quinta-feira, 13 de maio de 2010

Qual é a sua graça?


A dona Palmira sai do escritório em seu passo rápido mas curtinho.
- Chamei-lhe Palmira porque acho que ela tem mesmo cara de Palmira. Achas que lhe fica bem?
- Hum, não sei... - Diz ele indeciso.
- 'Bora perguntar-lhe como se chama?
- ...?
Fiquei envergonhada com o ar expectante dele:
- Pergunta tu.
- Não, pergunta tu. Tu é que queres saber como se chama, ora!
Entretanto a dona Palmira alcançou o sítio onde nos encontrávamos. Lancei-me:
- Estávamos aqui a pensar que não sabemos o seu nome...
Ela estaca, algo atónita.
- Qual é a sua graça? - Prossigo eu contente com a reacção que provoquei e já esquecida da vergonha.
Sem desmanchar a surpresa que tinha estampada no rosto, diz:
- Isabel...

E agora: será que a dona Palmira se chama Isabel? Mistério...


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