sábado, 24 de julho de 2010

Post com dois serviços


Primeiro serviço:

O rico filho amanhã faz 16 anos. Pensei em deixar um post de parabéns programado mas depois desisti da ideia.
Se alguém quiser deixar os parabéns ao rico filho antes do dia 25, amanhã, que o faça à vontade porque primeiro: nem ele nem eu somos supersticiosos, segundo: no dia 24 de julho de 1994 já ele dava mostras de quem se ia fazer ver e ouvir.
E pronto, fica assim registado o dia de anos do André que espero seja muito feliz. Pelo menos a malta vai fazer por isso, ok rico filho?
Por aqui me fico e ao texto junto fotografia de um bebé, lindo pois claro, de que tenho (algumas) saudades.



Segundo serviço:




Estou de férias e hoje vou de férias. Finalmente! Sei que vou divertir-me. Sou uma pessoa simples, a minha diversão passa por passear, ver, ouvir, estar e... escrever. É interessante como nunca me cansei de escrever e na verdade estou sempre a escrever.
Vou daqui com o meu blogue na lembrança e até já estou com saudades dele. Há outras formas de escrever, eu sei, e é de uma outra forma que escreverei nestes dias de ausência blogosférica.
Eu nunca deixo de escrever, eu estou sempre a escrever. Se não nas teclas, se não no caderno, então mentalmente. Escrever é um exercício do qual muito dificilmente me desapego.

Chegou a hora da despedida: vou ali e já volto, não demoro nada.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Diário das férias cá dentro


O dia hoje não tem interesse. Tirando a senha 68 que me deram na Segurança Social. Achei que aquilo ia demorar e fui para casa. Depois de almoço fui lá outra vez, senha 44... Desisti. Vou lá outro dia, estou de férias.

...

Afinal acho que há mais coisas com interesse: malas para baixo, coisas lá dentro, corropios e rodopios cá em casa, últimos preparativos para uma ida até ao mar Mediterrâneo e suas areias vulcânicas. E pronto, mais não digo.


Ai, que prazer!


Tenho grande prazer em desarrumar lojas. Mexer e remexer. Deve ser deformção profissional, vingo-me da trabalheira inglória de que muitas vezes sou vítima por parte de clientes. Clientes assim como eu, sem mais nada que fazer, é que estou de férias...
Ai que prazer, este da vingança! E depois venham cá dizer que exagerei ali ao lado no perfil, vá.


Se


Se eu fosse uma flor agora era uma flor. Se eu pudesse escolher a flor que queria ser, escolheria a mais bela - a rosa.
A beleza é efémera mas vale a pena esse sol de pouca dura. Mais vale ser muito admirada e querida por pouco tempo que passar toda uma vida sem nenhuma dessas coisas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Diário das férias cá dentro


Andei o dia inteiro a laurear a pevide, eu que até nem sei onde tenho a minha pevide e nunca laureei nada. Logo, nenhum tempo para a escrita que aqui deposito normalmente. Lamento a ausência de desenvovimento acerca do meu dia de hoje, muito embora ache que mais ninguém me acompanha no lamento, mas é que estou exausta. Escrever de noite não é para mim.
Amanhã conto ter mais tempo para esta minha mania de brincar aos blogues.


Dias de um ginásio


Anda lá no ginásio uma professora com um par de mamas tão grande, tão grande que o decote levanta, não lhe assenta em cima das ditas. Ou seja, o decote faz uma ponte desde os ombros até quase à ponta das mamas. Devem ser copa f, de falsas.


Diário das férias cá dentro




Isto que vou escrever é do dia de ontem. Escrevo hoje de ontem porque, por estranho que pareça, de férias tenho menos tempo para escrever.
Depois do último post fui ao ginásio. Apanhei a camioneta, aqui na saloiada não se diz autocarro e sim camioneta, e lá fui toda contente. Metro, livraria de tenda, nenhum livro comprado, passeio agradabilíssimo à beira Tejo. Treino, pizzas, olhinho ao blogue, nenhuma paciência para escvever.
Podia ter escrito, estou agora a lembrar-me, acerca da mistura explosiva que é treino+pizzas. Mas não escrevi.
Posso é escrever acerca da fotografia deste post: esta fotografia não tem nada a ver com o post. A minha ideia era ontem tê-la plantado num só post e na etiqueta das fotografias por dia e blás mais as limpezas e as mudanças que andei a fazer. Mas assim, olha, fica na etiqueta das férias 2010. Não tem nada a ver mas fica bem.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Diário das férias cá dentro


Lembrei-me de escrever um diário das férias. Não sei se vou ter a preserverança necessária para levar o diário até ao fim das férias. Logo se vê.
À partida pode parecer uma ideia estapafúrdia, isto de escrever banalidades tem um certo peso. Nas banalidades está a vida no seu estado mais puro. Isso pesa. É nas banalidades que a gente se revela.



Estive em limpezas até agora. Devo ter demorado mais porque gosto de intervalar tudo o que faço. Limpar, escrever, comer, beber e outras. Limpei e arrumei uma série de coisas, houve até tempo para calafetar algumas portas, que o inverno vem aí, esse malandro.
A rica filha disse-me:
- As pessoas não lavam a porta da rua, mãe...
- Lavam sim!
- Nunca te vi lavar essa porta.
- ...
Tenho as mãos a cheirar a óleo de cedro e na casa um agradável aroma de limpo, se bem que só limpei uma sexta parte da casa, para aí. Adiante.
Estou sozinha em casa vai para três horas e não gosto, não me sinto confortável, há que tempos não me sinto confortável neste tipo de solidão! Adiante.
Entre as voltinhas limpadoras que dei hoje na minha casa, mudei algumas coisas de sítio. A fotografia acima mostra uma dessas mudanças. É um jogo de xadrez que ofereci ao meu marido há uma carrada de anos. Mas os 'bonecos' estão todos tombados porque não sei em que ordem os colocar. Podia tê-los posto em pé, desordenados como só eu sei fazer, para posar para a fotografia, mas não quis. Naturalidade acima de tudo. Se a naturalidade for uma certa dose de desordem tanto pior. Ou melhor. Adiante.
Estou há que tempos a escrever e ainda não disse nada que jeito tenha. Adiante.
O sapo comprei o ano passado numa casinha de bonecada no Bairro Alto, em Lisboa. Para comprar algo que ficasse como recordação dos vinte anos de matrimónio. Diz que os sapos espantam os ciganos, ou por outra, diz que os ciganos têm horror a sapos, crêm que neles está uma maldição qualquer. A ideia principal não foi essa de espantar e afastar os ciganos, como já expliquei antes. Adiante.
As velas com os números pintados à mão, pela mesma mão que escreve este texto, são as idades dos ricos filhos ao momento. Se bem que estão a deixar de ter esta idade não tarda. Fica como recordação. E fica também como recordação deste meu primeiro e maravilhoso dia de férias. E não adianto mais nada.


Fohas


Tenho papel higiénico cá em casa com desenhos de folhas em muito semelhantes aos coentros.


Adenda:

Estar muito tempo seguido em casa não me faz bem. Depois revela-se no que escrevo.


