terça-feira, 31 de março de 2009

Então até para o mês que vem!




Foi o que os golfinhos me mandaram dizer aos meus leitores.

Pop-up!


A minha mais recente rolha pop-up está a dar-lhe um piripaque qualquer... A malandra da tampa não se fixa enroscada, a pop-up não a deixa ficar no sítio! Quando eu penso que aquilo já está lá vai ela e pimba! Salta-lhe a tampa que aterra a algumas dezenas de centímetros numa direcção qualquer que lhe apeteça, salpicando tudo à minha volta! Raça de invenções, pá!

Ó vedante obsoleto! Sim, tu. Vá, volta que estás perdoado.

!!!


A gente ver um cu, ou um grande bocado de pele da cintura e um pouco mais abaixo da dita quando não se espera… é o de menos! Isso comparado ao 'bocado de cintura' (para usar um eufemismo) pelado e peludo que eu vi hoje numa loja por aí... Hum-hum!... Vi, vi! Um 'bocado de cintura' pelado e peludo! Ao sério!

Ai ai ai...


E eu com outra história de fufas p'ra contar e sem poder por causa de não me manter debaixo da sombra do anonimato! Oh!...

Última análise - empolada, por sinal!...


Não tenho tido disposição para escrever porque o que anda por aqui é isto:

A vida é uma merda.
Eu sou uma merda porque não faço porra nenhuma bem-feita.
Nem me apetece escrever tamanha é a merda de pessoa que me sinto.
Escrevendo, mesmo sem vontade, a ideia é desabafar de modo a deixar de ter importância que eu seja uma merda de pessoa que para aqui anda.


Basicamente era isto. Era. Felizmente era isto.

domingo, 29 de março de 2009

Pensamento conclusivo


A ansiedade que sinto ao imaginar que poderei ser mal interpretada deve-se sobretudo à minha fraca capacidade de expressão.




Obituário


O senhor que me deu este ramo de flores morreu. Eu até nem tinha grande lidação com o homem, conhecia-o vagamente, 'bom-dia/boa-tarde' e pouco mais. É estranho. Sei que para morrer basta estar vivo mas é estranho. Não consigo deixar de me sentir um tanto ou quanto confusa com a aspereza da morte...
Há dias falei com uma senhora que encara a morte de modo totalmente pragmático. Quando enviuvou encarou a situação com a máxima naturalidade. Dizia-me ela que o marido morreu de cancro, de maneiras que o melhor era vê-lo morrer a vê-lo sofrer atrozmente. E acrescentou que lhe fazia muita confusão as pessoas chorarem os mortos, que isso era apenas um grande egoísmo da parte de quem fica vivo. Eu ainda ripostei, disse que as pessoas choravam pela saudade inevitável que a perda fisíca provoca. E ela... sempre naquele seu modo impassível repetiu que isso não passa de egoísmo, isso sim!
Perante tamanha convicção deixei-me ficar no meu canto a pensar naquilo. Ela tem razão. Se a morte assim fosse encarada por todos a vida depois da morte seria bem mais fácil para os vivos. Mas... e consegui-lo?

Nota:

Este é o segundo post a que chamo 'obituário'. (para ler o primeiro é favor clicar
aqui) Qualquer dia crio uma etiqueta com este nome. A contar com as pessoas que eu já conheci vivas e que hoje estão mortas, iria arranjar assunto para post diariamente...

sábado, 28 de março de 2009

A foto do cabeçalho


Em jeito de adenda ao post anterior, achei por bem falar um pouco acerca da foto que hoje coloquei no cabeçalho deste blogue.

Foi tirada em Setembro de 2006 (a autoria pertence ao Luís), em Espanha. Íamos a caminho das férias e vimos uma placa que dizia 'local de observacion'. Entretanto, observando o mapa, reparei que ali devia ser a nascente do Rio Mundo. E era, de facto.
O local era maravilhoso, simplesmente fantástico! Quando o avistámos ficámos extasiados com tamanha beleza. Formava-se ali um lago que de tão abrigado pela vegetação circundante, não deixava que bulisse o vento e por isso as águas paradas reflectiam na perfeição as árvores, formando esta visão paradisíaca...
Não demorou cinco minutos a que tivéssemos companhia. 'La Guardia Civil' cheirou-nos, só pode. Vieram até ali e tal e ficaram só na observação... não fossem estes grandes malvados fazerem algo errado. Enfim!...
Próximo dali havia uma figueira de figos pretos e, ao momento já em amena cavaqueira com os senhores de 'La Guardia Civil', eles avisaram-nos que esses figos não se comiam, ao que nós dissemos que se comem, sim senhor! Eram pouco bons, eram!

E pronto! Eis a história da foto do cabeçalho deste blogue, ao momento da publicação deste post.
E já a seguir, eis mais uma foto do local...




Prezados leitores


Não vos assusteis. Este continua a ser o 'Verde Água'.
Há já algum tempo que queria modificar umas coisitas e hoje apeteceu-me fazê-lo. Sim, que p'ra estas coisas a vontade tem que estar de feição senão não vai lá.
Não posso dizer que ficou mesmo como eu queria porque não ficou. Queria as letras do título e da descrição aí uns duzentos por cento maiores e também queria a foto com metade da altura mas não me atrevo a mexer mais nisto senão ainda faço desaparecer o blogue 'Verde Água'. E já que o blogue 'Verde Água' me faz tanta falta...

Tende um pacífico resto de tarde. Pacífico na medida do possível pois esta ventania costuma deixar a paz à parte...

Bolo de Maçãs em cocotte


Ingredientes:

4 maçãs reineta
sumo de um limão
4 ovos
2 chávenas de açúcar
3 chávenas de farinha
1 chávena de natas
1 colher de chá de fermento em pó
açúcar em pó q.b.

Confecção:

Descasque as maçãs, retire-lhes o caroço com o utensílio apropriado e corte-as em fatias de meio centímetro na horizontal. Reagrupe as fatias devolvendo aos frutos a sua forma original e regue-os com sumo de limão.
Numa taça, bata os ovos e o açúcar. Adicione a farinha, as natas e o fermento e misture tudo muito bem.
Unte bem a cocotte, disponha nela as maçãs, colocando-as a igual distância e cubra com a massa. Tape a cocotte e leve a cozer em forno pré-aquecido a 190ºC; deixe arrefecer sem retirar a tampa e sirva depois de ter coberto com o açúcar em pó.

Bom apetite!


Agora eu e o bolo que aparece na foto abaixo:

Segundo reza o fascículo de cozinha de onde retirei esta receita: 'a cocotte é um clássico recipiente usado na cozinha francesa, oval ou redondo, de paredes grossas e com tampa, que também pode ser utilizado no forno.'
Como não tenho tal objecto, nem sequer sabia da sua existência, ainda pensei em usar o meu tacho de barro, que é grosso e tem tampa e tudo mas depois lembrei-me que era capaz de não ser boa ideia, que ainda me ia a casa p'los ares e isso eu não quero.
Então resolvi pôr o bolo ao lume numa forma redonda sem buraco e tapá-la com folha de alumínio. Assim fiz.
Quando a meio da cozedura resolvi espreitar a cor do bolo, reparei que estava quase, quase cozido mas muito clarinho. Decidi retirar a folha de alumínio para o bolo corar e cobri-o nessa altura com algumas passas.
Ei-lo! O Bolo de Maçãs em casa da Gina!



Dúvida


Hoje quase voei com a ventania. É verdade, custei a fixar-me no chão tal era a força do vento.
Entretanto surgiu-me uma dúvida do caraças - conseguirão as pessoas que pesam cinquenta quilos manterem-se fixas ao chão?

Eu sou assim, uma cabecinha cheia de dúvidas. E dúvidas que são sempre do caraças. No dia em que finalmente não tiver dúvidas (do caraças!), deixo de escrever num blogue.

Sorriso


À falta de melhor,

aqui o deixo.

O sorriso.

sexta-feira, 27 de março de 2009

...


