Morreu o fantasma, foi-me assim anunciado. Depois tive de decifrar qual o fantasma que havia morrido. Pois bem, morreu este fantasma.
Este post é só para que conste o obituário, porque foi alguém de quem escrevi, alguém de quem até descrevi a morte. Este post não é surrel porque o modo como descrevi a morte não correspondeu à realidade. O fantasma, a bruxa, a comunista, como lhe chamávamos, não morreu em cima da cama, de janela aberta para todos vermos a morta. Não. A Alexandrina (agora já posso revelar o nome dela) morreu longe de casa, ao que parece morreu sem um ai, sem um pio. Morreu a Alexandrina, aquela que passava lá à porta da loja e perguntava:
- Atão, ó comunista!
Para ela todos éramos comunistas, ou comunas, como também gostava de chamar...
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