Normalidade


Sou uma pessoa... normal. Sou uma pessoa normal. Tão normal, tão normal que não sei onde pára a minha normalidade. O ser normal... é não o ser.


Férias...


Hoje há um grande acontecimento na minha vida: comecei as férias. Não sinto alívio ou felicidade. Podia dizer que as circunstâncias não permitem tais sentimentos. Mas não digo. Digo antes que é uma grande dose de parvoíce, daquela mesmo pura, o facto de não sentir a vulgar felicidade que preenche e muito anima as pessoas que estão de férias.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Sorriso sabedor


O homem do tambor havia depositado o mesmo no chão. Queria parafusos para fixar algo que tinha solto no tambor.
Olhou-me e sorriu divertido, parecia uma criança mostrando o brinquedo preferido. O momento valeu pelo sorriso dele, porque não é uma pessoa de sorrisos, e pela visão conjunta e nunca antes vista de ‘homem+tambor’.
O sorriso mostrou uma dentadura irregular e escura mas também mostrou que sabe que eu lhe acho um piadão. Ele sabe… Só não sabe que eu lhe chamo o homem do tambor, creio.


Tecido


Ouvi dizer que temos tecido eréctil no nariz. As vulgares comichões no nariz, portanto, são fruto de alguma emoção que sentimos. A gente excita-se, o tecido cresce e faz comichão.

(Se calhar não devia escrever estas coisas...)


A face da culinária


O bacalhau tem cara. O porco tem bochecha.

Almocei caras de bacalhau. Não que na ementa constasse bochechas de porco mas lembrei-me disto...


Mariquices


O Clóvis a contar-me as suas compras disse-me que tinha comprado ‘um fato todo paneleiro’. Eu, sabendo do asco que ele tem às coisas amaricadas e por ser tão notório esse asco, perguntei-lhe muito espantada como é que ele tinha coragem de vestir um fato todo paneleiro. Lá se safou com a resposta:
- Sabes que um fato desses vestido por um homem… É outra coisa!
Concordei, claro.


A afta


Não peço desculpa pelo repetitivo que este post possa parecer porque eu escrevo o que bem me apetece.
O mundo inteiro sabe que eu tenho uma afta porque eu ontem fi-lo saber (alguém que ainda não saiba dirija-se uns posts abaixo, por favor, e ficará conhecedor). Mas ainda assim, ainda que todo o mundo já conheça a minha afta, tenho algo mais para escrever acerca dela.

A língua lateja-me a cada bom-dia. Eu, que dou os bons-dias todas as meias horas, mais coisa menos coisa, andei a manhã inteira desejando que chegasse a tarde porque os ‘dês’ do bom-dia são particularmente difíceis de pronunciar. Mas, chegada a tarde, a coisa não melhorou - boa-tar… e!


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (78)




Ontem falei de tirar fotografias a pessoas sem medos e sem receios. Hoje, ainda imbuída pela ideia, tirei. Não tenho é coragem de publicar a fotografia no original...
Entretanto, e para meu gáudio, descobri, ou relembrei, que em tirando fotografias a pessoas outras pessoas pedem licença porque estou na passagem delas, o que não acontece quando estou a focar flores, folhas, objectos, símbolos, passeios, pássaros, gatos, nuvens...

Lisboa, 19 de julho de 2010


domingo, 18 de julho de 2010

22:45


E agora está na hora de bazar daqui para fora. Isto de ir escrevendo ao longo do dia, em certa altura do dia, tinha de acabar.
Vou bazar, não que queira mas porque tenho mais que fazer, como por exemplo pintar as unhas e ir pôr o detergente na máquina da roupa para a deixar a lavar, arrumar uma coisita ou outra, lavar os dentes...
Só queria era ainda dizer que tenho um penteado semelhante aos bonecos do Anime mas que não vou fazer nada para contrariar isso porque acho que a almofada vai fazer esse trabalho.
Até amanhã.


Pioras


Entretanto percebi que comer banana piorou em muito o estado da minha afta.

As sobrinhas e o irmão


De manhã fui à igreja, há montes de tempo que lá não ia, talvez anos.
A vida é sempre surpreendente, no púlpito cantava um pequeno coro, metade desse coro eram pessoas do meu sangue. Quem diria, há vinte anos atrás, que a menina que sempre rabiscava as Bíblias dos crentes, a menina que tinha uma bochecha maior que a outra por dormir sempre para o mesmo lado e o jovem bruto que nem um serro e aspirante a ciclista hoje cantariam louvores ao Deus em que crêem? Ninguém diria, daí vem a surpresa da vida.
Gostei de ir.
Ir à igreja hoje em dia é fácil, não se fazem coisas muito diferentes, já não se é assim muito 'diferente'. Há até uma certa irreverência por parte das pessoas, não estão sossegadas nos seus lugares, cantam e pulam, batem palmas, divertem-se. Mas é uma irreverência saudável, ninguém me pareceu aborrecido de ali estar.


O melão


Chama-se Nelson, tem uma mercearia e diz que não se apalpa o cú aos melões. Os melões são para segurar na vertical e pressionar com ambas as mãos a ver se ele cede. É assim que se escolhe um melão, nada de lhe apalpar o cú, vá.


Ainda a afta


Quando eu era criança e tinha aftas a minha mãe mandava-me raspar a língua na parede caiada. E não é que resultava?! Sabia mal mas resultava.
Para meu mal aqui não há paredes caiadas... A esta hora já estava curada, tenho a certeza!


Porquês


Todas as idades são dos porquês. Eu hoje tenho tido um porquê a martelar o dia inteiro. Já ontem martelava mas hoje então… O porquê é o seguinte:

Porque é que eu tenho uma afta mesmo na ponta da língua?!

É que nem posso falar…


Uma fotografia por dia que bem iria... (77)




Passei por esta estátua, gostei da figura e da pose e lembrei-me de lhe tirar uma fotografia.
As pessoas fazem pose para dar solenidade ao momento e porque crêem ficar mais bonitas.
Uma fotografia é algo muito dependente do momento certo, o segundo do sorriso natural, da atitude engraçada, a planta que dobra ao vento, o avião que deixa um rasto certinho no céu, o gato que dorme uma soneca. Mas isso são as casualidades, as poses não são casualidades, as pessoas não são tão casuais assim, fazem pose...
Normalmente não gosto de fotografar pessoas mas ando a deixar-me disso. Tenho que me habituar, se gosto de fotografia tenho que me habituar. O mundo são as pessoas, certo? Então é melhor começar a clicar aqui e ali mas clicar em direção às pessoas, sem medos e ansiedades.


Preto e branco


Olá, somos os cabelos brancos da Gina.
Às vezes ela tem destas coisas: deixa-nos respirar. Outras nem por isso, tapa-nos com cores que julga serem escaldantes e joviais e a gente quase se afoga em pigmentos. Mas… A gente não morre, a gente cá fica, tapados mas vivos. Tão vivos que passado algum tempo lá aparecemos nós cantando, rindo e mangando…


Cores


A pastelaria Didu ali na Flamenga tem um novo aspecto, em muito diferente do de antigamente. Antigamente as letras da Didu eram enormes, arredondadas e coloridas
Lembro-me de em miúda passar ali de transporte e achar que o nome Didu pertencia a uma papelaria. Só muito mais tarde vim a saber que era uma pastelaria. Era e é.
Dantes, nesses tempos de meninice, as letras gordas tinham cada uma a sua cor. Enquanto bebericava o meu galão lembrei-me de tentar fixar a ordem das cores das letras para depois desenhar num papel. Puxei pela memória e a primeira ordem que me veio à cabeça foi: vermelho, amarelo, azul, verde. Não sei se estou certa ou não mas achei interessante a lembrança quase repentina.

