segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O par de botas e o talão


A funcionária da sapataria anunciou que não ia conseguir dar-me o talão por haver um mal informático qualquer. Perguntei como faria no caso de haver algum problema, dada a inexistência da prova de compra. E ela, muito desembaraçada respondeu:
- Ah… as botas são tão giras que não as vai querer trocar, de certeza!
Não disse nada, limitei-me a sorrir e fiquei a pensar na resposta da rapariga tão pronta, tão sensata, tão inteligente. Queria ser assim, as minhas respostas aos clientes são muitas vezes prontas, e ainda bem, agora sensatas e inteligentes nem por isso. Eu é mais
assim... Desta maneira... Ou isto...

Há mais aqui.


Perguntar


E perguntas? Também só as fazemos aos amigos? Excluindo as da área profissional, claro, só fazemos perguntas aos que são nossos amigos? Não... Às vezes questionamos os amigos para saber se estão bem sem que na verdade queiramos saber. Mesmo que os amigos sejam nossos amigos nem sempre queremos - realmente - saber como estão.

domingo, 29 de novembro de 2009




Gosto bastante desta rua lisboeta e do silêncio dela. E também gosto dos gatos.
Conheço uma senhora que mora aqui e diz que esta é a rua do silêncio. Pouco depois do clique desta fotografia ela abriu a porta, perguntou-me que andava ali a fazer e eu disse-lhe que gostava dali. Anunciou-me logo a seguir que havia na rua uma casa para vender... Depois deixou muitos beijinhos, muitos cumprimentos, muita saúde. Faltou-lhe desejar-me o muito amor e a muita paz mas acho que isso é porque ela sabe que eu sou uma mulher de sorte, tenho muito dessas coisas.

Publicidade
(Se bem que passo a publicidade que aqui vou fazer...)


Encontro publicidade… engraçada, vá, na rua. Assim ao calhas, de vez em quando bato com o olhar em frases ou nomes publicitários que considero hilariantes. Ora veja-se:


    Temos a Telepita debaixo do título Momento só meu da Telepizza...

    Esta é de cariz sexual. Começo bem, começo…


    Temos o Fale até não poder mais da TMN

    Ao que parece fala-se e depois recebe-se dez vezes mais do tempo que se levou a falar. Este publicitário não vingaria se todos fossem como eu – sinto-me extenuada só que tenha que pronunciar quaisquer duas ou três frases seguidas. Mesmo que sejam muito pequeninas é uma canseira.



    Temos o cabeleireiro Visão de Águia


    Este nome está relacionado talvez com a visão de águia que os maridos têm (deviam ter!) para repararem na mudança de penteado das suas mulheres. Eu acho que só pode estar relacionado com isso.



    Temos uma casa de repouso para idosos apelidada Nos braços de Deus

    Está-se mesmo a ver: idosos/Deus - idosos nos braços de Deus dão a ideia de morte já efectivada.


sábado, 28 de novembro de 2009

Novidade menor que a anterior


Tenho umas pantufas novas. São engraçadas e foram baratas. Têm uma sola grossa, mole e bamba. Não são propriamente confortáveis, parece que vou afundar a cada passo que dou. Deve ter sido assim que Jesus se sentiu ao caminhar sobre as águas. Quer dizer, trocando as pantufas por alpercatas e fora o desconforto, deve ter sido assim que ele se sentiu. Deus não deve conseguir sentir desconforto. Ou será que sente? Sim, já sei, o melhor é perguntar-Lhe.

Grande novidade!


Tenho uma batedeira nova, novinha mesmo!
Agora já não maço o braço tendinítico nem nada.
Põe-se, ou vão-se pondo os ingredientes e ela que trabalhe para um lado que eu vou trabalhando para outro.
Até baila!



Autorização


Os ricos filhos preferem-me para pedir um certo tipo de autorização. Assim aquelas saídas em que é preciso mais juízo. Dizem que sou Chill Out... Confesso que não tenho a certeza de isto ser bom. Estou quase certa de que não é grande coisa...

Importante


Se tudo for feito:

    Com ela

    A ela

    Para ela


Como não sentir (ela) que é importante? Impossível, ?

Frio


Ontem saí às sete e andei ali à volta. Frio...
A volta dada, seguimos para o Parque das Nações. Frio...
Jantámos bife da vazia com molho de queijo e mais não sei o quê, batatas fritas e gratinadas com (outro) molho de queijo. Não muito frio...
Seguiu-se um espectáculo no
Auditório dos Oceanos a peça 'Vai-se andando'. Nenhum frio...
Depois umas caipirinhas naquela roda gigante e rotativa no Casino Lisboa e a visualização de um espectáculo de dança com apenas dois bailarinos mesmo no meio. Frio a léguass dali...
Saímos para a rua. Era madrugada, passeámos e passeámos. Grande humidade no ar. Os muros e as paredes dos prédios escorriam água. Frio gélido...

E hoje: nariz assim como está descrito no post anterior.

Nariz


O Natal chegou. O Natal chegou mesmo, é real, intenso, vibrante...
Acordei, levantei-me e como narcisa que sou olhei o meu reflexo no espelho. Pareço uma das renas que puxa o trenó do Pai Natal: tenho a pontinha do nariz vermelha e luzidia. Reluz e tudo...

Espero ansiosamente a hora em que vou achar piada ao meu nariz...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estou triste


Estou triste porque um dos maiores focos da minha vida actual - o meu blogue - não pode resplandecer.
Porque os outros sempre estão interessados em algo... interessante, e eu só me interesso por tudo... o que não interessa a ninguém.
Porque o meu blogue é o maior expoente da minha inteligência.
Porque não posso contar a ninguém acerca do meu blogue... porque já cá escrevi acerca de demasiadas pessoas... e acho que não apreciariam por aí além o que escrevi acerca delas.
Estou triste, revoltada comigo e mais a porra de tipo de inteligência que possuo.
Para que é que interessa escrever se ninguém cá pode vir? Para nada!
O ciclo repete-se e estou de novo a achar-me rodeada da inutilidade que existe em escrever num blogue.

Adenda


O post anterior é sucinto e superficial. Fiquei a pensar no que escrevi; hoje continuei a pensar e até já me arrependi da publicação. Não gosto desta sensação que tenho de que servi um prato sem apurar os temperos. Porque foi isso que fiz no post anterior; escrevi sem sal nem pimenta. Devia ter escrito porque é que acho a dona Genoveva exaustiva mas interessante. Um dia, escrevo. Breve, não sei. Mas escrevo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Monólogo


«Ai coitadinha! Há tanto tempo a ouvir-me. Enfim, diz que uma alma só repousa noutra... E a Gina é uma boa ouvinte.»

A autora desta frase é considerada por muitos, uma chata do caraças. Não concordo, pelo menos não concordo totalmente, com esta afirmação. A dona Genoveva é... exaustiva, diga-se antes assim, mas extremamente interessante. É deixá-la falar! Eu gosto mesmo de a ouvir ou não a acharia interessante para além de exaustiva. Ou o meu interesse não suplantaria a exaustão.

Velhices


«Ai ai! Quando a gente chega a velhos é uma tristeza, pá! Ainda eu não estou muito mal... não me babo e tal, como alguns...»

Hum... Ao que parece o senhor Rodrigues nunca reparou que eu abro o guarda-chuva sempre que ele fala ao pé de mim. É cada chuvada!