Aquele dia podia ser hoje. Está quase no fim por isso não deve ser. Já não ia dar tempo.
Hoje matei a minha existência. Amanhã terei que a fazer ressuscitar.

A montra da Dona Raquel
(Ainda a montra da Dona Raquel...)

É verdade, novamente a montra da Dona Raquel


Hoje passei lá. Agora, escarrapachada bem ao centro do vidro tem uma grande folha vermelha onde se lê em letras pretas '50% de desconto' e por baixo em tamanho menor está um número de telemóvel que não sei a que aludirá...
Entrei. Precisava de lenços de assoar (não, não era para o bebé que consta ali mais para baixo) e vendo a sua loja já meio cheia (ou será meia vazia?) perguntei se ia deixar a loja. Respondeu-me que sim. Se calhar o número de tlmóvel alude à vontade de vender...
Oh... Será que a pessoa que para ali virá ao depois fará umas montras tão estimulantes para a minha imaginação fluir em forma de posts? Espero que sim. E é com ardor que espero.

Montra


Enquanto eu estava dentro da montra a modificá-la vi alguém aproximar-se. O homem via-se ao 'espelho' e endireitava o nó da gravata aproveitando o reflexo do vidro. Quando viu algo (eu) a mexer-se pregou um salto e fez uma cara de quem não quer a coisa e tal mas eu vi que ficou encavacado. Foi tão giro...

Passadas horas, quando finalizava o arranjo (ou desarranjo!) da minha montra vi duas manas septuagenárias olhando sorrateiramente por entre sussurros e risinhos maliciosos. Então o que era? Era os bacios que estavam expostos os responsáveis pelo divertimento.
Fiz uma montra de casa-de-banho. Por modo a apregoar que a minha vida profissional é uma grande merda. Ao sério.

O bebé


Uma senhora aguardava a sua vez numa sala de espera qualquer. Tinha ao colo um bebé que começou a ficar inquieto e ela cansado-se de o aguentar colocou-o no chão. Entretanto tirou um lenço do bolso e depois de se assoar ficou com o lencinho amachucado na mão.
E o bebé andava por ali entretido e tal... Era ainda muito desajeitado a andar, tinha aquele andar a que eu chamo andar de patinho. De repente... caiu! Logo a mãe salta da cadeira em seu auxílio e ensaia uma espécie de ralhete, dizendo ao menino que ele assim ia ficar todo sujo e com as mãozinhas cheias de porcariazitas indesejáveis e afins. E... e... limpou as mãos do menino com o lencinho onde se assoara minutos antes!

Feiticeira


Hoje cantaram para mim uma canção qualquer que dizia 'feiticeira'.
Já me chamaram coisas piores, é verdade. A comparação de uma feiticeira comigo não é a melhor coisa do mundo, mas... Eh pá, prontus, uma pessoa chega a esta altura da vida e descobre que ainda merece que se cante para ela. É isso.

Estado




A verdade é que a minha vida está estagnada, cheia de pó e rodeada de lixo.
Há dias, quando tirei esta foto, nunca imaginei que ela iria ilustrar tão bem o sentimento de hoje.

...




Não consigo concentrar-me noutras vidas por a minha me tomar todo o tempo.

Fuga


Fugi. Literalmente.
Não, não vim aqui direita. Antes disso acontecer calcorreei estrada na esperança de me libertar de algo que me oprime.
Não me sinto bem aqui, ou lá. A verdade não me libertou nem creio que alguma vez liberte.


quinta-feira, 26 de março de 2009

Deleite


Talvez contrariando um post algures mais p'ra baixo, este deleite é espiritual. E é bom, muito bom. Reza assim:

Ah!... Como é bom fugir da porra do trabalho e passar grande parte da tarde no recesso do meu lar... Pensar e planear escrupulosamente o jantar e até a sobremesa... As maçãs ficaram um bocadito desfeitas mas foram feitas com mimo e cuidado... E houve tempo para tudo... Arrumar as coisitas... Escrever no blogue uns míseros dez posts... E depois de tudo isto... ainda ter tempo para me sentar no sofá... Ó vida boa!...

Prezados leitores, até amanhã!

E eu que nem vejo TV


Noutro dia vi na TV que oferecem preservativos aos toxicodependentes na Cova da Moura.
E eu? Eu se os quero que os compre! Tenho que fazer uma visitinha à Cova da Moura... É capaz de ser um local giro para os meus passeios pedestres...

Post cento e onze do mês de Março de dois mil e nove


Este post é só para dizer que este mês vou rebentar com a escala. Isto de escrever laconicamente em palavras dá um resultadão em matéria de números.

Será que o senhor Blogspot tem algum limite inultrapassável de posts?




Regressei aos meus passeios vespertinos. Finalmente! Estava a fazer-me muita falta este tipo de entretenimento.
As árvores estão agora muito verdes como se pode ver na foto.

A monta da Dona Raquel
(Ainda a montra da Dona Raquel...)


Passei por lá e olhei para ver se havia novidades na montra da Dona Raquel. Efectivamente, havia-as. Para além dos avisos que constam aqui e aqui, havia uma propaganda. Em duas folhas A4 mal semeadas estava o anúncio a vinte por cento de desconto em determinado tipo de artigo. Olhei e houve algo que me chamou a atenção: por cima do '2' alguém escrevera a caneta no vidro o número '5', formando assim cinquenta por cento de desconto. Ali, à pressão, o desconto subiu consideravelmente sem o consentimento prévio da dona do estabelecimento.
Ora, ora, Dona Raquel! Alguém observará as suas montras como eu e não havendo 'novidades' terá decidido fazê-las pelas suas próprias mãos? É que, bem vê, a sua montra apresenta anormalidades suficientes para que a vandalizem. Poderá isso ser visto com bons olhos? Claro que sim, ao menos olham-lhe para a montra! Já eu, sei lá se me olham para a montra ou não!

Ah!...


E o melhor do mundo não são as crianças. As crianças são birrentas e exigentes em demasia, empobrecem os adultos roubando-lhes o tempo, a saúde, o descanso e, por último, o dinheiro.
O melhor do mundo é o amor. Enquanto eu o sentir e souber que existe...

Os prazeres


O que se leva desta vida é o que se fode e o que se come. Qual filhos, qual escrever um livro, qual plantar árvores, qual quê!
O verdadeiro prazer é o carnal e não o espiritual. O prazer do espírito é uma merda, não serve para aliviar porra nenhuma. Já o prazer da carne... Ui!... Com ele alivia-se uma data de coisas...

Este assunto dá pano para mangas mas eu por ora não quero saber e fico-me por aqui. Ando numa de laconismo. Por aqui ando, sumariamente.

Ah!...


As maçãs assadas de hoje... ficaram muito assadas! Mas creio que se vão deixar comer na mesma...

Quando aprenderei eu a não escrever e cozinhar ao mesmo tempo?! Será: nunca?!

Vida fácil


Diz ela que não há vidas fáceis. Que disparate, há sim! A vida da outra gente é fácil, a minha é que não!

Trocos


Em conversa com a menina do café ela disse-me que não estava autorizada a dar trocos em moedas de um e dois cêntimos, que as podia receber mas iam logo para o banco.
Eu cá não tenho regras destas para cumprir... Bem-aventurada seja a minha entidade patronal. Ao sério.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Uma questão de vida ou de morte


Há muito que não me sentia tão deprimida por tão longo tempo. Não quero morrer, só não queria existir da maneira que existo.
Isso é também um desejo de morrer, indubitavelmente.


Vou ali matar a minha existência e já volto.


Voltei. Vivinha da silva. Da silva não que eu tenho asco a esse nome. Voltei vivinha de oliveira, ou vivinha de sousa, ou vivinha de outra coisa qualquer que não da silva. Da silva não, olha o asco...
Descobri que se me matar... morro. Decidi deixar a existência existir ao sabor da sua (minha) vontade.
Vá a minha existência para onde for, irei com ela. Não a deixarei andar por aí sem mim.

terça-feira, 24 de março de 2009

O laranja é a - suposta - cliente.
O verde sou eu - supostamente.