D I D U


Meia dúzia de chaveninhas de café




O senhor Silva curte escrever, tenho a certeza. Primeiro vi-lhe a criatividade na publicidade que faz aos caracóis e que até deu post aqui e todos os dias escreve no jornal de desporto que o mesmo pertence à casa Silva. Mas não é só. Ele tinha-me prometido meia dúzia de chaveninhas de café, e deu-mas, mas não sem antes escrever numa das caixas que as chaveninhas eram para 'entregar ao Luís ou esposa manda o Silva café'.


Isto não devia acontecer


Deixar cair para dentro da sanita um frasco de creme para os pés. Se fosse um frasco de outro creme qualquer...


Pingas


Sou só eu que ao fazer um bolo de bolacha pingo o prato todo de café ou há mais pessoas assim?


sábado, 17 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (76)




Apresento agora uma resistente - a rosa. A casa em obras e ela ali, aguentando estoicamente. Até quando?

Loures - Rua Manuel Francisco Soromenho, 17 de julho de 2010


Arte




Eu, às vezes, tenho uma grande sensibilidade artística para captar imagens. Esta fotografia é um poço de virtudes artísticas. Essas virtudes estão dentro desta cabecinha espectacular que sou eu que tenho.
Isto da solidão virtual permite-me afirmar coisas que tenho a certeza ninguém cá virá desmentir, como por exemplo o parágrafo acima, ninguém nunca me dirá o contrário daquilo que escrevi.


O que segue


Tenho um novo seguidor. Daqueles que não se deixa ver. Mais um (ou uma, não dá para perceber) que leu o meu perfil e acha que eu mordo. Então prefere ficar na penumbra observando eu morder e atacar ferozmente. Mas morder e atacar os outros, que ele, ou ela, entretém-se a ver.


É mentira! (e outras!)


Chegámos ao tempo de ver frequentemente escanchado nas portas (fechadas) das lojas o vulgo: ‘Estimados clientes, vamos de férias’ e tal e tal.
Até que ponto se estimarão os clientes? Não nos devem eles também estima? Acredito que sim, muito embora o peso dessa responsabilidade sempre seja de uns para os outros, não é uma coisa que se espere recíproca e está mal, muito mal.
Mas... a vida sempre está cheia de hipocrisia e uma das grandes mentiras do balcão é dizer-se, e diz-se frequentemente, que se tratam os clientes todos da mesma maneira. Mas não.

  • Há os que lhes sabemos o nome e os que nunca havíamos visto.

  • Há os que compram muitas vezes e os que vão perguntar muitas mais vezes sem que comprem.

Isto influencia um bocado o tratamento...




A de um lado mais perto


Esta vizinha do lado é do lado mesmo.
A mulher consegue a proeza de encher de cheiros vários o átrio da escada. Uns dias tenho coentros, outros detergente de lavar o chão, tenho também cheiro a gato ou ainda comida ressequida. Variada a bicha, não?
Podia ser pior, eu sei...
Sendo um facto que nem todos os dias o átrio cheira a qualquer coisa, o certo é que os cheiros quando os há, há-os fortes.


Ai ai... Ai o amorrrrr...




Loures, 17 de julho de 2010

A do lado


Tenho uma vizinha no prédio ao lado que adora ver-me, talvez desde o dia em que me apanhou a dançar freneticamente na minha cozinha. Bem, se calhar não é a mim que ela adora ver mas sim a cozinha. É bem, eu tenho umas toalhas de mesa giras, uns tachos coloridos, tenho sempre tudo muito arrumado e extremamente asseado (hum… gaba-te cesto!) e o meu marido costuma cozinhar, o que é algo que sempre as atrai - eu sou cá uma sortuda, o meu marido cozinha e não é toda a mulher que tem essa sorte, como é que consegues isso, aproveita-o bem, vê lá não o estragues e blá blá blá…
Mas indo à vizinha… Esqueci-me!




Notícias


Tenho andado à coca a ver se aparece noticiado na internet a morte do senhor Rodrigues. Pois bem, apareceu aqui:

http://farpasblogue.blogspot.com/2010/07/ate-sempre-rogerio-valgode.html

Se o leitor copiou o endereço e acedeu à página, percebeu que o senhor Rodrigues não é o senhor Rodrigues mas sim Rogério Valgode.
Rogério Valgode era uma grande figura no mundo tauromáquico português, era um enlevo ouvi-lo falar de touros e tauromaquia, até mesmo para mim que não gosto de touradas. Existem muitos posts neste blogue acerca do senhor Rogério (era assim que eu o tratava) onde não refiro sequer o nome do senhor Rodrigues e existiriam muitos mais posts se eu não quisesse omitir a sua identidade, porque quando falava de touros ele destacava-se e era sabedor do assunto o suficiente para me levar a escrever. Presentemente a questão da identidade e do privado já não se põe - o senhor Rogério morreu. Creio que não fará qualquer diferença eu agora escrever acerca dele usando o seu verdadeiro nome, até porque estou a fazer uma espécie de homenagem, não creio que haja qualquer mal nisso.
Um dia escrevi um post onde referia que o senhor Rogério escrevia artigos para um jornal. Nessa altura, curiosa, pedi-lhe se me deixava lê-los - entretanto ele tinha-me dito que recortava os seus artigos e os guardava num dossiê. Tirei fotocópias a alguns desses artigos e tenho-os aqui em casa.
O jornal em questão é o 'Farpas', um jornal de touros, toureiros e touradas, e o nome da rubrica onde o senhor Rogério escrevia era 'Agora Falo Eu' do qual seguidamente transcrevo um artigo onde é notória a paixão que ele tinha pelo toureio.

    Parabéns, Manuel!

