quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A magreza-mor

'Ah, está mais magrinha... Que é que anda a fazer?!'

E pronto, eu digo que sou assídua no ginásio e persistente nos exercícios, ou então brinco dizendo que não como para não (voltar a) ser gorda.
Mas vou deixar-me destas coisas, vou começar a inventar.
Direi que me batem se me virem levando comida à boca, que tenho um pai que é cego e mesmo assim vê-me a comer e depois dá-me grandes cargas de porrada, que ando toda negra mas que ele sabe muito bem onde há-de bater mesmo sem ver e só me põe negras em sítios que olhares nenhuns - mesmo aqueles que vêm - alcançam.
Ou então direi que sou muito religiosa e ofereço jejuns ao senhor por modo a purificar a minha alma, complementando depois com trabalhos forçados porque não me dou com a auto-flagelação, faz-me muita confusãozinha à mente e depois então é que não purifico a alma. Direi que é na tentativa de agradar ao senhor e pelo bem da minha alma que estou magra.
O português adora os coitadinhos e também os batalhadores, contando estas coisas concerteza irei ter ouvintes interessadíssimos e mui indignados ao depois de ouvir as minhas histórias mirabolantes. Umas de dar dó, outras de enlevo.

Mas não é nada disto. O que acontece é que eu sou assídua no ginásio e persistente nos exercícios e encolho-me no que como.
E agora, pela segunda vez, (ver esta minha primeira vez aqui) vou usar o meu blogue para dizer o seguinte:

Se quiserem ficar como eu, suas invejosas, mexam esse cú e frequentem a porra de um ginásio, sejam persistentes nos exercícios e não comam tudo o que lhes apetece.

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