- Olhe, tem caixotes de lixo?

- Não. Disso não tenho nada.

- Não me sabe dizer onde é que arranjo?

- Talvez na rua Morais Soares... há lá tantas lojas que vendem plásticos.

- Hum... !... Nunca vou para aí mas não deve haver lá nada disso!

- ...!?


Tenho que mudar de profissão urgentemente. Ao sério.



O rissol feio


A hora era a de almoço. Quando distribuía os rissóis pelos ricos filhos, a rica filha reparou que um deles tinha uma fenda e estava muito feiinho, coitadinho. De seguida decorreu este pequeno diálogo:

Ela (com ar de quem descobriu algo grandioso) - Oh!... Olha, André, este tem uma costura porque sofreu uma cirurgia.

Ele (com cara de desdém) - Isso é bué da fixe, 'tás aí!....

Ela (com o garfo em riste e espetado no rissol) - Hum...!?

Ele (com a expressão de um conselheiro) - Ya!... Podes pôr o arroz aí dentro e outras cenas, isso fica bué da cheio e depois comes!...

Eu disse...


... que vendia drogas, não disse?



Tu tem cuidado comigo!


Tive um furo! - 2ª Parte


Depois de tudo arrumadinho no sítio, fui tratar de remendar o furo no pneu lesado.
E entrei num sítio que é habitualmente de domínio masculino. Entrar numa oficina não é bem, bem a mesma coisa que entrar aqui na minha casinha. De maneiras que sou capaz de ter abordado o bicharoco que estava atrás do balcão com alguma ansiedade na voz.
Quando lhe perguntei quanto tempo demoraria a remendar o furo respondeu-me que demorava o tempo de remendar um furo. Não gostei. Achei a resposta despropositada e pela expressão do bicho, o que ele estava a fazer, era gozar comigo. Murmurei um 'vai à merda' e saí dali, sendo que a ideia era não voltar.
Logo de seguida veio outro atrás de mim. Tão simpático e solícito que passados alguns instantes esqueci a aberração da natureza humana que me tinha atendido... Tratou do furo, colocou o 'novo' pneu no carro e ajudado por mim arrumámos tudo no sítio.
Quando perguntei quanto era respondeu que não era nada, que deixasse estar, que fosse à minha vida...

Moral da história:

Mandar alguém à merda dá desconto! E um desconto do ca-ra-ças!!!

Crescentes ao meu vocabulário


Alfim

Ulteriormente

Afora

Se eu sabia que estes vocábulos existiam vou ali e já volto! É o que faz andar a ler livros escritos por pessoas que sabem realmente escrever...

Super-poder


Noutro dia andei de roda do meu perfil no Gmail e havia lá um sitiozinho para se preencher com o super-poder. Pensei naquilo, pensei, pensei... E finalmente descobri o meu super-poder - faço o melhor arroz-doce do mundo!

De resto não 'tou assim a ver mai nada...

Voltas


Por mais voltas que dê ao miolo não consigo entender atitudes!!!

Foi o que disse alguém. Voltas inglórias, essas! As atitudes não são para se entender, quando muito são para se aceitar... Mas normalmente não se aceitam.

De fugida


É só para dizer que fugi da porra do tabalho e que agora 'tou aqui um bocadinho de tempo.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Quando


Quando a vida se apresenta morna e estéril, quando o mais comum sentimento é o 'tanto faz', não encontro as palavras para descrever o que sinto e o que sou.

domingo, 22 de março de 2009

Suspensos do céu - 1


Chegou a hora de apresentar 'Os suspensos do céu!'







Todas as fotos apresentadas neste post foram tiradas no Bairro Alto, em Lisboa.


sábado, 21 de março de 2009

Dói-dói


O dói-dói do rico filho não lhe dói. E eu, com um sentimento mesclado de regalo, alívio e surpresa perguntei à enfermeira se isso se devia ao facto de ele ser muito jovem e portanto haver uma regeneração muito rápida e própria à idade que ele atravessa.

(Abro este parentesis para salientar que me sinto contente e aliviada por o meu filho não sentir grande mau estar com o dói-dói que tem.)

Ao que ela respondeu:
- Então se não dói ainda bem! P'ra que é que ele havia de dizer que lhe dói se não dói?!

Hum... ok, senhora enfermeira. Folgo que assim seja. Agradecida por tão elucidativa resposta a esta minha questão impertinente. A Saúde em Portugal precisa de pessoas decididas como a senhora. Bem haja!

Papoilas


A papoila solitária...



A papoila rodeada de amiguinhos...


Tive um furo! - 1ª Parte


(Não, não é a parte dois do anterior furo. É mesmo outro furo!)

Bem, desta vez tive que usar de subtileza, essa poderosa arma feminina. Passou um vizinho e eu, como quem não quer a coisa mas a querer sim senhor, ao depois das boas tardes, perguntei-lhe:
- Olhe, não se importa de me dar a sua opinião aqui numa coisa, por favor? Este pneu está mesmo furado, não está?
- Oh... sim, está!
- Veja lá que o meu marido disse-me que se a jante não estivesse no chão para eu ir ali abaixo encher o pneu...
- Não... este está mesmo furado - Repetiu ele.
E, sem que passassem três segundos:
- Quer que eu lhe mude o pneu?
- Ah... se não se importasse...

E pronto! Desta vez safei-me muito melhor. Ai que alívio! Ajudei o homem no que pude, evidentemente. E, para mais graça lhe dar, as mulheres que passavam todas me dirigiam um olhar cúmplice. Houve até um outro senhor que veio perguntar se precisávamos de ajuda...

Em Março, tanto durmo como faço


Hum... !... Este mês tenho feito tanto e dormido tão pouco!...


(Tenho uma tendência natural para duvidar dos provérbios...)



sexta-feira, 20 de março de 2009

Leitura


Fui ler. Agarrei num livro de poesia que tinha fora do lugar - Maria Teresa Horta, Só de Amor.
É bonito, muito bonito. Não entendo todos os poemas, tenho essa dificuldade (chamo-lhe assim - dificuldade). Não sei bem porque é que a tenho... mas tenho-a. Gostei deste; entendi-o.


Proa

Eu sei: tu és
a minha proa

Um ombro que voa
quando lhe encosto
a cabeça


Maria Teresa Horta

Confissão


Confesso - não sou capaz de ler. Não sou capaz mas de não ser capaz mesmo. Esforço-me mas não tenho a concentração que preciso. Leio duas frases e quando dou por mim tenho os olhos fitos no mais longínquo horizonte. O meu pensamento distrai-me. Tudo me distrai. Tudo, tudo.

Cambaleando


Cambaleante pode ser um pedaço de tempo que apareça e com o qual não estou a contar. Tenho alguns minutos livres e não sei que fazer com eles. Isto está bonito, está!
Como ando de um lado para o outro tentando decidir o que fazer com o tempo de sobeja, cambaleio.

Todo o tempo do mundo
Rui Veloso


Podes vir a qualquer hora
Cá estarei para te ouvir
O que tenho para fazer
Posso fazer a seguir

Podes vir quando quiseres
Já fui onde tinha de ir
Resolvi os compromissos
agora só te quero ouvir

Podes-me interromper
e contar a tua história
Do dia que aconteceu
A tua pequena glória
O teu pequeno troféu

Todo o tempo do mundo
para ti tenho todo o tempo do mundo
Todo o tempo do mundo

Houve um tempo em que julguei
Que o valor do que fazia
Era tal que se eu parasse
o mundo à volta ruía

E tu vinhas e falavas
falavas e eu não ouvia
E depois já nem falavas
E eu já mal te conhecia

Agora em tudo o que faço
O tempo é tão relativo
Podes vir por um abraço
Podes vir sem ter motivo
Tens em mim o teu espaço

Todo o tempo do mundo
para ti tenho todo o tempo do mundo
Todo o tempo do mundo


Ouvi este tema na radio e o poema fez-me pensar um bocado. Por alguns momentos tive todo o tempo do mundo. Depois esqueci. Agora que escrevo volto a lembrar-me de usar de calma para viver e ter todo o tempo do mundo. Daqui a pouco, novamente esquecerei a calma e o mundo vai sobrar ao meu tempo.