    O toureio tem para mim duas emoções de valores diferentes: a emoção causada pelo perigo e a emoção resultante do sentimento artístico do lidador. Uma faena pode ser relatada passe a passe, momento a momento, mas a arte nela contida – quando tal acontece – não se descreve. Sente-se!
    Tenho escutado e lido vezes sem conta referências à arte de Curro Romero e Rafael de Paula, mas jamais alguém – que eu saiba – foi, na sua apreciação, além de frases vulgares, mais ou menos ridículas e que nada dizem, como ‘duende’, aroma de Serra Morena, perfume de Parque Maria Luísa, poesia de Bairro de Santa Cruz, etc.
    Quando cheguei ao mundo dos toiros, ouvi logo aquela frase sacramental de que o toureio é parar, templar e mandar. Tudo Bem! Mas se o lidador der trinta passes a um toiro, parados, templados e mandados, sem lhe emprestar sentimento e expressão artística, a mim esse toureiro pouco ou nada me diz. Talvez por isso eu sinta a respiração faltar-me quando olho o sentimento e a paixão postos por Vincent Van Gohg nas suas telas imortais.
    Na novilhada da revista ‘Novo Burladero’, a minha opinião não foi igual à do júri, quando entregou a ‘Orelha de Ouro’ ao novilheiro espanhol, que lidou muito bem o seu novilho, com muitos passes arrimados, templados, mandados… mas ao aplaudir com algum entusiasmo o labor do jovem de Espartinas, fi-lo para lhe agradecer a entrega, o valor e a ânsia de êxito, conseguido sem discussão.
    Pois é! Mas quando o Manuel Dias Gomes terminou de lidar com o seu novilho, eu não estava apenas entusiasmado, estava principalmente comovido, porque em muitos momentos da faena o toureiro foi além de parar, templar e mandar. Houve inspiração, houve entusiasmo artístico, houve imaginação, houve arte!
    Por isso meu senti triste quando, imerecidamente – em meu parecer – o troféu da disputa foi parar a outras mãos.
    Como triste me teria sentido, se há muitos anos atrás, eu não tivesse ganho a primeira orelha de ouro disputada em Portugal, no tauródromo de Viana do Castelo, em que foram meus alternantes Fernado Segarra e Aníbal de Oliveira.

    Rogério Valgode


Boas vindas


Sei como é, primeiro achamos que não estamos a ouvir bem, que é a nossa mente a interpretar a coisa mal, mas depois 'vemos' a coisa a seco e descobrimos que é mesmo aquilo.
Olha, amiguxo do coração, bem-vindo ao clube dos eficazmente desenganados pela racionalidade!


A gripe que não é A


Um dia...

- Então dona Lurdes, que tal vai isso?
- Oh, ando aqui a curar uma gripe há quase 15 dias...

No dia seguinte...

- Olá dona Lurdes, está boa?
- Não Gina... Tenho estado muito doente com uma gripe...

Dias depois...

- Olha a dona Lurdes, tudo bem?
- Oh! Tenho uma gripe há sei lá que tempo...


Não sei porque é que eu acho que a conversa é sempre a mesma, se repararmos bem verifica-se que é sempre diferente.


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um fotografia por dia que bem iria... (75)




Hoje faz 21 anos que casei. Este é um número de anos especial porque faço tantos anos de casada como aqueles que eu tinha quando casei.
Acerca do casamento propriamente dito não há assim muito a dizer, talvez porque sou muito feliz...
Amo-te, és tudo para mim (tudo mesmo!), adoro os teu abraços e tal, trá-lá-lá! Quero ver se morro ao teu lado... Não, esta já não tem piada... Embora continuar a ser felizes e pronto. Sem mortes, preferencialmente.

É melhor escrever mais qualquer coisita para não ficar ali a morte a terminar o post.


Gosto de ti, não sei que faria se me faltasses... Outra vez?! E ela a dar-lhe!
Eh pá, ó Luís, curto-te à brava e chega de escrever!

Lisboa, 16 de julho de 2010


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Um 'blogue' diferente e desligado da internet


Um senhor comprou uma data de metros de rede sombra para pôr lá no parque de campismo. Passados dias veio todo orgulhoso mostrar as fotografias que tinha tirado ao local já preparado para passar umas ricas e descansadas tardes de verão.
Esta pequena cena fez-me lembrar o mundo dos blogues. Tiram-se fotografias e mostra-se a nossa vida mas somente naquilo que queremos mostrar. Nunca achei que a blogosfera e o mundo virtual fizessem grande diferença da vida real de todos os dias. Este episódio só veio confirmar ainda mais essa minha ideia.


O pê e o bê


Pescoço é bescoço para alguns.

Post atrasado


«Os aniversários são bons para si. Estatísticas provam que as pessoas com mais aniversários são as que vivem mais.»*

*Ouvido numa estação de radio qualquer, numa dia qualquer, num momento qualquer e escrito ou pensado por uma qualquer pessoa...


Uma fotografia por dia que bem iria... (74)



Impresso no chão da Doca de Santos está este poema:

    O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
    Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
    Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

    O Tejo tem grandes navios
    E navega nele ainda,
    Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
    A memória das naus.
    O Tejo desce de Espanha
    E o Tejo entra no mar em Portugal.
    Toda a gente sabe isso.
    Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
    E para onde ele vai
    E donde ele vem.
    E por isso porque pertence a menos gente,
    É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

    Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
    Para além do Tejo há a América
    E a fortuna daqueles que a encontram.
    Ninguém nunca pensou no que há para além
    Do rio da minha aldeia.

    O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
    Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

    Alberto Caeiro


Lisboa - Doca de Santos, 15 de Julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Recado


Ouvi na rádio uma locutora apelar e incentivar os ouvintes a escrever-lhe, contando-lhe coisas e falando-lhes de si mesmos.
Pois bem, cara locutora, devo dizer-lhe que não escrevo só porque me pedem. E ainda acrescento que não é toda a gente que tem a dita de figurar nas minhas palavras, não, mas a senhora teve essa dita neste post.


Aos montes


A dona Carminda do Banco arregalou os olhos ao monte de notas que um cliente lhe colocou à frente. Há pessoas que não são para o que nascem, ela devia estar habituada a ver montes e montes de dinheiro e a mexer em montes e montes de dinheiro, supostamente.


Figurino


Posso dizer que estou habituada a que olhem para mim porque sou assim uma espécie de figura pública.


A fingir


A vida é para ser levada a fingir que está tudo bem, não é? Então vá, deixemo-nos de merdas e vivamos todos em grande harmonia.


Dias de um ginásio


Um instrutor viu-me a correr e elogiou-me:
- Ena, estava em grande forma ali na passadeira!
A parte que não interssa ele saber é a de que me sinto desconjuntar quando corro, ele é mamas para um lado e nalgas para outro, é uma coisa aflitiva...


Fanatismo


Conheci uma pessoa fã do Karpex. Não sei pelas qualidades excelsas do produto se por ingenuidade e simplicidade da pessoa. É que os fãs são sempre ingénuos e colocam o objecto de adoração lá nos píncaros...


...


Ando mais criativa em termos de títulos. Não sendo o que se verifica neste post em particular, é verdade que ando mais criativa. Estou toda contente, já consigo títulos com mais facilidade!
Um título, a meu ver, é uma condensação do que vai ser o texto, é compactar a ideia de um texto, ou história, numa pequeníssima frase. E eu lá me vou safando bem melhor.


Corda, para que te quero?


Entrou uma senhora agarrada a duas muletas, com tão grande dificuldade em se mover que demorou uma eternidade a chegar ao balcão. Quando finalmente chegou:
- Eu queria... Eu queria... Eu quero... Eu quero morrer, que tenho tanta dor!
Fiquei queda e muda, a ver o que saía dali e também porque não costumo saber o que dizer nestas ocasiões. Depois lá pediu:
- Quero corda.
Difícil deixar de pensar se não seria para se enforcar... Quando me acontecem coisas deste género costumo sempre lembrar a história de alguém que vendeu a corda ao enforcado, não sem antes brincar: 'Olha lá, para que queres tu a corda? É para te enforcares?'. Era...
Mas ela não, depois explicou para que era. E riu e falou. E riu. E falou. Que alívio!


