quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eles e elas


Conheço-a há muitos anos, diz-se que é fufa. Se julgar pela aparência ela quer ser um deles, pelo menos. É monitora ou coisa assim de meninos em idade pré-escolar.
Noutro dia observei-a num jardim trabalhando a brincar, ou brincando a trabalhar, com um grupo de crianças. Efectivamente, nota-se-lhe um grande à-vontade com elas mas isso não é nada que eu já não soubesse, já lhe tenho vendido coisas que ela de repente vê e leva para os meninos, vejo o carinho com que o faz. A mulher é fufa, é o que aparenta, mas é capaz de sentimentos maternais. Maternais ou paternais?! Bem, adiante.
Hoje ainda não tenho a certeza se concorde ou não com possibilidade de os casais homossexuais adoptarem crianças órfãs e/ou maltratadas. Não sei.
Se a probabilidade de os filhos saírem aos pais é forte, se os filhos de bandidos em bandidos dão, se as filhas das putas em putas dão, então deixem-se de merdas porque o mais é certo é as crianças adoptadas e educadas por fufas e paneleiros em paneleiros e fufas darem...
O mundo está tão baralhado, já não se sabe onde mora o bem e qual o mal que havemos de deixar de lado, que qualquer dia quem está 'fora do sítio' são os casais e as famílias ditas normais. Uma família assim como a minha: homem, mulher, filhos, cão, gato, periquito, tartaruga, casa e recheio, carro para a gente passear...
Mas não, não concordo com isso da adopção. Faz-me muita impressãozinha.


4 comentários:

Manuel disse...

Estou de acordo com tudo o que escreveu.
Não consigo engolir essa de adopção.

redonda disse...

Como não?
Imagina só o que é para uma criança crescer numa instituição em que por melhores que sejam para ela, não são seus, seu pai, sua mãe, sua família. O que será ter 18anos (e depois por aí adiante, a partir da altura em que se deixa a Instituição) e não ter uma família de quem se queixar, com quem passar o Natal, a quem recorrer nem que seja só para desabafar.
O que importa é ver em concreto se as pessoas que querem adoptar conseguem tornar-se a família da criança.
Conheço casos de crianças e adultos que cresceram em instituições. Seria muito melhor que tivessem tido uma verdadeira família.
Admiro muito os que adoptam e se tornam pais de coração e se forem capazes de o ser, não importa para nada que sejam ricos ou pobres, bonitos ou feios, hetero ou homo ou bi ou o que for.

Space Flyer disse...

Nada voltará a ser o que era.
A evolução faz-se evoluindo.
Chegará o dia em que mudarás de opinião.

Gina G disse...

Continuará a fazer-me impressãozinha, Redonda... Até ao dia em que mudar de opinião, Space Flyer.