Sinónimos & C.A.


- Não há bicho mais astucioso que a mulher! - Disse o homem convicto e com um toque de solenidade na voz.
A sua interlocutora espantou-se com esta exclamação tão distinta:
- Olha, olha! Chama-lhe nomes, chama... Nós somos é espertas! Pode chamar aquilo que quiser, eu cá acho é que ninguém nos engana!

Ora bem... Ao que parece há alguém que não tem um vocabulário muito vasto...

Clima terrestre


Ontem, diziam eles, que hoje ia haver céu cinzento, chuviscos e trovoadas. Hoje, verifica-se que não chegou cá nada disso.
Deve ser aí, onde anda o cinza, os chuviscos e as trovoadas que a cadência que eu espero se albergou.
Assim, para além de esperar a cadência, espero também as nuvens escuras e os coriscos...

'Coisas Parvas'


Devia criar uma etiqueta com o nome 'Coisas Parvas' e colocar lá o post anterior. Tenho a impressão que de seguida colocava (quase) tudo o resto que escrevi até hoje...

T-shirts


Eu tenho uma t-shirt que era rosa e agora é castanha.
Eu tenho uma t-shirt que era branca e agora é roxa.
Não!... Não aconteceu desgraça nenhuma. Tingi-as com tinta Raposa. Foi só isso.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O pós


A seguir ao último post fui fazer lasanha, arranjar morangos e bater natas, espremer limões e adoçá-los. Estava tudo fantástico!

A cadência? Népia, não apareceu.

Post mil e noventa e tal


Para além das saudades de escrever cadenciadamente também já tenho a falta. Está a fazer-me falta escrever dessa maneira. Que espero? Não sei. Talvez espere o clic... Ou o plim... Ou o tcha-ran!...

Surge em silêncio


Aquando das minhas voltas pelos blogues já várias vezes li queixas dos bloggers que dizem ter-lhes desaparecido alguns seguidores. Ao que parece os seguidores desaparecem porque há algo que anda a correr mal no Blogspot.
Pois eu não. A mim apareceu-me um seguidor que não sei quem é nem tenho meio de saber porque não tem o perfil disponível. Será que este seguidor desapareceu a alguém e veio parar aqui sem que quisesse?

Olha lá, tu ó seguidor novo deste Verde Água, sabes que estás aqui?...

À demain


Amanhã chegará até nós um dia cinzento com possibilidades de chuva e trovoada. Oh!...
Não há problema, é só para lembrar os velhos tempos, nada mais. Ou então, o pessoal que manda nestas coisas do clima e da atmosfera terrestre acha que está na hora de acabar com Verão e fazer chegada a Primavera.

'Carroça'


Ultimamente tenho ido buscar e levar o rico filho à escola. Em consequência disso conduzo mais.
Gosto de conduzir, apenas me chateia a hora em que é preciso arranjar lugar para deixar a 'carroça'.
(Pequeno à parte: no tempo das carroças é que era bom achar lugar!)
Mas dizia eu, gosto de conduzir, gosto mesmo! Gosto tanto que às vezes, quando agarro no carro penso:'Hoje vou por aí fora calminha e coiso... A curtir o meu popozinho... Sem querer acelerar muito por causa das multas e tal...' Quando de repente encontro alguém muuuito leeento... E aquilo começa a fazer-me fernicoques. Depois é um murmurar entre dentes: 'Eh pá ó borrego, despacha lá isso, meu!', ou então 'Chiça! Ó pá, essa merda não anda mais?' e assim esse género de tratamentos graciosos e ternurentos. Depois pronto, acabou-se a calma! Murmuro uma vez mais entre dentes: 'Com licença!' Saio de trás, piso no acelerador e esqueço completamente o que pensei no início da viagem...

As solitárias












Sinto-me como estas florzinhas se sentiriam se fossem gente - sozinha e desinteressante. Foi por isso que reparei nelas e as fotografei.
Por modo a lembrar-me que este meu estado por vezes se altera, na hora da foto uma das flores atraíu uma abelha... Sempre há quem se interesse e acompanhe.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Duas novidades


Primeira novidade:

A Primavera chega Sexta-feira à noite, às vinte e três horas e não sei quantos minutos. Alguém me disse que se calhar a Primavera chega tão tarde porque só tem comboio a essa hora...

Segunda novidade:

Amanhã o sol brilhará em todo o país. Ah... mas não foi sempre assim? Ai há dias de chuva, é? Ah...

terça-feira, 17 de março de 2009

(Desa)Parecença


Não sou aquilo que pareço nem sou parecida comigo.

Abrupta e laconicamente, é isto. Se desenvolver esta ideia nunca mais me 'calo'...

pontos resplandecentes de positividade


ponto resplandecente de positividade número um

fiz arroz-doce enquanto escrevia no blogue e não o dexei queimar

ponto resplandecente de positividade número dois

fiz maçãs assadas enquanto escrevia no blogue e não ficaram em puré

ponto resplandecente de positividade número três

...

então, onde está o ponto resplandecente de positividade número três?

... não estou doente...



Ouvido por aí


Gostava de ser pobre por um dia...

... porque sê-lo todos os dias é lixado!

Ditado


Diz o merceeiro:

'O pecado é para quem no comer!'


Se eu pudesse comia os pecados todos de maneira que não houvesse nenhum.
Será que o mundo ficaria melhor?

Post seguinte ao post mil e oitenta e tal


Ena! Descobri porque é que me acho sobejamente interessante. Já que mais ninguém encontra interesse na minha pessoa, encontro eu. E encontro-o de sobeja, por modo a camuflar qualquer réstia de desinteresse que veja noutros.
Não os outros do frente-a-frente mas antes aqueles que não me saem das laterais...

Post mil e oitenta e tal


Sinto-me cansada de escrever acerca da porra do trabalho.
Seguidamente este blogue continuará com um post interessante no grau superlativo.

Legislação


Devia haver uma lei qualquer que proibisse a malta de trabalhar da parte da tarde sempre que se vem almoçar a casa. É que têm estado uns dias fantásticos e custa tanto estar aqui em casa e ter que ir trabalhar... Oh!...

domingo, 15 de março de 2009

Tremeliques


Hoje, no Centro de Saúde vi uma senhora que esperava a chamada cheia de tremeliques. Ainda eu acho que tremo toda. Qual quê? Nem pensar!
Eu sou mais aquele género tremeliques sem os aparentar, como se tivesse manteiga nas mãos. Deixo cair tudo. Eu sou uma daquelas pessoas que nunca poderia trabalhar numa loja de louças e bibelots, por que ia mesmo dar cabo daquilo tudo. Por exemplo, parto uma prateleira de vidro em muitas das vezes em que faço as montras, deixo cair lâmpadas muitas mais vezes do que devia, já parti mais do que uma vez o balcão de vidro, já rachei o lavatório em não sei quantas partes... E depois há as outras coisas que me escorregam das mãos e que têm a sorte de serem feitas de algum material inquebrável. É que há coisas com sorte!...
Mas eu não sou nada tremeliques. Tremeliques era aquela senhora que estava hoje no Centro de Saúde... A coitada queria enfiar a papelada no saco e tremia tanto que foi um problema até conseguir. Até por momentos, o único barulho que se ouviu na sala foi o restolhar do saco. Eu não sou assim. É apenas uma questão de ter mais atenção, claro. Se eu tiver calma não haverá nada que escorregue das minhas mãos, claro. Se eu me movimentar devagar não encalharei em coisa nenhuma e assim já não espetarei com nada no chão, claro. Se eu manusear tudo com atenção, calma, cuidado, vagar... Claro.

Divagando por aí... por sítios do meu cérebro onde não há nada que jeito tenha...


