com botões dourados em malha canelada e que foi a grande moda para aí a meio da década passada mas não faz mal porque já está um friozinho do caraças e para o enfrentar não interessa para nada o que acabei de escrever...

o gay... sim, é mesmo gay porque é doutor, se fosse ladrilhador ou bate-chapa ou camionista ou isso era paneleiro, quando o vi estava fortemente intencionado em não tocar com a pasta que trazia consigo em coisa alguma ou em alguém, de cada vez que tal acontecia fazia trejeitos com a boca revelando enfado, talvez nojo, em que a pasta (pois, pois... a pasta) tocasse em alguém... 'tava a ver que o homem (!!!) ia vomitar ali... tal era a náusea que parecia sentir...

a dupla de amigos... conversam animadamente acerca de uma entrevista que passou ontem à noite na TV, estão sentados num banco de três lugares sobrando, pois claro, um dos lugares... sento-me lá, naquele lugarzinho pequenino toda encolhidinha e coiso... e maldigo-me a mim mesma por passar tantos minutos da minha vida com a mania que tenho certas partes do corpo assim como que para o grande... se esse pensamento fosse verdadeiro eu não caberia ali...

a menina... dezasseis aninhos, para aí... alta, esguia, linda, loura e... pele cor de solário mas... mesmo assim continua alta, esguia, linda, loura e... só mesmo eu para reparar na artificialidade da cor da pele da rapariga... para que é que isso interessa...? o resto é que é interessante...

o homem... assim que se ouve o toque do telemóvel do jovem já apresentado neste post mete a mão à boca para abafar o riso mas o sacudir de ombros denuncia-o e eu sinto que o melhor é não olhar mais para ele a ver se consigo não me rir eu também com tão insólito som...

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