*cancro da mama
sábado, 31 de maio de 2008
Apenas...
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Com tempo para passear (e para parar)
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Lisboa, 5 de Maio de 2008
Não estou a escrever muito à vontade, estou presa e tensa, não me vêm grandes ideias à cabeça para escrever aqui. A primeira coisa que me ocorre são os acontecimentos no Ginásio e isso é normal porque é no Ginásio que estou neste momento.
Que admiração quase todos fazem quando verificam que escrevo. É giro, isto. Eu até sou gira e interessante mas em simultâneo não consigo demonstrar isso. Estou sempre tensa e calada, quando falo é sempre sem eloquência. Ou se calhar até não, às vezes lá vai uma eloquênciazita ou outra...
Por acaso, ultimamente até nem me tenho achado nervosa. Estou muito mais calma do que há umas semanas atrás. Também não sei o que terá mudado... a vida, presumo!
Ah!... Vá lá, Gina!... Continua lá a escrever que é giro!!! Que mais há-de ser? Não sei muito bem, não...
Hoje de tarde estive sozinha na loja, soube-me bem a solidão. Ainda para mais não houve confusão nenhuma nem nada...
Escrevi bastante lá no P.C. da loja. O interessante foi que eu escrevi dois textos com sentimentos opostos e eu sinto tudo aquilo à mistura, não me entendo... mesmo!
Quando constato que não me entendo acho-me a pessoa mais parva do mundo. Como é possível que eu perca tempo com parvoíces deste género?
Se eu fosse uma pessoa sábia e culta, diria que este texto é composto por caprichos da minha imaginação; puros delírios. Assim, digo que este texto é o resultado de um elevado grau de parvoíce. Não tenho quaisquer dúvidas.
Caminhos
Talvez eu não encontre cadência na escrita porque agora não existe aquele algo que me embala. Não está aqui, foi embora e deixou-me como que só. Não posso chamá-lo nem sequer esperar que venha porque o algo é mau.
É preciso que esteja tudo desarrumado para eu procurar ajuda escrevendo. Assim, tenho a sensação de que tenho coisas para fazer e acho-me acompanhada porque estou a escrever, arranjo e componho o que penso. A cadência surge naturalmente, há um sincronismo: mente -> pensamento, dedos -> palavras, mente -> pensamento, dedos -> palavras... e cá dentro vai ficando tudo lisinho, sem vincos e arrumadinho por cores.
terça-feira, 27 de maio de 2008
Especialmente para mim
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Que chatice!!!
Bem... não é que esteja tãããão magra, apenas estou muuuuito mais magra ou muuuuito menos gorda.
Não me chateia quando dizem que estou mais magra, não chateia nada não senhor! O que me chateia é que as mesmas pessoas que me dizem agora que eu estou tãããão magra são exactamente as mesmas que passavam a vida a dizer-me que eu estava muuuuito gorda! Então afinal não estou bem de maneira nenhuma, é?
Eh pá!... Chateia-me!...
domingo, 25 de maio de 2008
P' ra que servem os piaçabas?
- E isto é feito de quê?
- É feito de piaçaba natural* - respondi num tom neutro mas pensei para comigo em tom indignado: "É claro que é feito de piaçaba!!! Afinal, foi o que me pediu!!!"
Ele quebrou o meu pensamento indignado porque pegou em dois piaçabas, um em cada mão e, em cima do balcão, simulou um tambor. Olhou para mim e sorriu perante o meu olhar que espelhava espanto.
- Sabe p' ra que quero eu isto? - perguntou-me, referindo-se aos piaçabas. Continuava a fingir que tocava num tambor manipulando os piaçabas como se fossem as baquetas** de um tambor. Demonstrava grande à-vontade no gesto denunciando assim que sabia mesmo manusear tais objectos.
- P' ra tocar num tambor?! - perguntei-lhe de volta, completamente surpreendida.
- Sim - disse simplesmente. E riu. Muito. Ri também por contágio e também pelo prazer da descoberta. E ele ia tocando em cima do balcão de vidro e rindo porque o toque produzia mesmo um som. E eu ria-me com ele.