3000 e 100


Este é o post anterior 3100. Se calhar devia comemorar...

Segurada


Andam aí a anunciar um seguro que indemniza quem escorregar numa casca de banana. Sempre há boas notícias.


Banhas, pneus e outros


Vi uma rapariga barriguda com uma t-shirt onde constava a frase 'I love boyfrends' com a parte do 'boyfrends' mesmo em cima da pança saliente.
Não tenho nada que estar a desdenhar dos outros, eu... Mas então, escrever sobre mim não tem graça nenhuma, ora!

Ah, e vi um pigmeu também. Mas em fêmea.


Aloé & companhia, Lda.


O aloé vera é uma coisa da moda, está em todas e nos preservativos também.


Frio?!


Hoje vi uma gabardine e um casaco acolchoado passeando na rua. Aparentemente está frio, só por dizer que eu não dei por ele...


Anúncio


Vendo calendário 2010. Todos os meses por desbravar. Bom estado. Moderna paisagem dos Alpes. 5 euros.


Pesquisa


Gosto tanto de aconselhar as pessoas a fazer uma pesquisa na internet como modo de obter facilmente a informação que precisam. Só para ver o ar de repulsa de algumas dessas pessoas, parece que estão diante de algum bicho peçonhento. Ai credo, internet não, por favor, que eu tenho medo de carregar em botões...

Leitura


Acabei de ler o livro mais meloso de toda a minha vida: 'O diário da nossa paixão' de Nicholas Sparks.
Apesar do doce mel da paixão contido neste livro, um tanto ou quanto lamechas por vezes, devo dizer que a leitura é deliciosa, eu gostei. Enche o coração de amor e transmite uma felicidade que contagia.
De seguida transcrevo um poema de Walt Whitman que consta na página 125 deste livro:

    Nada está de facto perdido, nem pode ser perdido,
    Nascimento, identidade, forma - nenhum objecto do mundo,
    Nem a vida, a força, ou qualquer coisa visível;...
    O corpo, preguiçoso, envelhecido, frio - as cinzas que ficaram de fogos anteriores,
    ... devidamente se inflamarão outra vez


terça-feira, 13 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (73)




Primeiro ouvi telefonemas vários. Ela tanto distribuía informação a quem lha pedia como falava com alguém acerca de um assunto que supus particular.
Depois chegou outra. Sorriu-me muito, desejou-me a boa tarde e sorriu mais ainda. Fiquei perdida com tanta (eventualmente) boa atenção. Tão perdida que após ter retribuído a saudação até desviei o olhar. A que chegara entrou para falar com a dos telefonemas e quando saiu perguntou:
- Desculpe, está à espera de alguém?
Não gelei porque havia mais sorrisos para mim. Fiz que não num gesto contrariando com a resposta:
- Estou à espera do meu marido que está ali dentro a fazer um trabalho.
Ela continuou com os sorrisos, dava a ideia de ser a relações públicas dali pelo modo exaustivo e hipócrita como tentava pôr-me à vontade. Há certos sítios onde não me sinto confortável em esperar, em particular gabinetes estatais, presentemente tenho horror a colegas e coleguinhas, parecem-me todos uma cambada de abrutes esperando a morte para comer os restos. Manias de quem tem como únicas colegas as montras.
Mas... e para terminar: o constrangimento dá uma certa pica e depois tiro fotografias assim com pouco jeito como esta.

Lisboa, 13 de julho de 2010


Agenda


Este ano o Optimus Alive foi a 8, 9 e 10 de julho. Em 2011 já está agendado, será a 7, 8, e 9 de julho. Ainda andam no rescaldo de um e já têm outro agendado. Isto é que é trabalhar!
Ouvi uma entrevista na radio a alguém encarregue deste festival. Quando questionado acerca da actual crise, o entrevistado alegou - e muito bem, na minha opinião - que as pessoas precisam de se divertir, que isto de não se gastar dinheiro acaba num ciclo vicioso, que se não saindo de casa nem para beber um café, como é que o dono do café vai sobreviver? E depois onde é que o dono do café vai arranjar dinheiro para assistir a concertos?
Acho realmente que o entrevistado tem razão, só é pena ele não me comprar uma caixinha de pionaises, um alguidarinho e um champô para a caspa a ver se combate a minha crise.


Um saber maduro


Ainda a propósito da idade, hoje sei que o único mundo que alguma vez poderei mudar é o meu.


Mais velha


O senhor Silva perguntou-me pelo meu fim-de-semana, se tinha sido bom. Respondi que foi sim senhor e que saí dele mais velha. E ele diz-me de volta que também fez anos no domingo 11 de julho, palavra de honra que é verdade, que até foi almoçar ali abaixo!
- Mas de certeza que não fez os mesmos anos que eu... - Brinco.
- Ah pois não, pois não...


Estações do ano


Conversa de verão em dias frescos:

Ai que bom, hoje está tão fresquinho! Até parece que ando mais animada!

Conversa de inverno em dias soalheiros:

Hum... está um calorzinho tão bom que só apetece é estar ao sol!


domingo, 11 de julho de 2010

Findou-se


E pronto, acabou o meu dia de anos. Devo dizer que não me importo nada de ter esta idade. Não me sinto velha e acabada mas também não me sinto jovem. Eu gosto assim, acho que todas as idades valem por si, todas as idades são belas em a gente lhe querendo ver a beleza. Aquela coisa que se diz 'jovem no espírito' não é para mim, eu gosto de sentir o meu espírito em harmonia com a idade que tenho, em meu entender é mais equilibrado.
Hoje não fiz coisas muito diferentes de outros domingos do ano, ao pequeno-almoço comi pão com chouriço e leite com café num sítio onde já fui muitas vezes, passei por estradas sobejamente conhecidas, vi as mesmas paisagens, mas não admirei as mesmas coisas. É curioso como por muito que vagueie por determinados sítios sempre encontro coisas diferentes, coisas que não estavam assim. Pode ser por aplicar um olhar diferente, afinal de contas sou curiosa e observadora. Posso ser eu, na minha ânsia de ver diferenças, porque sempre as procuro, que vejo mudanças que não existem.


Uma fotografia por dia que bem iria... (72)




Avessada, 11 de julho de 2010

Notícias do Mundial
























Comecei por escrever acerca do Mundial descrevendo e registando as envolvências e não propriamente os jogos. Infelizmente Portugal abandonou o campeonato cedo, o que fez com que os ânimos arrefecessem em muito, as pessoas desligassem gradualmente do acontecimento e, consequentemente, o assunto me faltasse por já não haver aquele interesse, a coisa diluiu-se. Mas, já que comecei esta história do Mundial, tenho que a terminar. E termino registando que o campeão mundial de futebol é...

A... E S P A N H A!


Julho


Julho é o mês em que as flores matam a curiosidade de saber o que há do outro lado do muro.



Julho é o mês das paisagens áridas.



Julho é o mês em que as papoilas exibem cicatrizes num vermelho esbatido.



Julho é o mês em que as plantas esguias dançam com o sopro do vento.



