domingo, 4 de janeiro de 2009

Perigo


Escrever é perigoso. Mostra-se a alma. Gasto do meu tempo a escrever e deixo afazeres importantes para trás.
Mas afinal que é feito da vida sem uns perigositos? Sem o prazer de não cumprir um dever? Sem balançar? Sem arriscar? E até sem cair?



Eu vivo em perigo porque se tivesse juízo não escrevia o que escrevo num blogue.


foto: Google

8 comentários:

V. disse...

Concordo :)

Sem te conhecer acho que te conheço um pouco, talvez no blogue escrevas mias de ti do que dás a mostrar a quem não o lê.

Não sei, sou eu a pensar... :)

Bjinhos, Feliz 2009!

Gina G disse...

E pensas bem. Nunca achei que a Internet seja um escudo protector para quem escreve como eu. Na vida 'real', não é que não me revele, o que acontece é que aqui revelo-me mais depressa.

Obrigada e igualmente para ti!

Anónimo disse...

às vezes comentar tambem é mostrar "a alma".
...é por isso que cada vez comento menos. Estava a ficar demasiado transparente.
(AcB)

Gina G disse...

Agradeço a dobrar. ;)

inespimentel disse...

Também esse medo de andar por aqui, de janelas escancaradas, me vai passando! Agora até me dá uma carta pica!
Mentira, ou talvez meia verdade... no meu blogue, por vezes, gostariA DE IR MAIS FUNDO, não o faço por pudor; certas coisas revelo a anónimos cidadãos do mundo, não a vizinhos, colegas amigos ou família... entendes-me?

Gina G disse...

Entendo muito bem. No fundo, contamos aqui o que não contaríamos a quem nos conhece a cara e que também gosta de nós. E isso é contraditório.
O que nos levará a apregoar ao mundo as nossas coisas escondidas, aqueles 'eus' tão intimos? Creio que é a tal liberdade misturada com a tal possbilidade de aqui sermos ouvidas/os. Ao passo que, se contarmos alguém que hoje partimos uma unha, aqueles que nos conhecem a cara e que também gostam de nós, não nos ligarão a mínima.

Anónimo disse...

Se e quando me baterem à porta ela estará pronta a ser aberta. Por agora prefiro a clausura que me encerra nas paredes das palavras que por pudor não escrevo. Já nada é como dantes...
Se o futuro existe desprezo-o hoje.
Nada me apetece!
(AcB)

Gina G disse...

Vou repetir-me mas acho que vale a pena:

Sempre que (e só se) te apeteça.