- Hã? Que tal? Faz um som porreiro não faz?
- Faz - respondi eu - mas é capaz de em cima do tambor fazer um som diferente por ser de outro material - eu e a minha mania dos pormenores, até parecia perceber alguma coisa de tambores ou de percussão.
*Nome de duas palmeiras que produzem fibras empregadas no fabrico de vassouras. Pesquisado aqui
**Ai o que eu andei para saber o nome de tal objecto...
sábado, 24 de maio de 2008
Vale a pena rectificar
Ao Sábado:
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Às vezes há coisas assim:
- S******** de D***** H****, boa tarde. Daqui fala a Gina. Em que posso tornar-me útil?
(isto é só um bocadinho de filme para dar cor ao post porque na realidade o que eu disse quando atendi foi o meu já clássico: "tou sim , boa tarde!")
- Quem fala? (pergunta feita como quem conhece muito bem o terreno)
- O meu nome é Gina. (educadinha e com um ligeiro toque de servilismo na voz, coisa pouca)
- Sabe quem fala? (convencida de que eu sabia)
- Não, lamento. Não estou a reconhecer a voz. (com pena por ir desapontar)
- É a Becas, irmã da Mimi. (convicta, muito perto da prepotência)
- Não sei quem é... (a desapontar mesmo, talvez até a ferir o orgulho à senhora)
- Estivémos aí ontem. Até estivémos a conversar com a menina e tudo. (desapontamento na voz)
- Desculpe mas deve estar a fazer alguma confusão. A senhora está a ligar para uma drogaria. (tentando dar a volta à questão por forma a desviar a atenção ao desapontamento e à ferida no orgulho da senhora)
- Drogaria? Não é uma perfumaria? (espanto, muito espanto)
- Não. É uma drogaria e fica na Rua R*** D********. Era para aqui que queria ligar? (aliviada pelo sucesso do desvio)
- Eu queria ligar para a Rua M***** S*****. Tenho aqui um papelinho que diz "Gina - 21*******". (o espanto deu lugar à dúvida)
- Pois, de facto os dados batem certo. Eu chamo-me Gina e o número de telefone é esse. Mas não me lembro nada de a senhora cá ter estado ontem. (dúvida desfeita mas a ferir o orgulho, certamente)
- Não se lembra? Então até estivémos a falar do medicamento! (indignação a potes)
- Não, não me lembro. Qual medicamento? (voando em queda livre, ou seja, à procura de mais um pouquinho de diplomacia antes de me estatelar no chão pela falta de táctica)
- Não foi a si que eu fiquei de dar o nome do medicamento para os gases?...
(dito num sussurro, não fosse estar alguém ao pé de mim e ouvir)
- Não, minha senhora. Não foi comigo que conversou. Eu não me lembro de falar sobre medicamento nenhum. (contendo o riso)
- Pronto! Deixe lá então! Eu vou ligar para elas... Obrigada. (resignada)
- De nada. Boa tarde. (elas... quem serão?)
Certamente não saberei nunca, por não ter problemas de gases.
terça-feira, 20 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Não pode ser consigo?
No entanto, é sempre com alguma apreensão que visito locais de predominância masculina, particularmente se não é dentro daquilo que domino, tal como aconteceu hoje. A minha máquina de lavar roupa avariou e era necessário ir buscar umas peças para o Luís a reparar.
Entrei e cumprimentei quem estava, dando as boas-tardes. Porém, ninguém retribuiu a saudação. A isso também eu costumo assistir frequentemente pois hoje em dia, durante o exercício das minhas funções, a maioria das pessoas não chega a cumprimentar-me, trata imediatamente de "despejar" o motivo que a levou até ali, pondo de lado a boa-educação.
Ali, do lado de dentro do balcão estavam três empregados: um ocupado com um cliente, outro ocupado ao telefone e um outro semi-ocupado, tinha artigos na mão e parecia querer arrumá-los no sítio. Fiquei à espera deste último por me parecer o menos ocupado. Ao fim de alguns segundos e respondendo ao meu olhar inquiridor (creio) disse-me baixinho, pela timidez:
- Boa tarde. É só um bocadinho que um dos meus colegas já atende, está bem? É que tem que ser com um deles... - mostrou-me um sorriso fugaz.