Não lembro exactamente o sítio onde tirei as fotografias mas lembro que foi durante o passeio pela saloiada que demos esta manhã.

Saloiada, 11 de julho de 2010.


Adeus...


Um dia, que espero se encontre ainda longe, os ricos filhos vão lembrar que a mãe deles 'fazia desenhos no velho frigorífico lá de casa'.



'Tou sim?


O telemóvel tocou às oito e picos da manhã. Do lado de lá ouvi uma voz conhecida e que sempre classifico como calma e ponderada. Era o meu pai.
- 'Tou? É a filha?
Respondi afirmativamente, ainda que debaixo de grande sonolência.
- Olha filha, os meus sinceros parabéns.
Se não estivesse tão ensonada ter-lhe-ia respondido que tenho a certeza que recebo poucos parabéns tão sinceros como os dele. Comparado a ele só se for a minha mãe, que também me deu os parabéns e os votos de um dia feliz, muito embora de forma efusiva. E eu quase a dormir... Não há dúvida, para os velhos o tempo e o sono não existem.


Quatro dezenas e duas unidades




Ora cá estou eu em idade nova: 42. Parabéns, Gina Maria. Muitas felicidades e muito anos de vida, vá...






sábado, 10 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (71)




Hoje de manhã passei por este pequeno jardim, em Loures, e reparei quão antiga é esta paisagem, remota ao tempo da minha infância. Sempre me lembro deste jardim com os bancos de pedra e tijolo, assim como mostra a fotografia. Hoje o chão é muito irregular e dificulta o passeio por ali, o passar dos anos e o desuso tornaram este local devoluto e desenxabido. Ninguém se deve sentar ali, só mesmo eu...

Loures - Praça Timor, 10 de julho de 2010


Bolo crú é tão bom


...


Acho que está na hora de cortar o cabelo





sexta-feira, 9 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (70)




Obituário

Esta manhã estava um cangalheiro à porta da cave dum número vinte numa pequena rua lisboeta. O senhor Rodrigues morreu.
O senhor Rodrigues deixa-me saudades. Tinha um feitio difícil - berrava, gesticulava e salivava, desdenhando de tudo e de todos, fortemente convicto das suas ideias e ideais. Apesar do desdém como característica vincada na sua personalidade, com o passar dos anos e com a convivência aprendi a gostar dele. Sempre tive uma aptência natural para me dar bem com pessoas difíceis de lidar e levá-las a gostar de mim, assim tenha eu tempo para as moldar. Sei que ele gostava de mim, era sensível ao ponto de me aconselhar a não desperdiçar a vida:
'Tu vive, rapariga! Um dia, quando deres por isso, olhas para o espelho e vês-te velha! Goza a vida enquanto és nova!'
Elogiava-me a beleza:
'Ó Gina, hoje estás tão bonita!'
Eu corava e agradecia. Ele voltava aos conselhos:
'Aproveita a vida! Aproveita a vida!'
Notava-me triste:
' Que é que tens hoje, rapariga? Estás triste?'
E eu, que não sou boa mentirosa, respondia afirmativamente muito embora omitisse os motivos da tristeza.
Desde que sou bloguer, o senhor Rodrigues sempre me deu motes para escrever sem o saber, ou sequer imaginar que escrevo. Estive por várias vezes tentada a contar-lhe do meu blogue mas sempre me contive. Não é fácil ser lida por quem me conhece, as pessoas vêm-me os gestos, a expressão, ouvem-me o tom de voz. Conhecendo-me e lendo-me, o que escrevo tem um peso muito maior, a responsabilidade é também maior e, pior que tudo isso, a probabilidade de não valorizarem o que escrevo é elevada. No caso do senhor Rodrigues, em ele sabendo desta minha actividade, quase afirmo que iria desvalorizá-la.
Gosto mais de escrever acerca das coisas do presente que das do passado, gosto de escrever assim que a vida acontece. A partir de agora deixarei de ter novidades para contar acerca do senhor Rodrigues, o que vier a escrever dele, se escrever, será passado. Acabaram-se-me as novidades do senhor Rodrigues porque ele morreu.

Nota: este post foi escrito enquanto a notícia ainda fervia na minha cabeça.

Lisboa, 9 de julho de 2010


quinta-feira, 8 de julho de 2010

A mais


Dizem que a pessoa que gostaríamos de ser está dentro de nós. Deve ser por isso que me sinto gorda. Estou inchada mas não é do calor. Não, nada disso, é a pessoa que eu quero ser que anda aqui a mais.


Desilusão


Lamento se desiludo. Pronto, eu sei perfeitamente que se vê a léguas de distância o quanto brilha a minha inteligência, que se olha para mim e imediatamente salta à vista este meu saber desmedido. Mas olha... Eu sei muito poucochinho.


...


Quando ninguém quer ir comigo percebo o quanto estou só.

...


Não gosto que me digam 'não sabes o que dizes'. Eles e elas é que não sabem o que dizem, não sabem que eu sei o que digo.


O bocado de orelha


- Então esse bocado de orelha que lhe falta aí é porquê? - Pergunto eu, satisfeita por encontrar algo que me distraia.
- Foi um desastre de automóvel. - Diz ele simplesmente, não desenvolve. Percebo o motivo do não desenvolvimento, entretanto. Ele saca do bolso da camisa um pente e com ele alisa o cabelo de modo a cobrir a falta do bocado de orelha.
- Ah... O senhor deixa o cabelo mais comprido desse lado para não se ver... - Continuo, divertida. - Mas olhe, eu vi!
Ele nada diz e ri-se.


As baratas saem caro


Mostrei um insecticida - caro mas bom - a uma cliente e ela disse que daqui a uns dias viria buscar porque:

'Ah mia fia, eu tem qui tê essa merrrda láim casa!'


Homossexualidades


Os homens têm uma embirração bem entrosada na cachimónia pela cor lilás. É por fazer lembrar larilas, suponho eu.

O primeiro casamento homossexual em Portugal foi entre duas mulheres. Acho bem, sempre se dá continuidade à ideia 'primeiro as senhoras'. Pior é que a homossexualidade nas senhoras tem por princípio elas não quererem sê-lo.


Escorrega


A garrafa de petróleo escorregou-me, caiu e rachou deixando entornar grande parte do líquido no chão.
Esta não foi a minha primeira vez, há já muitos anos que destruo garrafas de petróleo (e de outros líquidos!) sem que essa seja a minha intenção, pois claro.
E, há já muitos anos também, que sou avisada:
- Cuidado, não pises, o petróleo come a sola dos sapatos e escorrega muito! Vê lá, não mandes para aí nenhuma palhaça!'
Mas desta feita não havia como contornar e tive de pisar o chão ensopado de petróleo. Resultado? Pois é, o petróleo alimentou-se das minhas solas... Não caí mas foi por pouco.
Portanto, caros leitores, não andem por aí a pisar petróleo, ok?


A ausência do senhor Rodrigues


(Interesse aparentemente casual):

- Então aquele calmeirão que mora ali, que é feito dele?

(Resposta curta e objectiva):

- Está no hospital.

(Espanto... Muito, muito espanto):

- Ah... Olha que ele há coisas!