«Ai filha! Veja se morre antes de chegar a velha!»

- Então, é assim tão mau? - Perguntei eu a ver se aliviava a pobre e doente senhora. Fez-me que sim com a cabeça duas vezes, os olhos tão tristes...

Começo a ficar receosa da velhice...

Vontade domável


Quando em conversa telefónica me pedem:
«Só um bocadinho, por favor.»
Tenho vontade de responder:
«Leve-o todo que a mim não faz falta!»

Mas é uma vontade tão domável que me fico por dizê-la.

Socorro


A canção do Pingo Doce voltou com ares de Natal...

Ai que arrepios!



Um bê e um á... BÁ!


Esta noite a minha vizinha de baixo está fartinha de gritar com a filha de seis anos. A miúda não sei, agora eu posso afirmar que já sei como se escreve P-A-U!

A chuva é o que faz!


A fruta não se encontra aluada, antes molhada...

Tenho um penteado fantástico!


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Andando


Entrei na Rua de Entrecampos. Nunca tinha reparado em tal rua e como nunca tinha reparado meti-me lá. Vi uma drogaria, uma drogaria daquelas vistosas. A única semelhança com aquela que tão bem conheço será as esfregonas e as vassouras penduradas à porta, talvez. Ou talvez hajam mais semelhanças. Ora deixa cá ver...
Detive-me nas montras cuidadas, apenas um pouco de tempo, o tempo de descobrir que não me sinto colega de ninguém, que me sinto sozinha. Não esquadrinhei a coisa para descobrir outros pontos comuns. Seria um esforço sem compensação justificável.
Adiante.
A manhã estava soalheira e o frio não era nenhum. Continuei pela rua estreita afora. De repente a rua acabou numa fonte lindíssima e, certamente, cheia de histórias. Demorei muito mais tempo mirando a fonte do que demorara a olhar a drogaria. Logo ali ao lado direito estava a ruazita que desemboca na Avenida da República, curvando à esquerda começava outra rua que me faria desviar da rota que já previamente havia estabelecido e mesmo em frente aparecia a linha do comboio com uma ponte aérea em zigue-zague sobre a mesma. Não gosto de alturas, afligem-me. Mas também sou uma ganda mulher, já dificilmente deixo escapar as oportunidades que a vida me apresenta, principalmente coisas deste género, e dei início à subida pensando que a vista seria agradável.
Depois da travessia a rua continuou mais um pouco e acabei no Campo Pequeno. Continuei andando e cheguei ao meu destino.

As fotos estão aqui.

Vocabulário


A malta por aqui é rodeada pelas letras. Eu escrevo num blogue e ainda por cima tenho a mania que sei escrever... Os ricos filhos andam ambos na mesma escola bem como na mesma área - Literatura - se bem que o rico filho tenha MACS e a rica filha não.
O André e a Ana Cláudia apresentam um vocabulário onde se nota a área de ensino em que estão inseridos e têm brincadeiras um com o outro onde também se nota o meio em que estudam.
Um dia, despedindo-se do mano, diz ela assim:
- Xau, André. Que as flores te amem....
Ele riu-se. E eu continuo com a brincadeira:
- André, que as flores te amem incondicionalmente!
Ele riu-se mas não queria... Eu, pondo a mão no peito e num voz melosa, acrescento:
- André, que as flores por ti nutram um amor soberbo, filho...
Ele gargalhou baixinho, não queria mesmo nada rir. Quando se tem quinze anos achar-se piada à mãe não está com nada...

NÃO!


De seguida apresento uma conversa fantástica com três intervenientes. Eu a verde, o Luís a vermelho e o funcionário da pastelaria onde nos encontrávamos a azul.

    - Não queres café, pois não?

    - Não.

    - Não queres?

    - Não, não, não.

    - Não?!

    - Não, não, não!

    - É um café, por favor.

    - Só um?


Velhice


Sabemos que estamos velhos, não só quando começamos a falar na velhice, mas também quando passamos a levar os óculos que a gente usa - usava, quero eu dizer - exclusivamente para ler, ver TV e estar frente ao computador.
E também, quando em conversa com alguém vem à baila o tempo do meu namoro e esse alguém exclama explicitamente e com a voz rente ao horror, faltando-lhe apenas o credo na boca e o benza-deus nos gestos:
- Ah, mas isso já foi há muito tempo!
Aí também já se sabe que estamos a ficar velhos.
«Que horror!» pensei eu. Talvez para não fugir à regra, fiquei horrorizada com o desplante do alguém. É que o alguém é alguém aparentando ter só(!) menos uns dez anos que eu, para aí...

Cinema


Fomos ao cinema ver o filme '2012'. É um filme interessante e intenso. Talvez devido à intensidade seja cansativo. Bem que podiam baixar o volume do som e também escusavam de mostrar as pessoas em pleno afogamento. Para mim seria muito melhor, escusava de crispar as mãos e de me faltar o ar e isso.
No fim da noitada, a caminho de casa, a rica filha comentou:
- Se aquilo acontecesse o pai ia ser assim mesmo... Patxau! - Querendo dizer que o pai se esforçaria ao máximo para salvar a família, assim como fez o protagonista do filme. Eu acrescentei:
- É, acho que o pai morreria para nos salvar...

(Oh, meu herói!)

Entremeio


Aqui neste entremeio deixa-me cá deixar uma perguntinha daquelas a que ninguém responde:

Alguém tinha saudades de ler as parvidades que aqui planto?

Mosquedo


Tenho tido uma grande infestação de moscas na minha cozinha, concentram-se sobretudo na fruta. No Domingo tive uma ideia estupenda: pus a fruteira na varanda e lá tem estado desde então. A ver se as maçãs e as pêras não ficam aluadas.

?!


- Então, está tudo bem?

- Sim. Mas estou à espera que melhore.


Bom


Se um cliente diz: «Estou aberto a sugestões.», é um excelente cliente!

Francês


Que responder quando me perguntam: - Parlez vous français?
Responder: - Un peu. E depois continuar balbuciando… aliás, tentar balbuciar em francês que aprendi a língua à l’ècole e que por isso traduzo bem o francês que ouço, só que quando chega a hora de falar é mais difícil mas lá me safo.
Foi o que fiz.
No fim do negócio o senhor fez-me uma série de perguntas básicas em francês, isto porque me achou um piadão. A todas respondi bem. Já tenho ouvido dizer que a adolescência é a idade em que melhor se fixam as aprendizagens, isto leva-me a crer que sim.

domingo, 22 de novembro de 2009

Hoje há poucochinho


Ao adormecer, a minha cabeça formula frases poderosamente bem construídas. É uma pena não saber como adormecer e escrever em simultâneo...

sábado, 21 de novembro de 2009

Fui ao Continente


Fui ao Continente e lá consegui sacar a Leopoldina toda boa... A Leopoldina de quem falei uns posts atrás.
As minhas incursões ao Continente são sempre interessantes. Sinto-me bem - estou no meio da diversidade humana sem que tenha de me mostrar. Basicamente é assim: tenho um interesse exagerado pelo meio que me rodeia e ali posso observar intensa e imensamente as pessoas sem que seja notada, ou seja, ninguém me liga. Sinto-me bem...
Fui ao WC. Ao sair da cabine uma senhora idosa parecia apreeensiva com algo. Eu, o meu interesse exagerado pelo mundo, e mais a minha carinha laroca, porque não(?), somos frequentemente assediados por velhinhos em aflição. Esta senhora, tinha acidentalmente fechado por dentro a porta da cabine que usara, mas estando cá fora, e deixara lá a bengala. Agachei-me e lá estava ela, a bengala da senhora. Tive uma ideia estupenda: ajoelhei-me e retirei a bengala por entre aquele espaço livre que deixam entre o chão e a base da porta. Choveram agradecimentos... logo seguidos de queixas do marido, a quem ela não poderia ir contar uma coisa destas, nem pensar!
Curiosamente, eu, que para além do tal interesse às resmas pelo meio que me cerca, também tenho uma memória fantástica para feições, sei que a senhora da bengala é a mesma de quem falo
neste post. Loures é uma cidade muito, muito reduzida...