Tenho algumas saudades de escrever cadenciadamente. Não é o que me tem acontecido...
Agora estou aqui a pensar que hei-de eu escrever e assim de repente lembrei-me que o professor de Pilates durante as aulas diz frases que teriam um significado totalmente diferente se fossem ditas fora daquela sala. Pois é. É que o homem diz coisas assim: 'Puxe o seu púbis para cima', ' Imprima o seu cóccix* no colchão', 'Espete o rabo para cima'...

Enfim...


Porra! Deu-me cá uma trabalheira descobrir como raio se escreve cóccix!... Ufa!...

Free hit count


É impressão minha ou aquela cena do free hit count 'count' tudo, tudo, tudo? É que em apenas quatro dias acho que tenho demasiadas vistas... Se calhar o pessoal entra aqui e assim que lê duas palavras foge apavorado com este blogue...
Ou então não. Lá estou eu a pensar o indevido. O que acontece com aquela cena é que aquilo conta as vezes em que o meu blogue é buscado pelo motor de busca Google. Assim como quando eu tinha o Feedjit. Em achando interesse e querendo saber a que me refiro é favor clicar aqui.

Texto


Inferno, Sexta-feira, 06 de Fevereiro de 1666

" Querida dama"

Estou aqui no inferno esperando por ti... Não por não ter mais nada para fazer, ou por ter saudades tuas, mas sim porque tenho o chicote pronto para ti.
No que, aqui nós chamamos, a "hora das visitas" vi-te a sair com dois homens (acho eu) de um prédio lilás.
Se o que andas a tramar é o que eu penso, eu mato-te! Não te vou deixar abusares dos homens como se fossem aleivosas!
Se são virados, não me interessa, mas continuam a ser do sexo dominante.
Por outro lado, vi-te a seguir as pisadas do teu amante e tutor. A Onzena é uma coisa maravilhosa, na qual enganamos tudo o que é gente. Não adoras a sensação de enganar alguém? Divinal...
Adivinha quem está comigo aqui no Inferno! É isso mesmo! O Sr Arnique. Ele mandou-te cumprimentos.
Mais uma vez, o chicote está pronto. Como pudeste fazer isso? Ouvi-te comentar na "hora das visitas" o que tinhas feito com ele, dei-lhe um murro! Mas vi que não valia a pena, porque não o posso matar.
Enfim, tenho que ir. O Diabo está à espera com um fogão para cada condenado, trinta minutos a 45º, puxado!
Espero que morras cedo.

Onzeneiro

André - 9º C

sábado, 14 de março de 2009

Hyper Text Markup Language - HTLM


Já sei como sublinhar e riscar as palavras!

Lisboa à noite




Enquanto eu tirava esta fotografia, no degrau deste monumento etavam sentados dois homens. Convencidos de que iam ficar na minha fotografia dizia um para o outro: ' Cheese!' que em português quer dizer 'Olhó passarinho!'.
Que parvos! Convencidos que eu ia estagar a minha máquina com umas fuças daquelas! Ou pior, que ia ocupar espaço no meu amado computador com tais semblantes horripilantes. Figuram aqui no blogue e olhe lá!

Coincidências e similitudes


Ontem foi dia de consulta de rotina no hospital. Em conversa com a médica que trata do rico filho, ela contou-nos uma ocorrência muito interessante. Nesse dia tinha ocorrido uma cirurgia a um par de gémeos muito idênticos que:


nesse dia eram aniversariantes

cada um deles tinha uma érnia no mesmo sítio

o nome de um era Albertino

o nome do outro era Albertini

o nome da mãe era Albertina

o nome do pai era Alberto



Se aquele casal tiver mais filhos varões e, em querendo continuar com a coisa dos 'albert & companhia', vão ver-se aflitos para não repetir nomes... Em sendo varoas ainda se safam...

Fama


Sou famosa por deixar queimar a comida por estar distraída a escrever no blogue ou a ler blogues. Cá por casa já sou famosa nisto há que tempos!...

Ele - 'Tás a precisar de uma máquina de bater bolos nova. Essa já deu o que tinha a dar.

Ela - Sim. Qualquer dia trata-se disso. Esta ainda vai dando...

Ele - Quando comprarmos é melhor comprar uma daquelas que bate sozinha, não é?

Ela - Sim, essas são um descanso.

Ele - Pões o bolo a bater e vais para o computador. Entretanto quando te lembrares do bolo já não 'tá nada dentro da tigela mas não faz mal...

Ela - ... pois...

Chupa-chupa


Quando puseram o café à minha frente reparei que para além do habitual pacotinho de açúcar e da colherzinha também tinha um chupa e que era alusivo ao Benfica. Apeteceu-me logo perguntar se o Benfica tinha ganho no dia anterior ou se ia jogar nesse dia mas, surpresa das surpresas, mantive-me calada. Ai deram-me um chupa? Está bem, boa!
Mal sabe aquela gente a relação profunda que eu tenho com o futebol.
Mal sabem eles que a primeira vez que entrei dentro de um estádio foi há coisa de dois ou três anos.
Mal sabem eles que eu queria era ver uma goleada em directo e ao vivo independentemente de quem marcava ou sofria os golos.
Mal sabem eles que eu fui ver um jogo de futebol (mesmo, mesmo!) pela desportiva.
Mal sabem eles que assim que o jogo deu início tratei logo de saber de que lado era a baliza do Benfica para que se por acaso o in* marcasse golo, ou quando marcasse golo, eu não festejar já que ia com benfiquistas e não queria nada estar a ferir susceptibilidades a ninguém.
Mal sabe aquela gente... a incomensurável relação que tenho com o futebol.

*inimigo

Degrau a menos


Se não comecei a contar os passos já devia ter contado. Noutro dia, descia eu as escadas que os meus pés mais percorreram até hoje e achei que havia mais um degrau. Depois foi um desengonçar e um tentar retomar o equilíbrio porque a escada terminara. Se eu já soubesse de cor quantos degraus tem a porra da escada e os contasse cada vez que os desço ou que os subo…

São 16!

Lanchinho


Alguém manifestou grande admiração por me ver a comer. Eu comia uma banana, com a boca toda é verdade, mas comia normalmente. No entanto, a pessoa fez grande reparo, talvez o melhor seria chamar àquela reacção alarido. Pois.
Ora o que é que dá para pensar? Perante este reparo... aliás, alarido, tão mal cabido, a mim dá-me para pensar que a senhora em questão estava com inveja porque não costuma comer banana...
Ou então não! A senhora apenas brincava comigo e com a minha banana, eu é que tenho uma propensão natural para pensar o indevido.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Outro susto, sentido a meio da escrita do post anterior. Incrível!


Bem! Ia-me caindo tudo ao chão! Que susto! Entrou um senhor que depois de despejar atabalhoadamente que vinha (de um sítio que sou eu que não quero referir) fazer um peditório, quis mostrar-me a prótese para me dar provas de que vinha mesmo dali e rebéubéu pardais ao ninho.
Eu, que ainda não tinha assimilado tudo o que ouvira ele proferir, vejo-o levantar a (suposta) perna e puxar as calças para cima revelando um pedaço de plástico que tenta - mas não consegue - imitar a cor da pele e só dei por mim a perguntar:
- Mas o senhor está a mostrar-me o quê?
Quando o que eu queria era dizer:
- Então, você 'tá parvo ou quê? Vista-se se faz favor!

É incrível as coisas que acontecem por ali...

Susto


Rosnei direito ao cão. Olha!... Assustei-o! Fugiu escada abaixo mas assim que lhe passou o susto voltou a ladrar-me.
Ó dona do cão! Chegue aqui se faz favor que eu tenho que trabalhar! Não chegou. Tenho o trabalho atrasado por causa de um cão...
Há vezes em que me surgem dúvidas do caraças - será que mais alguém neste planeta tem o trabalho atrasado por causa de um cão?