Meditemos. O senhor Rodrigues tem 86 anos, logo... Já chega de meditação, creio.


Nomes


Por causa de inventar nomes para as pessoas constantes nos meus posts:

A dona Raqueline, já é a dona Raqueline sem que eu sequer saiba o nome da mulher.

O Clóvis, já é o Clóvis sem o ser.


quarta-feira, 7 de julho de 2010

A surpresa da vida


Ele perguntou-me se eu não tenho medo de um dia me acabar a criatividade. Respondi que não, que a vida sempre se encarrega de me trazer novas ideias.
A minha criatividade não tem termo porque a vida se encarrega de me surpreender e porque eu tenho a capacidade de me sentir surpreendida.


Um quase pregão do senhor Silva


Atenção aos meus bixinhos:
Sou o rei deles, provem para ver o que é bom. Obrigados pela vossa visita. A gerência agradece a vossa visita.

Silva, obrigados

Nota: os bichinhos do senhor Silva são os caracóis.


As melhoras


Eu estava maldisposta, comprei um biquíni e, miraculosamente, fiquei boa.
Comprar um biquíni pode acabar com uma má disposição, portanto.


Alguém lembra?


No tempo em que a Júlia Pinheiro ainda não era conhecida pelo estrilho da sua voz, já berrava num reclame a um detergente qualquer:
'E agora como é que eu vou tirar estas nódoas todas?!'

Vozinha do caraças, aquela... Alguém lembra?


terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (69)




Nada como a ausência de assunto para desembuchar...
Hoje... ia dizer que a minha cabeça esteve ausente mas não é bem por aí. É, isso sim, uma tal de apatia que por vezes se instala. Não costumo querê-la ou sequer dar-lhe colo mas sei que este sentir me é necessário, é uma espécie de descanso. Ontem escrevi à farta e agora preciso repousar as ideias.
Escrevo há vários anos e uma das coisas que já aprendi é: se andar ansiosa em escrever tudo... não vivo.

A fotografia retrata a ausência e foi tirada hoje, em Lisboa.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (68)




Tenho estado um tanto ou quanto relutante em mostrar esta fotografia. A razão principal prende-se um bocado à vaidade, estou em roupas de trabalho, a pose não é das melhores, enfim. Para atenuar a falta de brio, pus uma capa de poster e de desenho animado na fotografia, assim sempre fica menos mal.
Mas a fotografia ganhou pelo momento e foi por isso que decidi plantá-la aqui. A roupa é de trabalho e a hora era também de trabalho, e eu para ter esta recordação até tive fotógrafo particular e tudo.



Lisboa escondida, 18 de junho de 2010

Pagamento


Pagamento blogosférico:

Na-na-ni-na-não! Isso é que era bom, se tu não seguires o meu blogue não seguirei o teu!


Hum...


Comigo a escrita sai-me às revoadas em termos de assunto. Por exemplo, os últimos posts são todo um caldinho de religião, que espero bem servido.


Caiu


Ele ri-se e vejo-lhe a falta do dente. Caiu-lhe parte e deixou-o um tudo-nada desdentado. Ficou aborrecido: 'Ora caraças, agora caiu-me o dente. Ca raio, pá!'
O desgosto dele, ainda que por razões contrárias e também por outras que não têm nada a ver com o assunto, fez-me lembrar a irmã Ancilosa, crente fervorosa que conheci há um bom par de anos.
A irmã Ancilosa pregava acerca da vinda do Senhor, que era preciso estar sempre de sentinela não fosse Ele chegar montado numa nuvem branca e apanhar-nos em pecado. Fôssemos cegos, surdos, mudos, mutilados, sofredores de qualquer espécie de doença, ou até sem dentes... Ele levar-nos-ia para o céu, assim estivéssemos nós preparados para ir com Ele. O corpo não interessava para nada, só o espírito merecia toda a nossa atenção. 'Já viste, se o Senhor Jesus vier numa nuvem branca e tu não estás preparado? Se o Senhor Jesus viesse agora ias para o céu com Ele? Se vives em pecado irás para o Inferno onde há fogo e fumo de enxofre, sofrerás horrivelmente!' dizia ela fervendo tanto que lhe saltavam gotas de saliva. E eu sempre esperançada que as gotas não viessem aterrar-me em cima da pele, porque de certeza que não seria o céu a livrar-me daquilo...
A pregação da irmã Ancilosa era sobretudo acerca das profecias apocalípticas, do que não se conhece, do que ainda há-de vir. Havia uma coisa qualquer que a envolvia e lhe tomava a vontade, ouvi-la era arrepiante. Acho que as coisas não podem ser vistas dessa maneira. Não assim, tendo como base o medo.

Final feliz: olha, amigo do peito, deixa-te andar desdentado que eu cá gosto de ti como tu és e estás.


Beatas


Antigamente usavam saias compridas às pregas e camiseiro abotoado até cima e um casaquinho de malha. Não se rapavam nem cortavam o cabelo. Usavam-no preso que era para parecer bem.
Hoje as saias são de folhos e tão compridas com dantes e uma camisola de linha chegada ao pescoço cobre-lhes todo o tronco. O penteado mudou para um corte a direito e os lados presos por travessas. Mais higiénico e mais versátil também, sempre podem mudar a cor das travessas.
Este aspecto apagado que as beatas nos oferecem é sobretudo para não tentar os homens, esses miseráveis seres de carne fraca, isto porque a culpa da carne deles ser tão fraca é delas... São sempre elas que os tentam.
Hum, não sei elas conseguem que eles não pequem, eles foram programados para olharem para as mulheres, independentemente da existência ou ausência de beleza. Ai coitadinhos dos pobrezitos... Têm uma cabeça lá em baixo que tira todo o juízo à de cima. E a culpa (não) é das beatas.


O monumento


O Cristo-Rei ostenta um grande letreiro onde se lê: 'Obrigado'.
Mesmo crendo eu que aquilo ali está porque as pessoas na sua boa fé (ou então má, sei lá!) querem agradecer à figura as coisas boas que lhe proporciona, cada vez que bato lá com os olhos apenas me parece que o letreiro é o Cristo de braços abertos a agradecer que olhemos para ele e não as pessoas a agradecer-lhe as tais coisas boas.


Achados


Achei uma argola de ouro. Em vindo o tempo das vacas magras dará para dois ou três litros de leite.
Achei uma moeda de dois euros. Só que, para meu horror e auto-comiseração, era de plástico, nada valendo, portanto.
Há quem ande de cornos no ar mas eu cá ando com os meus voltados para baixo e depois acho coisas.


