quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
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Durante este dia, e à semelhança de anos anteriores, ouvi e disse para lá de uma dezena de vezes as frases: 'Bom Ano!' e 'Obrigada e igualmente!'
Só que... houve alguém que acrescentou qualquer coisa:
- Bom Ano para si e mantenha esses olhos assim bonitos!
Ó pá!... Eu sei que sou gira há algum tempo mas não 'tou nada habituada a ouvir alguém dizer, pá...
Porte e propagação de um modelo de pergunta (que por acaso é parva)
Há quem diga que não existem perguntas parvas e sim respostas parvas. Não concordo. Eu cá ouço-as. São frequentes, são até mais que isso, são constantes.
- Olhe, tem silicone?
- Nã...
- Não me sabe dizer onde é que eu posso arranjar?
- Nesta mesma rua, no número 13.
- ...?!... Ah...! Você aqui não tem?
Ai ai ai... eu cerro os punhos e engulo em seco em vez de dizer:
- Claro que tenho! Só que você é tão feio que não me apetece vender-lhe nada! Estou a mandá-lo para a loja do vizinho mas 'tou a ver que devia era mandá-lo à merda!
Ofensa
- Aqui não encho almofadas. Só vendo a espuma de enchimento ao saco de quilo.
- Ah... mas eu só queria para encher uma almofada! Tenho que levar assim um saco com um quilo?
- Sim.
- Então o que é que eu faço com o resto?!
Vou omitir o que pensei e revelar apenas o que disse:
- Guarda lá em casa.
- ...?!... Então e eu lá vou armazenar aquilo na minha casa?!
A senhora mostrou-se melindrada. Olhou-me como se eu a tivesse injuriado com a resposta que lhe dei. Tinha um olhar incrivelmente escandalizado.
Porra!... É que não valho um chavo sequer! Ofendi uma senhora. Vê só que fui dizer à dita, teria de guardar lá em casa a espuma que lhe restasse...
Lista das propostas de mudança para o ano vindouro:
(a proposta é apenas uma)
Em 2009 proponho-me:
Aprender com os outros ao invés de comigo.
Será talvez devido às circunstâncias actuais que ultimamente tenho pensado um bocado em mudar isto - eu sei e já vi.
Voto que tenham todos um Excelente Ano Dois Mil e Nove!
Branco no Banco
A senhora do banco tem as unhas pintadas de Branco Paris com a pontinha em Branco Puríssimo.
Em vez de ter começado este texto desta maneira podia ter sido assim: 'Era uma vez uma senhora que trabalhava num Banco. Os seus dedos finos e longos ostentavam longas unhas (aqui até era capaz de ficar giro escrever que as unhas se encontravam na extremidade dos dedos, mas por favor... quem é que não sabe isso?) com a manicura feita à francesa que matraqueavam freneticamente no teclado do computador.'
Já que há homens que vêm aqui ler as parvoíces que eu escrevo acordei comigo mesma apresentar este texto de forma simplória.
Vou, inclusive, escrever este parágrafo, este mesmo que estás neste momento a ler, só para pedir desculpa por eventuais ofensas que até aqui o texto tenha provocado aos meus leitores homens pelo facto de achar que eles não perceberam que raio quer dizer 'manicura francesa'.
Descoberta
Os chineses aprendem a falar português com pronúncia do Brasil!
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Qui qui (quinto quilómetro)
Sei tudo sobre ela, a culpa, sei que vou ter de aprender a viver culpada. Sei que os dias vão passar estranhamente iguais na sua diferença.
Não sei tudo, afinal. Sei apenas até aí.
No caminho para lá desta estaca onde estou agora, hei-de um dia saber. Não estou num cruzamento, estou numa estrada algures onde eu quiser, e o quilómetro é o quinto.
Prosseguir
domingo, 28 de dezembro de 2008
'O Segredo' Rhonda Byrne
Entretanto alguém tomou como exemplo o livro 'O Segredo' de Rhonda Byrne, explicando que era um livro desses normativos e que ajuda a bem viver.
Gigi disse...