Ora eu tenho a mania - é o raio do feitio que tenho! - de dissipar tensões dizendo qualquer coisa. E assim eu, exibindo uma expressão divertida e desolada em silmuntâneo (creio), disparei isto:
- Tem mesmo que ser com um deles? Não pode ser consigo? É uma pena... - grande pausa; mesmo enorme; uma eternidade. Ele olhou para mim espantado e fazendo algum esforço, quer para não esbugalhar os olhos, quer para não abrir a boca - é que assim despachava-me mais depressa!... - eu acabei a frase e o homem, corado até aos tornozelos, enfiou-se lá para dentro levando com ele os artigos por arrumar. Só o vi uns minutos depois quando já um dos colegas finalizava o meu atendimento.
Ainda bem que não ando à caça porque se andasse, espantava-a toda. De medo.
domingo, 18 de maio de 2008
Flores campestres em memória
Com os caniços eu fazia apitos. Escolhia uma cana e depois entretinha-me a desfiá-la por camadas de modo a ficar fininha. Quando achava que estava no ponto, soprava e ouvia-se um som semelhante a um apito.
E agora a primeira flor da qual não sei o nome. É pena não estar aqui a minha mãe para lhe perguntar. Por aqui há extensões enormes com esta flor e eu, ora fazia ramos enormes com elas e levava para casa (devo dizer que a minha mãe não achava muita piada porque lhe sujava a casa de terra), ora apanhava grandes quantidades e cortava-lhes o caule de modo a ficar apenas a flor e com linha e agulha fazia colares que punha ao pescoço e exibia orgulhosamente. Esta actividade era feita no meu quintal e assim a minha mãe já não se importava. Só tinha pena de os colares durarem apenas um dia... - uma vez mais, indelicada para com a natureza...
Desta planta também não sei o nome. Mas eu chamava-lhe - e ainda chamo - os "namorados". Havia uma espécie de jogo que fazíamos na escola quando dávamos passeios pedestres pelo campo. Há uma parte desta planta que se despega com facilidade ficando na extremidade uma substância que adere facilmente à roupa. E assim o "jogo" consistia em jogar os "namorados" às costas dos meus colegas para ver quem tinha mais "namorados". Quantos mais ficassem colados à roupa mais "namorados" se tinha. A parte mais engraçada era quando eles não davam pela presença dos "namorados" nas costas...
Bem... termino este post com a certeza de que em criança só fazia asneiras... sempre a estragar o meio ambiente. Enfim... infantilidades.
fotos: são todas da minha autoria e foram todas tiradas na região de Loures.Lisboa, 23 de Maio de 2006
sábado, 17 de maio de 2008
Sonho
Profissões
Aprendi muita coisa com a profissão que desempenho hoje, estou muito diferente daquilo que era e, às vezes, pergunto-me se seria diferente do que sou no presente se tivesse continuado como costureira. Apesar de nunca poder ter uma certeza, tenho um pensamento: eu acho que não seria nada disto que sou agora se continuasse como costureira. E tenho um motivo para este pensamento: a profissão faz as pessoas e as pessoas fazem-se à profissão. Se eu não tivesse largado a profissão de costureira, hoje eu usaria óculos a tempo inteiro, teria as costas encurvadas e seria miudinha por causa de passar a vida de roda de alinhavos, chuleados, enviesados, botões e fitas de cetim. Ah... e ia também ler revistas de imprensa cor-de-rosa nas horas vagas e ia ver muitas novelas enquanto dava uns pontinhos à mão.
