domingo, 31 de janeiro de 2010

Costas


A ocasião pedia nervos e gaguez mas não houve nada disso. Tive uma calma absurda, incompreensível. Enfim... Mantive-me de costas para o passeio como se estivesse a fazer uma grande maldade. Não estou. A única coisa que estou a fazer mal é o refundir da coisa.
As minhas aventuras são sempre solitárias porque mostro as costas ao passeio.


Nota


De notar é também o facto de hoje ter apresentado os ricos filhos a alguém que ainda nunca lhes tinha posto a vista em cima e a pessoa dizer:
- Sim senhor! São um mix perfeito!

Um é parecido com a mãe e a outra é parecida com o pai. É o que o mix quis dizer.


31 de janeiro de 2010




O último dia do primeiro mês da segunda década do vigésimo primeiro século foi diverso!
Houve motim e
Campeonato Europeu de Jiu Jitsu. Em campos diferentes, note-se. Em campos diferentes, em localidades diferentes, em horas diferentes... mas no mesmo dia.
Saímos de um sítio onde andaram à porrada sem que fosse suposto haver batatada e depois fomos a outro onde andaram à porrada exactamente porque é suposto ser assim.


Acerca da fotografia:

Não, não é a pomba da paz. É um pombo, ou pomba, que se manteve muito tempo ali e eu tirei-lhe uma meia dúzia de fotografias, para aí. Esta foi a que achei que ficou melhor.
Local e data: Pontinha, 31 de janeiro de 2010.


31 de janeiro


Ainda bem que não vivo no Porto, assim livrei-me de me interpelarem na rua com um microfone na mão perguntando se sei o que significa o 31 de janeiro de 1891 e se acho o significado desse dia importante... É que eu nunca tinha ouvido falar acerca da 'Revolta de 31 de janeiro de 1891'. Ao sério que não. Até hoje, que vi na Tv um programa dedicado a esse assunto.
Se eu vivesse no Porto e me interpelassem com um microfone na mão questionando-me acerca deste assunto ia ficar muito embaraçada por nada saber. Assim, escrevo aqui e mostro ao mundo a minha ignorância não tendo o menor pingo de vergonha! O que um blogue faz às pessoas... Ai ai ai!


djifsdjcbfije







sábado, 30 de janeiro de 2010

Ter fibra


Agora já tenho fibra. Fibra da Meo. Da outra já cá existia.


Pedido ao senhor Blogspot


O senhor Blogspot devia ter maneira de a gente pôr um link apenas com um excerto de um post. Precisei disso no post anterior.

Pense neste assunto com carinho, senhor Blogspot, sim?


Secessão


Li a palavra 'secessão' numa crónica que o RAP (toda a gente sabe quem é, ?) apresentou na revista Visão num mês desses, possivelmente um mês do ano passado, e mesmo sem sabar o que significa achei a palavra muito gira. Também quis logo usá-la num dos meus posts... Mas está difícil...


secessão

(latim secessio, -onis)

s. f.

1. Ato de separar. = divisão, separação
2. Cisão num território político.


Pensamento a um quarto para as oito


Estar feita ao bife pode ser a obrigatoriedade de confeccionar o jantar devido à ausência de marido que o confeccione.


Nomes


Tenho fotos no meu computador com nomes idealizados por mim, assim:


    hghjvhj

    m m,n lkn

    mm nkj

    sdef

    ºçº

    -º~, kok

    vvhgvgh

    ioioi




Isto em caso de interessar alguém, claro. Não interessando, fico triste mas nada por aí além.


T-shirt


O rico filho tem uma t-shirt (que era) branca e agora está um bocado para o amarelada porque eu não tinha nada que a lavar juntamente com os individuais cor-de-laranja.


Fazer


Sim, tenho mais que fazer. Como por exemplo aspirar e lavar o chão que está por baixo da secretária onde está o computador de onde escrevo neste preciso momento, bem como limpar o pó e arrumar os papéis que estão em cima da já mencionada secretária.
Já venho.


Bolas!


Bolas! Bolas! Bolas! Bolas!
Estava a ver que não conseguia arranjar maneira de ter esta fotografia num dos formatos que o senhor Blogspot consegue ler. Tanto mexi e remexi que descobri.
Eu sei, eu sei... Sou muito persistente e inteligente e a fotografia é mesmo engraçada...



Hora


O janeiro já vai por aí afora e o dia tem mais uma hora.


Desde


Não aspirava debaixo da cama nem fazia bolo de banana desde o ano passado.


Declaração


São 15:57, hoje é sábado, dia 30 de janeiro de 2010 e declaro aberta a sucessão de posts de fim de semana. Posts dentro do género habitual que se lê aqui ao fim de semana, garantidamente.
Boas leituras, é o que eu desejo.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Post de posts;
Rapsódia


É-se qualquer coisa invulgar se se manda o marido comprar papel higiénico e filetes de pescada enquanto se está no consultório do médico.
Em particular, é-se qualquer coisa invulgar se o médico é daqueles que diz: 'Ora mostre lá as suas pernocas'.


O Ricardo Araújo Pereira é um homem importante. Fala-se no RAP e toda a gente sabe quem é.
Gostava de saber o que ele pensa acerca disto mas sei que ele nunca mo dirá.


Se hoje entraram na loja cem pessoas foram cem as pessoas que disseram: 'Ai hoje está um frio!'. Se entraram sete foram sete as que disseram: 'Ai hoje está um frio!'
O número de clientes, ou presumíveis clientes, que hoje entraram na loja está em conformidade com o número de vezes que hoje escutei: 'Ai hoje está um frio!'.
Anseio pela chuva. A ver se o disco muda e, principalmente, a ver se manda o frio embora.


Se eu tivesse uma loja de fotografias não poria na montra a fotografia de uma noiva nariguda.
Se eu tivesse o cabelo cor-de-rosa não andaria na rua.
Seguramente.


- Então, senhor Rodrigues, está frio?
- Não!
- Bem me parecia...


A uma frase minha ouvi um ateu exclamar convicto e esperançoso:
- Deus te ouça!


O senhor cuja alcunha é Mirones foi operado aos olhos, não ficou nada bom, vê cada vez menos e é possível que fique cego.


O Clóvis carrega com ele um objecto curioso. À primeira vista pareceu-me um pedaço de veio roscado M14 com a ponta romba. Mas não é nada disso. Diz ele que aquilo é para dar nos ossos dos gajos que lhe quiserem fazer a folha. Perguntei-lhe logo se aquilo também dá para furar olhos e crânios e ele disse que sim e que é objecto para ter nome em japonês e tudo.
O Clóvis não é má pessoa, que não se pense que é. Pense-se antes: é o Clóvis! Será suficiente.


A quem interesse: vi uma t-shirt dos Marretas e umas sandálias amarelas.


Pediram-me lume, um cigarro e moedas. Disse que não a todos. Não que não tivesse o que me pediam, antes porque sou uma alma ruim de dar.


Que tipo de pessoas compra o disco do Ricardo Azevedo?


Nada como estar no ginásio montada numa máquina de pesos, saudarem-me: 'Olá, como estás?' e eu responder: 'Estou carregada!'
Não há nada melhor que isto, ah pois não.


Escrito numa ementa estava o seguinte: 'Hoje 27 de Ganeiro temos Bifinhos de Frango Panados com Arroz de Ervilhas'.
Os bifinhos e o arroz não têm interesse nenhum. Já o Ganeiro...


Contrariamente ao que se pensa a vassoura não é um objecto feminino. Com um pau tão grande...


O senhor Rodrigues perguntou-me se também me avario assim como as coisas. Respondi que sim e enquanto eu apenas e só pensava no rol dos meus males ele disse muito depressa: 'Não digas, não digas!'. Obedeci.


O senhor Rodrigues fala que se farta e é um grande impulsionador da minha vontade de escrever. Nota-se.


Gostava de pedir aos senhores que mandam nos moldes usados na confecção do pronto-a-vestir em Portugal que antes de confeccionar se lembrem do seguinte:

• Uma pessoa que queira comprar um casaco comprido é porque tem frio, uma pessoa que tem frio não dispensa bolsos num casaco comprido.
• Uma pessoa que é Large não é, de modo nenhum, uma pessoa Extra, Extra, Extra - Large.
• Criem os modelitos de acordo com a seguinte ideia: as mulheres neste país têm uma discrepância de dois números entre cu e mamas.

Obrigada.