Hoje em dia tenho algumas certezas. Uma delas é: sou feliz mas se não escrevesse seria menos feliz.
Deficiências 'Mário Quintana'
sábado, 27 de dezembro de 2008
desejo
Trabalhar e gingar
Dois pontos
Devia ser proibido acontecerem coisas destas a um gajo...
Chego à porta, toco à campainha, aguardo... ouço passos... alguém abre a porta... e mal ela abre a porta dou de caras com... hã...? que é isto...? Então era:
Uma cavalona do caraças, aí pelo metro e setenta, podre da boa, vestindo apenas uma lingerie amarela toda gira, saltinho alto para ficar tudo empinadinho nas alturas e tal.
Notei-lhe o desarmamento na expressão, foi como se despisse a armadura. Toda a postura de mulher fatal deu lugar à frustração pois não era a mim que esperava, o gajo das fechaduras. Esperava, isso sim, um cliente que lhe pagaria um servicinho especial.
Também não me descompus. Fiquei ali quietinho e sossegadinho, a olhar a direito mas a ver a cena toda. Sim, que isto um gajo de ferro é que não é feito, oria pois!
Provérbio
«Se a minha avó tivesse tomates era o meu avô.»
O Presépio
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Este Natal
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Natal, Natal!...
O Natal da minha infância era talvez diferente. Não havia Pai Natal e sim Menino Jesus. Era o Menino Jesus que deixava as prendas lá em casa. Nunca me foi ensinada sequer a existência do velhinho das barbas brancas.
Quando chegava a grande noite e depois da maratona de filhós empreendida pela minha mãe, eu e o meu irmão púnhamos o sapatinho na chaminé porque pela madrugada o Menino Jesus iria lá a casa deixar chocolates dentro dos sapatos que estrearíamos nesse dia.
Até aos meus 8 ou 9 anos aquilo foi magia. Porém, um dia descobri que era a minha mãe que comprava os chocolates e os colocava ela própria na chaminé... que desilusão!...
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Pedido
domingo, 21 de dezembro de 2008
pequeno dia / grande noite
Pensamento
Às vezes, este pensamento dá-me que fazer porque com ele a vida aparenta uma inutilidade triste e terrível. Tudo parece vazio, vão, oco, efémero. Se existe em mim coisas más que apesar dos esforços não poderei nunca mudar, para que servirá a vida?
'What is mind? No matter. What is matter? Never mind.'
George Berkeley
sábado, 20 de dezembro de 2008
Natal, Natal!...
O Menino Jesus
- Falta aqui o menino porque o menino ainda não nasceu!
Na altura sorri e concordei com a ideia dela. Mas depois comecei a pensar:
Então se o menino ainda não nasceu que fazem a pobre coitada da vaca e o desgraçado do burro ali junto a uma caminha feita de palhas sem ninguém lá deitado? Então e a Maria e o José já ali estão também porquê? Se o menino ainda não nasceu eles não deviam estar ali! Deviam era andar à procura de poiso para a Maria dar à luz! A Maria até nem tem a barriga grande nem nada e nem sequer se contorce com as dores de parto! Ainda falta uma data de dias! Coitados dos bonecos...! À espera do menino...!
Acho que aquela senhora não viu bem o 'filme', ou então devia passar a fazer o presépio apenas quando chegasse o dia 24 de Dezembro.
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Para além do tempo aconteceu algo que me toma o pensamento e que eu quero afastar mas não tenho conseguido. Não é aquele género de coisa que escrevendo passe por isso é que me mantenho 'calada'.
Frango
Nunca mais!
Suavizar
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
O meu blog em pedaços - sete
Diz que as mulheres têm três idades:
· a que aparentam ter
· a que dizem ter
· a que realmente têm
E também diz que 'nunca se deve confiar numa mulher que diz a sua verdadeira idade porque isso significa que são capazes de dizer qualquer coisa'*.
* Já que esta frase tem dono aqui fica: Óscar Wilde. O seu a seu dono e a César o que é de César, ou ao Óscar o que é do Óscar. Pois bem.