Sol e calor o quanto baste


O chão apresenta-se coberto de azedas e as árvores estão despidas. As primeiras apresentam um brilho excessivo devido ao sol quente e apesar desse mesmo sol ainda assim as segundas não tiveram tempo de se vestirem de folhas. Isto lembra que (ainda) estamos no Inverno. Há um desfasamento.
A ver se o pessoal que manda nestas coisas do clima e da atmosfera terrestre se capacita de que este calor não está com nada.

Volta lá, Inverno. Volta que estás perdoado. Vá.

Sexta feira 13


- Ó Ana, já compraste os bilhetes de avião?
- Sim, amor. Vamos já nesta Sexta-feira 13...
- E o gatinho preto vem connosco?
- Claro amor...! E o corvo de estimação também!...
- Bem... já passámos por baixo da escada... só falta o espelho!
- Está aqui... Toma o martelo!...


É assim que lido com superstições. Basicamente, o que eu quero dizer com isto é que me marimbo totalmente para superstições e afins.
O diálogo em itálico é um reclame que se ouviu frequentemente na radio nos últimos dias. Ouvem-se as vozes em sussurro e carregadas de maldade. No fim há risos maquiavélicos lembrando velhas bruxas corcundas de pêlos no queixo e verruga no nariz... Ai!... Que medo que eu (não!) tenho!

Diferença


Há 23 dias era assim:


Hoje é assim:



A perspectiva, ou antes a distância, não é a mesma. Mas eu, que conheço estas árvores há tantos anos e que já as fotografei várias vezes em todas as estações, nunca tinha reparado nesta transformação.


quinta-feira, 12 de março de 2009

Um dizer


Diz que o calor dilata os corpos. Então seja. Mas que me dilate também a cabeça de modo a caberem cá mais coisas e a que não fique nada esquecido.

Mirones


Há quem use a minha montra para passar o pente pelo parco cabelo que lhe habita o cocuruto estendendo o gesto até às laterais da cachimónia, sendo que aí o gesto sempre demora mais qualquer coisita - há mais habitantes por centímetro quadrado.
É um ponto de vista, indubitavelmente. Ao correcto, são dois - o dele e o meu.

...


Talvez calhe bem divulgar que deixei queimar o arroz-doce... Porque, em calhando, advirto os leitores de que não se deve, sob pretexto algum, deixar o arroz-doce ao lume enquanto se escreve no blogue.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Limpeza


Estive algum tempo a tratar do interior do meu blogue. Mudei a foto porque já 'tava farta de ver aquela maria a olhar para mim, rectifiquei alguns links (para que conste há alguns que não aparecem na barra lateral direita e sim só lá em baixo no fim da página mas não sei porquê ou como modificar), entretanto fiquei a saber que o meu blogue já conta com três páginas o que faz com que surja a dúvida de até quando é que há espaço para escrever, e pus um contador de visitas, apeteceu-me!
E agora 'tá na hora de ir trabalhar! 'Tá na hora das trabalhadoras como deve ser fazerem jus ao salário que a entidade patronal lhes paga e irem vergar a mola!
Até logo! Ou então não.

História de um ramo de flores




Era uma vez um cavalheiro que fez asneira da grossa e a sua amada ficou fortemente ofendida com ele. Arrependido de ter feito tamanho disparate o cavalheiro quis desculpar-se perante a amada e, para isso, comprou-lhe um belo ramo de flores e foi, contrito, oferecer-lho. Mas ela não anuiu e, para mais, deitou-o ao chão desprezando por completo o remorso do cavalheiro.
Porém, o cavalheiro debaixo de grande persistência no dia seguinte repetiu o gesto. Mas acontece que a dama também repetiu o gesto.
Durante dias o ciclo repetiu-se. Dia-a-dia era visto um belo ramo de flores deixado ao abandono nas pedras da calçada.
Até que um dia, o belo ramo de flores desse mesmo dia teve uma sorte diferente:

Entrou na loja um senhor e perguntou-me:
- Tem aí jarras?
Sendo normal eu achar que o senhor vinha para comprar, respondi que sim e preparei-me para lhas mostrar. De repente ele lança as mãos de detrás das costas e mostra-me um ramo de flores... Diz que o tinha encontrado ali no chão, que estava um pouco partido mas ainda estava bem bonito e se eu o queria...
Quis, trouxe-o para casa, tirei-lhe uma fotografia, pu-lo numa jarra, escrevi.

Rasgando o céu - 2





terça-feira, 10 de março de 2009

Loures, 10 de Março de 2009


São dezoito horas e cinquenta e seis minutos. Está na hora das donas de casa como deve ser prepararem o jantar e apanharem a roupa e de as bloggers como deve ser publicarem pensamentos interessantíssimos. Volto já. Ou então não.

Hoje é Terça-feira


A Terça-feira sabe a meio, a mais do mesmo no porvir.

TretaTretaTretaTretaTretaTretaTretaTretaTreta


O corrector ortográfico do senhor Blogspot não aceita a palavra 'treta'. Não contente com isso, sugere, entre outras, as palavras 'teta' e 'greta'...

Este senhor é hilário.

Em Março, chove cada dia um pedaço


Mas que grande treta! Onde é que está a chuva de hoje? Vá!... Onde?!



Meia mentira ou meia verdade, depende do ponto de vista


Não comecei nada a contar os passos!... É mentira!
(Para entender clica aqui )
Ou seja, na verdade contei passos mas é uma história sem interesse para publicar. A menos que de súbito lhe ache piada.

Humor


Há pouco, uma senhora idosa ao despedir-se de mim desejou-me um bom fim de semana. O humor está, não no voto despropositado mas sim no ar convicto com que votou.
Agradeci sem qualquer convicção... Já não me lembro muito bem mas acho que retribui o voto pela força do hábito.

Caro leitor(a), tem um bom fim de semana!

(fui convincente?)

Fantástica!


Sim, eu. Pois se o Jamie Oliver consegue abanar a frigideira enquanto mexe a comida que depositou lá dentro usando de grande destreza manual, eu, Gina Maria, também hábil e expedita, consigo mexer o pudim com a mão esquerda, enquanto uso a direita para verter o caramelo na forma que acolherá aquele até ser devorado.



E uso de grande criatividade no barrar, diga-se.

Agora pergunte-se: a destreza é sempre manual?


segunda-feira, 9 de março de 2009

Auribus frequentius quam lingua utere


Ver, ouvir e calar...

É o que o latim que aparece no título deste post quer dizer. Percebi agora mesmo que não cumpro o que ali diz nem só um bocadito de nada. Se fosse fazer caso daquele latim, eu não (man)tinha um blogue. Ai não (man)tinha, não. Isto aqui não é para calar coisa nenhuma que me apeteça dizer. Já disse.

Hipocondria


Se eu tivesse a mania das doenças por ora andaria felicíssima pois descobri a grande, ui, grande não... vá lá diminuta disposição natural que tenho para a esquizofrenia.

- Quando ando de transporte público escolho sempre um lugar daqueles em que se viaja de costas - gosto de ver o mundo passar por mim ao contrário. É instintivo, quando dou por mim estou lá.

- Quando vejo um grupo de pessoas desato a contá-las incessantemente.

- Qualquer dia começo a contar os passos daqui até ali e dali até aqui. Sim, está bem, confesso que já comecei a contar os passos...


Nota bem:
Isto era se eu tivesse a mania das doenças... porque não tenho... ok?


Falta de espaço


Há já uns dias que sou eu que dobro e arrumo a roupa miúda cá em casa. Rico filho de baixa, a mãe tem mais tempo porque tem que tomar conta dele, pronto está bem, a rica filha acaba por ser beneficiada com a baixa do mano - eu faço...
Mas descobri que não posso ter a roupinha toda lavada e arrumada nas gavetas. Acontece isto, ora vê lá.