Segredo





Este blogue segredou-me que tem saudades de divulgar uma boa fotografia. Quer dizer... digo uma boa fotografia porque para mim esta é uma boa fotografia. E essa opinião deve-se a quê? Passo a explicar.

Para começar o verde impera, o verde-água. Depois a imagem tem aquele ar maduro e fustigado pelo tempo, o que lhe confere alguma nostalgia. Isso atrai-me bastante. Ou também pode ser o sombreado que cria recantos que, se se olhar atentamente, qualquer um pode imaginar, basta querer. Há um portão, logo... há algo além do portão. É aí que se pode entrar na imaginação. Isso atrai-me ainda mais. Depois... depois tem a ver com este post.
Alguns dos meus sonhos fazem-me pensar. Há uns que não esqueço pela intensidade que pus, ou que vivi no sonho, há outros que não esqueço principalmente porque os escrevi. Este é um desses, dos que não esqueço por tê-lo escrito. Este portão encanta-me há alguns anos, se calhar foi por isso que sonhei com ele. O dia em que o captei com a minha máquina, o dia em que não deixei escapar a oportunidade de fotografá-lo chegou, finalmente.
Não vou aqui divulgar onde permanece este portão nem vou deixar nenhuma pergunta em forma de adivinha perguntando se alguém sabe porque este blogue é solitário e a juntar a isso a paciência em esperar resposta de presumíveis leitores é escassa. Mas se alguém sentir muita curiosidade em saber, deixe recado na caixa de comentários ou envie email, que responderei com muito agrado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O homem


O homem costuma estar à porta de um bar, um desses bares de língua estrangeira, que os há às carradas na baixa lisboeta. Tem um porte impressionante, uma aura que não se vê, sente-se. E é tão imensa que dispensa um olhar perscrutador como o meu, qualquer pessoa pouco observadora é atraída a ele.

Ela - Este homem tem ar de poeta.

Ele- De poeta... e de louco.

Ela- Os poetas são insanes.

Ele- Oh! Ao fim e ao cabo somos todos insanes!

Ela- Sim, mas os poetas mostram a sua insanidade, não têm vergonha dela, divulgam-na até.

Ele- É verdade, a maioria das pessoas passa a vida inteira a disfarçá-la.

Ela- Pois...

Conta lá!


Alguém que não me via há tempo perguntou que tinha eu para contar. E eu... não tinha nada para dizer. Ele insistiu. Fiquei perdida, não encontrei nada que me apetecesse contar-lhe.
Depois fiquei a pensar naquilo. Lembrei-me: só temos algo a dizer aos amigos.

Macho


Macho que é macho manda mensagens às duas da manhã dizendo que o jogo tal está à venda no site assim por xis euros e ypslon cêntimos.

É, macho que é macho é assim!


A montra


É Natal! É Natal!

Já é Natal. Comecei hoje a muda das montras. É hora, tendo em conta que numa delas estava exposto um conjunto de óculos e tampões para os ouvidos, daqueles que se usam habitualmente na piscina, e um mapa Portugal/Espanha... estava-se mesmo a precisar de uma mudança.

Moda


Não se pense que aquela moda de andar com o cós das calças a meio das nalgas e os bolsos pelos joelhos é apenas apanágio da adolescência. Pois... pois não, não é. Os pedreiros de cinquenta anos também fazem uso desse costume.

Ah!... E também dizem
'ya!'.

Passado versus Quotidiano actual


Não se devia ter o passado tão presente, sofre-se imenso com a ausência dos costumes e os lugares de outrora.
Ficar agarrado ao passado, ao como era antigamente, é castrador, a coisa acaba ali. É muito melhor dar as boas vindas à actualidade e entender que para haver evolução sempre ficarão coisas lá para trás. Eu, é o que tento fazer, muito embora me seja difícil. O melhor é, e sempre será, olhar para a frente e abraçar o presente. As novidades implicam mudanças mas também são empolgantes. Disfrutemo-las, pois.

Dor


Sou contrária à outra gente. Tenho muita vontade de ir ao ginásio quando me dói as pernas. Devo ter um problema de cabeça, ao invés de nas pernas.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Velhice


Estamos velhos quando começamos a falar na velhice. 'Ah eu já me dói as dobradiças', 'Ah eu já não tenho a paciência de outrora', 'Ah eu isto' e 'Ah eu aquilo'.
Mas há mais. Sabemos, estamos certos de estarmos velhos, quando nos oferecem uma lupa para lermos as letrinhas picarruxas...

Post 2117


Se eu podia passar sem

isto?

Ná...


Privilégio


Sou uma privilegiada. Ocupo um lugar de honra sem ser de destaque, existe um balcão na minha vida. Sei coisas da vida das pessoas que, de outra maneira, não saberia. Elas, as pessoas, partilham acontecimentos, ideias e sentimentos comigo sem darem conta do que me estão a mostrar.
Eu quero escrever um livro, de certo modo sinto que aqui escrevo um. Esta profissão que tenho, e pela qual não morro de amores, permite-me encher um blogue sem estar sempre a escrever dos meus quês e porquês, o que até para mim seria entediante. É alivioso sentir que há pessoas e surpresas. É alivioso sentir que a vida é sempre mutável e, por isso, sempre interessante.

Tens fome?


- Mas porque raio é que a gente tem fome? Servirá para alguma coisa, isso da fome?! - Pergunto eu, cheia daquela raiva que tenho às coisas que não compreendo.
Ele, o Clóvis, olhou para mim com demora, procurava a resposta:
- Sim, realmente... - E depois avança eloquentemente:
- Eh pá!... Mas sabe tão bem a gente matá-la, caraças!
- Ah bom, só se a fome for para isso...
Está explicado o motivo da fome. Até há quem diga: «Já matei quem me queria matar a mim!»

No masculino


Fazendo jus ao que escrevi uns posts atrás, almocei com quatro homens. Dois deles mantiveram-se mais ou menos calados, porque não são de fazer chinfrim ou então porque os outros dois não se calaram o almoço inteiro. Ele foi o novo treinador do Sporting, ele foi as gajas boas, ele foi os negócios, ele foi as gajas boas, ele foi a economia mundial, ele foi as gajas boas...
Ai... que saudades de uma maria na minha vida!

Pergunta


Perguntaram-me se vendo vidro acrílico.

(Não. Nem vidro... nem acrílico.)


Vou escrever de 'Reclames' e do Natal


Começo com a Leopoldina. A nova Leopoldina não é esta.