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Escritório


Isto de andar a entregar mercadoria aqui e ali traz vantagem, ou então traz post.
No caso deste post, posso dizer que hoje visitei um escritório de um qualquer departamento agregado ao estado.
Adoro penetrar nos mundos que desconheço sem dar muito nas vistas como era o caso. Ninguém supôs que eu, do alto desta simplicidade toda que de mim emana e me caracteriza, saí dali com matéria para escrever e com a vontade de escrever. Isso é muito prazeiroso. Ninguém sabe, nem imagina, nem supõe... mas eu esquadrinho e depois escrevo.
Um escritório é um lugar giro, digo eu. É 'tacho', um escritório do estado é 'tacho', dirão outros, os invejosos. E eu acrescento: é muito giro e é 'tacho' mas deixo de lado a inveja porque a inveja suja e embacia o pensamento e eu gosto muito de escrever claro e limpinho!

• Eram umas dez secretárias na sala mas pouco mais que a metade tinha ocupante. Dentre os ocupantes havia duas funcionárias menopausicas e portanto: gordas, trombudas e feias.
• Uma senhora doutora estava de visita, segundo me apercebi trabalhou ali em tempos e alguns funcionários davam-lhe a devida atenção, cavaqueando animadamente, pois claro, há que preservar as amizades porque podemos vir a precisar delas.
• Dois funcionários andropausicos, apesar da andropausa apresentavam-se alegres e bem dispostos e assim já não pareciam gordos nem feios como as colegas.
• O funcionário que recebeu a mercadoria tinha ar de chefe acessível no local de trabalho e gajo muito porreiro depois da hora de sair.
• O assistente dele parecia um mestre-de-obras, o que é perfeitamente natural uma vez que o material entregue era exactamente para obras. Era um daqueles mestre-de-obras bonacheirões, que em vez do Mercedes montam-se antes num jipe Nissan que nunca anda em corta-mato.
• Havia ainda jornais Destak em algumas secretárias, ninguém falava ao telefone, não havia nenhum trabalho a meio, começado ou em vias de terminado.
• O computador de uma das menopausicas, por sinal a mais trombuda e feia, ligado à página da Assembleia da República, ao menos é uma senhora que se quer manter a par das ocorrências. Do circo e das novelas que há neste país, portanto.


A descrição apresentei-a em lista para escrever rápida e facilmente já que eu, ainda que escreva na hora do patrão, sendo que a ideia de muitos é que eu tenho um grande 'tacho', não tenho e nem gasto a escrever tanto tempo assim daquele que me pagam para trabalhar. É um instantinho enquanto escrevo um post do tamanho deste, sou célere no dedilhar.


Dia




Um dia compro uns sapatos Pablo Fuster, faço o pino, canto em público, escrevo um poema... porque um dia há-de ser um dia diferente.


Montagem


Era um casal idoso e alentejano, queriam comprar uma fechadura.
Assisto muitas vezes a pequenas discussões, o que costuma divertir-me. Este episódio divertiu-me particularmente porque havia algum tempo que não me divertia ao balcão.
A senhora duvidava da habilidade do marido:

- Tu não sabes montar!
- Não sei o quê?! Claro que sei montar!

Conclusão:
Pobrezitos, de pés para a cova e ainda se acham grandes montadores. Essa é uma convicção que lhes aparece aos 15, para aí, acompanha-os em toda uma vida e vai com eles em morrendo e isso. Tudo manias...


Há sempre uma - primeira vez


Com as obras de construção do novo Ikea em Frielas acabaram-me com o gozo, o esplendor, a magnífica sensação, de passar na curva em que me ia despistando pela primeira vez na minha vida enquanto condutora.
As primeiras vezes têm isto: a gente nunca mais esquece uma primeira vez quando é vivida com alguma intensidade. Foi o caso. Enquanto durou o esplendor e a magnificência, aquela foi uma curva para nunca mais lá passar com uma mudança mais alta que a terceira... E agora acabou-se, caput!


Apetite


Uma laranja, uma maçã reineta e um iogurte natural com dois pacotes de açúcar, são tudo coisas que me apetece comer agora. E agora não vou comer nada disso, essa é que é essa.


Natal 2009; Sobreviventes






segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dia




    Um dia fujo sozinha

    Um dia pinto as unhas de verde

    Um dia torno a Paris

    Um dia ponho-me loura

    Um dia escrevo um livro

    Um dia é um dia diferente


Cansaço


Agora tenho um médico que me pergunta se estou muito cansada e que em eu respondendo afirmativamente me devolve um olhar de consternação. Estou quase, quase a gostar de ir ao médico!


3 ao mesmo tempo


  1. Correr até à sala porque está a dar na TV um jogo amigável em que alguns dos jogadores são barrigudos e desastrados. O que é, portanto, algo digno de ser visto.
  2. Cuidar do arroz que está ao lume.
  3. Escrever um post.


Gafe


Uma gafe pode ser uma pessoa estar a vender cânfora e achando que tem piada diz que agora as pedrinhas são gordas esquecendo-se completamente que a cliente em tempos foi obesa - obesa assim mesmo em muito! - e hoje em dia ainda se sente bastantemente deprimida com as banhas que teimam em ficar.
Depois, para mais graça lhe dar, a cliente diz que não lhe dá jeito nenhum que as pedrinhas sejam gordas porque assim tem de as partir para render. Lá se foi a piada das pedrinhas gordas.
Mas há mais, ah pois há: uma pessoa por modo a redimir-se de tanta coisa indevida lhe sair da boca sem pedir licença, diz à cliente que os sacos para o aspirador que ela espera estão mesmo a chegar... E em boa verdade, a porra dos sacos não chegarão enquanto não forem solicitados ao fornecedor.
E é assim! Estou quase com o mesmo nível de parvoíce que tinha antes do dia da bronca... Estou aqui, estou lá.


Cidadania


É para mim um tema terrível de explorar, este da cidadania. Esta tarde a sessão de R.V.C.C. foi baseada nesse tema. E eu sei lá rebuscar na minha vida vivências que contenham este tema?! Mais: e eu tenho lá esta vivência na minha vida?! Não! Eu fujo de ajuntamentos e de extensas e pormenorizadas opiniões, do tipo 'eu acho que devia fazer-se assim' e 'embora lá todos fazer isto e aquilo e mais não sei quê'. Fujo!
Depois fico demotivada e só me apetece é não voltar lá mais...


domingo, 24 de janeiro de 2010

Cadeiras




Rico filho - Eia mãe, não me digas que vais tirar fotografias às cadeiras! Mas que piada é que isso tem?!

Rica Filha - As cadeiras não falam... 'Bora sentar ali para ouvir as conversas das cadeiras!


Vivas!






Aos livros e à nação.

Local e data das fotografias: Lisboa - Parque das Nações, 24 de Janeiro de 2010.


Doin' Fine


We are what everyone wants 2 be
We are young
And carefree
Life's a breeze for people like u and me

If U look
Life lays out just like a road
It's for us 2 grab ahold
There's no one that can tell us no

So come on, baby
Let's just have fun
Let's breathe stardust into our lungs
Let's drive too fast
Let's go too far
When our hearts bleed it lets us know we are-alive
And that we are-doin' fine

We lay down
Look at the sky
From upside down
There's nobody we have 2 be
Let's live fast and see where it leads

Let's get lost
In love like wine
Let kisses quench
This thirst of mine
Let me feel the weight of your skin
Pressing in

Jewel


Psicologia


Diz que a tristeza é precisa, que é ela que nos arranca da depressão, da apatia, que em se instalando esta última então é do caraças...
Eu cá preferia a apatia, é tão mais amiga! Há alguma coisa melhor que não sentir quando o que se sente é mau?! Claro que não!
Também diz que a vida são dois dias e que amanhã é o último...

Estou triste, é domingo, está sol, vou ali e já venho.


Acordo (ô)


Ando a esforçar-me ao máximo para me familiarizar com a nova ortografia. Para já não escrevo com letra maiúscula os dias da semana e as estações do ano.


É domingo!




Está sol!


Post Dois Três Nove Nove

O dois milésimo tricentésimo nonagésimo nono post serve apenas para registar que cheguei ao mesmo número de posts que tenho no cartão do ginásio.
Achei o facto curioso e interessante o suficiente para partilhar com os leitores...
Se acerca deste facto a opinião dos leitores não coincidir com a minha... é uma pena!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Descanso




Hoje também houve tempo para o descanso. Ao momento do clique o Michael Jackson cantava uma das canções mais fabulosas do seu repertório: Dirty Diana.




Dirty Diana

You'll never make me stay
So take your weight off of me
I know your every move
So won't you just let me be
I've been here times before
But I was too blind to see
That you seduce every man
This time you won't seduce me

She's saying that's ok
Hey baby do what you please
I have the stuff the you want
I am the thing that you need
She looked me deep in the eyes
She's touchin' me so to start
She says there's no turnin' back
She trapped me in her heart

Dirty Diana, no
Dirty Diana, no
Dirty Diana, no
Dirty Diana
Let me be!

Oh no...
Oh no...
Oh no...

She likes the boys in the band
She knows when they come to town
Every musician's fan after the
curtain comes down
She waits at backstage doors
For those who have prestige
Who promise fortune and fame
A life that's so carefree

She says that's ok
Hey baby do what you want
I'll be your night lovin' thing
I'll be the freak you can taunt
And I don't care what you say
I want to go too far
I'll be your everything
If you make me a star

Dirty Diana, no
Dirty Diana, no
Dirty Diana, no
Dirty Diana...
Dirty Diana, no
Dirty Diana, no
Dirty Diana, no
Dirty Diana, no
Dirty Diana...
Diana!
Diana!
Dirty Diana!
It's Dia...aa...aa...ana!

She said I have to go home
'Cause I'm real tired you see
But I hate sleppin' alone
Why don't you come with me
I said my baby's at home
She's problably worried tonight
I didn't call on the phone to
Say that I'm alright

Diana walked up to me,
She said I'm all yours tonight
And then I ran to the phone
Sayin' baby I'm alright
I said but unlock the door.
Because I forgot the key.
She said he's not coming back
Because he's slepping with me


Continuando, ainda


A mesma dona de casa e/ou blogger e blá blá blá foi estender a roupa e viu que está a chover.
Não gostou. A mesma dona de casa e/ou blogger e blá blá blá não gostou de ver que está a chover.


Continuando




A mesma dona de casa e/ou blogger que escreveu o post anterior e que curiosamente é a mesma pessoa que está agora a escrever este post, escreveu o tal do post anterior e foi fazer o jantarinho.
Como a dona de casa e/ou blogger não se consegue dissociar e mistura-se toda, e depois fica parvinha e dão-lhe uns achaques mas isso são outros quinhentos, ou quatrocentos, vá, que eu sou pobrezinha, dizia eu, como a dona de casa e/ou blogger que escreveu o post anterior, e escreve este também, não se consegue dissociar junta tudo numa só pessoa... Já me perdi!

Ora bem, recomeçando:

Ao jantar experimentei uma receita de bacalhau e couve lombarda e presunto. Quando o pitéu saiu do forno teve a honra de ser fotografado antes de deglutido. Há bacalhaus e couves lombardas e presuntos cá com uma sorte! Tudo porque eu não me dissocio e misturo a dona de casa com a blogger.
A receita é boa, a comida saiu bem. A receita é boa e recomenda-se.


História


Para uma dona de casa há coisas fantásticas como ter enxugado duas máquinas de roupa, por exemplo.

Depois há outras coisas também fabulosas quanto baste: fiz
bolo de natas e laranja e o salame de chocolate que me ensinou a dona Adelina. Já fiz o salame da dona Adelina uma data de vezes e sempre que faço esqueço-me de tirar as fotografias para fazer um post com a receita ilustrada. Pois é, ainda não foi hoje...

As coisas menos boas, ou então muito más, é ter que aspirar e limpar o pó e dobrar roupa e estender roupa e lavar sanitas e lavatórios e bidés e berrar com os filhos pedindo ajuda porque a eles lhes apetece tanto quanto eu tratar do lar.

Assim essas coisas não são motivo de alegria.

Também não é motivo de alegria ir às compras quando não se quer ir. E ver todos os olhares dirigidos à minha pessoa como se eu fosse um alien. O pior é que não sou mas antes fosse, assim havia um motivo para tais olhares. Fico a pensar: será que as pessoas sabem? Será que elas sabem o que se passa comigo?

Os portugueses são um povo muito observador, não sei se já alguém reparou como nós olhamos tanto uns para os outros, como temos tanto medo do que pensa quem nos olha. Como nos sentimos tão observados simplesmente porque estamos a observar quem nos rodeia com afinco. É por isso que olhamos tanto uns para os outros, porque nos observamos mutuamente, claro!
Se calhar nunca ninguém reparou, só eu que sou um alien reparo nessas insignificâncias... Ou que não sou nenhum alien mas queria ser...

Na vida de uma dona de casa também pode acontecer ela ser dona de um blogue. E pode acontecer que depois de tanto trabalhar em casa sem pinga de vontade, descanse em palavras que manda para uma tela num computador e que irá parar a qualquer parte, a um mundo virtual, que bem vistas as coisas até nem existe, porque não está ninguém do outro lado a acenar e a mandar beijinhos. Pode acontecer isso. Isso do blogue. Tanto pode que estou aqui.


Significado


Sempre tenho tido dificuldade em escrever sobre as minhas fotografias. Às vezes escrevo sobre elas mas é sempre preciso forçar.



Gosto desta fotografia. Porquê? Gosto que seja uma escada, uma escada é sempre um acesso a qualquer coisa. Não interessa o quê, pode ser qualquer coisa, basta imaginar e eu gosto disso, do imaginário desconhecido. Gosto das sombras, do cinzento e frio que se consegue ver e sentir olhando a imagem. Gosto desta alameda lisboeta. Gosto da nudez das árvores. Gosto que se veja que é inverno. Gosto disso. Não gosto do inverno mas gosto disto que o inverno tem: apesar de lhe ser aversa, gosto de o fotografar.
O meu olhar gosta do inverno, a minha cabeça é que não.
Talvez nem toda a gente entenda a frase acima. Não que se tenha que ser muito inteligente ou pelo contrário cabeça de burro, não, tem é que se pensar e ser assim como eu... Que gosto de tudo. Entendes?!



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Hoje


Podia começar por dizer que o título deste post foi arrancado a ferros mas não começo assim. Um título é só um título, se eu quiser. O título 'Hoje' faz de conta que é um espectáculo de título, uma obra muito criativa, uma maravilha originalíssima desta minha cabeça desgastada.
Continuando:
Tenho andado arredada da escrita, nem sequer me tenho esforçado por encontrar o fio à meada para dar continuidade a este blogue. Não me tenho esforçado até hoje, hoje forcei um bocado, os posts anteriores são fruto do esforço de uma Gigi que eu sei não estar morta, apenas dorme e lá de quando em quando acorda estremunhada.


Encontros


Encontrei-me com o Nicolau Breyner e o Rogério Samora na Mexicana. Não me encontrei nada... passei por eles.
Depois encontrei-me com a Wanda Stuart e o Luís Barbeiro na esquina da avenida de Roma com a João XXI. Não encontrei nada... passei por eles. Devo dizer: não fora o cabelo da Wanda ser azul e não a teria reconhecido.
No Aqua Roma passei pela Catarina Avelar. Não passei nada... não era ela, era uma sósia.
Tive um dia em cheio, pode dizer-se. Fosse eu um daqueles paparazzi e tinha ganho para a bucha de hoje!


Arroios


Sou a maluquinha de Arroios. Não sou mas queria ser só para ser alguma coisa gira. Quero convencer-me que sou alguma coisa, gira preferencialmente, a ver se me acho piada. Bolas! A coisa está difícil de parecer engraçada! Não espero que a coisa seja engraçada, basta parecê-lo!


Palavras e coisas


Associadade pode ser uma associação de palavras. Chamaram-me isso e ao depois deu-me vontade de rir.
Vendi uma embalaginha de película aderente, o que é coisa para ter montes de piada...
Um senhor andou a fazer limpezas lá em casa e encontrou uns bonecos pequenos, disse ele. E queria mais bonecos daqueles, disse ele. Lembrou-se de perguntar se eu os teria para vender.
Ora o senhor fazia um gesto com o polegar e o indicador que me fez lembrar aquele reclame do Danoninho em que a mãe do menino lhe diz: 'falta-te um bocadinho assim'. Ali, o 'bocadinho assim' era o tamanho dos bonecos que o senhor encontrou lá por casa.
Isto não tem piada, poderá o(a) leitor(a) pensar. E eu digo: pois não. Mas deu-me vontade de rir, é essa a parte que considero interessante.


Isso


A rica filha viu-me triste e disse-me para eu guardar isso para quando não tiver ossos.
A rica filha é uma miúda com um sexto sentido apuradíssimo desde tenra idade. Eu, brincando, até costumo dizer que ela tem um sétimo sentido.
A rica filha é intuitiva mas jovem, não sabe o peso e a dimensão do conselho que me deu. No entanto deu-me um conselho válido, tão válido que ando a fazer por segui-lo.


Futebol


Chamam flanco à parte lateral constituída pelos jogadores num campo de futebol. São incríveis as coisas que uma mãe aprende com um filho.


Big


O português é pequenino mas tem a mania da grandeza, chama 'mensagem de correio electrónico' a um simples email, ou então diz simplesmente email quando devia dizer 'mensagem de correio electrónico'.
Somos mesmo pequeninos e temos mesmo a mania da grandeza.


O fecho


Comprei uma mala cujo fecho se encontra na diagonal. A intenção de quem criou o modelo poderá ter sido desencorajar presumíveis ladrões e demorar o assalto, aquilo não toma a direcção natural e atrapalha. Ora acontece que me atrapalha também a mim, não aligeira em nada o manuseamento da dona da mala...


A brincar, a brincar


Dizia uma senhora enquanto observava a prateleira cheia de bonecos, nostálgica:

- Eu agora já não tenho meninas...

Depois pensativa:

- Quer dizer, tenho mas as minhas meninas agora já brincam com outros bonecos...

E ainda maliciosa:

- Já têm marido, brincam com o boneco do marido!


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Torpor




Perdi o norte da escrita, vivo num torpor. E, havendo doçura no entorpecimento, deixo-me lá estar. Não há dúvida: se eu levar a vida a fingir tudo fica mais fácil.
O entorpecimento... o entorpecimento em que agora vivo não é o suficiente para perceber que não abandono de todo o blogue e a escrita. Ainda assim, não o abandono.
A fotografia demonstra um sítio por onde hoje passei. Olhei para esta imagem e apeteceu-me fotografá-la. Não sei porquê, e nem é forçoso saber o porquê, mas quis captar esta imagem. Às vezes o torpor vai-se embora mas infelizmente tem voltado sempre. É uma chatice...! É uma chatice porque tenho saudades de escrever montes de parvoíces, ou parvoíces aos montes... Tenho saudades de escrever muito, é isso!


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Olá




Podia vir aqui para dizer que há bases de maquilhagem da mesma cor dos tijolos e que o facto me assombra tanto que vejo tudo a rodar porque aquilo não é bonito; não fica nada bem.
Ou então também podia vir cá só para dizer que vi nuns pés um par de sapatos iguais aos meus e que não gostei; não achei mesmo piada nenhuma à senhora que teve exactamente a mesma ideia que eu.
Podia mas não é isso que venho cá dizer. Venho dizer que estou louca e viva. Não que isso seja desejável... mas também.


domingo, 17 de janeiro de 2010

Partes do dia


- Mãe, fotografa lá aquele grafiti! - desafiou-me a rica filha.
E eu levei o desafio a peito: clique!

Vi um pónei ou algo do género. Mostrou-me a língua mas deixou-se fotografar. Deixou-se afagar também. Afagos dados por mãos ora receosas, ora destemidas.

Fui assistir a mais um jogo do rico filho. Deu em empate a zero bolas. Grande esforço do querido menino, muita dedicação à equipa. Dá gosto ver, é um enlevo!

Depois do jogo terminado houve bifana para os jogadores. Promessa feita pelo senhor presidente. Vamos lá, senhor presidente, o promeito é devido.
Observei um homem rodando exaustivamente a mão no gargalo de uma garrafa de água com gás por modo a limpá-lo. Duvido que tenha ficado um gargalo muito limpo...

No caminho de regresso alguém lembrou: e se fôssemos almoçar ali a À-das-lebres? Fomos. Comeu-se, bebeu-se, conversou-se, esteve-se. Costumo gostar. Continuo a gostar.
Tirei fotografias. Claro que tirei fotografias...

Loureshopping: gelado. Doce de maçã e canela... Bom p'ra caraças! Muito, muito bom. Tirei uma fotografia e tudo...
Ronda pelas lojas de óculos. Comprei uns, lindos que só visto! Gostava de poder dizer que são verde-água mas não são. São azuis, da cor do mar ou assim. São muito bonitos, ficam-me bem, adoro-os. E chega.

Em Caneças afinal a velhota já tinha o trabalho feito. Deslocação debalde. Paciência, deu para ver outra vez aquela entrada de luz que ainda um dia hei-de fotografar.

Em casa. A coisa vai. Ou não. Perdi a capacidade de me distrair - sempre, a todas as horas, em todos os momentos - com a vida.


Querendo ver as fotografias é favor clicar
aqui. Agradecida.


sábado, 16 de janeiro de 2010

Desfocada




Croissant


Acho que está na hora de escrevermos 'croaçã'. A ver se os senhores que mandam nestas coisas da ortografia se lembram disso.


Intervalo


Já fiz o arroz-doce, o bolo de nozes e o frango está ao lume. O frango que mais logo será arroz de frango, quero eu dizer.
Não tenho tudo feito, assim como não tenho vontade de fazer mais nada. Mas tenho que fazer e vou fazer daqui a pouco.
Por momentos, e de momento, estou cansada de fingir que está tudo bem.


...


Fui ali tratar da aparência e acho que estou muito, mas muito mais gira. Só não ponho aqui uma fotografia para nem sequer correr o risco de alguém desmentir a afirmação anterior.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A vida


A vida é uma dádiva... Até a gente ter que pagar contas para poder viver.

Muitos posts e isso


Reparei que até ao dia doze de Janeiro escrevi setenta e três posts e desde então não escrevo. Esse número dá uma média de seis posts e mais um bocadinho de um.
Estive três dias sem escrever, o que quer dizer que tenho dezoito posts e três bocadinhos em atraso.
Este é o quarto post de hoje. Estou atrasadíssima, que horror!


Post assim como que renascente


Peço aos leitores que atentem no seguinte: daqui para cima leiam este blogue imaginando uma Gina falando convosco sorrindo ligeiramente, num tom baixo e irónico. Costumava ser esse o sítio onde escrevia, o lugar onde me encaixava perfeitamente e por isso o mais comum. Retorno agora, devagarinho.
Conseguem ler com esses olhos? Será muito difícil imaginar-me falando assim? Espero que não.

Ilação II


Aquilo fez com que as coisas pequeninas voltassem a sê-lo, agora importam o poucochinho que lhes é devido. Não por eu manter a cabeça ocupada a controlar uma coisa em grande... mas também. E nem que seja a primeira vez que domo, ou tento domar, um bicho papão, só nunca me tinha visto forçada a domar um bicho tão papão como este, é essa a diferença.
Estou terrivelmente cansada de controlar uma força que quer, à força, ser maior que eu.


Ilação


Quando me sentir quase descontrolada, agarro-me ao bocadinho de força que ainda subsiste. Por ínfimo que seja o bocadinho, é significativo e é suficiente. Agarro nele e prossigo levando debaixo do braço verdades tão banais como 'o gesso é para tapar buracos' e 'a cera acrílica é do melhor que há' ou então 'as chaves de pontos são caras'.
Tudo coisas que costumavam ter montes de piada...


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Hoje


A ideia de qualquer coisa diferente disto é melhor... Qualquer coisa. Por exemplo, a ideia de ser abalroada por um autocarro, atingida por um raio, caminhar sob a chuva gelada, cair pela escadaria fora, é muito melhor que isto.
Se alguém sabe o que é qualquer coisa ser melhor que isto, sabe como me sinto hoje.


Ontem


Ontem foi um dia importante. Para começar cheguei a casa às 17:45 o que é algo particularmente raro. A chegada, triunfal ou então não, tem o costume de acontecer umas 4 horas depois, para aí.
Mas ontem foi um dia importante, e à parte o que acabei de escrever, posso dizer que ontem foi um dia muito importante.

(Desembucha lá, vá!)

Fui ao centro R.V.C.C. onde adquiri a equivalência ao 9º ano, querem-me lá para continuar a prestar provas do que sei, a ver se chega para vir a ter mais escolaridade.
Fiquei contente e não fiquei.
Fiquei contente porque o processo se inicia escrevendo uma autobiografia e eu exulto de alegria quando escrevo.
Fiquei triste ao perceber que quando me mostrei duvidosa de conseguir concluir o processo com êxito, um dos meus colegas assumiu o manifesto como se a minha dúvida existisse por não saber como escrever. Deu-me logo vontade de continuar com aquilo...
Fiquei contente porque é animador e empolgante conhecer pessoas novas e fazer coisas diferentes.
Fiquei triste porque a minha timidez me impede de gozar em pleno esses momentos.
Fiquei contente por verificar que os meus colegas são todos homens. Para mim é mais fácil lidar com homens.
Fiquei triste quando me lembrei que o facto de o parágrafo anterior ter acontecido pode não ser mera casualidade e sim porque às mulheres é muito mais difícil despender de um bocado de tempo para estar ali.
Fiquei contente porque me senti tentada a fazer aquilo.
Fiquei triste, muito triste, porque independentemente de conseguir concluir, isso não alterará nada na minha vida profissional.


Os meus ténis - pela sexta vez


Rica filha - Mãe, tenho uma notícia muito triste para te dar.

Eu mesma - ...?

Rica filha - Há uma professora nova lá no ginásio e tem uns ténis iguais aos teus!

Eu mesma - Ah! Ah! Ah! Ah!


Ai que saudades hão-de ter os leitores de saber notícias dos meus
meus ténis! Há que tempos não escrevia sobre eles...


Chuva


Eis um postzinho sobre o tempo, só um.

• Há montes de chapéus de chuva escangalhados e abandonados pelo chão das ruas lisboetas. É tão giro! Assim a gente tem que se desviar de mais obstáculos ainda.

• Quando me caem pingos em cima da cabeça há mais certeza de ser água. É que sempre pode ser uma descarga intestinal de algum bicharoco.


Esticar


Ouvir a Whitney Houston cantar:

«I wanna run to you
Won't ya hold me in your arms and keep me safe from harm
I wanna run to you
But if I come to you
Tell me will you stay
Or will you run away
I wanna run to you»


Na aula de streching enquanto estou a fazer a espargata... É no mínimo estranho! Lá se está capaz de correr para os braços do amor?!


Números


Lembrei-me de uma capicua que está aí não tarda:


01-02-2010


Achei melhor registar já, não vá eu chegado o dia esquecer.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Doidice latente


Olha, tu quando vais assim de carro, às vezes não vês pessoas direitas ao pára-brisas e a rebolar por cima do carro?

Hã?!

Assim, oh, a passar por cima do carro. Não vês?

Esta mulher…

Eu quando abro a porta do armazém vou à espera de ver cabeças ensanguentadas lá espalhadas pelo chão e bocados de pernas ou então ratos mortos.

Chiça, mulher!

Então, tu no outro dia é que disseste que toda a gente é maluca e esquizofrénica ao menos um bocadinho, ora…


A stora


É a terceira vez na vida escolar dos ricos filhos que eles se juntam na mesma escola. Já tiveram muitos professores em comum, muitos mesmo, mas este é o primeiro ano que têm a mesma professora no mesmo ano lectivo. Mais incomum ainda, é o facto de os ricos filhos terem a aula um a seguir ao outro com o almoço no entremeio.
Um dia, chegada ao fim de uma das aulas, a stora de História apressou os alunos a sair:
- Vá, vão-se lá embora que eu tenho que ir almoçar para ir dar a aula ao teu irmão!


Adenda


Não, niguém me conhece... Ou sequer me reconhece no que escrevo.

Isso não é tão bom quanto parece que é.


O ursinho aconchegado


A rica filha hoje pôs o ursinho a dormir durante o dia debaixo dos lençóis da cama dela. Fui dar com aquilo e fiquei enternecida com o gesto, achei logo que era suficientemente engraçado para ficar registado. Mas fiquei com medo que ela, do alto dos seus 18 anos, não achasse bem que eu mostrasse publicamente uma atitude que revela, para além de ternura, infantilidade. Perguntei-lhe e diz que não se importava nada.
Depois indaguei no sentido de saber porque tapara o ursinho, se seria infantilidade, saudades da infância, se seria o instinto maternal que possa já existir mesmo sem ela dar por isso. Diz que não, que pôs o ursinho dentro dos lençóis e os puxou para cima porque não faz a cama, assim à noite quando se deitasse a cama não estaria tão fria.
Espantei-me, não iria escrever que ela não faz a cama!
«Ó mãe, qual é o mal?! Alguém te conhece?!»

Não, ninguém me conhece...


Sabor


Afinal até nem é preciso estar da parte de trás do balcão para viver - e acrescentar - experiências inusitadas e desconcertantes à minha vida porque acabei de beber um copo de água que sabia a nabo e alho francês crús.

Como isto aconteceu é ainda mais inusitado e desconcerta muitíssimo mais.


domingo, 10 de janeiro de 2010

Olhar




Um olhar felino tão curioso e receoso como o que eu dirigia a ele, tenho a certeza. A diferença é que eu tinha uma máquina fotográfica nas mãos.

Local e data da fotografia:
Loures, 9 de Janeiro de 2010


Unhas


Vi uma vizinha que não via desde o ano passado. Ela, pouco depois do bom-dia, queixou-se do trabalho da semana que passou porque andou em balanço e que estava de rastos com tanta canseira. De seguida mostrou-me as unhas partidas e encardidas e perguntou-me:
«Quem é que me vai pagar as unhas?!»
Há pessoas cheias de problemas, é um facto. Eu até a aconselhava a procurar ajuda psicológica por modo a sentir-se feliz com as unhas estragadas mas... era bem capaz de ela também não encontrar quem lho pagasse.


?!


Já não sei escrever...
... Sa?to l?tras.


Reforço


Num fim de semana não muito longe deste escrevi que ao fim de semana este blogue piora um bocadinho. Neste momento venho reforçar essa ideia: ao fim de semana este blogue piora em larga escala.


Apetite


A Gigi escreve o que bem lhe apetece. A Gina é que tem a mania que é decorosa mas não é. É aí que se encontra o cerne do post precedente.


Inspiração


A musa anda aqui em força. Dou-lhe as boas vindas num misto de lamento e júbilo pelos posts algo indecorosos.


Diz que


Ele diz que ela é uma senhora às direitas, que o deixa andar à vontade, que não lhe chateia os cornos.
Eu acho, parece-me a mim, que cornos desses todos queremos ter.


A razão


O homem está tão coberto de razão que não se vê nem uma pontinha dele!

Qual homem? Pergunta o leitor.

Qualquer um... - Respondo - Conquanto não se lhe veja pontinha nenhuma...


Dá-me música!


Aspirar e ouvir a Celine Dion a berrar na TV dá-me vontade de dançar. Acabei de descobrir que escrever no blogue e ouvir a Rihanna também produz o mesmo efeito.


    Shut Up And Drive

    've been looking for a driver who is qualified
    So if you think that you're the one step into my ride
    I'm a fine-tuned supersonic speed machine
    With a sunroof top and a gangster lean

    So if you feel me let me know, know, know
    Come on now what you waiting for, for, for
    My engine's ready to explode, explode, plode
    So start me up and watch me go, go, go,

    Get you where you wanna go if you know what I mean
    Got a ride that's smoother than a limousine
    Can you handle the curves? Can you run all the lights?
    If you can baby boy then we can go all night

    Goes from 0 to 60 in three point five
    Baby you got the keys-

    Now shut up and drive
    (drive, drive, drive)

    Shut up and drive
    (drive, drive, drive)

    I got class like a fifty-seven Cadillac.
    Start over drive with a whole lot of boom in the back.
    You look like you can handle whats under my hood
    You keep saying that you will boy I wish you would

    So if you feel me let me know, know, know
    Come on now what you waiting for, for, for
    My engine's ready to explode, plode, plode
    So start me up and watch me go, go, go, go

    Letra retirada daqui.

    O jogo de futebol ao frio



    O rico filho foi jogar a Vialonga. Está frio que se farta! Quem se põe na rua com este frio, sendo isso algo preterível, é gente doida. Gente assim como nós, que somos doidos também pelos filhos!


    Atente-se


    Dar com o jornal na cabeça de alguém pode ser um gesto ternurento.

    Atente-se também nisto: a vida é adversa.


    Um sonho!


      Morning Train (9 To 5)

      I wake up every morning
      I stumble out of bed
      Stretching and yawning
      another day ahead
      It seems to last forever
      and time goes slowly by
      Till babe and me's together
      then it starts to fly

      'Cause the moment that he's with me
      time can take a flight
      The moment that he's with me
      everything's alright
      Night time is the right time
      we make love
      Then it's his and my time
      we take off

      My baby takes the morning train
      he works from nine till five and then
      He takes another home again
      to find me waiting for him

      My baby takes the morning train
      he works from nine till five and then
      He takes another home again
      to find me waiting for him

      He takes me to a movie
      or to a restaurant, to go
      Slow dancing anything I want
      Only when he's with me
      I catch light
      Only when he gives me
      makes me feel alright

      My baby takes the morning train
      he works from nine till five and then
      He takes another home again
      to find me waiting for him

      All day I think of him
      dreamin' of him constantly
      I'm crazy mad for him
      and he's crazy mad for me
      When he steps off that train
      I'm makin' a fool, a fight
      Work all day to earn his pay
      so we can play all night
      Sheena Easton


    Era bom, era! Era um sonho! 9 to 5...

    Letra copiada do site Vagalume, aqui.


    Ainda?!




    Eu também ainda não desfiz a minha árvore de Natal.

    Local e data das fotografias: Vialonga, 10 de Janeiro de 2010


    sábado, 9 de janeiro de 2010

    Terminou a enquete!


    Senhora rosa - Está mesmo bom hoje!

    Senhora azul - Hum - hum. Pois é, está cá um solinho!

    Senhora rosa - Está mesmo bom para estar na praia!

    Senhora azul - Sim, é por isso que a gente está aqui...


    Uma destas senhoras sou eu. Dá para perceber qual?


    Votos:

    Senhora rosa 1 (10%)

    Senhora azul 9 (90%)



    Das pessoas que votaram nesta enquete - foram 10 (dez) - só uma foi do contra... Isto prova que me dou mais a conhecer do que penso.
    Sim, sou a senhora azul, pois! A rica filha que também votou, quando lhe perguntei porque votara na senhora azul respondeu-me: - Então, tu terminas sempre as conversas!

    Não tenho mais nada a acrescentar...

    Trabalhar


    Não sei se mais alguém sabe mas eu sei: não me apetece fazer porra nenhuma do que tenho que fazer.
    O trabalho é supérfulo, inglório, incontornável, interminável. O trabalho é um gajo chato que se farta!

    sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

    Rir é o melhor remédio


    «Ai...! A gente tem de rir um bocadinho!» diz-se frequentemente em forma de desculpa ou rematando alguma parvoíce que se tenha dito.

    A vida é risível. Rir não é fútil. Rir faz bem e é mister. Estou desejando que me chegue audácia suficiente para alcançar a vontade de rir do que tenho vindo a sentir.


    Post mau como as cobras


    Vi um cavalheiro segurar a porta do banco para facilitar a saída a uma dama idosa. Enquanto segurava a porta ia dizendo:
    «Cuidado, minha senhora, não escorregue.»
    Ela agradeceu imensamente e ele ficou com a boa acção do dia cumprida. O cavalheiro não conhece realmente a dama em questão. Ai se a coisa fosse comigo...:
    «Porra mais o raio da velha! Havia de se estatelar no meio do chão e partir os cornos!»
    Eu cá era mais isto.


    Surdez


    Quando não me apetece falar, o que tem acontecido, cumprimento as pessoas que sei serem surdas abrindo apenas a boca sem que produza qualquer som, como se dissesse 'olá' mas indo directamente e ficando no 'á'. Os interlocutores têm é que ser surdos, é imprescindível.
    Era isto que eu queria partilhar neste momento. Acho fixe.
    E também queira partilhar que podemos lavar a cabeça com soda cáustica mas que é melhor não. Ao sério, não tentes. Não será fixe.


    ...


    Há dias em que escrevo tanto e há tanta baralhação na minha cabeça que me parece estar tudo misturado e depois afinal é tudo mentira.


    Breve post


    Eles não sabem o que uma mulher pensa. Folgo com isso e não é pouco.


    A loja


    A maioria das mulheres venera a loja Zara. A minoria aprecia. Não que a avenida estivesse vazia de mulheres por todas se encontrarem dentro da loja mas tirando as que estavam lá dentro, as que lhe passavam ao lado, todas espreitavam lá para dentro.
    Posto isto, não há uma só mulher a quem a Zara passe despercebida. Principalmente em época de saldos...


    Chegada


    Chegar a uma cave dessas aí, abrir a porta, ver vestígios de haver passado um pombo por ali e o vestígio chamar-se 'merda'... É uma experiência inesquecível.


    Resquícios de Natal III




    O senhor da ourivesaria tem* um texto escrito por ele na montra, incentivando os transeuntes (os transeuntes tão especiais como eu que se detenham a observar e a ler os letreiros das portas) à reconciliação porque estamos em época de fazer balanços e de mudar atitudes, ao mesmo tempo que agradece os amigos e clientes, aos amigos e clientes que tem, o facto de os ter.
    Isto do balanço anual é coisa para ter interesse, afinal. Achei a atitude dele interessante, quando se escreve a coisa fica lá, a exposição é mais viva e perdura e perdura e perdura... Quando se fala, há qualquer coisa que leva as palavras, ou que as dissipa. Eu sei como é. O que escrevo fica sempre ao cimo a boiar... sempre à vista de qualquer um, é sempre oportuno ser lembrado e revivido.

    *O texto já lá não está mas o post já estava pensado e a vontade de o escrever não abalada...


    Dizeres da mãe de um octogenário concernentes ao pagamento de contas


    «Não te preocupes, meu filho. Todos os testamentos começam por um 'D'. Em vez de escreveres 'Deixo' escreve 'Devo'!»

    «Meu filho, depois dos oitenta todos os dias é véspera!»


    O meu blogue em pedaços - 8 - Comentários


    Nos tempos da minha inocência blogosférica visitava muitos blogues, qualquer descoberta é apaixonante e eu perdia-me blogosfera afora nessa altura.
    Não sou uma pessoa muito opinativa, na blogosfera os comentários são primariamente uma opinião acerca de um post e eu, deixando a timidez de lado lá deixava um comentário aqui e outro ali, chegando mesmo a forçar-me a isso algumas vezes.
    O tempo passou e adquiri alguma experiência, aprendi que é melhor observar durante uns dias antes de comentar, embora ainda haja ocasiões em que cedo ao impulso de comentar.
    É muito bom receber comentários. Deixando-me de tretas: é muito, muito bom. Um blogue existe para ser lido, recebendo comentários concernentes ao post o blogger tem a certeza que alguém leu. É nisto que baseio o facto de gostar tanto de comentários, tentando sempre esquecer que também gosto do reconhecimento.
    Uma vez li num blogue qualquer alguém dizer que desconfia de blogues que tenham muitos comentários. Achei a ideia certa, «quem escreve para tolos tem muitos leitores» disse (outro) alguém. Isto diz muito e dá jeito, sou impopular e incapaz de fazer com que me sigam as pisadas durante muito tempo. Mas dá jeito. Assim até parece que escrevo posts de grande qualidade literária uma vez que tenho poucos leitores. É verdade.
    Termino com uma informação que queria muito fosse entendida: não criei este post com o intuito de arrancar comentários ou, isso muito menos ainda, quero que este post seja interpretado como se uma queixa fosse.


    Pedido


    Venho aqui pedir encarecidamente aos motards que aguardam a travessia dos peões, o grande favor de não enrolarem o punho da mota para fazer banzé e assustar a malta que lhes passa à frente dos olhos. Arranjem outra maneira de se meter com a gente, ok? Com piada, preferencialmente.
    Depois até posso fazer um post mais cómico que este e tudo.


    Acho que:


    Uma loja chamar-se 'Feliz Shopping' é coisa para estar bem. Muito bem mesmo.


    Cunhos


    Sou incompreendida e solitária, sou fraca e reles, sou ausente e desconcentrada e fantasista, sou capaz de grandes maldades e em simultâneo possuo uma sensibilidade e uma perspicácia grandes, desdobro-me em personalidades que sei serem todas minhas, sou a maluquinha que ninguém leva a sério, sou seca e rude e ainda possuo um tudo-nada de acidez que uso porque sou espontânea, sou curiosíssima, tenho grande prazer em impressionar, em assombrar, no bom e no mau sentido, não sou admirada.
    Nos últimos anos, e por causa do blogue, desenvolvi muitas capacidades, dentre elas o lado artístico da minha personalidade. Eu não tenho a mania que sou artista, eu sou artista, só não sou uma grande artista.
    Não vou mentir dizendo que não quero ser uma grande artista, eu quero mas não procuro. Sei que não vou ser, não tenho o cunho necessário, essa coisa do reconhecimento não é para mim porque me escondo aqui atrás.


    O branco


    Atendi um senhor que tinha a menina de um dos olhos em branco.
    Todos os dias somo experiências inusitadas e desconcertantes à minha vida...


    Resquícios de Natal II




    A dona Raqueline, aqui há uns tempos, achou muito caro os fechos no armário da cozinha, a colocação dos mesmos e mais o silicone e outras coisas. Disse, inclusive, que ganhávamos tanto como a filha que é médica.
    Ela terá razão, porventura. Eu cá não sei quanto ganha a filha da dona Raqueline. Mas será que a senhora doutora sabe que fechos colocar no armário da mãe e para mais, colocá-los?! Ná...!
    Recentemente a dona Raqueline tinha a fechadura da caixa do correio avariada. Afinal a mesma não estava avariada, apenas precisava de uma afinaçãozinha e não se lhe levou dinheiro.
    Mais recentemente ainda a dona Raqueline foi desejar um ano muito bom e agradecer muitíssimo a afinação da fechadura. O entusiasmo com que votava poderia dever-se à borla com que fora agraciada.


    A noite


    Dormi mal p'ra caraças! Chiça! O raio da noite não terminava! Naquele meio em que não se está a dormir, não se está acordado, não se está a adormecer, escrevi e escrevi e escrevi. Tudo mentalmente.
    Alguns dos posts seguintes foram criados nessas horas angustiantes em que não conseguia dormir. Hoje ainda lembro quais são os posts mas a minha esperança é que amanhã já não.


    quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

    Pontos resplandecentes de positividade


    Intodução

    Há tempos, para aí um ano, escrevi vários posts intitulados 'Pontos resplandecentes de positividade'. A ideia era arranjar assunto e escrever positivamente acerca do dia que passara. Tinha lido numa revista que é um bom exercício e podia conduzir à boa disposição. Ao menos conduz à sensação de estar bem disposta e hoje vou buscar a ideia a ver se faço um post alegre porque não estou. Pode ser que fique.
    Estou aqui rebuscando nas ainda tão frescas memórias deste dia à procura de qualquer coisa para escrever. Não foi um dia mau, primeiramente porque eu não quero deixar-me pensar que foi.
    O frio desajuda o aparecimento de coisas alegres, outras coisas que por ora não me interessa mencionar também desajudam grandemente mas vamos lá.



    Todas as mulheres deviam ouvir dois ou três homens conversar sobre cozinhados. É hilariante, por exemplo, a angustiosa indecisão acerca de que prato oferecer aos convidados no próximo Sábado. Expressa por um homem, uma queixa deste tipo é algo sublime de ouvir. Aquilo fica tão bem no ouvido... É música! Uma voz grossa indagando o que há no frigorífico, explorando os confins da memória a ver se lembra realmente o que lá há e que possa oferecer aos convivas... Eh pá, é muito engraçado!

    Ao almoço ele apontou para a travessa e disse-me: «Come o tomate.» e eu mandei-o comer ele. «Tu gostas!» insistiu ele e eu respondi: «Eu não gosto muito de tomate. O problemas até nem é dos tomates, é da falta de qualidade dos tomates que há para aí!». Só põe maldade nisto quem quer, claro. Não foi dito maliciosamente mas depois veio o pensamento e as gargalhadas e foi uma coisa assim para o agradável.
    O motivo que nos leva a rir é o de menos importância.

    Umas horas antes do episódio anterior tinha estado a atender um dos meus forncedores, que é alguém com tenho grande confiança e à-vontade mas que estranhamente não tuteio...
    Continuando, pedia-lhe um artigo que o há em várias cores e comecei a ver as faltas. Eu que tenho a mania de inventar palavras e que chamo conananja ao cor-de-laranja e que queria pedir que me fosse fornecido o artigo nessa cor e (já disse) que tenho confiança com o homem, pus-me nisto: «Mande-me o cona... o cona... o cona...» e não saía dali, gaguejava! No meio daquilo ele diz: «Temos todas as conas!»
    Outro motivo para rir.


    Acrescentando mais positivismo ao meu dia posso dizer que neste momento estou debaixo de tecto, tenho a barriga cheia, há comida para amanhã, tenho um carro ali em baixo cujo depósito para além de ar tem mais qualquer coisa e até tenho saúde, que a saúde é o de maior importância numa vida, que sem saúde nada tem piada numa vida... Bah! Tretas! Tivesse eu antes uma doença física daquelas em que não me levantasse da cama em vez desta tristeza toda.

    Ficou um post alegre?! Não, ? Melhor, muito melhor fora pôr aqui uma fotografia ou assim... Vou tratar disso!




    É o arco-íris que hoje de manhã apareceu sobre parte da cidade de Loures. Bonito e bem mais bonito ao vivo mas é o que se arranja.



    quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

    Resquícios de Natal




    - Ande cá.
    Bem-mandada que sou fui até à rua.
    - Está a ver aquelas árvores no cimo daquele prédio? Ali é o meu pátio, daqui até se vê o pai natal na janela, oh, está a ver? Aquela janela é a minha sala.
    Não respondi nada de conclusivo, limitei-me a acenar com a cabeça, já não vejo com muita distinção ao longe. O senhor era tão afável, tão admiravelmente descontraído que não quis melindrá-lo. Às vezes há pessoas a quem custa dizer não, mesmo nestas pequeninas coisas.
    A vida é adversa, custa muito saber como vivê-la. Custa tanto, tanto que nunca se sabe.

    Local e data da fotografia: Loures, 5 de Janeiro de 2010


    Sonhos


    Sonhei que estava num café, ou assim, e que ao sair tinha agarrado num telemóvel que não me pertencia, deixando lá o meu.
    Uma mulher ligou-me do meu telemóvel e eu atendi o dela pensando que era o meu. Reivindicava o que era seu e com razão. Tratámos de repor o seu às suas donas.
    Bem, aquilo deu uma trabalheira! Acordei cansada.

    Sonhei que encomendava desumidificadores. Também trabalho a dormir, se calhar o cansaço já vinha daí.


    Post Scriptum

    Já encomendei os desumidificadores, na realidade. A ver se não me aparece a encomenda a dobrar.


    O amor é


    O amor é ele destapá-la de noite quando se vira na cama, ela ficar enregelada por causa disso e ao acordar amá-lo mais intensamente ainda...
    O amor é incondicional enquanto não houver condições.


    Alento


    Tenho um alento novo! Que bom! Para além de se me ter chegado, finalmente, o tipo de escrita (leia-se parvoíce) que me tinha abandonado (veja-se a meia dúzia de posts anteriores, por favor), descobri uma coisa que me faz encher o peito de ar e saltar de júbilo. É que aquilo é mesmo bom! Que maravilha!
    É um alento bem-vindo porque estava precisada, assim como é um alento que muito alenta também pelo mesmo.


    Saúde


    Só se acredita que a saúde não está nas mãos (dos outros) até não se ser confrontado com os termos práticos da falta de saúde, o vulgo: faltar ao trabalho. A compreensão só vai até à ideia de que ninguém tem a saúde nas mãos. Ao depois da ideia... Nos termos práticos, quero eu dizer, ui! Está tudo estragado!


    Saldos


    Já lá andei enfiada , revolvendo aquilo tudo. Queria, e ainda quero, comprar umas calças e fiz uma descoberta triste: ao derredor todas as mulheres o têm igual ao meu, em tamanho. Não há calças do meu número nas lojas...


    Coisas


    Ele há coisas... ia dizer fantásticas mas não o são. Ele há coisas assim: uma senhora foi num pulinho à loja para comprar uma coisita de que precisava e, para o fazer, deu ao patrão a desculpa que ia beber café...

    Isto tem nome?!


    Lidar


    Quando não se acredita no que a(o) cliente diz, nem muito nem pouco, antes nada, a gente sempre pode dizer assim:

    «A senhora diz e eu ouço...»

    Já aprendi mais uma estratégia de lidação. Estamos a chamar mentirosa(o) a alguém que não dá por nada. É mauzinho mas é, também, a vida.


    A importância de um dia


    Hoje, 6 de Janeiro de 2010, escrevi no teclado do computador de luvas postas nas mãos e ainda para mais, molhadas. Podia ter morrido.


    Eu sei


    «Ah pois sei. Sei que não sei. Só sei que nada sei, diz o outro. Ah pois...Mas eu...! Eu cá já não sei nada.»


    terça-feira, 5 de janeiro de 2010

    Ando


    Ando chata.
    Ando triste e revoltada.
    Ando desolada.
    Ando muito aborrecida.
    É meu costume não mostrar isso nos meus posts. É meu costume tentar não mostrar, ao menos. Não que tenha medo de escrever o mal, não tenho. Antes tenho medo que os leitores vão embora. O que, no fundo, está relacionado com o post anterior – ninguém me aguenta.
    É esperado que a minha mente seja saudável, é o que dou a ver, eu até sou feliz, divertida, bem-disposta e isso mas, e escrevendo o tipo de post que tenho escrito vou, primeiro desiludir...
    (Oh… afinal a Gina é uma triste! Quer-se matar e tudo!)
    Depois afastar as pessoas...
    (Porra, chiça, vou mas é pirar-me daqui pra fora que esta é maluca! A gaja quer-se matar, pá!).
    A verdade... Cá está a porra da verdade...
    Não temo impressionar as pessoas, os leitores, o prazer de impressionar alguém positiva ou negativamente é fantástico! Eu não temo impressionar mas apenas à priori… porque à posteriori temo e tremo, o afastamento que provoco com esta minha maneira de ser e de escrever custa-me horrores.


    Morrer


    Agora sei o que é ter vontade de morrer. Estou triste, corro para o abraço e levo um pontapé. Uma vez e outra, uma vez e outra. Depois não suporto a vida.
    As pessoas têm dificuldade em lidar com o que digo e enxotam-me. Isso dói p'ra caraças. Ainda assim há uns momentos e umas pessoas que se mostram um bocadinho receptivas: 'diz lá e tal, vá' e depois conversam mas poucochinho. O que querem não é ajudar-me ou eliminar a minha tristeza, querem é esquecer que a minha dor lhes dói também a eles, querem que eu não fale sequer para não lhes doer. Eles não querem sofrer comigo, não têm essa paciência, o sofrimento dói que se farta. E eu fico sozinha, realmente sozinha. Não há saída, não há nada, não há ninguém.
    Quando não suporto a vida, como agora, tenho vontade de morrer. Eu não tenho vontade de me matar, tenho é vontade de morrer.
    Não peço desculpa pelo desabafo - peço desculpa por não pedir desculpa - o meu blogue está aqui à minha disposição. O terapeuta não sei quem é mas sei que a terapia é escrever.
    Escrever liberta e engrandece uma força que eu sei que tenho e que apenas lhe desconheço o nome.


    Post construído em duas partes e com um interregno no entremeio da primeira


    Primeira parte

    Conversar sobre o quê? As pessoas parvas conversam, ou simplesmente falam, do horário do sapateiro e da bola ou então do preço do euro (sim, era mesmo o preço do euro que eu queria dizer). Mais parvamente ainda temos o tão excessivamente falado estado do tempo. Fala-se muito acerca do tempo, muito mesmo. Fala-se porque não há nada pior que uma pessoa enfiada consigo mesma e não há nada melhor para não se parecer uma pessoa parva, que debitar ideias acerca da temperatura, da geada, dos trovões, da ribeira que vai cheia. Assim sempre se diz qualquer coisita.
    É aborrecido ouvir falar ou conversar com as pessoas parvas. Com as pessoas que dizem só qualquer coisita acerca do tempo. É desinteressante. Mesmo esmiuçando a coisa, aquilo não vai lá. Só vai, ou só sai, umas coisitas acerca do tempo.

    Interregno

    Veja-se a sondagem ali ao lado direito... É um bom exemplo de uma conversa acerca do tempo
    Se o post for lido ao depois da remoção da sondagem e em querendo ler, é favor clicar aqui . Obrigada, desde já.

    Mas há pessoas inteligentes. Pois há. E cultas. Há-as, pois. E essas conversam sobre o quê? Sobre o mesmo... Mas acrescentam assuntos deveras importantes e no entremeio inserem um vocábulo erudito aqui e outro ali, vocábulos daqueles que ninguém ouve durante o dia, daqueles que só saem da boca àquela hora que ninguém desconfia. E as pessoas, as parvas e até mesmo as inteligentes, ficam pasmas com o vocabulário mas não entendem nada da conversa. E depois vem o tédio - são tão chatas, essas pessoas inteligentes e cultas... Ui!...
    Posto isto, conversar sobre o quê? Não há muito mais a dizer, não passará disto: ouvir falar ou conversar são actividades para lá de aborrecidas.
    Entretanto, e está a parecer-me que o escrever também é como o conversar e como as cerejas, lembrei-me daquela senhora cuja filha tinha mudado de número de telefone. A mãe não estando em casa à altura do telefonema que a filha intentou a fim de dar-lhe a conhecer o novo número, deixou recado no voicemail. A filha, disse-me ao depois a mãe, explicou-se tão bem, tão bem na mensagem e usou palavras tão bonitas, tão bonitas que ela ouviu uma e outra vez para se deliciar. Já para perceber o recado, teve que pedir à vizinha para lho explicar...

    Segunda parte

    Eu, para não aborrecer o leitorado, não referi assim muitos assuntos sobre os quais as pessoas falam, isso não iria ficar-me nada bem. Convém que me distancie do que escrevo, assim como convém não criticar o que escrevo. Mas, teimosa e destemidamente, marimbando para o facto de o meu palavreado parecer aborrecido e misturando-me na conversa que apresento na primeira parte deste post, vou falar do tempo, ah pois vou, acrescentando que tem chovido tanto que me apercebi, e isto num repente, o profundo conhecimento que tenho acerca das poças que a chuva faz na minha rua. Percebo-as tão bem que podia fazer o percurso de algumas dezenas de metros (a calcular distâncias é que não sou lá muito destemida, por isso uso um número indefinido) às cegas molhando os pés tão poucochinho como se estivesse de olhos abertos.


    segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

    Post rebocado pelo anterior


    Em certa altura, no post anterior, escrevi: 'boa verdade'. Depois percebi que a boa verdade é uma mentira. A verdade não é boa, portanto. A verdade é sempre má e feia. Sempre. Ninguém a gosta. A verdade dói e não é pouco.
    Escrevi um post cheio de verdade. Ficou um post mau e feio como a verdade que escrevi.


    2009 --> 2010


    Têm-me perguntado se tenho planos para o ano novo. Digo que não. Já que não tenho, digo que não.
    O que quero mudar... não posso. O que devo mudar... não posso. Em vez disso fantasio as mudanças que quero fazer na minha vida. Estou a escrever no presente porque eu quero mudar... mas não posso. E é assim que vou vivendo: num mundo de fantasia, inerte e apática, porque é dessa maneira que aguento a tanta falta de liberdade que sinto.
    Não me venham dizer que a mudança está em mim. Não me venham dizer que fazemos aquilo que queremos e que grande parte do que fazemos, o fazemos por nós. Isso, neste momento, não passam de balelas de quem não sabe o que é a minha vida, de quem não sabe o que eu sei.
    Faço pouca coisa por mim. Em boa verdade, nem neste blogue eu escrevo o que quero. Mas, e ainda assim, é o único sítio do mundo, do meu mundo, onde posso dizer que a minha vida é uma grande merda e que a minha vida é assim porque quero mudá-la e não posso. Exactamente por isso.


    domingo, 3 de janeiro de 2010

    A bem da verdade...


    ... Que isto para a verdade também tem de haver um 'bem'....

    A bem da verdade o ano novo começa amanhã.

    A ordem


    Escreve aí!


    E a desordem:


    Escrevo o quê?

    Onde?

    Escreve tu!

    Escrevo mas é o caraças!


    Pedido


    Um pedido às meninas que servem café:

    Que nunca mais eu ouça ao depois de pedir o café um 'ok', ok?!


    Hoje houve passeio


    Ericeira



    Sobreiro









    Há mais fotos aqui!

    Retrospectiva


    A julgar pelos últimos quatro posts deste blogue, a sua autora é alguém:

    ... Que repara na roupa interior dos filhos e ainda se questiona como se isso fosse muito importante.

    ... Que se mostra feliz por receber comentários numa língua que desconhece.

    ... Que estranha o facto de algumas décadas não terem nome.

    ... Que se acha semelhante a um pau.


    Pau para toda a obra


    Ser 'pau para toda a obra' não é tão bom como o nome pode deixar parecer. Quando se é 'pau para toda a obra' nunca se é nada. O 'pau para toda a obra' é alguém que não se especializa, que nunca é muito bom em qualquer coisa.
    Não sei se estou a deixar parecer que sou um 'pau para toda a obra'...


    Décadas


    Como se apelidará a década passada e esta que agora se iniciou?! Acho que devia ser 'anos zero' para a primeira e 'anos dez' para a segunda.

    Que me lembre, nunca ouvi nenhuma referência às primeiras duas décadas de um século.


    Importância


    O meu blogue está tão importante...! Já recebe comentários em japonês e tudo...


    Mania?


    Os ricos filhos vestem sempre os pijamas desencontrados.
    Será desleixo ou mania?!


    sábado, 2 de janeiro de 2010

    O dia


    Hoje foi aquele dia. Morno e sem interesse. Fazendo uma retrospectiva ao dia, acho que o ponto alto foi quando chorei baba e ranho a ver um filme lamechas... Imagine-se o resto!


    Olá!


    Sou a árvore...



    ... Das três folhas.



    E estou em Loures.