sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Telefonema


Telefonaram-me para me «fazer umas perguntinhas para um estudo de mercado». Quando questionei se seria «demorado?», responderam-me que «levava apenas uns minutinhos» e eu pensei: bem... se são minutinhos deve ter cinquenta segundos cada minutinho... para aí... mesmo assim é capaz de levar algum tempo... mas pronto, o homem 'tá a ver se apresenta serviço, coitado, eu ajudo e tal, pensei, não disse. Mas disse «OK, vá lá, diga lá então mas olhe que eu 'tou a trabalhar!». Ah e «não se preocupe, minha senhora que isto não demora nada».
A primeira pergunta foi «a sua idade?». Mau maria!... Lá disse... Queres ver que este agora de seguida pergunta-me o nome e depois já vai querer saber o email? Mas não. Eram perguntas de marcas e eu dizia as marcas que me lembrava. Marcas de artigos de papelaria, de carros, de bebidas energéticas, de agências de viagens, de vinho do porto... Vinho do porto? Não me lembrei de marca nenhuma. Esta é a pessoa errada, ó pá, desculpa lá! Ah e «não se lembra, não faz mal, minha senhora».
Fêmea que é fêmea não conhece, logo não se lembra, de marcas de vinhos do porto, ? Eu cá acho que é!
Ah e «agora só precisava que a senhora me dissesse o seu nome...». Ai o caraças... Queres ver que é agora que ele vai pedir o email? Mas não... Ah e «obrigada, dona Gina, e muito boa tarde!»
Ah e «de nada!» deixa lá isso, filho... A gente 'tá aqui para se ajudar uns aos outros... É Natal e tudo.

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