Infelizmente não a consegui copiar da internet mas mesmo assim não quis deixar de aqui plantar a antiga Leopoldina.
Ora bem, a Leopoldina está francamente melhor! Tem um filme onde aparece toda boa qual Lara Croft, desvendando mistérios e lutando contra as adversidades que escondem os brinquedos dos meninos, acabando depois de alguma aventuras por os encontrar.

Depois temos o Ambrósio e a Madame Aptecem'algo.



Ao tempo que este reclame passa no planeta inteiro! Há tanto tempo que a Madame Aptecem'algo anda já de cara inchada devido ao botox e o Ambrósio faz tijolo no cemitério há uma catrefa de anos. Eles já enjoam mas o Ferrero Rocher nem por isso, que coisa tão boa!

Po-po! Po-po-po-po-pota!


A Popota é fabulosa. Este ano puseram-na a dançar Kuduro. Ou isso vem já de anos passados? Não sei mas não interessa por ora. O que interessa é que a Popota este ano está um es-pec-tá-cu-lo!
Infelizmente também não encontrei a Popota do Kuduro, fica aqui a Popota vestida à Marylin Monroe. Muito sensual, claro. Só pode, é para as criancinhas verem e pedirem aos papás que os leve... não me lembro a que hipercmercado mas não faz mal, fica assim: crianças e sensualidade tem muito a ver, tem.

Nota: as imagens foram copiadas da internet.


domingo, 15 de novembro de 2009

Pensamento


Costumo suscitar o interesse nas pessoas no sentido de quererem saber o que estou a pensar. Ao que sei, mostro muitas vezes um ar pensativo e ausente. Mas o meu pesnsamento é tão veloz que quase nunca me lembro o que pensava, ou se lembro está tudo difuso. Claro que depois suscito a dúvida e outro tipo de interesse. Não me acreditam, acham que eu estava perdida em causas ilícitas. Qu' est que je vai faire? Rien! Pour moi, il n'y a pas de problème...

In


O mundo é tão carregado de mentira que são as sinceridades o que enxota as pessoas. A verdade é tão feia que ninguém a quer ver por as inverdades serem sempre tão bonitas.

...?


Alguém se achou peculiar. E eu disse que acho todas as pessoas peculiares porque as pessoas são únicas.

Em simultâneo acho que não há ninguém diferente de alguém.

Sou única, pois é.

Amigos


Quem lê este blogue habitualmente sabe que:

• Não tenho amigas mas tenho amigos
• No meu quotidiano os homens estão em maioria

Ainda que isto não me cause qualquer transtorno, antes folgo que assim seja, por vezes sinto alguma falta de presenças femininas à minha volta. Faz-me falta aquela coisa de ir às compras com elas, de perguntar se acham aquela t-shirt tão gira como eu acho, se apreciam o meu verniz sex-apeall, se me fica bem aquela roupa, aquela cor, de discutir o tempo de intervalo entre depilações, de mencionar que me esqueci de tirar a chicha do congelador e que assim não faço ideia que será o jantar, e afora, afora.
Os homens não entendem destes pormenores femininos, querem lá eles saber se eu parti uma unha que levou três semanas a ficar daquele tamanho… Eu chego ali ao pé do Clóvis (sim, o gajo deste post) e digo a fazer beicinho que parti uma unha, e ele logo de seguida manda-me à merda com o olhar, pensa muito rapidamente que me falta qualquer coisinha e diz-me que é melhor ir ter com o marido, ele que me ature. E chego ao pé de uma maria qualquer, queixo-me da minha desgraçada sorte, que não me apara nada inteiro e ela solidária faz uns olhos de cadelinha triste e condoída e diz-me: «’Está tudo bem, Gina. Partiste a unhita e isso agora custa horrores mas vais ver que cresce num instantinho!»
Mesmo sabendo que elas são todas umas cabras umas para as outras e portanto iriam sê-lo para mim também, que não me aguentariam porque eu sou muito mais gira que todas elas juntas… há dias em que lhes sinto a falta.

Post 2107


Num pacote de açúcar li: « O consumo de café previne o risco de demência.»

Ao ler isto fiquei com a ideia que bebo poucochinho café. É que sinto a demência rente à minha pessoa, até lhe sinto o bafo.

Não sei que pense


Quando não sei o que pensar saem-me posts assim como os anteriores. Esta sou eu à mesma. Sou a que escreve outros posts. Outros posts com outro estilo. Mas acabo sempre por não saber se isso é bom ou mau. Portanto, continuo dividida.

Constatações de Domingo (2)


O Domingo está colante. Na minha varanda há roupa à espera de vez para ser estendida. A roupa não espera corda, espera antes molas. Pois, tenho que comprar molas.
Estou aqui a lembrar-me que vendo molas de roupa. É engraçado eu precisar de comprar molas de roupa e vendê-las. Pode dizer-se que a minha relação com molas de roupa é em duas frentes. Sou uma pessoa dividida.

Constatações de Domingo


Fui ao Continente (esta introdução é já minha velha conhecida). Comprei um caixote do lixo grande, comparado com o que foi retirado da minha cozinha eu diria que este novo caixote do lixo é para lá de grande, é gigantesco. Tem pedal e tudo. E funciona.
Na bicha para pagar um bebé brincava com um pacote de pensos higiénicos. Divertido, atirava aquilo ao chão e logo de seguida o paizinho apanhava-o e devolvia-lho. A criança estava contentíssima e havia harmonia nos actos dos dois mas faltava a cumplicidade - o paizinho não parecia nem um pouco divertido...

Tosse


- Cof! Cof! Cof!

- Está com tosse?

- Sim...

- Então vai ficar com ela!



Ah pois!
Nada como começar a vida blogosferica de um Domingo colante como o que se me apresenta hoje, publicando um post giríssimo como este.

sábado, 14 de novembro de 2009

Comentar


Já aqui fiz inúmeras referências aos comentários que não recebo - queixei-me, lamuriei-me, intriguei-me.
Não querendo hoje entrar por aí, digo pela sensação de isolamento e de mundo à parte em que estou na blogosfera, de modo nenhum, quero apenas referir que hoje me lembrei de algo que os comentários permitem: os comentários podem contrariar a minha visão da vida. Se eu aqui estiver sempre sozinha, com o passar do tempo tendo a pensar que estou – realmente – certa.
Ora isso nunca é verdade. Ninguém está – realmente – certo. Não há nada linear na vida, pois se o mundo é redondo…

Mariquice?!


Um cliente, um daqueles clientes que tuteio, exclamou em voz grave e arrastada ao fim da compra:

- Eh pá, esta merda tem é um nome um bocado abichanado, ó caraças! Lifebuoy…! Que é esta merda, pá?

Atão, ó Clóvis! É um sabonete, pá! É o nome que lhe puseram, que é que queres?!
Ah os homens! Sempre interessantes! Embora não o saibam, são quase sempre grandes impulsionadores de dúvidas na minha cabecinha: o nome Lifebuoy fará cair, ou desaparecer, vá, aquela parte do corpo por eles tão honrada?!

Atchins


Eu espirro para o ar. Para os papéis que tenho na mão. Para as mãos. Para o ecrã do computador ou para o teclado, dependendo da velocidade do espirro. Nunca espirro para o braço como manda a lei do momento. Os avisos para evitar contágio são tão comuns e intensos, a precaução agora é tanta que já me sinto a viver em pecado...

