quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Na terça-feira foi assim:

Preâmbulo

Tenho andado muito ocupada... Talvez os leitores não saibam ou não se apercebam que eu em casa tenho menos tempo para escrever. Mas por agora o trabalho e as outras ocupações avagaram. Eu estou aqui. 


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Divagações duma dona de casa atarefadíssima

Limpei três candeeiros desta casa. Usei um pano molhado. Não desliguei o quadro da eletricidade. Conheço (conheci) uma senhora que morreu assim, a limpar um candeeiro... Tentei o suicídio, diga-se. Três vezes. Estou viva. Sou uma mulher com uma sorte do caraças.

Limpei(ámos) (leia-se lambi, ou lambemos) todas as superfícies de três divisões, daí o número de candeeiros no item anterior, inclusivé superfícies exteriores, isto se considerarmos os estores como sendo exterior...
O lado de fora dos estores será propiedade privada ou considerada das partes comuns?!
Grande questão, bem sei...

Enquanto passava o pano, lembrar a dona Irene foi recorrendo na minha mente. Ela falava da meia-lua que via nos estores das vizinhas, a pessoa limpava muito bem por dentro, introduzia o esfregão nos buraquinhos todos, retirava quilos de lama, mas quando chegava a vez da parte de fora, não havendo varanda, a querida vizinha estendia a mão e esfregava até onde chegava desenhando a tal meia-lua. E isso era perfeitamente dispensável, seria preferível não limpar sequer para não proporcionar aos transeutes tamanho espetáculo! Bem melhor ficar tudo na mesma cor cinzenta ou acastanhada de pó.
Era assim que opinava a dona Irene em tempos idos.

Lavar roupa na máquina pode traduzir-se em rolinhos de cabelos no fim da lavagem. Lavar cobertores e colchas pode traduzir-se em vários rolinhos de cabelo no fim da lavagem. Eu não ter mão e deixar voar um desses rolinhos que aterra na varanda da minha vizinha de baixo pode traduzir-se nisto: 'Hum, não foi a Gina que deixou cair isto, ela não fazia isso, foi mas é a cabra de cima, essa é que vem sacudir tudo para a varanda!'
Portanto, é assim: é fixe ter uma cabra cá em cima e uma amiguxa por baixo...

O rico filho é um rapaz muito prático. Tem uma namorada ('aquisição' recente) que lhe ofereceu uma foto de estúdio. Ora ele não vai de modas, para ter a imagem da rapariga bem à vista achou por bem colocá-la num dos pequenos móveis que suportam livros no seu quarto, espetou um agrafo bem na testa da miúda...

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