quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Fuçasbuque

Recebi um convite de amizade (acho que é assim que se diz...) no Fuçasbuque duma tal Paula. Lembrei uma antiga colega de escola, porque o nome coincidia, e fui cuscar o perfil da moça. Era ela. Aceitei, claro, é mais uma...
Entretanto chegaram as recordações.

Ficámos logo muito amigas no primeiro dia de escola, duas tímidas juntas é o que dá. Aprofundámos a amizade tanto quanto a pouca idade nos permitia. Fazíamos e dizíamos as parvoíces juntas. Dávamo-nos bem. Quero dizer, eu cá achava que sim.
Uma das parvoíces que a gente fazia era ir ao WC do Centro de Saúde que na altura funcionava num sítio diferente de agora. Íamos fazer chichi... Não sei mas acho que não. Íamos gastar papel e puxar o autoclismo, para aí... Um dia, ao descer as escadas, confessei-lhe a paixão assolapada que tinha pelos olhos verdes mais belos que eu já havia visto na minha curta vida. Pedi-lhe muito que não dissesse a ninguém, era um grande segredo, para mim seria tenebroso que alguém, principalmente ele, soubesse disto.


No dia seguinte a turma inteira sabia a minha vida em termos de paixões...
Uns tempos depois a amizade esfriou em muito, não tenho exatidão dos factos na memória mas às tantas teve a ver com o segredo revelado à traição. Nunca tive jeito para manter as pessoas por perto...

Nota: a imagem é o lembrete que escrevi à pressa num papelinho, a ver se não me esquecia de escrever este post.

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