Que maravilha!




Chamam-nos o casal maravilha. O interessante é isto ser dito por pessoas distintas, que não se conhecem entre si. Suscitamos o interesse nas pessoas quando dizemos que o nosso casamento tem vinte anos. Também somos tomados como exemplo e até por vezes alvo de invejas, porém, inofensivas. Já nos têm perguntado qual o segredo de tamanha longevidade matrimonial, sendo que ainda por cima os anos são de felicidade. Respondemos que talvez seja a aceitação que fazemos um do outro, no que a defeitos e virtudes diz respeito, talvez seja porque éramos muito jovens e por isso nos adaptámos bem, talvez seja apenas e só a sorte de nos termos encontrado e conhecido, e daí a aquisição da vida em comum. Não sabemos ao certo mas sabemos que a coisa anda por aí.

(Pois é, dois posts abaixo deste falo de dúvidas e certezas.)

Por causa destas coisas da longevidade, noutro dia pusemo-nos a contabilizar o que estaria na nossa casa, refiro-me a objectos, e que fosse da idade do nosso casamento. São muitas mais as coisas adquiridas posteriormente, há já pouca coisa que ainda persista nesta casa e que já fosse 'viva' em 1989. Restam ainda alguns móveis de quarto, o frigorífico, o despertador, duas ou três peças de louça e de roupas de casa.
À excepção da louça e da roupa, tudo o resto geme insistentemente pedindo substituição devido aos estragos tão evidentes.
Folgo que em vinte anos não careça, nem tenha desejo ou vontade de substituir o meu marido… nem ele a mim. Ao menos isso.

Fotografia: As nossas sombras na Alameda Dom Afonso Henriques, num dia do Verão de 2009.


Bolo de Marmelo


Ultimamente têm-me oferecido marmelos à farta. Primeiro foi a senhora Gislena que os mandou lá da terra e ao depois disso já por várias vezes a vizinha Isalina os apanha no seu quintal alfacinha e mos oferece.
O bolo cuja receita se encontra abaixo da fotografia foi um bocado inventado. Foi um bocado inventado mas é muito bom. Ora experimenta!




Ingredientes

4 ovos
250 gramas de farinha
250 gramas de açúcar
100 gramas de manteiga
1 colher (chá) bem cheia de fermento em pó
1 chávena (chá) de leite
3 marmelos grandes
3 colheres (sopa) de açúcar

Preparação

Descasque os marmelos, corte-os em quadrados pequenos e regue com umas gotas de limão para não oxidar.
Numa tigela bata o açúcar com as gemas e a manteiga; adicione o leite e mexa.
Junte então a farinha misturada com o fermento e envolva sem bater.
Por fim adicione as claras em castelo e envolva muito bem.
Deite a massa numa forma bem untada de manteiga e polvilhada com farinha.
Por cima disponha os marmelos e as colheres de açúcar.
Leve a forno médio cerca de 1 hora.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Manias


Tenho a mania que sei escrever e que não sei falar. A mania é tanta que nem sei se isto que acabei de escrever é a verdade; se não carece da habitual crueza com que penso e escrevo. E neste momento a dúvida engrandece e já nem sei o que estou aqui a fazer, sequer sei se escrevo, se falo.
Tomando como verdadeira a inscrição que vi hoje na estação de Metro do Saldanha: «Ter a dúvida é ter a certeza daquilo que estou a dizer.», posso pensar que estou muito certa do que estou aqui a fazer e a dizer... mas duvido.

Que coisa!


- Não se esqueça de dizer ao senhor Joaquim que eu já paguei.

- Digo, sim. Fique descansada.

- Mas eu estou descansada!

- Então fique mais descansada ainda.


(Eu não devia dizer estas coisas aos clientes. Que horror...)

Soneca


Descia a avenida e detive-me numa loja de velharias. Na montra estavam destacados os meninos jesus e outros objectos relacionados com o presépio, mas também haviam sinetas daquelas de chamar a criada, guarda-jóias, quadros e outras coisas obsoletas e, por isso mesmo, belas - o obsoleto pode ser belo, creio eu.
Lá dentro, sentado numa cadeira, o senhor já dormitava por tanto esperar clientes. Não é uma loja muito movimentada... nota-se. Começou a subir-me uma maldade - se a maldade pode ter tamanho, então era uma maldade pequenina -, entrar para ver lá dentro só pelo prazer de arrancar o senhor dos braços do Morfeu. Depois pensei que era melhor ficar ali de fora olhando para ele ininterruptamente porque sempre ouvi dizer que um olhar persistente sobre nós pressente-se. Ora deixa lá ver... Bem, é verdade, passados alguns segundos o pobre abriu os olhos e viu-me espiando-o através da sua montra. Não me senti nem um pouco apanhada em falta, eu continuava envolta naquela - pequena - maldade, que se calhar aqui já era uma maldade daquelas grandes. Coitadito do senhor.

Rir


Haverá alguma coisa melhor que rir?!

Hum... Só se for um suculento e medianamente passado bife com batatas fritas e ovo a cavalo sem ranhocas, carregadinho de molho de manteiga e alho com fartura, rematando depois com uma ganda fatia daquele meu
m a r a v i l h o s o (!) bolo de chocolate.

Só se for isso...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quarentena;
Ler;
Livros;
Biblioteca
(não necessariamente por esta ordem...)


Noutro dia falei com uma senhora que ignorava o significado da palavra: quarentena. Tentei não mostrar surpresa, afinal sei que não temos todos que saber tudo - e isto pode-se juntar àquela minha tendência de não crer que as pessoas são burras.
Depois pus-me a pensar a ver se me lembrava de quando eu própria descobri a palavra quarentena e seu significado - se calhar para não me achar burra, bem, pelo menos não muito burra. E lembrei.
(Viva a inteligência!)
Foi quando iniciei a leitura da colecção d'«Os Cinco». Lembro claramente que num dos livros dessa colecção, a história começa com os quatro miúdos de quarentena devido a um surto de gripe. Pelo contexto percebi, ou subentendi, o que é a quarentena. A quarentena é a gente ficar de molho em casa preventivamente, não vá o diabo, ou outro gajo qualquer da mesma estirpe, tecê-las e a gente 'pegar' a doença a todas as pessoas com quem nos relacionamos.
(Viva a inteligência novamente!)
Ora bem, por causa da quarentena e dos livros d'«Os Cinco» lembrei-me: nos anos em que andei no Ciclo Preparatório fiz-me sócia da então mui pequena Biblioteca Municipal de Loures, que ficava num primeiro andar da Rua Doutor Manuel de Arriaga. Não que o prédio fosse velho mas eu e a minha mente infantil achámo-lo escuro e frio, era como se estivesse num local proibido, fazendo coisas que a minha mãe não permitia, apesar de ela conhecer e autorizar estas minhas incursões.
À entrada estava uma senhora sentada a uma secretária tratando da papelada. A requisição era toda preenchida à mão num cartão, não era como é hoje: cartão com banda magnética e prazo de validade. Recordo a senhora de óculos mas estou consciente, e isto são as brumas da memória funcionando, que só a recordo de óculos porque numa bibliotecária o par de óculos pousados no nariz e o olhar por cima deles é característico, assim como o camiseiro branco abotoado até ao colarinho e a saia aos quadrados. Também estou a ver a senhora de óculos ao peito presos por uma corrente dourada, ou então de óculos postos outra vez e a corrente dourada balançando a cada anuir de letra grafada a meu mando. Engraçado... vejo-lhe os lábios e as unhas pintados de vermelho. Entretanto, e por tanto pesquisar na memória, parece que estou mas é a ver a professora primária da rica filha, porque a dita era assim, e aí estou a entrar nas memórias da infância dela, da rica filha, ao invés de nas minhas. Com o passar dos anos as coisas difundem-se ou dissipam-se. Muito sinceramente digo: antes difundir que dissipar; antes recordar alguma coisa...
Voltando à biblioteca de '79/'80: os livros esperavam os leitores amontoados em prateleiras não muito altas, os corredores eram estreitos e sombrios. Aquilo era um sonho de letras para mim. Ena tanto livro! Qual escolho? Durante anos escolhi alguns. De um deles já falei aqui.
Com o rodar do tempo deixei de ter medo das escadas do prédio, só pensava nos livros. Os livros são tesouros, independentemente da qualidade. Um livro é uma obra, boa ou má, e muito embora goste mais de uns que de outros, acho-os todos preciosíssimos.
Hoje a biblioteca que há em Loures, para além de ter mudado de sítio, é enorme e chama-se Biblioteca José Saramago. Nada a ver...