Os colegas


Lá vinha o homem naquela figura do costume: maltrapilho, sujo e desarranjado. O cabelo enorme e espetado para os lados faz-me lembrar o penteado do palhaço do McDonald’s.
Ao se aproximar, o homem parecia mesmo que vinha direito à gente e eu começo a ficar com receio de qualquer coisa estranha porque ele é maluco, não tem os cinco bem medidos. Mais um, pois. Mas a minha companhia do momento diz que não, que não me apoquente, não há problema, o homem foi colega do Ventura. A pergunta normal seria: 'O que é que isso tem a ver?' mas em vez disso dei lugar ao espanto:
- Quê, ele foi colega do Ventura?! A sério?!
O tempo passa e as pessoas apuram-se, revelam-se. Quem diria, o sô Ventura, um homem de ar reservado mas seguro, dono de uma formalidade que de vez em quando ele deixa que seja abafada por pequenas porções de loucura, foi colega de um gajo qualquer que é doido varrido e anda pelas ruas mal trajado e indecente. Descombinam pelo oposto.
Aqui o remate final seria: 'É a vida!'. Mas essa frase já está cheia de nódoas negras de tão batida.


Ultimamente...


... Só escrevo acerca de velhos. Isto da idade...

Saudade


Tenho saudades de ver o senhor Rodrigues e também de escrever acerca dele. Soube há dias que estava internado no hospital, veio depois a notícia de que se encontrava em coma. Pensei: pronto, é agora. Mas esta manhã chegou a notícia de que havia saído do coma. Afinal... mais dia, menos dia já ele anda aí a moer-me o juízo até me fazer escrever.


O móvel antigo e outras coisas


Era da avó do sô Marquez e agora é dele. Se o sô Marquez anda pelos setentas, o móvel não deve ser mais novo, antes pelo contrário.
Tenho pena que a fotografia não revele o porte do móvel mas é o que se arranja.



Entretanto, espreitei as traseiras do sô Marquez e mandei um olá ao senhor Rodrigues, só por dizer que ele nem respondeu.



Tic-tic


Ouço o barulho cadenciado da bengala a bater na calçada. Tic... Tic... Tic...
É talvez incrível como este som me lembra as mais diversas pessoas. Tanto pode ser a dona Petra, como o Fernando, ou o homem que pede: 'quem é que me dá uma esmolinha?', ou o Carlinhos, ou ainda o homem do tambor.
Se calhar até nem há assim tanta diversidade, afinal de contas só fiz referência a um tipo de pessoa: coxos. Coxos que são coxos porque estão velhos.


Nome completo


Falava-se em nomes. Um jovem que já conheço há bastante tempo e que já quase faz parte da família disse-me que sabia o meu nome completo. Então diz lá, piquei-o eu e ele realmente disse todo o meu nome sem falhar. Não sabe como nem porquê mas decorou-o. Fiz grande espanto, não estava nada à espera daquilo.
A rica filha que ouvia a conversa, vendo o meu espanto diz em ar de gozo: 'Pronto mãe, podes pôr isto no teu blogue...'

Obedeci.


domingo, 4 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (67)



Uma varanda criativa. Foi o que alguém lhe chamou e eu acho que chamou bem.

Costa de Caparica, 4 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (66)




Gato em caminha de folhas e flores. Acabei por acordá-lo mas não era o que eu queria. O que eu queria era apanhá-lo mesmo a dormir. Não consegui, paciência. Mesmo assim gostei de tê-lo a olhar para mim com aquele ar de ' que é que esta quer agora?'.

Loures - Rua João Fandango, 3 de julho de 2010


Notícias do Mundial


  • Meias finais: a Espanha vai jogar contra a Alemanha e vice-versa. E o Uruguai defronta a Holanda e vice-versa.

Nota: estes posts do Mundial estão a ficar cada vez mais pequeninos...


?!




- Há já tanto tempo que a vi com esses brincos, ainda tem 41 anos?

- Hum-hum, por enquanto!

Forra




- Mãe, forras os livros porque tens vergonha que vejam o livro que andas a ler?
- Não filha, forro os livros para não se estragarem enquanto andam aos trambolhões na mala...

E também escrevo 'É aqui!' para abrir o livro correctamente, porque se assim não fizer é certinho e direitinho que o abro ao contrário.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (65)




Fui-lhe entregar umas coisas a casa e, sabendo de antemão que a vista é bonita, perguntei-lhe se me deixava tirar fotografias. Deixou, claro que deixou, ficou até muito agradada, era como se a minha atenção para com as vistas que eu queria captar para recordar fosse para com ela. Depois mostrou-me a casa. Movia-se devagar, agarrada aos moveis e encostada às paredes. Perguntei-lhe a idade, 96 anos de vida cumpridos o mês passado.
Cliquei e cliquei sobre a vista mas também me fartei de clicar dentro de casa. Escolhi esta fotografia porque a boneca é muito antiga, ou talvez porque todo o conjunto tem um certo ar de velho, usado e bem conservado, o que na minha opinião é algo dificílimo de conseguir. E também porque mostra a horas e eu tenho uma coisa qualquer especial, ou esquisita, com relógios e o tempo a passar e essas coisas.
Ultimamente tenho tido cada vez menos pudor em aqui mostrar partes de casas de algumas pessoas, normalmente clientes, porque acho que a maioria, se não todas, vindo a saber da minha actividade de escrever para o mundo ler não se importariam nem um pouco de aqui verem a sua casa retratada.

Lisboa - Rua Rosa Damasceno, 2 de julho de 2010


Ai tão caro!


'Caro' é palavra para nunca se pronunciar atrás de um balcão. Espanta a caça.


Tanto!


Uma velha senhora pediu-me benzina e quando lha pus em cima do balcão jogou as mãos à cabeça:
- Não tem um frasquinho mais pequenino?
Respondi que não e ela brinca dizendo que o resto da benzina alguém há-de herdar e que a família ainda há-de andar à pancada por causa da herança.


Telefonema


Agarro no telefone e digito o número que pretendo. Enquanto aguardo que atendam o meu pensamento voa para longe dali. Quando finalmente me respondem do lado de lá estou três segundos sem me lembrar com queria falar... Estou a ficar senil.


O seis, o quatro, o quatro e o seis


Dois cotas recordavam os anos que há que se conhecem no bairro.
- Fez ontem 64 anos que vim trabalhar para aqui - Dizia um.
- E eu fez dia 1 de abril - Dizia a outra.
Depois o primeiro duvidou da segunda, ela tinha vindo era há 46 anos e não 64, para logo de seguida a cota já irritada com a dúvida ripostar não, não, não, há 64!

No fim disto tudo, em 1946 (lá está o 46...), há 64 anos atrás, chegaram ao bairro dois jovens na casa dos vinte. Ele em 1 de julho, ela em 1 de abril.


Notícias do Mundial


  • Foi agora a vez do Brasil out. Ninguém estava à espera mas lá foram. Desde que Portugal abandonou o mundial a festa ficou muito apagada, agora então...


  • As vuvuzelas fizeram-se ouvir a seguir ao segundo golo da Holanda. É estranho...


  • Assim de repente nada mais tenho a acresecentar. Até parece que também para mim isto perdeu toda a piada, eu que nem ligo muito a futebol...


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Uma fotografia por dia que bem iria... (64)




Esta fotografia foi tirada ontem, o último dia do primeiro semestre de 2010 e fica aqui numa espécie de boas vindas ao segundo semestre deste ano.
Há coisas fantásticas, não há? Um feto que renasce numa teimosia tão própria da natureza, mesmo uma natureza que esteja rodeada de cimento, no coração da cidade mais bela do mundo - Lisboa.

Lisboa escondida, 30 de junho de 2010