Isso mesmo! O rico filho tem meias que nunca mais acaba! Não fazia ideia da quantidade de meias que ele possui! Mas que raio é que me deu na cabeça para comprar tantas meias ao rapaz?!

domingo, 8 de março de 2009

Soslaio


Durante a conversa soltei a palavra 'soslaio'. O homem conteve o espanto que sentiu. Só dei pelo espanto quando ele me revelou o agrado que sentira em ouvi-la, por ser uma palavra desusada na exposição oral.
Gostei. Claro que gostei. Foi um elogio. Usei a palavra sem qualquer intenção de agradar ou de parecer sábia e instruída. Usei-a porque escrevo. Porque procurar palavras para me exprimir é um hábito. Porque o meu falar e o meu escrever estão cada vez mais parecidos.
Ainda senti o impulso de lhe dizer que gosto de escrever, que escrevo, que tenho um blogue... Contive-me a tempo. São raríssimas as pessoas que têm paciência para isto de blogues. Depois talvez me arrependesse.
Tenho para mim que quando me guardo de revelar publicamente o meu blogue, é uma certa falta de paixão. Quero eu dizer, o medo que sinto em me expor perante o público que me vê deveria ser suplantado, humilhado até, pela paixão que sinto pela escrita.

Bairro Alto - Lisboa







Marcha Do Bairro Alto -1995
Camané


Sou o Bairro Alto
E olho sempre de alto
Prás tristezas que Lisboa tem
Sou o Bairro Alto,
Pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem
Todo o bom filho sai
Conforme os pais que tem
O Fado é meu pai
Lisboa, minha mãe
E eles cantando
Vão-me preparando
Para um tempo novo que aí vem

Nem quando foi dos terramotos do Marquês
Nem com as maldades que o Fado sempre lhe fez
Do Bairro Alto, cá no alto, eu vi Lisboa a chorar
Deu sempre a volta, pôs-me à solta e ensinou-me a cantar

O tempo corre, mas a vida continua
Lisboa morre por sair comigo à rua
Fez uma marcha ao meu jeito
Vestiu-me a preceito
E cá vou eu a desfilar

Sou o Bairro Alto
E olho sempre de alto
Prás tristezas que Lisboa tem
Porque ela cantando
Me foi preparando
Para o tempo novo que aí vem
O Fado é meu pai
Lisboa, minha mãe
E um bom filho sai
Conforme os pais que tem

Sou o Bairro Alto
Pronto a dar o salto
Para um tempo novo que aí vem
Ou quando viu o Parque Mayer apagado
Do Bairro Alto, cá no alto, eu vi Lisboa a chorar
Do que era pranto, fez um canto e ensinou-me a cantar

O tempo corre, é a marcha desta vida
Lisboa morre por ver a sua Avenida
Cheia de gente tão diferente
A ver-me tão contente
Por ela abaixo a desfilar

sábado, 7 de março de 2009

Desastre


Entrei no café e já que o espaço é apertado, pus logo as minhas coisas em cima de uma das cadeiras e o chapéu de chuva enfiado nas costas da mesma antes de fazer o meu pedido. Pouco depois o chapéu escorregou e bateu no caixote do lixo que se encontrava ali perto espalhando parte do lixo no chão. Logo de seguida choveram suplicantes pedidos de desculpa e as desculpas foram aceites indulgentemente...
Saboreei a minha refeição e estava na hora de seguir viagem por esta cidade fora. Peguei na mala que estava em cima da cadeira para rebuscar lá nos confins da mesma a carteira para efectuar o pagamento da despesa e o saco onde transporto a papelada do rico filho, que até então estivera apoiado na mala, escorregou cadeira fora e por tão leve ser deslizou ao sabor da sua vontade até pousar debaixo da mesa mais distante. Apanhei-o enquanto sentia minhas faces enrubescerem um pouquito de nada...
Por causa disto larguei a mala que caiu estrondosamente no chão. As minhas faces passaram do rubor à labareda em dois segundos...

Estou profundamente deprimida. Hoje ainda não saí de casa. Tenho um bolo a cozer no forno para ver se me animo. Por acaso já cheira, já.

Sapatos feios


Passei junto à sapataria onde comprei os sapatos mais feios do mundo - pretos, biqueira redonda e tiras a cruzar no peito do pé.
Ai que recordação terrível! Foi mau. Foi o momento mais aterrador dos últimos tempos. Senti o terror tomar poder sobre mim e dissipar a minha presença, levando-me dali para fora. A ver se dissipa também este pensamento e esqueço para sempre que aqueles sapatos existiram e que eu alguma vez os calcei...

Ah, é verdade!...


Posto isto, toda a gente ficou a saber que eu ando (leia-se durmo) com o filho do meu patrão.

N' est-ce pas?

Rasgando o céu - 1


Civilização

Civilização, sim.
Pois não somente os coriscos e a passarada podem rasgar o céu.
É que ele há mais.
Ora veja-se.

Antenas



Vedações


Fios eléctricos


Prédios


Candeeiros


Ainda é bem capaz de haver mais qualquer dia.

Espera que logo verás.

Governo


Comprei uma embalagem com seis salazares. Sempre quero ver se a partir de agora a minha casa vai ser melhor governada. Pelo que ouço o pessoal dizer, a este país convinha um governo salazarista. Eu cá já comecei. No fim do mês vai sobrar dinheiro, na certa.

Vantagem


A vantagem é que, em cozinhando só para mim, posso comer algo que adoro - ervilhas com ovos!



sexta-feira, 6 de março de 2009

Eu não...


Há tempos li pela blogosfera, de alguém que dizia sentir até uma certa inveja de quem aponta pensamentos ou tópicos para posteriormente passar a textos, pois não consegue usar esse sistema de escrita e que se usasse, o mundo lhe pareceria tão maior...
Pois eu não. Eu, procedendo assim, arrumo o mundo, separo-o e organizo-o, tornando-o compacto e achatado. É isso o que eu faço ao mundo. Faço-o pequenino.

Atraso


Loures. Nove e meia da manhã. Vento e chuva fustigam os transeuntes. Ando às voltas no recinto da feira a cuscar, gastando o tempo de sobra que tenho até me encontrar com a professora do rico filho. Reparo num dos corredores da feira. Está vazio. Afinal os feirantes também se podem atrasar devido ao mau tempo.

Post número mil e não sei quantos


A piada da vida está na certeza da incerteza.

Mulheres


Diz que as mulheres devem ser:
Princesas aos vinte
Rainhas aos trinta
Imperatrizes aos quarenta e...
Especiais sempre!

Hum... eu sou especial. Tenho um blogue!
Já o resto nem tanto assim...

Rostos conhecidos


Quando vagueio por esta cidade, vejo sempre caras que já conheci mais novas. Normalmente são pessoas da minha faixa etária, que andaram comigo na escola ou então não.
As do sexo feminino, em particular, provocam sempre um riso escarninho no meu interior. (ihihihihih)
Todas, sem excepção, estão muito menos giras que eu. (ihihihihih)

Nota bem:
Escrevi menos giras propositadamente. Nunca iria escrever mais feias porque não as considero feias a elas, ou sequer a mim. E isto também pode ter um nome técnico: é dar uma no cravo e outra na ferradura. (ihihihihih)

Na escola


Estive na escola do rico filho a tratar da papelada inerente à sua convalescença. Calhou ir à hora de um intervalo.
Dois meninos deficientes tiveram uma desavença. A menina rasgou o jornal do menino e jogou-se para o chão, ali ficando com um ar de felicidade incrível. O menino, por sua vez, desatou a chorar e a berrar queixando-se da menina. Logo todos os professores e auxiliares que se encontravam nas imediações, inclusive a professora com quem eu falava, socorreram o menino e ralharam com a menina.
A cena chocou-me por não estar habituada a vê-las. E também porque é nestes momentos que eu reconheço o bem e a felicidade que possuo por ter filhos saudáveis.