É chato como a potassa!


Será a potassa assim tão chata que seja frequentemente associada a gente chata? Acho que não. O que são umas comichões no nariz comparadas com as cefaleias que algumas pessoas chatas me provocam? Nada.

- Olhe tem daquela laca assim-assim?

- Não, só daquela outra...

- Não tem da assim-assim?

- Não, esta é o único tipo de laca que tenho.

- Ah... e da outra não tem?

- Não...

- Eu queria era daquela assim-assim...

- ...

- Não tem?



Ai ai... (suspiro e dor de cabeça)

Post Scriptum

... a potassa não é nada chata...

Vender


O vendedor é um gajo lixado. Eleva ao bom o que não presta e vende a mãe.
Perverso!
Deve estar sempre extremamente cansado, não há descanso para os perversos...

Ir


Vai ou não vai?

Vai. Tem que ir!


A coisa vai porque tem que ir mas não impreterivelmente. Às vezes a coisa não vai, está parada, e é parada que a coisa vai.

Castanho


Vesti-me de castanho. É dia de são Martinho. Não bebi água-pé. Comprei um quilo de castanhas. Não comprei erva-doce. É dia de são Martinho. Não tenho jeropiga para beber. A fila para comprar castanhas naquele senhor da Praça de Londres era tão extensa que fazia um caracol.
Aquele senhor tem uma grande e boa fama, já o vi muito bem retratado na blogosfera. As castanhas são a dois euros a dúzia, é caro, dizem, mas não há nem uma que esteja podre. Acho bem mais caro pagar um euro e meio por doze pequenas castanhas sendo que três ou quatro delas estão podres. As dele são sãs, grandes e bojudas - uma maravilha! A boa fama vem daí, o muito bom sempre se conhece.

Olá!


Alguém tinha saudades minhas? Sim? Então neste momento estou aqui para mostrar a FarmVille da rica filha… Ena tanta vaquinha!



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pontos


Este foi um dia a correr.
Um dos pontos altos talvez tenha sido quando o senhor Vicente me disse que eu hoje tinha uma onda muito gira no cabelo. Discordei, pois. Eu bem vi a onda logo de manhã e não lhe achei graça nenhuma.
O outro ponto que recordo é o chilrear dos passarinhos na Rua Ferreira da Silva por volta das dezasseis e cinquenta da tarde. Linda de ouvir, aquela algazarra.
Este foi um dia plenamente desconcentrado.
Os níveis de concentração por aqui andam muito abaixo do mínimo. Assim sendo é difícil haver... mais qualquer coisa neste local.

domingo, 8 de novembro de 2009


- Se eu ganhasse o Euromilhões ia viver para uma ilha deserta e minada! Assim não ia ter visitas, ninguém me chateava!
Diz ele num desabafo utópico. Acho que ele não sabe o que é a solidão. Eu também não sei. Porém há uma diferença: eu já aprendi que são as pessoas quem move o mundo, que a solidão desejada não se consegue obter e que quem a tem não a quer.
O mundo são as pessoas. Ninguém quer estar só nem está tão só assim. Aprendi isto escrevendo este blogue.

Inteligência


Não gosto de pensar que as pessoas não são inteligentes. Acho que é porque dou a ver que me falta inteligência e isso dói um bocadinho…
O que escrevi no post anterior é verdade - eu sou esperta. Muito, muito esperta. Mas não se nota... Bolas!

Post 2084


Descobri que... (será o?... não, é a!) a TPM pode ser Tensão Pós Mesntrual. Pós e não, ou também, Pré Menstrual.

Esta cabeça não pára. Sou tão esperta, eu sei.

Humor


Isto é o que concluo (sofro, digo antes!) por o meu mundo ser maioritariamente masculino:

Os homens acham piada às piadas tcharan!, do estilo curto e grosso, e as mulheres... não. As mulheres dão umas voltas do caraças, esmiuçam a coisa, vão buscar o que não lembra a ninguém (não lembra a eles!) para ver se conseguem ver onde está a graça da piada contada por um homem.


As mulheres são tão complicadas! E ainda têm a menstruação... pobrezitas.

Cebolas


Descascar cebolas é aborrecido. Não que me faça chorar, não. É que as cascas colam-se aos dedos e à própria cebola, não dá para perceber se a dita já se descascou ou não . É uma maçada.

(Quando descasco cebolas para a massada, é maçada a dobrar...)

Jus


Fazendo jus a este post, hoje durante o passeio matinal ele parou subitamente o carro e dise:
- Esta sim! Esta merece uma fotografia!
E eu... clique!





E clique!



Porque realmente merecia!

Fotografias: Asseiceira Pequena, em 8 de Novembro de 2009



sábado, 7 de novembro de 2009

A Loja


Nos tempos que correm o comércio tradicional não impera mas ainda há lojas assim em Lisboa.


O par de meias


O rico filho é do Benfica.
Estas são a meias do equipamento dele.
Joga no Sporting Clube Pinheiro de Loures.
O tal clube que muda de nome não tarda.
E de equipamento...

Lamento a mudança, fico nostálgica. Lembro-me de o meu irmão usar um igual há umas três dezenas de anos atrás.


Encomenda


Recebi umas ratoeiras giríssimas.... Têm inscrita a 'Justiça de Fafe' e dois homens ao soco. É muito engraçado...! Em Fafe a justiça faz-se ao soco. Oh como eu me divirto a trabalhar!

(E escrevo posts interessantíssimos...)

Clicar na imagem para ver melhor.


Ó pá...


O meu blogue novo está tão giro...

O que estás a fazer agora?


Se este blogue tivesse um quadradinho para preencher com a actividade do momento - assim como o Twitter e o hi5 - agora podia escrever:

«'Tou a comer uma bela d'uma fatia de
bolo de noz enquanto espero a descida da musa.»

Mas não tem. Este blogue não tem nenhum quadradinho desses assim. Por isso, digo apenas:

«'Tou a comer uma bela d'uma fatia de
bolo de noz enquanto espero a descida da musa.»

