sexta-feira, 29 de junho de 2012

Crónicas

Tenho estado entretida a ler um livro de crónicas: 'Infância, quando eles eram pequeninos' de Sarah Adamopoulos.
É um livro que mostra a infância de várias figuras públicas com as suas vivências e costumes, com um olhar sobre o estado do nosso país noutros tempos.
Mesmo a infância dessas figuras sendo muito diferente da minha, revi-me em algumas frases constantes neste livro. Vou deixar escrito as passagens mais marcantes para mim.

«Eu era uma criança muito sensível. E essa criança ficou dentro de mim, habita-me. Os meus familiares acusam-me por vezes de parecer um 'puto', mas eu considero isso um elogio. Nesses dias sinto uma alegria quase tonta, e sim, mantenho essa curiosidade quase infantil, até porque um artista não pode viver sem essa inquietação.»

Excerto de um dos entrevistados, Carlos do Carmo, fadista.

«Gosta de pensar nos escritores como podendo pertencer a dois grupos distintos: o dos romancistas que prosam ficcionando, engenhosamente inventando personagens e circunstâncias elaboradas pela imaginação, e o dos que prosam relatando, dedicando-se à escrita biográfica, ancorada em vivências pessoais. Pertence ao segundo grupo, este narrador da vida.»

Excerto da autora do livro, retirado da descrição que faz de cada personalidade, neste caso o jornalista e escritor José Couto Nogueira.

Sem comentários: