Caminhava pelo meio da calçada vazia e a rua não tinha fim. Não há um fim para a minha rua. Acordei antes de lá chegar.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Rua deserta
Caminhava pelo meio da calçada vazia e a rua não tinha fim. Não há um fim para a minha rua. Acordei antes de lá chegar.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Continuidade
Este blog é parte da minha vida. Não vou conseguir acabar com ele!
- As mulheres muito inteligentes são perigosas... e capazes das maiores atrocidades.
- Sim - concordei - e em simultâneo capazes dos maiores sacrifícios enquanto mães.
- Porque isso lhes é imposto! - disse-me num tom de racionalidade convicta e abrupta. Um tom de voz muito próprio dos seres humanos do sexo masculino.
Discordei. Respondi que não era bem assim, o instinto protector que as mães sentem nem sempre nasce com elas e que, dando o meu exemplo que é o que melhor conheço, comigo só tinha desenvolvido depois de ser mãe. Não me foi imposto, eu queria ser mãe, mas o instinto não existia...
Reflexões num casamento
Num casamento há um magote de gente. As pessoas convivem entre si e manifestam-se despreocupadamente revelando os pontos principais da sua personalidade.
Lá, na festa de casamento, havia mulheres solteiras e/ou descomprometidas e havia as casadas e/ou comprometidas, algumas já com filhos. Umas quantas das mulheres que referi em primeiro lugar, revelavam já um forte instinto maternal pois não largavam as criancinhas, brincavam e estavam com elas, pareciam ter nascido para a maternidade.
Volkswagen Passat Variant 1600 Turbodiesel
O Passat foi o meu primeiro carro. Numa sexta-feira do mês de Janeiro de 1998 o Passat chegou aqui à praceta.
Em parte, devido ao acidente do Luís, houve necessidade de eu tirar a carta de condução. Pensei: "É agora ou nunca!" E lá fui. É por isso que digo que o Passat foi o meu primeiro carro, com ele é que eu aprendi a conduzir.
Lembro-me muito bem da insegurança causada pela inexperiência e do pavor que era cruzar-me com outros carros. Por outro lado... habituei-me que foi um instante! Oh...! E para apreender a estacionar um carro tão comprido...? Que horror...!!! Adiante.
Naquela data, o rico filho tinha três anos e referia com frequência que o pai tinha tido um axidente misturando na conversa o carro novo. A rica filha tinha seis anos e, por sua vez, tagarelava (olha quem para tagarelar!) acerca do carro novo e assim.
Durante dois anos não conduzi muito por não haver grande necessidade disso e, para ser muito sincera, chateava-me conduzir com o maridão ao meu lado. Eh pá... era assim como que... problemático!
Em 2000 o rico filho entrou para a escola onde já andava a rica filha e, não havendo vaga para ele no A.T.L. que ela já frequentava e como eu já possuía carta de condução, resolvi que passaria eu própria a ir buscar os ricos filhos à escola à hora do almoço e regressaria ao trabalho depois do almoço levando-os comigo. Tive esta facilidade porque tenho como patrão o avô paterno dos meus filhos e assim, ainda tinha a vantagem de os meninos, às vezes, ficarem em casa da avó paterna da parte da tarde.
No início, não se pode dizer que tenha sido fácil mas uns meses depois comecei a ficar com o bichinho da condução e a ter a mania que sabia conduzir - como acelerar em vez de parar ao avistar um sinal amarelo e a usar a caixa para fazer as curvas sem travar, pisar traços contínuos, por exemplo. Hoje, verifico que tinha mesmo a mania que sabia conduzir...
Os anos passaram e o Passat começou a ficar velhote e com problemas de várias ordens. No entanto, havia facilidade em arranjá-lo - o Luís percebia daquilo e lá se ia compondo a coisa. Tive que lidar com algumas situações de emergência e hoje sei que não há nada melhor para desemburrar do que um carro velho e a cair de podre.
Mas a coisa piorou - em Julho de 2005 quem teve um acidente fui eu. Nada me aconteceu mas o Passat que já acusava velhice profunda, piorou... o arranjo seria dispendioso demais levando em conta a idade do carro (em 2005 contava 15 anos) e então decidimos comprar outro do qual falarei posteriormente.
Já referi no início deste texto que este foi o meu primeiro carro e assim sendo, há coisas que não esquecerei. Seguidamente surgirá uma lista dos podres do Passat:
- o pedal da embraiagem ficava colado lá em baixo havendo, por isso, necessidade de o puxar para cima com a ponta do sapato
- por causa desse desgaste era muitas vezes difícil engatar a primeira mudança
- houve uma altura em que não era necessário rodar a chave na ignição, o Luís improvisou um botão para fazer uma ligação directa, era assim que se punha o Passat a trabalhar - carregava-se no botão
- a tampa da mala não se segurava lá em cima, era uma diversão colocar vários sacos ou qualquer outra coisa lá dentro, além de que levei com ela na tola algumas vezes
- para desligar o limpa pára-brisas tinha que ser com ele num determinado sítio senão ficava a meio do percurso dificultando assim a visibilidade
- se chovesse entrava água lá para dentro
E agora seguem-se as fotos:
Quer a foto de cima quer a foto de baixo, não sei onde foram tiradas... mas sei que foram tiradas quando andávamos por aí em férias. Já estou naquela altura da vida em que as férias se confundem com os anos...
A foto de baixo foi tirada da minha varanda. Fui eu que a tirei três dias antes de ficarmos sem o Passat para ficar como recordação... Na foto aparece a data - 28 de Agosto de 2005. Três dias depois iríamos buscar o...!
daqui a uns tempos saberás!!!
terça-feira, 29 de julho de 2008
Assunto: Férias
Hipocrisia é...:
Aqui o tema surgiu em código.
- Olhe... tem serpentinas...? Aquilo que se põe dentro d' água p´ra aquecer?
Respondo:
- Aquecedores de imersão. Tenho, sim.
Penso:
"Serpentinas, aquilo? Ok...!"
- Isso! Só queria saber o preço...
Respondo:
- São ** euros.
Penso:
"Ai é tão caro..."
- Ah... é muito caro... desculpe... desculpe...
Respondo:
- Não tem importância.
Penso:
"Vai à merda e pelo caminho aquece a água aos bochechos dentro da boca! É muito mais barato..."
Ou pior ainda...:
E aqui o tema era fechaduras.
- Só tem destas? A que eu tenho lá não é assim, não tem isto...
Respondo:
- Estas têm a vantagem de serem reguláveis. Por isso vão dar.
Penso:
"Já 'tou a ver que és previsível... e não vais levar isto... certo?"
- Atão não tem das outras? Mas devia ter...
Respondo:
- Pois devia. Agora vendia, não era? Estas também lhe servem. São reguláveis, só precisa de fazer deslizar o canhão.
Penso:
"Chiça qu' é burro!!! Deve ser preciso fazer um desenho!!!"
- Não. Não vou levar.
Respondo:
- Ok.
Penso:
"A sério!? Que novidade!!! O que eu cá devia ter p'ra vender era baldes de paciência para te aturar. Já agora, aproveita e vai à merda, sim?"
Desafio
Tive que pensar um bom bocado, puxar pela cabeça. À partida, não me lembrei de nada, talvez por ser uma pessoa sem grandes ambições. Ainda assim, de tanto pensar, lá cheguei às oito coisinhas...
8 coisinhas para fazer antes de morrer:
as coisinhas atingíveis:
- adquirir o 12º ano de escolaridade
- revisitar Paris
- mudar de profissão
- ser sempre feliz... até morrer!
as coisinhas utópicas:
- conduzir um Ferrari
- pintar um quadro
- escrever um livro
- fazer um cruzeiro, estar no alto mar julgo ser o auge dessa viagem
Achei por bem separar as oito coisinhas em dois grupos. O segundo grupo dificilmente será executado... mas como não conheço o futuro, se calhar antes de morrer, ainda digo qualquer coisinha...
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Elas, as ideias, passaram todas por mim mais uma vez enquanto dormia esta noite, impedindo-me de descansar. Acordei e, já acordada, as ideias não abalaram... o dia passou e as ideias desfilaram vezes sem conta à minha frente, pareciam bonequinhos coloridos zombando da minha natureza.
Martírio desnecessário, este. Por cima de tudo isto, ainda é vão...
Tenho que esquecer - esquecer as ideias, esquecer o martírio, esquecer os bonequinhos coloridos, esquecer a minha natureza... que hoje não suporto.
Quis escrever para esquecer e descobri mais uma impossibilidade.
Hoje, a esfera onde vivo não me entontece.
domingo, 27 de julho de 2008
Só "Gina"
sábado, 26 de julho de 2008
... assim como para...
Latinha de tinta
Na mão segurava uma latinha de tinta de esmalte de dezasseis mililitros que sacudia tentando ouvir o sussurro da lata quando esta lhe dissesse se a tinta chegaria.
(Aqui deixo um pequeno à parte: eu vendo latinhas cuja tinta sussurra mediante a velocidade com que são sacudidas... e também tenho daquelas que assobiam mas são caríssimas...!)
- Se não chegar vem cá buscar outra - disse eu - não gosta de cá vir?
Olhou para mim e rapidamente baixou o olhar.
- Gosto - falou devagar, já com o olhar pousado na latinha de tinta ainda muda.
- Então, assim vem cá outra vez. Até lhe serve de passeio.
- Pois...
Gosto de provocar as pessoas. Gosto, gosto. E qualquer dia lixo-me. Ai lixo, lixo. Mas ainda não foi hoje.
O sítio
- Não - imediatamente pensei que devia ter-lhe dito que sim, estava tudo bem.
Bebíamos café. Entre um golo e outro percebi que a conversa não ia ficar por ali. Arrependida, pensei:
"Mas porque raio é que fui responder daquela maneira?"
Desejo de anunciar como me sinto, numa tentativa de desabafar, certamente.
- Pois é, pois é... - disse ele.
"Que merda!!! Queres ver que agora vou-me desmanchar a chorar aqui ao pé do homem? Porra para mim e mais ao meu feitio de caca! Quem me manda a mim ser tão transparente? Chiça!!!"
Ele viu e percebeu o que ia acontecer. Felizmente teve a sensibilidade necessária para mudar de assunto.
- Então e os miúdos? Passaram de ano?
Senti um alívio enorme e continuei a falar normalmente com ele.
Há dias em que as coisas me correm muito menos bem do que eu queria e às vezes tenho que desanuviar de alguma maneira. Falar com alguém acerca dos ricos filhos é uma boa maneira de esquecer o sítio onde estou.
Sem riso e muito siso
Olhei-a mais atentamente. Era suposto ser bonita mas não era... tal era o esforço para não sorrir e concentrar-se em não deixar transparecer fraqueza alguma, não fossem os utentes, todos eles velhos e doentes excederem-se no uso da confiança, se demonstrada.
Apesar de achar esta postura demasiado tensa e reprimida para quem lida com público, consigo compreender quem a tem. É um pulinho de tempo o que vai de um sorriso ao excesso de confiança. Sei muito bem, até demasiado bem, do que falo.
Minutos depois, estava já eu muito próxima de ser atendida e por isso estava numa sala diferente. Ela passou com uma garrafinha de iogurte líquido na mão - ia lanchar. Sorriu para mim.
"Ah...! Afinal tu sorris...! E ficas bonita. Bem me parecia que havias de ser bonita..."
Fiquei toda contente - menos uma caramela sisuda.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Catorze anos!!!
Título:
André Luís
Apresentação:
Este é o post comemorativo do décimo quarto aniversário do rico filho.
Este ano decidi registar o aniversário dos ricos filhos contando a história que gira à volta dos nomes que escolhi(emos) para eles.
História:
O Luís sempre quis que um dia quando tivesse um filho varão, este se chamasse como ele próprio - Luís Manuel. Nunca gostei da ideia e nunca a apoiei, porque sempre achei que me bastava um Luís para aturar mas... ele tinha esse gosto e eu não queria desapontá-lo nem queria que ele vivesse com esse desgosto.
Por isso, durante a gravidez, chegámos a um consenso - se o bebé nascesse menino um dos nomes próprios seria Luís e já que a ideia me desagradava, eu escolheria o outro nome próprio que se poria ao menino.
Durante uns tempos andei indecisa entre Miguel e André mas por fim lá me decidi e escolhi André, é um nome agradável, fácil e rápido de se dizer.
Entretanto, outra questão se punha - Luís André ou André Luís? À partida, era muito mais giro Luís André pois André Luís parecia-me estar virado do avesso. Estava eu mais inclinada ao conjunto Luís André quando, em conversa com uma das minhas cunhadas, ela me aconselhou vivamente o nome avessado. Se não me agradava a "ideia Luís" então que não pusesse esse nome em primeiro lugar pois assim toda a gente iria acabar por lhe chamar Luís... André Luís era, de facto, estranho mas depressa me habituaria e para além disso a ordem era invulgar por parecer inversa e era por isso que ficava um nome giro, disse-me ela. Analisei a ideia e concordei.
E assim, se pôs o nome André Luís ao menino que nasceu há catorze anos atrás, exactamente à hora a que publico este post: sete horas e quarenta e cinco minutos da manhã. E ao som de música clássica, o André Luís emitiu o seu primeiro choro... mais viriam - era terrível...!
Notas:
· O rico filho, por não ser o primogénito, tem um nome anterior à sua existência. Se a mana, que é cerca de três anos mais velha, tivesse nascido menino era ela que se chamava André Luís. Ou ele, nesse caso. E talvez eu não contasse esta história, talvez contasse outra...
· Se o rico filho tivesse nascido menina hoje chamar-se-ia Rute Maria. Actualmente rimo-nos todos quando algum de nós lembra este facto mas na altura gostávamos do nome...
· O André Luís gosta de ser André mas não gosta de ser Luís... concorda com a mãezinha dele, meu querido filho!
· Actualmente o André é assim como se vê na foto. Dá uma trabalheira danada fotografá-lo. Vá lá... a mana lá conseguiu esta foto enviesada...!
quinta-feira, 24 de julho de 2008
O senhor engenheiro...
Eis a questão
E agora vou falar de trabalho
Na sala de cinema
*eu
terça-feira, 22 de julho de 2008
Escrevo para esquecer e esqueço aquilo que escrevi
Ao fim de algum tempo dispensei a timidez - os familiares e amigos a quem revelei a existência do meu blog e convidei a ler as minhas histórias, não vieram mais do que uma vez.*
Depois que abalou de mim alguma da frustração que sentia, começou a saber-me muito bem, assim existia uma liberdade que de outro modo não existiria. Apercebi-me disso e vi o lado positivo da questão, virei-me do avesso. Comecei a sentir exactamente o inverso - era muito agradável que não viesse aqui ninguém que penetrasse dentro do meu olhar e conhecesse o tom da minha voz. Afinal de contas, não vinha cá ninguém impor o manual dos bons costumes nem discordar do meu comportamento nem oferecer-se para me ajudar a portar-me benzinho. Apeteceu-me escrever "merda", "porra", "puta" e outras palavras comichosas e peçonhentas e... escrevi! Apeteceu-me escrever que me sinto mal com a minha profissão, que faço comidas insípidas, que não gosto disto ou daquilo, que os homens pensam com a pila, que estou triste, que estou esfuziante de alegria porque vou de férias e... escrevi! A linha que delimita até onde posso ir afastou-se de mim, instigando-me a alcançá-la. Nessa tentativa estiquei-me tanto que me revelei loucamente. Não recuei. Não recuarei.
Na verdade, quando iniciei esta actividade ignorava a existência da loucura que há na liberdade de manifestar o que penso perante o mundo inteiro. Num processo gradual, que ainda hoje gradua, dei largas à imaginação, deixei-me dominar pela dita loucura ignorada até então e deu nisto que hoje se lê por aqui e que me faz voar o pensamento nem sei muito bem por onde mas sei que quero sempre escrever tudo aquilo que vejo, ouço ou sinto. Desenho a minha loucura com as palavras. Isso, sei eu.
Não acho que a minha escrita seja de baixa estirpe, embora não a classifique pela qualidade nem pretendo escrever pela qualidade. Normalmente classifico, ou qualifico, a minha escrita pelo prazer e pela intensidade com que escrevo. É nesse ponto que quero trabalhá-la.
Mas... (há sempre um "mas", não é verdade?) todas as coisas têm um lado bom e um lado mau. Acabei de explanar porque acho bom que não se saiba porque escrevo e o que escrevo mas, enquanto escrevo estas linhas, não me sai da cabeça que, assim, as pessoas que sabem de que cor são os meus olhos e que já ouviram a entoação que dou à minha voz, nunca saberão o grau de inteligência que possuo. Este é o lado mau desta questão. Não vou explaná-lo. Hoje não.
A vida é como uma esfera de grandes dimensões, lisinha e sem planícies ou sombras onde repousar. Viver é estonteante. Eu, por mim, gosto muito de me sentir tonta. E tu?
*Hoje, há excepções. Há quem conheça a Gina pessoalmente e, inclusive, interaja com ela em campos diferentes e venha aqui ler isto... Não posso deixar de referir que isso é muito prazeiroso.
domingo, 20 de julho de 2008
As palavras
sábado, 19 de julho de 2008
- Olá, boa tarde! - cumprimentei - Isto hoje está um bocadinho cheio... - disse eu em jeito de desculpa.
- Vai descer?
- Sim.
- Oh, então deixe estar. Está muito cheio!
A Dona Antónia
Depois, falou de si. Contou-me numa voz com um acentuado sotaque espanhol o que fez nos últimos dias - a doença, o que andou, o autocarro que não chegava, o cabelo, a comida, as amigas, os papeis na Embaixada Espanhola, a conta da luz e do telefone, que não deixa uma luz acesa, as novelas da TV, a roupa para lavar à mão, os manos e as manas lá em Espanha, os bolos que sempre deixa para os meus meninos...
A Dona Antónia só fala de si, tem um coração tão puro...! É alguém que possui uma nitidez de sentimentos que eu invejo. E é tão fácil gostar da Dona Antónia...! A Dona Antónia é tão pura, tão simples e tão nítida que é difícil elaborar um texto acerca dela...
Enumere dois objectos incompatíveis:
Pequenas questões dirigidas aos ricos filhos:
Adenda:
Questão propositadamente escrita desta maneira para criar um contraste tão grande que ficará um abismo maior do que aquele que realmente existe entre as gerações. Assim acentuei a distância.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Serei mesmo parva ou quero demonstrar que o não sou escrevendo? Ou por outra, quero demonstrar que sou e venha quem ou o que vier e logo se vê? Parva e aguerrida... assim já sou mais qualquer coisa.
Há sempre uma grande dose de prazer nas certezas da parvoíce. Não se liga aos parvos e assim, esses, os parvos, poderão fazer as parvoíces todas sem que tenham que prestar contas. Sinto que esse prazer me transmite esta certeza - ninguém me vai dar importância. Nem é preciso guerrear.
E eu vou escrevendo parvidades dispensando guerras.
elevadores e assim
mesmo quando o elevador exibe orgulhosamente um nome, esse nome é "Fortis" e o dito elevador pertence ao que de mais avançado existia nestas lides de elevação para aí nos anos trinta, eu, Gina Maria (e mais nomes meus não escrevo) tenho cagufa de ser elevada ou descida naquilo...
desenvolvimento assustado:
aquilo range por todos os lados, vê-se os cabos subir e descer, o que me faz logo pensar "bolas...! e se esta porra parte quando eu for ali dentro...?", tem um espelho inútil pois a luz dentro da cabine é muito fraquinha e quase não dá para ver os botões que indicam os andares nem sequer consigo saber quão formosa sou por não me ver reflectida no dito espelho nem nada, possui duas portas de correr tipo lagarta que se não me ponho a pau ainda me entalo naquilo, e é preciso fazer cá uma força para movê-las...! e pensando bem... duas portas para quê...? era mesmo preciso serem duas...? seriam as normas de segurança da altura que assim o exigiam...? se é, então comigo não funciona pois como já se verificou através deste post, segura dentro daquilo é que não me sinto...!
conclusão e questão:
a que se deve, então, o nome "Fortis" se não aparenta robustez nenhuma...?
quarta-feira, 16 de julho de 2008
post scriptum:
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Já há algum tempo que não me saía uma destas:
- De chaves, posso falar contigo?
- Pode falar comigo acerca daquilo que quiser. Desembuche que eu logo lhe digo se pode continuar ou não...
Mas porque é que esta porra desta vida é tão chata, pá?!
- Mais ou menos* - respondi.
- Então também não baptizaste os teus filhos, 'tá visto...! - exclamou ele - Claro...! São crianças...! Não sabem e tal...! - rematou com escárnio.
Nem bom dia nem olá nem vontade de ouvir qualquer resposta, apesar das questões apresentadas. Apenas a vontade de despejar a raiva e o desprezo juntamente com disposição à farta para escarnecer das minhas atitudes e das minhas convicções. Respondi-lhe sem calma alguma, confesso, que se não sou católica não baptizei os meus filhos na igreja católica, obviamente.
Este "quê" religioso (este e outros) há-de existir sempre na minha vida. Dei a cara, manifestei-me e é por isso que sou chamada à atenção por quem não segue sequer as regras da boa educação quanto mais os ensinamentos bíblicos. Há quem exija e desdenhe querendo demonstrar uma vida idónea e irrepreensível esquecendo com frequência o amor cristão que tanto apregoam.
*Esta resposta desprovida de convicção e estabilidade deve-se ao facto de eu hoje não frequentar assiduamente nenhuma igreja nem fazer por seguir a doutrina em que fui ensinada. Foi por isso que respondi "mais ou menos" e não "sim" ou "não".
Em tempos frequentei uma igreja assiduamente e, fazendo o melhor que sabia, segui uma doutrina. Hoje não é assim. No entanto, a doutrina está enraizada na minha personalidade e nem faço por removê-la. Está cá e eu quero deixá-la estar.
Aqui pelo meu blog já figuram vários textos onde menciono o que acabei de relatar no parágrafo acima deste. Normalmente não desenvolvo muito este assunto, paro quando acho que vou divulgar nomes ou atitudes de pessoas de quem gosto e a quem muito prezo. Não me sinto com liberdade para escrever contra os meus próprios princípios. Para tal, teria que ser muitíssimo mais louca do que sou...
domingo, 13 de julho de 2008
Pensando
Arrepiada
Viciada
Uma verdade
sábado, 12 de julho de 2008
A festa
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Do dia 11 de Julho de 1968 ao dia 11 de Julho de 2008 há uma distância de 40 anos. Hoje, é essa a minha idade...
- - Parabéns!... Velhinha!... hehehehehe!... (disse a rica filha assim que acordou)
- - Hoje o galão tem que ser fraquinho porque tu és pequenina e podes não aguentar... (disse o marido, divertido)
- - Parabéns. (disse o rico filho mas teve que ser lembrado)
- - Olha filha!... Agora já és quarentona!... (esta só podia vir da minha mãe...)
- - Aos quarenta já se sabe muita coisa... (e esta só poderia sair da boca do meu pai)
- - Então, já mudaste a fraldinha? (disse a amiga que não se esqueceu)
- - Quero dar-lhe as boas-vindas à casa que eu já deixei. (disse o amigo que está no "enta" a seguir ao meu e que também não se esqueceu)
Obrigada a todos eles. E a quem comentou o post anterior também. Aqui ficam as respostas.
Vera: A frase que referiste é batida mas muito verdadeira. Nunca fui tão "velha" como agora nem tão "jovem" ao mesmo tempo. Foi por isso que me saiu aquela frase estranha...:)
Nandokas: Obrigada! És muito simpático, mesmo! :)
Redonda: Obrigada pelas palavras. Realmente o que importa é que os dias, muitos ou poucos, sejam bons. :)
Thunderlady: Obrigada! Queres que te conte um segredo? Aí vai: nunca me portei tão mal como agora...
Space Flyer: Acerca dos quarenta: até nem ligo muito. Outros "entas" virão e eu quero ver se tenho sabedoria para os saber aproveitar todos.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Tempo
Desafio top 3
Não quis escolhê-los pelo mérito ou pela qualidade porque nem sequer me atreveria a usar como escolha tais critérios. Então decidi fazer a escolha pelo prazer que tive em escrever alguns dos textos que vagueiam por este espaço virtual. Mais haveriam... mas como quanto mais procurava mais me confundia e mais indecisa ficava, fiquei-me assim... como irás ler de seguida, espero eu.
Tenho o PC, as mãos, os olhos e o tempo à minha disposição mas não sei que hei-de escrever, faltam as palavras. E as palavras são o que não pode faltar para escrever... Se calhar tenho a cabeça "varrida" porque acordei há pouco mais de uma hora... não chega ideia nenhuma porque não tenho todos os sentidos despertos.
(pausa para café e procura de algo que já anteriormente tenha escrito no caderno dos desabafos)
Encontrei isto:
" Lisboa, 10 de Outubro de 2007
Ora aqui estou eu no Ginásio à espera do Luís.
Tenho que escrever no blog algumas coisas referentes ao post publicado ontem. Tenho que lá escrever que há coisas na minha profissão de que eu até gosto mas que, de uma maneira geral, não gosto da minha profissão. Também tenho que escrever lá que sei perfeitamente que todas as profissões têm tarefas que não dão prazer. Eu escrevi e publiquei aquele post para tornar mais leve a minha vida profissional, tentei dar uma ideia de como pode ser divertida e se calhar não foi essa a ideia que transmiti...
O "tal" professor anda aqui a arrumar as máquinas e pondo os pesos no sítio uma vez que o Ginásio está quase a fechar. Acho que reparou e se admirou de me ver a escrever. Por acaso este moçoilo tem montes de piada... ainda bem que não sabe que eu já escrevi acerca dele e que ainda por cima publiquei na Internet um texto onde faço menção à sua pessoa.
Mais pessoas reparam que estou a escrever: o recepcionista, outros professores e alguns utentes do Ginásio. Quase todos eles fazem um esgar de surpresa ao verificar que escrevo. Será que sabem que estou a escrever ao acaso, que escrevo o que me passa pela cabeça num diário? Se calhar pensam que isto é um rascunho porque sou jornalista ou professora. Nesse caso seria muito pobrezinha, sem PC portátil e escrevendo à mão num caderno...
Possivelmente pensarão: 'ui... um diário... contém segredos, recantos escondidos... onde ela escreve intimidades vividas ilicitamente... ui... os seus mais íntimos desejos...'
E eu penso que alguns dos meus desejos são ocultos até para mim... ui... tenho que os explorar melhor... ui..."
Sentada na minha cama, vasculhava uma caixa onde guardo cadernos e folhas cheios de frases escritas que contam o que me passa pela cabeça. Algumas dessas frases são demasiado íntimas para publicar, mas nem todas. Por isso, andava em busca de algo que pudesse publicar no meu blog.
Também sentada e de costas para mim, estava a minha filha a teclar no P.C. A certa altura olha para mim e vê-me rodeada de papeis e cadernos. Sabendo muito bem o que é aquilo, diz com um ar maroto e carregadinho de curiosidade:
- Quando morreres vou ler isso tudo...
- Não me fará diferença nenhuma, não vou estar cá para ver - respondo de imediato sorrindo-lhe de volta. Tomei consciência das palavras que eu própria dissera porque de repente o olhar dela assumiu laivos de tristeza. Presumiu que vai haver um dia em que eu já não vou estar presente na vida dela.
- Mãe... não morras, está bem?
- Se eu pudesse não morreria nunca... - disse eu. De seguida pensei: " Só para não ficares triste..."
- Como se chama? - perguntou-me o senhor da transportadora para cumprir as regras habituais. A pergunta foi feita porque tem que ficar o registo de quem recebeu a encomenda. E eu respondi:
- Gina - passou imediatamente algo pelo meu pensamento. Passou tão rápido que nem sei descrever. O senhor sorriu, agradeceu e despediu-se.
Por coincidência, no dia seguinte havia outra encomenda da mesma transportadora. Curiosamente quem a veio entregar foi o mesmo senhor. Novamente ouvi a pergunta:
- Como se chama?
- Gina - disse eu sorrindo e olhando bem para ele, ao mesmo tempo que tentava adivinhar o seu pensamento, ou se calhar adivinhando-o mesmo.... Desta vez, o que me passou pelo pensamento eu sei descrever.
Possivelmente o homem sorriu maliciosamente porque se lembrou da revista "Gina" e eu correspondi ao sorriso com cumplicidade e algum sentimento de resignação porque naquele momento tive a certeza do que ele estava a pensar. Não fiz, nem costumo fazer, nenhum tipo de comentário quando assisto a cenas deste género. Apenas me preparo de armas e bagagens para o que quer que venha a ouvir...
Ao longo da minha vida tenho reparado que algumas vezes o meu nome dá nas vistas particularmente aos elementos do sexo masculino por causa da tal revista. Na adolescência era algo do género: "Chamas-te Gina? Como aquela revista das mulheres nuas?" Naquela altura, esta questão era feita com um misto de surpresa e entusiasmo pelo que o nome "Gina" os fazia lembrar. Confesso que comecei a ouvir estas perguntas antes mesmo de saber da existência da famosa revista, até que um dia a vi exposta num quiosque. Na capa só se via uma mulher da cintura para cima de mamas ao léu. Lembro-me de achar piada ao facto de existir uma revista com o meu nome, mesmo que fosse uma revista pornográfica. Não fazia mal nenhum... até era giro...
O meu nome é também frequentemente ligado à prostituição. Ou seja... (desculpa lá mas vai mesmo a seco) é nome de puta. E para além disso faz lembrar vagina e tal... e isso também não faz mal nenhum... quero lá saber! Até é giro... e sugestivo e tal...
Mas continuando, passaram alguns anos e a pergunta manteve-se mas muito mais esporadicamente. Hoje em dia ainda ouço: "Gina? Não é..." Normalmente não deixo acabar a frase e atiro logo um sério e pausado:"Sim... como a revista..."
Com a vida aprende-se (e eu aprendi muito bem, diga-se) a aceitar as situações que não se podem modificar. Aprendi a aceitar e esperar o impacto que o meu nome causa aos homens por causa da revista "Gina" e não só. Em vez de baixar o olhar pelo constrangimento que me causa ver a malícia nos olhares masculinos, ou ainda, algumas palavras libidinosas, dou a volta à situação e enfrento-os com o meu destemido e aguerrido olhar que quando eu quero, deixa transparecer algo assim:
- Q ' é q ' foi ó borrego?... Dói-te alguma coisinha?...
Enfim... o meu nome é G I N A!!!... OK???... Algum problema?... Não, pois não?... Bem me parecia...
Volta sempre.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Burro velho não se assusta
- Bem... já é a segunda vez que o senhor me assusta hoje!...
- É bom sinal... diz que os burros velhos não se assustam. Não têm força!... Assim, é sinal que é nova!...
"Prontus... 'tá bem!..." pensei eu.
Mais um gajo das obras simpático na medida três quartos de polegada e com charme a medir polegada e meia... para aí...
- Eu normalmente não falo muito - respondi.
- ...
Tomando como mote a frase "quem cala consente" só posso perceber que pela última "fala" ele concordou em pleno com o que eu dissera.
Que lentidão!
*A VaGina. Não é óbvio? Não, não é. Mas cheguei lá.
domingo, 6 de julho de 2008
Ser uma miúda normal
Conversas no Messenger (por sinal, interessantíssimas...)
A malta cá de casa é tão evoluída... até já temos PC portátil... e como estamos sempre muito distantes uns dos outros, separam-nos para aí uns quê?... dois metros e meio mais ou menos... e até somos todos mudos e coxos, conversamos através do Messenger...
Conversando com o rico filho durante aproximadamente três minutos:
(22:28) André: ola mae
(22:28) Gina: hehehehe
(22:28) Gina: este "heheheh" é mêmo à cota, né?
(22:28) André: n
(22:28) André: mas os acentos sim
(22:29) Gina:ohhhhh
(22:29) Gina: atão tem que se escrever sem acentos, é?
(22:29) André: ya
(22:31) Gina: oquei...
(22:31) André: isso e a liceu
(22:31) Gina: ai É???????????????
(22:31) André: ya
Conversando com a rica filha durante aproximadamente nove minutos:
(18:12) Lala: olha a minha mae xD
(18:12) Gina: nha nha nha nha!!!!
(18:12) Lala: LOL
(18:12) Gina: ia mesmo agora meter-me contigo!
(18:12) Lala: nao queres vir pa este pc?
(18:12) Gina: nop
(18:12) Lala: eq eu quero jogar sims...
(18:12) Gina: ok então....anda lá
(18:13) Lala: eq tipo, vou pra geraçao 3.
(18:13) Lala: LOL
(18:13) Lala: pera ai, vou-me vestir antesq eles cheguem e os tnha de cumprimentar de pijama.
(18:13) Gina: ok
(18:14) Lala: deves.
(18:15) Gina: devo xençar!?
(18:15) Lala: yaaa
(18:15) Gina: ok
(18:15) Lala: ha mil anos q nao dizia isso
(18:15) Gina: esta mioleira não pára...
(18:15) Lala: a tua ou a minha ?
(18:16) Gina: referia-me à minha mas a tua é igualinha
(18:16) Lala: ah pronto
(18:16) Lala: eu eq sou convencida
(18:16) Lala: acho q e td pa mim --.
(18:16) Lala: ps: este smile: --'. eq e o verdadeiro smile moderno. xD
(18:17) Gina: ah.... isso é sorrir?
(18:17) Gina: eu pensava que era assim como que pró triste
(18:17) Lala: naoo. -> -.-' e tipo embaraçado.
(18:17) Lala: mas eu uso isso pra td
(18:17) Gina: pois eu já visso no meu blog
(18:18) Lala: lol, ya.
(18:18) Lala: e um smile mm da moda
(18:18) Gina:eu já não uso aquele à cota
(18:18) Lala: fazes bem
(18:18) Lala: as pessoas nao gostam de narizes. LOL
(18:19) Gina:achei que era melhor até porque assim carrega-se em menos uma tecla
(18:19) Gina: logo... poupa-se tempo
(18:19) Lala: tempo e dinheiro xD
(18:19) Gina: então e sempre queres vir para aqui?
(18:19) Lala: quero, toume a vestir.
(18:19) Gina: ok
(18:21) Gina: vou desligar
Grafologia
Falta de atenção e desorganização mas também tolerância e grande versatilidade.
· Inclinação da palavra-> Inclinação ascendente
Entusiasmo e optimismo.
· Tamanho da caligrafia -> Caligrafia pequena
Criatividade e um profundo sentido de detalhe, com uma certa falta de segurança e ambição. Em geral estas pessoas adaptam-se facilmente a qualquer ambiente mas são muito modestas e reservadas.
· Forma da letra -> Letras amplas ou largas
Revelam uma natureza ostensiva, egoísmo, orgulho e um grande desejo de viajar.
Independência, estabilidade e frieza de raciocínio. Embora possam ser emocionalmente intensas estas pessoas contêm facilmente os seus impulsos. Demonstram um bom poder de auto-controlo em situações de crise, podendo facilmente ser merecedoras de confiança. Em geral, são óptimos administradores e ocupam cargos de elevada responsabilidade.
· Aparência -> Escrita redonda
É, normalmente, produzida por pessoas simpáticas e afectuosas.
Bem... olhando abruptamente para isto não me parece que eu seja assim.Mas... olhando demoradamente e analisando sem romantismo e com pragmatismo, encontrei-me naquelas designações todas.
Em baixo a minha letra...
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Um chão de prata
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Balconista...
... é uma palavra que designa profissionalmente alguém que está por trás de um balcão atendendo o público e o que se espera é que venda qualquer coisinha quanto mais não seja o mínimo para que se consiga subsistir neste mundo mas também é verdade que não existe outro mundo e é por isso que o melhor é fazer-se o que se pode neste.
Ufa! Até 'tou cansada!... E esquecida do assunto... Ah!... era acerca da palavra balconista. Pois é verdade que o nome que arranjaram a estes profissionais dá para os dois sexos - são só dois, não é? - para que as balconistas e os balconistas não se zanguem. Não se quer tal classe trabalhadora aborrecida seja com aquilo que for porque depois ainda se enganavam nas contas e a clientela ficaria a perder com os erros e os enganos de semelhantes espécimes. Sim, porque não haver enganos, principalmente da parte de quem atura um público chato, mesquinho, destituído de educação e de inteligência, é muito importante!... A clientela não tem nada que andar a encher o cu a gulosos!... Isso é que era bom!... Enganam-se propositadamente, levam o couro, o cabelo, as unhas e as pestanas!... Que avarentos são!... Ladrões!...
Já não me lembro o que é que estava a escrever outra vez... Ah!... Devaneava acerca da palavra balconista.
Mas ainda assim, não se deixa de ser bal-conista de uma hora para a outra. Eh pá!... É-se bal-conista, pronto!... E entretando uma dúvida me apareceu: poder-se-ia, por ventura, arranjar outra palavra para designar tal profissão? É que, convenhamos... depois de tanto esforço para decifrar qual seria o grave problema de inteligência que surge a quem ouve pronunciar tal palavra... considero imperioso, ao menos, imaginar qualquer coisa diferente da palavra balconista para designar a minha profissão. Ora bem, poderia ser:
balcôia... balcorêsa... balcosa... bálcona...balcónica... balcante... balcóneca... balconesa... balcorante... balcona...
Tratei apenas da parte feminina da questão. Para a parte masculina alguém que por aqui apareça e se "pique"...
Confusõezinhas (esta palavra existe apenas no meu vocabulário, presumo)
Mas há mais: despedaçar ou espedaçar. Ora, estas palavras significam tornar em pedaços. Nesse caso, não deveria ser "pedaçar" e não "despedaçar" e "espedaçar"?
terça-feira, 1 de julho de 2008
Eh pá!... Porque é que nunca se pode falar?... (ai que raiva!)
Pergunta o bicharoco que, efectivamente, nada tem a ver com isso.
"Vai-se vendendo."
A balconista* não quis dar um ar de "coitadinha que não vende e por isso não tem que vestir nem sequer que comer, pobrezinha e coitadinha dela que é tão infeliz e desgraçada e ainda por cima ninguém gosta dela nem nada..."
"Ai 'tá uma merda!..."
*esta palavra é muito gira
**** é mesmo verdade... esta palavra lembra algo
mas
é complicado estar numa oficina de automóveis
e
manter um ar descontraído
e
esperar pacientemente pelo chefe da tasca
e
decorar o nome e o sítio da avaria*
para
posteriormente comunicar ao meu cônjuge
mas
não é nada mau
que
consiga manobrar o meu popozinho
num
espaço tão apertado
com
aquela cambada de manuéis toda
a
olhar para mim...
*válvula do pedal do travão avariada