domingo, 18 de julho de 2010

As sobrinhas e o irmão


De manhã fui à igreja, há montes de tempo que lá não ia, talvez anos.
A vida é sempre surpreendente, no púlpito cantava um pequeno coro, metade desse coro eram pessoas do meu sangue. Quem diria, há vinte anos atrás, que a menina que sempre rabiscava as Bíblias dos crentes, a menina que tinha uma bochecha maior que a outra por dormir sempre para o mesmo lado e o jovem bruto que nem um serro e aspirante a ciclista hoje cantariam louvores ao Deus em que crêem? Ninguém diria, daí vem a surpresa da vida.
Gostei de ir.
Ir à igreja hoje em dia é fácil, não se fazem coisas muito diferentes, já não se é assim muito 'diferente'. Há até uma certa irreverência por parte das pessoas, não estão sossegadas nos seus lugares, cantam e pulam, batem palmas, divertem-se. Mas é uma irreverência saudável, ninguém me pareceu aborrecido de ali estar.


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