quarta-feira, 20 de junho de 2012

Abandono

Já retiraram a placa maior àquele consultório de análises e exames. Vão sair dali. A bem dizer já todos saíram.
Vá, retirem lá as placas menores, as letras garrafais do 'Consultório' e o imenso número da porta, a ver se o prédio fica limpinho. Já agora voltem ao tempo antigo, em que o prédio apresentava a tinta gasta e escamada em várias partes e rios de humidade desciam do algeroz, tanto que formavam margens de musgo verde. Verdinho, verdinho.

«Recordar é viver.»

É?! E se eu não puder afirmar a realidade que apresento como sendo a mais verdadeira? Eu sei lá se escorria água do algeroz... E o musgo, haveria? De  que cor era o prédio antes da reforma?
Agora dava jeito conhecer um(a) daquele(a)s senhore(a)s adoradore(a)s de tudo quanto é alusivo à cidade de Lisboa (eu sei que há uma palavra que designa este gostar tanto de Lisboa mas não a descobri...) para perguntar; 'Olhe lá, como se apresentava o número xis da rua tal em tempos idos?

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