Roupa morta


Em Lisboa, na Avenida de Roma, há uma loja de uma conhecida estilista. Passo lá com frequência, às vezes detenho-me por curiosidade, porque se há coisa que sempre me encantou foi trapos e afins, e outras vezes olho só sem desacelerar o passo.
Mas não gosto do que vejo. Nunca gosto do que vejo. Não tanto pela forma dos modelos ou das cores mas sim, pelo cair das roupas nos manequins expostos na montra. Na minha óptica as roupas não caem bem, são pingonas, estão baças e vazias, não transmitem vida alguma.
Talvez eu não tenha sensibilidade para a coisa ou me falte a alma de artista. Talvez.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Contraste


Ontem vi um homem albino com uma criança preta ao colo. Deviam ser pai e filho. Primeiro achei um grande contraste. Depois, fazendo uso do meu humor mordaz e algo pragmático pensei que o homem queria era escuridão na vida dele, uns com tanta melamina e outros com tão pouca...
Coitado do homem, apesar do sol que aparecia fraco, ele semicerrava os olhos e era notório o seu sofrimento. E eu a pensar daquela maneira. Fiquei triste comigo e estou a redimir a minha culpa escrevendo.
Eu sou uma pessoa não-romântica, o que não significa anti-romântica. Simplesmente não sou capaz de olhar para uma coisa, ou uma pessoa, ou uma situação, e não a ver com arestas, sem artifícios ou sem polimentos. Eu vejo as coisas cruas, não atenuo nada nem ninguém, seja o que for, ou seja quem for.
Eu sou assim. Quem gosta, gosta. Quem não gosta...

Este é o post número... não sei!
Isto é só mesmo porque não sei que título hei-de dar ao que aí vem:

Xi pá... há tanto tempo que não ia às compras... montar-me no carro sozinha... ouvir as minhas músicas...

Won't you come on and go with me
Come on over to my place
Won't you sit ya self down and take a seat
And let me ease ya mind girl
We gon do it our way


E o vento a abanucar o meu popozinho... e eu a marimbar-me para isso...

Cause when we laugh or we cry it's together
Through the rain and the stormiest weather
We gon still be as one it's forever, it's forever

Nelly

Lisboa antiga


Era já fora de horas de expediente, quando um dia fui com o Luís para montar duas fechaduras na casa duma cliente ali para os lados dos Caminhos de Ferro, em Lisboa.
Chegados à porta da senhora, deparei-me com um prédio antiquíssimo e em muito mau estado. Depois de entrar reparei que nas paredes era visível a estrutura metálica, que o Luís disse chamar-se estrutura de gaiola e que era vulgarmente usada há séculos atrás. Ao que parece, o prédio conta com uns duzentos anos.
Enquanto ele trabalhava ali no piso térreo na fechadura da caixa do correio, íamos conversando, nós e a senhora.
No que restava das paredes vi desenhos lindíssimos, pintados à mão por algum mariola de boina à pintor francês apoiada no cocuruto e a paleta das cores numa das mãos, ou então algum trolha sensível às artes plásticas, ou ainda, alguém simplesmente jeitoso com o pincel e as tintas, quiçá? Não saberei a menos que faça uma pesquisa.
Pela conversa percebi que aquele prédio estava em risco de ruir por completo e que a senhora era a única inquilina do prédio.
O Luís acabou o primeiro trabalho e subimos ao terceiro andar a fim de executar o que restava. As escadas possuíam as piores qualidades - a iluminação era abaixo do mínimo aceitável e eram íngremes, estreitas, altas e podres.
E a conversa continuou desenrolando-se sobre vários factores relacionados com a conjuntura actual do nosso país. Já ia dando para perceber melhor... a senhora mantinha um negócio ali, ah!...
Durante a execução dos trabalhos, em todos os lugares onde já tínhamos estado até ali, foi sempre na penumbra. Ali, apesar da obscuridade, os meus olhos focaram uma pequena placa onde figurava um preçário toscamente manuscrito:

Quarto - 5 euros a noite

Ah!... Aquilo era uma pensão. Ah!...
O trabalho foi concluído e experimentado pela cliente e chegara a hora de pagar. A soma da conta perfazia o montante de algumas dezenas de euros. A senhora foi lá dentro buscar o dinheiro. Esperámos. Nada de cheques ou dinheiro de plástico, regressou com o dinheiro na mão, era numerário mesmo. Ia depositando o dinheiro na mão do Luís enquanto o conferia. A senhora pagou a totalidade da sua conta em notas de cinco euros... lisinhas, lisinhas, lisinhas.
A minha conclusão é a seguinte: os quartos são baratinhos devido ao mau estado das instalações. Os clientes da senhora pagam em notas de cinco euros. Ela, com medo dos furtos, enfia-as debaixo do colchão. E, por último, é por isso que o pagamento surgiu feito em notas de cinco lisinhas, lisinhas, lisinhas...

Já alguém andou atrás de ti a bater palmas?


A pergunta que figura no título deste post, é dirigida exclusivamente às mulheres que lêem este blogue.
Hum... pensando bem, o melhor é estender esta pergunta aos leitores no masculino porque é possível que já lhes tenha acontecido...
Ora bem, o que se passa é o seguinte: há dias, alguém tentou perturbar o meu passeio vespertino. Vinha um bicharoco atrás de mim a bater as palmas, na certa para me levar a olhar para trás, ou então, na errada, não era nada disso. Enquanto ouvia aquelas batidas descompassadas nas minhas costas, um incerto número de pensamentos trespassaram o meu espírito. O meu espírito, esse pingue e gordo ser...

‘Já não pode uma pessoa passear ociosamente o esqueleto que vem logo um destes gajos perturbar o silêncio ao meu derredor, que me é tão necessário para que os pensamentos desta aqui fluam sumptuosamente. E bate palmas! Isso, em verdade, deve-se ao facto de apenas consistir no seu campo de visão a minha parte de trás. Quando consistir a minha parte da frente, então sentirá o olhar rodopiar e cairá para o lado tal o terror que irá experimentar.’

Maçã assada

Há uns meses, assim do nada, apaixonei-me por maçã assada. Há um tempo para tudo na vida, o tempo em que devia apaixonar-me por maçãs assadas fez-se chegado, simplesmente.
Como cozinheira - com grande inclinação para doceira - que se preze, não procurei receita nenhuma e idealizei o modo como seriam as maçãs confeccionadas. Fui tentando os meus produtos e as minhas doses. Acho que acertei finalmente.
A receita consta por baixo da foto.


Pego em seis maçãs reineta lavadas e com a ajuda de um utensílio - extra-útil por sinal - retiro-lhes o caroço. Depois de dispostas num tabuleiro onde caibam espaçadamente, rego o orifício feito com o tal utensílio extra-útil com umas gotinhas de sumo de limão, duas colheres de sopa de açúcar, meio decilitro de vinho da madeira e uns pozinhos de canela. De seguida espalho no fundo do tabuleiro cerca de dois decilitros e meio de vinho branco, umas três colheres de sopa de açúcar e quatro paus de canela.

Bon apetit

Post Scriptum:
Adivinhando a pergunta que assolou o teu espírito, respondo que sim... Já deixei cozer demasiado as maçãs por causa de estar de roda do meu blogue e de outros blogues que costumo ler. Não chegaram a queimar mas ficaram todas desfeitinhas, coitadinhas...Não obstante, lá se deixaram comer.

Ventania



Estou aqui. Ainda não foi hoje que caí da minha varanda enquanto apanhava e estendia a roupa e me estatelei lá em baixo... Ainda (sobre)vivi de modo a poder vir para aqui escrever coisas.

quarta-feira, 4 de março de 2009

O rei do sofá




Ó vós que estais situados ali pelos lados de Camarate desenganai-vos! Já não sois o 'Rei do Sofá' pois fostes destituídos!
Agora o rei do sofá é o rico flho! Do sofá, do pijama, do chinelo, do comando da TV, bem como do da Playstation, da refeição servida no tabuleiro com pano bordado e tudo e mais coisas assim com esse jeito. Vive aquilo a que se chama vida de cão - volta e meia deita-se. Mas também estuda um pouquito...

Chupa-chupa


Subitamente ou lentamente, não é importante agora, lembrei-me que nos dias correntes chupar um chupa-chupa pode ser um acto sensual e associado à libido.

Já não se pode ser criança como eu fui...

A imagem? Ah... procurei no google e depos fiz copiar-colar e blá blá blá.