Será que ela vem? Será que espero debalde? É... às vezes lá me calha este abandono
.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Extra! Extra!


Criei um novo blogue. Ando há semanas ou meses, nem sei, a preparar-me para a ideia de ter mais um blogue. Sei que há algumas desvantagens mas ao presente creio que as vantagens são em maior número.
Eu gosto mais de escrever do que tirar fotografias e tenho mais gosto em ser lida do que em ser vista. O prazer que tenho quando mostro fotografias é muito mas o prazer que sinto ao mostrar os meus escritos é imensamente maior. É tão imensamente grande e real este prazer de escrever... que o sinto como algo físico.
Desde que me apaixonei pela fotografia vivo um quase permanente conflito interior: quero mostrar as fotografias e quero escrever. Ora acontece que se eu mostrar todas as fotografias que tenho na vontade mais difícil será alguém ler os posts abaixo.
Pode dizer-se que quem gosta deste blogue, gosta sempre, quem realmente gosta de o ler terá paciência para ver as fotografias e descer abaixo para ler os posts.
Pode dizer-se que ter dois blogues para actualizar toma muito mais tempo e que basta ter um só que contenha tudo quanto a gente quer dar a ver e a ler.
Pode dizer-se que assim terei o trabalho acrescido de decidir em qual blogue irei publicar isto ou aquilo, porque também pode dizer-se que as imagens puxam a palavra. É verdade, isso acontece muitas vezes neste blogue e não vai deixar de acontecer, creio. Ao momento não sei qual futuro do novo blogue, o melhor é andar e continuar. Foi exactamente isso o que fiz com este.
Por tudo isto criei um novo blogue associado a este 'Verde Água'. A intenção é mostrar muitas mais fotografias – sim, ainda mais –
do que mostro sem me sentir em falta para com os leitores quando publico carradas de fotografias de uma vez só. Isso acontece quando elas já me estão a fazer cócegas por se encontrarem retidas na memória do meu computador há muito tempo, bem como na minha, tal é para mim asfixiante.
E assim decidi e está decidido, criei o novo blogue associado a este porque ali eu sou a mesma Gina daqui.
E assim, partindo d' hoje, neste blogue deixarão de figurar algumas etiquetas, sem que eu saiba se figurarão no novo. Mas sei que outras etiquetas lá chegarão. Há uma que irá para o ar não tarda nada.
O novo blogue tem de nome: 'Vem cá ver as vistas!' e o endereço é:

http://vemcaverasvistas.blogspot.com/

Querendo ir lá ver aquilo, é favor clicar...

Boas Vistas! É o que vos desejo, mui apreciados e desejados leitores.


Adenda

Tendo a criar blogues cujo título começa com 'V'. Deve ser por causa da Virgínia...


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Post Especial


Tenho que fazer este post: 'O post Especial'. É hoje.
Conforme se vê por este blogue abaixo, há muitas, muitas fotografias compondo-o ou alindando-o, depende. A grande maioria das fotografias é de minha autoria e a pequena minoria… não. Algumas são dele, do Luís.
Mas, e não fora a existência deste 'mas', o post especial não existiria. Quero fazer um post agradecendo ao Luís o contributo que dá a este blogue, sabendo já de antemão que ele não vem ler e que não se importa com o facto de as suas fotografias aparecerem aqui sem eu referir que a autoria é dele.
Mesmo quando as fotografias são minhas, têm muitas vezes a mão do Luís. Às vezes vamos no carro e de repente eu espanto-me com qualquer coisa que vejo e solto gritos histéricos ou exclamações profundas, de mãos juntas como se estivesse diante de algo tão raro e esplendoroso que não posso deixar fugir sob pena de não ser encontrado nunca mais. Na verdade estou mesmo diante de algo raro e esplendoroso, fotografar é isto: um olhar e um segundo único sem retorno. E ele sabe. Paciente, pára o carro e lá vou eu de máquina na mão clicar direito a isto e aquilo, direito ao que se vê neste blogue.
Às vezes vamos no carro e ele pára num sítio improvável. Há alturas em que o percebo logo mas há outras que o olho atónita, sem perceber a intenção da paragem. Mal percebo lá vou eu de máquina na mão...
E ainda há as vezes em que o passeio é previamente programado. Chegados lá tiro fotografias à farta e ele... também mas com menos fartura. É generoso o bastante para dar espaço à minha criatividade e me deixar dar largas à imaginação para que a mesma flua sem impedimentos.

E está feito um post especial. Especial e simples. Era isto: Obrigada, Luís.


Coisas


Das ruins:

Rebentei o fecho das calças da farda que uso para trabalhar.

Tenho o trabalho atrasadíssimo e atravancado porque o PC pifou.

Deixei cair a minha máquina fotográfica e partiu-se a mola que mantém o compartimento das pilhas fechado. Isso dificulta em grande escala o manuseamento da dita.



Das boas:

Vou comprar umas calças novas, usando para isso o meu dinheiro, é certo, mas com a enormíssima atenuante de ser na hora do patrão.

Tenho mais tempo para escrever parvoíces e, melhor ainda, o PC ainda está apto a que as escreva. Assim não fora e este blogue hoje estaria muito fraquinho em matéria de quantidade de escritos.

Ao que parece, há 'alguém' que vai receber uma máquina fotográfica nova no Natal...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O senhor Rodrigues em duas fases


Olhar

- Estás a olhar para mim porquê?
- Estou a observá-lo.
- Estás a ver que eu estou velho!
Encolhi os ombros e fiz um esgar duvidoso.
- Estás a ver um velho, não é?
- Estava a observá-lo porque ultimamente tenho reparado que o senhor Rodrigues chega e senta-se. E dantes isso não acontecia.
- Ah pois não, pois não... Eh pá, 'tou velho! Que é que queres?!

(Nada, senhor Rodrigues. Só quero olhar...)


Bem escrever

- Sabes uma coisa?
Quedei e fixei-me nele.
- Eu ainda tenho uma cabecinha formidável. Escrevo artigos para um jornal...
Fiquei interessada.
- … tenho-os todos guardados ali em casa, são mais de cem, e a senhora de lá diz que os meus artigos são muito apreciados, sabes?
Devo dizer que aqui o meu interesse era crescente.
- E eu acho que... eh pá, eu acho que aquilo 'tá muito bem escrito!
Quis dizer qualquer coisa, hesitei, o querer intensificou-se e eu disse, com o poderio de quem escreve, algo ali entre a arrogância e a timidez:
- O criador é o primeiro crítico e o primeiro apreciador da sua obra, senhor Rodrigues. Se o senhor acha que está bem escrito… então está.

Este post não termina como eu gostaria. Ao senhor Rodrigues nem sequer lhe passa pela cabeça que eu também escrevo. Não estou certa de ele ter ouvido estas minhas frases tão carregadas de saber...