A profissão que desempenho hoje - e desde há 14 anos - é balconista. Com esta profissão tornei-me diplomata e destemida, opinativa e conselheira, conversadora e ouvinte. Não tenho qualquer dúvida de que me fiz à profissão e que a profissão me fez ou me tornou nisto que sou. Sou alguém que aprendeu a dizer o que tem que dizer sem temor - ainda que isso não suceda sempre - sou alguém que aprendeu a opinar e a aconselhar - ainda que isso não faça, de maneira nenhuma, parte do meu feitio - e sou alguém que conversa bem mas ouve muito melhor. É por deixar espaço aos outros para falar que quando chega a minha vez digo pouco. Não tenho tempo para ver TV nem interesse algum em revistas de imprensa cor-de-rosa ou novelas. Prefiro ler, escrever, passear, ouvir música, estar com a família. Aqui talvez seja mais pela evolução natural da vida do que devido à profissão.
Reparaste que sei muito melhor naquilo em que me tornei do que aquilo em que me tornaria? Claro!!! É normal!... Afinal estou a descrever a minha realidade de hoje, aquilo que conheço.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Hoje, o Luís pensando que era um caderno de escola de um dos miúdos (este caderno é igual aos cadernos que o rico filho tem) abriu-o e leu o último texto que eu escrevi em Julho de 2006 e que relata uma conversa que o meu irmão teve comigo onde me chamava a atenção para uma série de atitudes do Luís com as quais não concordava demonstrando uma espécie de desdém mascarado de exortação. Não gostei de ouvir mas aceitei. Mesmo aceitando, fiquei muito triste e custou-me muito ouvir. Assim, desabafei escrevendo aqui. O Luís ficou triste e aborrecido(...)"
Este acontecimento reforçou bastante a ideia de que os diários são como a Caixa de Pandora. Quando abertos e lidos descobrem-se segredos guardados e às vezes já esquecidos como este. É como se todos os males que existem no mundo estivessem à espera de uma fresta para se escapulirem cá para fora e trazer toda a infelicidade.
Cá em casa ninguém liga a mínima ao meu diário, ninguém demonstra curiosidade em lê-lo. E ainda bem. Já referi aqui pelo meu blog várias vezes que uso essa escrita para registar acontecimentos e estados de espírito, mas que é uma escrita muito diferente da que faço no blog. E agora também já sei que afinal até tenho segredos. Era um segredo, deixou de o ser e tornou alguém infeliz. Eu própria, não consegui deixar de me sentir infeliz por aquilo que escrevo trazer infelicidade a quem amo.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Um dia chamado "não faz mal"
- Não faz mal não ir trabalhar.
- Não faz mal não dizer bom dia.
- Não faz mal não advertir.
- Não faz mal aborrecer-me com nulidades.
- Não faz mal ter um ar de enjoada com a vida.
- Não faz mal não varrer o chão.
- Não faz mal deixar de responder.
- Não faz mal não ir ao Ginásio.
- Não faz mal ter-me esquecido de comprar leite.
- Não faz mal não dar atenção à conversa.
- Não faz mal não limpar o pó.
Um dia chamado "não faz mal"? Desengana-te Gina. Esse dia não chegará nunca.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Cabelos brancos...
terça-feira, 13 de maio de 2008
Os "gajos das obras" mais queridos que eu conheço
Há obras lá na rua onde fica a loja onde trabalho. Andam a esburacar o chão para mudar os canos da água e por isso o acesso às lojas e às portas dos prédios está dificultado por existir uma vala para aí com um metro de profundidade. Ora eu sou uma mocinha que anda sempre de um lado para o outro, é um entra e sai todo o dia, saio com frequência da loja e, obviamente, vou ter que voltar a entrar. A vala agora está mesmo à minha porta e a mim custa-me horrores dar trabalho porque de cada vez que eu saio ou entro, um dos "desgraçados dos gajos das obras" tem que pôr um tábua a fazer de ponte para eu atravessar e até o "gajo" da escavadora pára a máquina só porque eu tenho que passar. Como já disse, custa-me horrores dar trabalho às pessoas e uma das vezes em que saí da loja disse ao homem que não era preciso pôr a tábua que eu atravessava assim de um salto, que até nem me custava nada, que eu conseguia, blá blá blá... Resultado? O que estava dentro da vala levantou os braços e disse: - Não senhora! Não salte! Nós pomos a tábua. Dois ou três (já nem me lembro) tomaram a iniciativa de ir buscar a tábua e o da escavadora parou imediatamente a máquina... não queriam que eu me aleijasse... que solícitos!