E agora aí vou eu. Nada de confiar em mim. Ao que parece o meu perfil até fala verdade e eu não presto para nada (mesmo!!!) pois não tenho pejo nenhum em dizer a idade que tenho. Estão lá escarrapachados os algarismos que a compõem para quem quiser ver, fazendo parte da página do meu perfil logo na primeira linha e tudo.
E isto porquê? Podia despachar isto e dizer de rajada 'porque sim!' mas não digo. Vou antes dizer porque é que sim - creio que revelando a minha idade no perfil situo-me cronologicamente. Os leitores ficam a saber que não tenho idade para me lembrar de quando o Homem foi pela primeira vez à Lua nem para ter vivido o vinte e cinco de Abril em pleno. Porém, tenho idade para me lembrar da TV ser transmitida a preto e branco e de quando haviam apenas dois canais de televisão, ficam a saber que tenho idade para ter marido e filhos, embora pudesse não os ter, evidentemente.
Acredito que para outros isto não terá qualquer importância mas para mim tem. Gosto de me situar no tempo, a mim e aos outros.
A quem quiser seguir o conselho do Mister Óscar Wilde que o siga. Eu cá por mim continuo a dizer e a mostrar a minha verdadeira idade e, segundo ele, a ser desconfiável. Quero lá bem eu saber! Oh!
Pelo tamanho do texto e a julgar pelos anteriores depreende-se que durante este dia tive uma hora sexual do ca-ra-ças!!!
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Falando indiano
Informação - dá-se
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Ora bem
Agora que já nem se fala no Outono mas ainda antes que ele se vá:
Bugalhos
Como andei a ver se via os bugalhos castanhos e só consegui encontrá-los cobertos com aquela capa verde, suponho que me divertia desta forma no final do Verão ou no Outono. Mas não tenho a certeza.
No post anterior desta série eu relato uma visita à Rua do Bêco. Um dos propósitos daquela visita era fotografar a própria árvore de onde eu arrancava os bugalhos. Infelizmente a árvore já não existe...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Não sou poeta
Aos vizinhos eu aconselho
G O S T O
sábado, 13 de dezembro de 2008
Entrando nela
*Para quem não sabe, a hora sexual é aquela em que fodemos minutos ao patrão. Ah pois...! É tão bom e sabe tão bem!
Dúvida que poderá não ser existencial mas é com certeza acerca de algo que existe
... sempre que entro numa loja de pronto-a-vestir no feminino só vejo inveja à minha volta...
Porque é que as mulheres não se gramam umas às outras, pá?
Malas... malas... malas...
- Ena!... Tem uma mala toda fashion!...
Claro que é! Então não se nota? – respondo eu.
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COMO MANTER-SE JOVEM
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Natal
Ao balcão
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
R E C I P R O C I D A D E (outra vez?)
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
No consultório
Regresso
- um (presumível) cliente querer fazer um negócio apenas rentável para ele - pagar a mercadoria com pensos rápidos... esta é gira, não é?
- uma senhora achar que eu, já que estou no comércio, é que tenho que telefonar para a Polícia avisando de uma caixa daquelas caixas de alimentação dos semáforos estar caída na via pública estorvando os transeuntes...
- uma outra coscuvilheira (do raio que a parta!) querer saber tim-tim por tim-tim sobre um homem perdido de bêbado que se espalhou ao comprido mesmo à minha porta... eh pá, e eu sei cá?... o homem caiu, prontus!...
Inveja
Tenho quarenta anos e só ontem senti na pele, não a inveja mas a sua ausência. É estranho porque parece que estou a ver a vida passar por mim ao contrário, assim como quando ando de Metro sentada nos bancos que 'andam' para trás... ou como se calçasse um par de sapatos com os pés trocados.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
À falta de melhor aqui fica:
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Louis Vuitton
Dos livros da minha infância
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Pausa
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Brilho
Para além de ver tudo baço, também tudo isto me parece carregado de uma grande inutilidade e com esse sentimento, principalmente com esse, eu não vou conseguir prosseguir.