Ideias do Pilates



Diz que o Pilates é uma actividade física de elite, que só é frequentada por pessoas de bem e que não é para gente gorda. Diz-se...
Diz que é coisa de gays, também.
«Ó mãe, tu já reparaste que 'Pilates' começa por pila?!» disse-me um dia a rica filha. Segundo ela, aquilo só pode ser para maricons.
Eu não sei se acredite...
Se bem que num belo dia e enquanto se esperava que a sala da aula anterior à de Pilates vagasse e pudéssemos todos entrar para exercitar o corpinho, ouvi uma bicha histérica apregoando numa voz cheia de entoações estranhas: «Ai!... Eu hoje vim fazer Pilates porque 'tou deprimido!...» A mão no peito a fazer-se de vítima, a boca num aperto e o pescoço comprido daqueles que fazem duplo queixo. Daqueles que ‘faria’ duplo queixo se ele fosse gordo, lá está. Instantes depois vi-o de novo cheio de gestos largos e sons estridentes mostrando às amigas a barriga lisa e a cinturinha e o bronze que ainda mantém…
Se calhar é. Se calhar o Pilates é coisa amaricada. Hum… Mesmo assim ainda duvido.
Um dia, no decorrer da aula, estava eu em posição horizontal, que é a mesma coisa que dizer: estando eu e todos os outros deitados e o senhor professor passeando no meio de nós, reparei nos pés dele - as meias eram cor-de-rosa com vivo verde alface e as sandálias eram daquelas de uma marca altamente qualificada; umas que são fabricadas em pele e têm duas fivelas. É isso, tanto as meias como as sandálias são amaricadas, são!
Mesmo assim eu continuo duvidosa. Não pode ser.
O senhor professor é zen, é isso. É zen por causa das holísticas, da harmonia mente-corpo, da calma e do equilíbrio do Pilates!… O senhor professor não é maricas, como é possível o senhor professor ser maricas se num espaço de tempo de cinquenta minutos ele se aproxima várias vezes, muito contente e exclama só para mim:
- Boa!

Eh pá, não pode ser...

Imagem recebida por email. O urso está numa posição característica de Pilates: olha para o umbigo e tem os joelhos hiper estendidos. Tem um tudo-nada a ver com o post.


É melhor fazer uma adenda ao post que está dois abaixo deste


Gigi disse...

O desdém é meu, pois claro!

«Credo! Quem é que dá uma escova de lavar chão a alguém pelo Natal! Que horror! Que falta de gosto! Já imaginação... nota-se bem!»

Era isto...


Pifou


Amor, o computador da loja pifou, não consigo facturar...

Mas não dá para fazer nada?

Dá. Dá para escrever as parvoíces do costume...

(sorriso cúmplice)

Natal


Hoje também aconteceu uma coisita muito engraçada.

- Menina, quero uma escova daquelas de lavar chão. É para dar à minha prima quando lá for no Natal.

Ah... OK! Cinquenta dias nos distam da Noite da Consoada. Declaro aberta a época do desdém concernente ao Natal.

Post atrasado


O regresso ao trabalho é sempre afogueado e preenchido. Ontem, dada a falta de tempo para escrever, nem me apresentei aqui. Apresento-me hoje - menos mal. Esta conversa toda é para dizer que ontem foi um dia excepcional e não desejo esquecer a excepção; não a vou deixar de lado, portanto.

(Que raio de tanta conversa, pá! Conta lá!)

Lá vai: ontem à hora de almoço acartei umas telhas e ganhei uns trocos. Depois fui comprar umas calças cinzentas. Era só isto.

(Ah...)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Blogue Verde Água, 17 do 7 do 09


Palavras




As palavras escritas têm um impacto mais forte que as palavras ditas.

As ditas leva-as as intempéries, logo mais já ninguém lembra.

As escritas não, ficam agarradas ao papel, não abalam por nada nem se abalam com nada.

Abalar, abalar... abalam quem as lê, ao depois de abalar quem as escreveu...


Riqueza


Eu, que passo o dia a contar dinheiro… estranho não ser ainda milionária.

Não doeu voltar ao trabalho, não, nem por isso. A minha vida é emocionante:




Não vendi o limpador neutro à senhora doutora...

... Mas vendi algumas coisas ao homem da limpeza lá do ginásio.

O mundo é pequeno, é.


Fotografia: Lisboa - Belém, em 9 de Junho de 2009

domingo, 1 de novembro de 2009

Férias 2009


Este foi o quinto quinhão das férias deste ano. Quinto e último. E este é o quinquagésimo quinto post acerca das férias de 2009. Quinquagésimo quinto e último.
Conforme os quinhões iam acontecendo assim iam perdendo fulgor, neste último quinhão quase, quase houve ausênia de brilho. Este último quinhão só não foi mau porque eu não me deixo pensar que foi. Este foi do piorio mas eu também não me deixo pensar que estou aliviada por estar terminado. Deve ser por isso que nem sei se estou triste, se estou contente, se ria, se chore, por amanhã voltar ao trabalho. É melhor estar contente e rir, claro! Afinal de contas amanhã vou vender um detergente neutro à
senhora doutora advogada...

Ah!... Quem disse que as férias acabaram? Não, para o ano há mais.

Complicada, eu?


Se o não fosse, se não esmiuçasse todas as situações e todos os seres vivos... este blogue já não respirava.

Observação


Diz que há observadores de nuvens. São pessoas que passam largas horas olhando o céu. Eu também. E depois tiro fotografias.



Caneças, em 25 de Outubro de 2009



Loures, em 31 de Outubro de 2009

Grito


- Ó Gina!


Adoro quando me chamam gritando. É sinal
que me querem mesmo falar,
que me vão ouvir,
que sou especial,
que a minha atenção importa,
que...
que...
que...


Almoço


- Fazes alguma ideia do que vai ser o nosso almoço hoje?

- Então não íamos buscar frango assado?!

- Hum-hum! Era só para ver se estavas atento.

Hoje


Hoje é feriado e Domingo - dá vontade de rir...

Delícias no Forno


    Ingredientes:

    1 embalgem de delícas do mar
    1 colher (sopa) farinha maisena
    40 g de manteiga
    3 dl de leite
    1 dl de natas
    1 gema de ovo
    sal pimenta q.b.
    queijo ralado para plovilhar

    Para o puré:

    1,5 kg de batatas
    1,5 dl de leite
    50 g de manteiga
    sal e pimenta q.b.



Preparação


Com as batas, o leite e a manteiga prepare um puré fofo mas ligeiramente rijo e tempere-o com sal e pimenta.
Num tachinho leve ao lume a manteiga e, quando derretida, junte-lhe a maisena e o leite e deixe engrossar, mexnedo sempre para não ganhar grumos.
Adicione depois as natas e deixe levantar fervura. Retire do lume, junte a gema e mexendo de imediato, com cuidado, para não cozer e rectifique os temperos.
Num pirex, disponha o puré em montinhos junto à borda, ao centro as delícias cortadas e previamente cozidas e cubra com o molho.
Polvilhe com queijo ralado e leve ao forno a gratinar.


................)(.................



Eu modifiquei umas coisitas. Não há cozinheiro que se preze que não faça os cozinhados ao seu jeito, que não lhes dê um toque pessoal. Concordo com esta ideia e faço uso dela frequentemente.
Na foto que figura aqui em baixo:

    o puré é instantâneo
    o molho leva cebola, alho, louro
    a juntar às delícias do mar temos pimento verde, pimento vermelho, pimento amarelo
    para polvilho servi-me de pão ralado
    e como decoração pus rodelas de linguiça...


E é assim: BOM APETEITE!!!



Post Scriptum

A foto acima é o jantar que estava ontem no forno...