Vês, Gina? Os "gajos das obras" não são todos umas bestas insensíveis. É verdade que há aqueles que acham que tu (eu) não sabes qual é a diferença entre um casquilho e uma porca de redução... só porque és (sou) uma mulher. Mas isso hoje não interessa para nada...
segunda-feira, 12 de maio de 2008
(que malandreca que eu sou...)
domingo, 11 de maio de 2008
O meu blog já deu um programa de rádio
sábado, 10 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
É frequente eu entrar em casa de pessoas que só conheço na loja ou nem isso, a manutenção doméstica faz parte das funções do meu marido e por vezes acompanho-o durante a execução das suas funções.
Este é um casal simpatiquíssimo e muito simples nos relacionamentos embora tenham conseguido algum estatuto social devido à gorda conta bancária, são um bom exemplo de quem trabalhou toda a vida amealhando uns trocos e podem, agora, desfrutar de uma vida desafogada de preocupações financeiras.
Enquanto o Luís trabalha eu faço de relações públicas qual diplomata, ou seja, digo umas gracinhas e mando umas larachas, uns bitates e o que vale, é que normalmente caio em graça. Abro o jogo e as pessoas vão cedendo admiradas...
Hoje dei por mim a pensar que é fácil ser recebido em casa de alguém na condição que relatei no primeiro parágrafo deste post, talvez seja porque normalmente não tenho a mais pequena perspectiva em relação a nada nem a ninguém, basta-me ir observando e dizendo alguma coisa. Considero deveras importante dizer alguma coisa, é sinónimo de que se está alinhado na conversa ou que se está a dar atenção e importância à conversa das pessoas. Sem modéstia digo que acho que tenho facilidade em me relacionar desta forma com as pessoas.
Depois vem o estorno, sou contemplada com o admirável gosto com que algumas pessoas me mostram a sua casa e as suas coisas e me falam de si próprias ou da sua vida. Eu dou para receber. Esta frase é como um tesouro valiosíssimo mas escondido, a maioria das pessoas não faz uso dela... esta frase podia e devia ser vivida. Eu tento muito vivê-la mas é verdade que não consigo isso sempre.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Hoje deu-me a ideia de que devo estar a ficar um bocadito diferente...
terça-feira, 6 de maio de 2008
parvoíces
ah!... não sou nada parva!... que grande parvoíce pensar isso!... hoje é um daqueles dias em que não tenho a mais pequena e leve ponta de paciência para me aturar!!! palavra que não sei como é que tu me aguentas!!!
Adenda ao post anterior
Fui demasiado sucinta e intimista nas palavras que escolhi para descrever como me sentia. A força a que me referia era a um Deus que nem sempre eu tenho a certeza que exista. Naquela hora senti que poderia ser um deus qualquer, qualquer um, ou qualquer coisa mesmo que desconhecida, serviria para me aliviar. É comum, quando tenho algum problema, pensar na possibilidade de transferir a minha carga para algo ou alguém, como forma de escape para os meus problemas. É também comum, pensar numa entidade espiritual ou num ser com capacidades superiores às da minha pessoa para me ajudar. E, é mais uma vez comum, lembrar-me de Deus... quando o meu cerco se aperta, quando não não tenho força para transportar a minha carga sozinha.
Tudo isto que acabei de escrever gira à volta do que não se vê, apenas se sente. E há tantas maneiras de sentir e ser espiritual, como pessoas há no mundo. Acaba por ser um assunto tão diverso que se torna desconhecido e por isso, para mim, muito atraente.
Escrevi que o desconhecido me atrai porque acho que o mistério é muito apelativo, seja ele de que índole for... acho isto, porque o mistério tem a capacidade de se transformar no que eu quiser que seja. Porque é mistério posso imaginar do modo que mais me aprouver...